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Mais uma categoria entra em greve no Ceará. Depois dos professores da rede estadual, dos policias militares e civis, desta vez são os técnicos em anatomia e necropsia do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), ligados à Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), que decretam greve a partir de segunda (16).

Além do prédio do SVO ter sido desaprovado por laudo da Vigilância Sanitária em 2008 e nunca ter se adequado as exigências da legislação, os técnicos de necropsia alegam estar diariamente expostos a doenças infectocontagiosas. Eles reivindicam a alteração do porcentual de insalubridade de 20% para 40%, a exemplo dos servidores do Hospital São José.

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Terminou nesta madrugada a greve, iniciada no último dia 29, dos cerca de 10 mil policiais militares e bombeiros no Estado do Ceará. As duas associações que representam a categoria decidiram entrar em acordo com o governo estadual e aprovaram um documento, assinado por todas as partes envolvidas no processo.

Parte das reivindicações dos militares foi aceita pelo governador Cid Gomes. No acordo firmado entre governo e policiais, os grevistas devem se apresentam nos seus quartéis até a meia-noite de hoje; em contrapartida, o governo concede anistia ampla e irrestrita a todos os que participaram do movimento grevista nos últimos cinco dias.

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Além disso, serão pagos R$ 850,00 a todos os policiais que atuam nos turnos da manhã e tarde, gratificação que era paga apenas aos militares que trabalhavam no turno C (madrugada) das escalas de serviço. O governo também aceitou diminuir de 44 para 40 horas semanais a carga horária na escala de todos os policiais.

Outro item do acordo é o aumento salarial de 7%. Os militares exigiam aumento salarial de 80% até o fim de 2015. Para a categoria também foi prometida a anulação da liminar da desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda, do Tribunal de Justiça do CE (TJ-CE). A magistrada, em decisão tomada na noite de segunda-feira, ordenou a volta imediata dos militares e multa de R$ 500,00, por dia, para cada um deles em caso de desobediência à ordem judicial, e de R$ 15 mil para as associações que representam a categoria.

Polícia Civil - À noite, os policiais civis, que também lutam por reajuste salarial, decidiram voltar à greve, desta vez com adesão de 100%. O sindicato da categoria (Sinpoci) alegou que a Polícia Militar conseguiu promessa de aumento, enquanto a categoria, em cinco meses, em 2011, fez a paralisação conforme a lei e não conseguiu êxito.

Em 14 de dezembro de 2011, a mesma desembargadora já havia reconhecido a ilegalidade de uma greve dos policiais civis após o Estado impetrar pedido de liminar. Na ocasião, a magistrada ressaltou que o direito de greve não era absoluto, principalmente no que dizia respeito à prestação de serviço público e, em especial, à segurança pública. Ainda segundo a desembargadora, embora reconhecendo justas as pretensões da categoria em discutir condições de trabalho e remuneração, teria que ser ponderado o interesse público e a necessidade de se dar continuidade ao serviço essencial.

Em relação à greve iniciada na noite de ontem, o Sinpoci informou que líderes do movimento estão percorrendo diversas delegacias para convocar inspetores e escrivães a aderirem à paralisação. Eles pretendiam dirigir-se para o prédio da Superintendência da Polícia Civil, onde ocorria uma concentração de grevistas. Apenas os delegados devem permanecer nas delegacias. A paralisação da Polícia Civil é a terceira registrada em menos de um ano. O sindicato da categoria já havia promovido greves em julho e em outubro de 2011.

Na primeira paralisação, os grevistas haviam suspendido a greve após um mês. Já a greve de outubro só terminou em dezembro, após a Justiça considerar o movimento ilegal e determinar que os grevistas suspendessem a paralisação. Ainda assim, desde dezembro apenas 30% do efetivo da Polícia Civil, o mínimo exigido pela Justiça, estava trabalhando. Segundo o sindicato, a categoria quer a redução da carga horária de oito para seis horas diárias, reajuste salarial e o pagamento de um subsídio equivalente a cerca de 60% do valor pago aos delegados de polícia do Estado.

Mesmo com a Justiça determinando o retorno imediato ao trabalho, policiais militares e bombeiros mantêm a paralisação no Ceará. Nas ruas de Fortaleza, o clima é de insegurança. Lojas fecharam as portas hoje. Na Avenida Antônio Sales, que liga a área central à Aldeota, bairro nobre da cidade, assaltantes invadiram a Padaria Luciana. Com medo, o gerente do supermercado Cometa, que fica na mesma avenida, decidiu encerrar o expediente mais cedo. Repartições públicas e escolas também não funcionaram. Arrastões acontecem por toda a cidade.

Nos hotéis, turistas estão sendo orientados a permanecer apenas nas proximidades, além de não carregar documentos importantes e grande quantidade de dinheiro. O medo tomou uma dimensão ainda maior por conta das redes sociais, nas quais usuários postam uma enxurrada de ocorrências verdadeiras e falsas. Por cautela, boa parte da população optou por permanecer em casa, deixando a ensolarada Fortaleza, em plenas férias, com um clima de cidade fantasma. Alguns internautas falam sobre supostos arrastões, mas as imagens usadas por eles são de episódios ocorridos no Rio de Janeiro. O representante do Exército no Ceará, coronel Medeiros Filho, afirma que há na verdade uma sensação de insegurança. Ele informou que está sendo aguardada a chegada de mais dois mil homens da Força de Segurança Nacional, que desde o início do movimento tenta manter a ordem no Ceará.

