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Nesta sexta (6), a mestra cirandeira Lia de Itamaracá participou das gravações do Programa do Bial. Na entrevista, a artista pernambucana falou sobre sua trajetória na ciranda, os títulos e Patrimônio Vivo de Pernambuco e Doutor Honoris Causa, e, também, sobre seu próximo trabalho. 

Entrevistada por Pedro Bial, Lia de Itamaracá falou um pouco sobre sua trajetória de mais de 60 anos de carreira. A mestra relembrou as dificuldades que já enfrentou até ser reconhecida como Patrimônio Vivo e Doutor Honoris Causa. Ela atribuiu seu sucesso ao dom recebido pelos seus guias. “Minha vida não foi sempre fácil. Foi cruel, muitas vezes, mas eu insisti. Todo o meu sonho era cantar. Eu achava lindo quem cantava e dançava. Conquistei tudo isso e sei que é o dom de Deus e uma graça de Iemanjá”.

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Também participaram da entrevista o escritor Marcelo Henrique Andrade, autor do livro Lia de Itamaracá, resultado de 30 meses de pesquisa acerca da vida da cirandeira; e o DJ Dolores, que assina o próximo disco da mestra. Ciranda sem Fim chega às plataformas digitais em outubro, mesmo mês em que a entrevista no Conversa com Bial vai ao ar. 

*Com informações da assessoria

 

Na manhã desta terça-feira, a cirandeira Lia de Itamaracá, 75 anos, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, em cerimônia no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. A solenidade teve a presença do Reitor Anísio Brasileiro.

A concessão foi aprovada por unanimidade no último dia 9, em reunião do Conselho Universitário, na Reitoria da UFPE.

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*Com informações da assessoria

A cirandeira e Patrimônio Vivo de Pernambuco, Lia de Itamaracá, comemora 75 anos de vida recebendo diversas homenagens no Estado desde tributo musical, abertura de exposição fotográfica e lançamento de livro. No entanto, apesar de tanto reconhecimento merecido, nem tudo são flores. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, nesta sexta-feira (11), a cantora desabafou sobre a falta de incentivo à cultura, principalmente no tocante ao poder público.

Para Lia, falta incentivo e valorização. “Estão deixando os artistas locais tudo a ver navio, a espera de uma ajuda que não chega nunca, só tira do que não tem, aí é difícil para a cultura. Falta incentivo, valorização e também ajudar o próximo, o que é muito importante”. 

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“Se eles tivessem consciência do que estão fazendo seria diferente. Se o governo tivesse consciência do que faz, quando ele deita a cabeça no travesseiro quando vai dormir, não se deitam pensando no que estão fazendo e em tudo que não está sendo resolvido?”, indagou. 

Apesar das dificuldades, ela pede para que os artistas populares, em especial os que estão começando, não desistam. “Insistam porque a vida e a cultura para mim não foi fácil também não, mas eu lutei até chegar aonde cheguei com muito trabalho, muita luta e ainda estou lutando, mas estou dando graças a Deus porque eu sou Lia de Itamaracá”

Sobre a festa de hoje à noite, no Espaço Sinspire, localizado no Recife Antigo, onde será lançada a obra “Lia de Itamaracá: 75 anos cirandando com resistência, sorrisos e simplicidade”, Lia falou que o sentimento é só de felicidade. “Alegria, tranquilidade e muita calma porque eu sou fiel a Deus e confio no que eu faço”.

“Nunca imaginei que minha história poderia ser narrada em um livro. Nunca coloquei isso na minha cabeça, mas como Deus é pai e é bom para os filhos dele, apareceu um filho que fizesse esse trabalho com Lia de Itamaracá”, disse entusiasmada.

A artista da terra ainda deixou um recado para todos os pernambucanos. “Mande o povo vir para a exposição, comprar o livro de Lia, pode vir que estou aqui para autografar esse grande livro e evento. A vida de Lia está nesse livro e ainda temos umas canecas muito maravilhosas e umas camisas bonitas para comprar e guardar com muito amor, avise que venha. Estou vendendo meu peixe”, brincou à gargalhadas. 

Considerada a primeira cirandeira nos registros da cultura popular do Nordeste, Vitalina Alberta de Souza Paz, mais conhecida como Dona Duda (90 anos), será a grande homenageada do Carnaval do Paulista (Região Metropolitana do Recife) desse ano.

Para marcar o significado da homenagem e restabelecer a força do ritmo na cidade, a Secretaria de Turismo, Cultura, Desporto e da Juventude vai, inclusive, montar um polo específico de ciranda no Forte de Pau Amarelo.

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Os shows serão realizados nas tardes de domingo a terça de Carnaval.

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