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O senador Carlos Viana (Podemos-MG) anunciou em Plenário nesta terça-feira (13) uma proposta para a concessão de benefício mensal de um salário mínimo a quem adotar criança ou adolescente acima de 3 anos, a ser pago até que o adotado complete a maioridade. Citando estatísticas, Viana ressaltou que o maior obstáculo à adoção tardia é o perfil restrito dos pretendentes quanto à idade das crianças. 

— Além de estimular a adoção de crianças mais velhas, também proporcionará um reforço na renda das famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza. Nós incentivaremos aqueles que ganham pouco, que dividem com muito sacrifício seu ganha-pão, a abrir suas portas — mencionou. 

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Segundo o projeto, os valores do benefício deverão ser ressarcidos integralmente pelos adotantes em caso de devolução da criança ou do adolescente, de modo a evitar abusos. O senador também considera que o impacto orçamentário do incentivo será muito pequeno, uma vez que os benefícios em longo prazo da medida deverão superar muito os custos financeiros iniciais. 

Viana — que também defende, em projeto de lei de autoria dele (PL 2.959/2023), o prazo de 18 meses para o encerramento de processos de adoção — citou dados do Cadastro Nacional de Adoção que apontam a existência de mais de 49 mil pretendentes registrados e somente 7.891 crianças e adolescentes disponíveis, e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a demanda predominante por crianças de até 3 anos. Para ele, os números são efeito de um sério problema social.

  — É lamentável constatar que um número considerável de crianças e adolescentes crescem em instituições, privados do direito básico de terem uma família. Aos 18 anos são obrigados a deixar os abrigos, sem nenhum tipo de referência ou mesmo uma formação profissional obrigatória.

Em aparte, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) mencionou o preconceito dos pretendentes contra crianças mais velhas e adolescentes e também defendeu mais celeridade nas sentenças de destituição familiar — o que, segundo ele, facilitará os processos de adoção. 

*Da Agência Senado

O presidente Jair Bolsonaro escolheu o senador Carlos Viana (PL-MG) como novo líder do governo no Senado, após um vácuo na articulação política do Planalto na Casa.

A escolha foi sacramentada no Planalto nesta quarta-feira, 6. Ao Estadão/Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Viana disse que aceitou o convite e trocou o MDB pelo PL na última sexta-feira, 1. O convite para assumir a liderança foi feito por Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

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Bolsonaro estava sem líder no Senado desde dezembro do ano passado, quando o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) abandonou a função após perder a disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). O governo enfrenta dificuldade para emplacar a pauta de interesse de Bolsonaro no Senado, situação que ficou ainda mais evidente em ano eleitoral.

Com a escolha, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, fica com a liderança do governo no Senado e também no Congresso. O líder no Congresso, Eduardo Gomes (PL-TO), também trocou o MDB pelo PL. A legenda ficou com terceira maior bancada do Senado, com nove integrantes.

A mudança ocorre no momento em que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tenta aprovar a reforma tributária na Casa. A proposta, porém, enfrenta resistências de governos regionais e setores da economia e corre o risco de ser enterrada.

Carlos Viana afirmou que vai procurar Rodrigo Pacheco para pedir que o texto passe por uma discussão mais ampla entre os segmentos interessados, colocando um pé no freio na tramitação. "Há setores que não querem, como serviços e agronegócio. Há tempo para discutir; nós não precisamos fazer essa votação de afogadilho", afirmou Viana.

O Palácio do Planalto tenta resolver o impasse em torno da articulação no Senado, que se transformou em um campo minado para o governo nos últimos meses. Nesta quarta-feira, 6, por exemplo, além da reforma tributária, senadores impediram a votação do projeto que flexibiliza o porte e posse de armas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "Teremos três braços de articulação: o líder do governo no Congresso, no Senado e o líder do partido", disse o líder do PL na Casa, Carlos Portinho (RJ).

Sem líder no Senado há dois meses, o Planalto estuda indicar o senador Carlos Viana (MDB-MG), integrante da bancada evangélica, para comandar a base governista. O cargo foi entregue pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) após ele ser abandonado pelos aliados na disputa ao Tribunal de Contas da União (TCU). As informações são do colunista Guilherme Amado.

O interesse em torno de Viana pode ser explicado como um aceno aos representantes da bancada evangélica no Congresso, que também articulam a nomeação de um de seus integrantes para Ministro de Estado.

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Outro fator se refere à longa estada que Viana ainda terá na Casa Alta em seus quatro anos finais de mandato. Caso assuma a liderança da bancada governista, o senador também assume a missão de atuar para melhorar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e fazer frente à atividade da oposição, que se intensificou pelos desdobramentos da CPI da Pandemia.
Ele assumiu ter sido convidado no fim do ano passado e pediu tempo para avaliar a proposta. "Fui sondado, por exemplo, sobre se aceitaria ser líder do governo. Pedi tempo para responder. Ainda não parei para pensar em profundidade sobre isso [ser líder do governo]. Vai ser um ano muito difícil para o governo", afirmou ao Estado de Minas em dezembro.
Atualmente, Viana divide a vice-liderança do Governo com Eduardo Gomes (MDB-TO), Elmano Férrer (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC).

Na expectativa pelas eleições deste ano, mesmo sem participar como candidato, o mineiro vai precisar reverter a alta rejeição de Bolsonaro com sua participação no Senado.
Pelo cálculo eleitoral, alguns parlamentares ventilados para ser o novo líder governista recusaram o convite para focar em suas campanhas e se distanciaram do presidente, como o caso do senador Alexandre Silveira que deve disputar o Governo de Minas Gerais. 

  

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, será apresentado nesta terça-feira (2) pelo senador Carlos Viana (PSD-MG).

Viana vai pedir o indiciamento de 14 pessoas, entre elas, executivos da Mineradora Vale. A segunda parte do parecer sugere a votação de três projetos que tratam de crimes ambientais, da segurança de barragens de rejeitos e da tributação da exploração de minérios no país.

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O fim das barragens de resíduos no prazo de dez anos e a definição do valor para o pagamento de indenizações também serão apontados no relatório, que tem votação prevista para o dia 9 de julho.

A reunião está marcada para as 13h, na sala 13 da Ala Senador Alexandre Costa. A presidente da CPI de Brumadinho é a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES).

*Da Agência Senado

 

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