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O governo cearense informou que 159 viaturas da Força Nacional estão em ação no Estado e até amanhã este número será elevado para 184. De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas do Ceará, Vicente de Paulo Oliveira, cinco táxis foram roubados no centro da cidade. Ainda segundo ele, outros dois carros foram levados da Ceará Motor, concessionária da Volkswagen. O jornalista Thiago Cafardo relatou em seu twitter que três colegas da redação do jornal O Povo foram assaltados ou sofreram tentativa de assalto. O presidente da Associação dos Praças, PMs e Bombeiros, Pedro Queiroz, disse que as representações dos militares ainda não foram notificadas sobre a decisão judicial que decretou a ilegalidade da paralisação e a desocupação dos prédios onde os manifestantes encontram-se aquartelados. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado informou que vai adotar medidas para que a liminar seja cumprida. O impasse é com relação à anistia aos PMs

e Bombeiros Militares, categorias proibidas de fazer greve.

O Comandante da 10ª Região Militar, general Gomes de Mattos, não descarta um confronto com os manifestantes aquartelados na 6ª Companhia do 5º Batalhão da PM, no bairro Antônio Bezerra. Gomes de Mattos disse que cabe ao Governo do Estado entrar em acordo com os manifestantes para dar fim ao movimento. Ele garantiu que há um planejamento pronto para a retomada das instalações e das viaturas e que aguarda ordens superiores para colocá-lo em prática. "Ordem dada, missão cumprida", afirmou o comandante.

O Estado do Ceará confirmou mais três casos de gripe A H1N1, segundo boletim semanal divulgado hoje pela Secretaria da Saúde (Sesa).

No total, são 22 casos da doença no Estado, a partir do surto registrado em Pedra Branca, no Sertão Central, que teve origem no mês passado. Desse total, 18 casos confirmados são de Pedra Branca, dois em Quixadá e dois em Boa Viagem. As confirmações foram feitas pelo Laboratório de Saúde Pública (Lacen).

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De acordo com a Sesa, todos os casos notificados como suspeitos até agora tiveram alguma relação com Pedra Branca. Nenhum dos casos evoluiu para a forma grave da doença. No dia 26 de novembro foram notificados 193 novos casos no hospital de Pedra Branca e ontem, apenas quatro novos casos suspeitos foram registrados no hospital.

A cidade de Pedra Branca, no sertão central cearense, a 262 quilômetros de Fortaleza, vive um surto de gripe A (H1N1). De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram confirmados 11 casos da doença, por meio de exames feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Todos os contaminados são alunos do Colégio Agrícola. A suspeita é que a contaminação tenha ocorrido por meio de um dos alunos que teve contato com paciente infectado pelo vírus em São Paulo.

De acordo com a Sesa, os pacientes de Pedra Branca estão sendo acompanhados por técnicos da vigilância epidemiológica. A Secretaria informou que este ano dos 43 mil habitantes da cidade, 17 mil foram vacinados contra a doença. A imunização atingiu 94% das crianças com menos de 1 ano, 95% dos idosos, 66,7% dos profissionais de Saúde e 80% das grávidas.

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A secretária de Saúde de Pedra Branca, Tânia Leite disse que os sintomas da doença entre os estudantes da Escola Agrícola foram percebidos semana passada. Ela acredita que a contaminação tenha ocorrido por meio de pessoas da cidade, que trabalham no corte de cana em São Paulo e que voltaram para Pedra Branca com a proximidade das festas do final do ano. Segundo ela, a situação está sob controle.

Dois vereadores da cidade de Jaguaretama, no Ceará, foram baleados quando deixavam o prédio da Câmara Municipal, por volta das 13h30 desta segunda-feira.

De acordo com a Polícia Militar, um motociclista invadiu a Câmara e atirou contra Marcos Rogério (PRB) e José Antônio (PMDB). Em seguida, o suspeito fugiu. Até o momento ninguém foi preso, mas a polícia faz buscas na região para localizar o atirador.

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Um dos vereadores foi atingido na cabeça e está em estado grave. Os dois feridos foram socorridos e encaminhados para hospitais da região.

O motivo do crime será investigado.

Um homem foi resgatado nesse final de semana após passar nove dias à deriva no mar do Ceará. Segundo funcionários do Hospital Dr. Moura Ferreira, em Acaraú, para onde ele foi levado, o homem estava consciente, apesar do estado debilitado. Ele passou os dias em cima de uma bote, com alimentação escassa, e ficou machucado por causa do sol.

O homem era pescador de Natal, no Rio Grande do Norte, e foi encontrado por um barco pesqueiro de Acaraú. Ontem sua família foi até o hospital para visitá-lo e solicitou sua transferência para Natal.

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