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Um hotel situado na cidade de Arosa, uma concorrida estação de esqui nos Alpes da Suíça, pendurou um cartaz pedindo para hóspedes judeus tomarem uma ducha antes de entrar na piscina.

O aviso revoltou a comunidade judaica e as autoridades de Israel, que acusam o local de antissemitismo. O hotel em questão é o Paradies Arosa e fica em um vilarejo de 3 mil habitantes encravado nas montanhas do cantão de Grisões, no leste do país.

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Direcionado exclusivamente aos hóspedes judeus, o cartaz diz: "Por favor, tomem uma ducha antes de nadar. Se você violar as regras, serei forçada a fechar a piscina para você". O papel é assinado por Ruth Thomann, gerente do Paradies Arosa.

"É um ato antissemita do pior tipo", afirmou a vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Hotovely. Já o Centro Simon Wiesenthal, organização sediada em Los Angeles, pediu o fechamento do hotel, que fica em um destino bastante procurado por famílias de judeus ortodoxos.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça contatou o embaixador de Israel no país, Jacob Keidar, para reafirmar sua condenação "do racismo, do antissemitismo e de qualquer forma de discriminação".

Já o porta-voz do órgão oficial de turismo da Suíça, Markus Berger, chamou o aviso de "inaceitável", mas ressaltou que trata-se apenas de um "incidente infeliz", não de um reflexo da forma como os habitantes da nação alpina pensam.

A própria Federação Suíça das Comunidades Judaicas disse que pendurar o cartaz foi uma coisa "imbecil", porém fez um apelo à calma. "É alguém que não pensou direito", declarou o secretário-geral da entidade, Jonathan Kreutner, à agência "Associated Press". Ele também afirmou que os pedidos de fechamento do Paradies Arosa são "exagerados".

Em entrevista ao jornal norte-americano "The Algemeiner", a gerente do hotel contou que o cartaz, já removido, era uma reação às recorrentes reclamações de que "alguns clientes estavam nadando vestidos e sem tomar uma ducha".

"Naquele momento, tínhamos um monte de hóspedes judeus, e eu notei que alguns deles não tomaram banho antes de nadar. Então o dono do hotel me pediu para fazer alguma coisa, e eu escrevei esse aviso de forma ingênua", acrescentou Thomann, desta vez ao jornal suíço "Blick"

O Papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação do Centro Simon Wiesenthal, organização judaica de defesa dos direitos humanos, à qual pediu que continue combatendo qualquer forma de racismo, intolerância e antissemitismo.

Durante o encontro, o Papa argentino, em cujo país reside uma das maiores comunidades judias do mundo, pediu para que se preserve a memória do Holocausto.

"Nestas últimas semanas foi recordado que a Igreja condena qualquer forma de antissemitismo. Hoje quero enfatizar que o problema de intolerância deve ser enfrentado de forma conjunta: onde uma minoria é perseguida e marginalizada devido a suas convicções religiosas ou por motivos étnicos o bem de toda a sociedade corre perigo e todos temos de nos sentir envolvidos", alertou.

O papa concluiu seu discurso incentivando os membros do Centro Simon Wiesenthal a seguir transmitindo aos jovens "o valor do esforço conjunto para dizer Não às muralhas e construir, em compensação, pontes entre nossas culturas e tradições de fé. Adiante com com confiança, valor e esperança! Shalom!".

O Centro Simon Wiesenthal, um grupo proeminente judaico, fez um apelo nesta sexta-feira ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a que impeça ataques antissemitas da mídia estatal venezuelana contra o candidato da oposição, Henrique Capriles Radonski. O Centro Simon Wiesenthal condenou o artigo "O inimigo é o sionismo: um barranco como uma promessa", postado em 13 de fevereiro no website da Rádio Nacional da Venezuela. O artigo, escrito por Adal Hernández, acusa Capriles de ser um "agente do sionismo internacional" e de "pertencer à seita paramilitar Tradição, Família e Propriedade (TFP)".

Capriles, de 39 anos e governador do Estado de Miranda, foi escolhido recentemente em primária para enfrentar Chávez nas eleições presidenciais de 7 de outubro. O artigo critica as origens judaicas de Capriles. Chávez, no passado, negou acusações de antissemitismo. Como a vasta maioria dos venezuelanos, Capriles é católico romano.

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As informações são da Associated Press.

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