Um carro modelo UP, cor prata, da Volkswagen, foi abandonado ao lado da sede da Assembleia Legislativa do Ceará com 13,3 quilos de dinamite. A polícia chegou até o veículo, que estava no cruzamento da Avenida Desembargador Moreira com a Rua Francisco Holanda, após receber uma denúncia anônima por volta das 22h30 desta segunda-feira, 4.
Policiais do esquadrão antibomba do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Policia Militar bloquearam a Avenida Desembargador Moreira, entre as pontes Vieira e Tomás Acioli, e a Rua Francisco Holanda, entre a Visconde de Mauá e a Leonardo Mota. No porta-malas do veículos, os policiais encontraram 13,3 quilos de emulsão de nitrato de amônia, popularmente conhecido como bananas de dinamite, sem detonador à distância.
##RECOMENDA##Os trabalhos para desarmar a bomba e recolher o material foram concluídos por volta das 2h30 desta terça-feira, 5. O auto de apresentação e apreensão do material foi feito no 34º Distrito Policial (DP). Depois, os explosivos foram conduzidos para o paiol do Gate, onde serão submetidos à fiscalização do Exército Brasileiro.
O caso está sendo apurado pelo serviço de inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará. O episódio ocorre uma semana depois da prisão, em Fortaleza, do traficante de drogas e armas Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, irmão do de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa fundada nos presídios de São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), e quase um mês depois de ter sido aprovado na Assembleia cearense um projeto que estabelece o bloqueio de sinal de celular em áreas próximas aos presídios.
Postagens anônimas nas redes sociais afirmam que existiriam outros dez carros-bomba nos estacionamentos de prédios públicos no Ceará. No mês passado, uma série de atentados contra delegacias da Polícia Civil e ataques com incêndio a ônibus foram registrados em Fortaleza como represália dos criminosos pelas más condições nos presídios, morte de um assaltante e pela transferência de presos do PCC para penitenciárias federais de segurança máxima em outros Estados.
Sobre a veiculação em redes sociais de textos, vídeos, áudios ou imagens sobre atos criminosos, a SSPDS informou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que investiga todo o material que chega ao conhecimento dos agentes de segurança, não descartando nenhuma possibilidade.