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Este é um ano muito importante para os brasileiros. Afinal de contas, é tempo de eleições municipais, em que serão escolhidos os prefeitos e os vereadores que irão tomar conta das nossas cidades durante quatro anos. Sendo assim, é óbvio que os eleitores devem votar com consciência para escolher os melhores candidatos.
##RECOMENDA##Infelizmente há pessoas que não se importam com as eleições ou que, por causa dos casos de corrupção que assolam o Brasil, acabam apontando os políticos como sem ética. A escola, como ferramenta de formação educacional, pode ser um meio que mude essa realidade, criando na sociedade um melhor entendimento sobre as ações políticas. No ensino médio, por exemplo, é uma boa época para ser trabalhada a importância das eleições em prol do povo.
Todavia, os jovens que estão nessa fase de formação nem sempre atentam com facilidade para assuntos políticos, e muitos acham até sem graça, preferindo discutir quais serão as “baladas dos finais de semana”, do que as propostas dos candidatos para melhorar as cidades.
Política na escola
Com o objetivo de destacar a importância da política para a sociedade como um todo, despertando nos jovens o interesse pelo tema, através de atividades lúdicas e aprendizado, uma projeto desenvolvido no Colégio Ideia, localizado no bairro da Madalena, no Recife, busca fazer com que os alunos sejam políticos dentro da própria escola e entendam como as ações políticas podem ajudar os municípios e seus moradores a se desenvolverem.
De acordo com a diretora pedagógica da escola, Fátima Seabra, estudantes do primeiro ano do ensino médio, de 16 a 18 anos de idade, participam de campanha eleitorais. Nove alunos são candidatos fictícios a prefeito da escola, como foco no tema educação, e recebem o apoio de outros estudantes, ou seja, daqueles que formam os seus partidos.
Segundo a diretora, o colégio possui 160 alunos, e desses, apenas vinte ainda não têm idade para votar, e por isso, há a necessidade de discutir os processos políticos. “Buscamos conscientizar sobre a importância do voto e pedimos que eles valorizem seus votos”, explica.
O idealizador do projeto, o professor de sociologia Sérgio Matias, explica que mesmo os participantes sendo jovens, não foi difícil trabalhar o tema entre eles. “Eles já têm uma carga de crítica e os alunos desejam que a escola trabalhe essas discussões”, comenta Matias. De acordo com o professor, em todo o processo do projeto, os participantes passam a entender as peculiaridades políticas, tais como o que são os partidos, a importância das coligações, os benefícios que a política leva para a sociedade, entre outros temas.
Mesmo o projeto servindo para nota, os alunos o fazem sem obrigação. "Ninguém participa do projeto obrigado. Eles discutem coisas maiores, e não só as eleições. Todos conseguem entender que a política é algo que aproxima o povo do poder, em um processo constante”, completa o educador.
Candidatos e suas propostas
Campanha eleitoral, gravação de vídeos, confecção de cartazes e luta pela conquista dos eleitores. Essas são apenas algumas das atividades que os prefeitos do colégio desempenham ao longo das duas campanhas, que iniciaram no início deste ano. Para acompanhar como estão as intenções de votos dos eleitores, que são alunos de outras séries do Ideia, a escola fez uma pesquisa.
José Amadeu Aguiar, de 15 anos, está na primeira colocação e faz parte do Partido Estudantil Recifense. O jovem confessa que não nunca teve contato com política. “É uma experiência nova para mim. A gente se coloca no lugar dos políticos de verdade e entendemos o quanto é importante o direito de um cidadão votar”, conta o estudante.
“O político é o meio termo entre o poder e cidadão. É a grande esperança do povo”. Essa é a opinião da também candidata a prefeita do colégio, Gabriela Mesquita (à direita da foto), 15 anos. Segundo a aluna, que faz parte do Partido Estudantil Político, “a política amplia a nossa visão de mundo e sabemos o quanto ela é importante para a sociedade”.
Outra candidata, Tácyla Alves (à esquerda da foto), de 16 anos, achava que os assuntos políticos não tinham relevância. “Para mim a política não era legal. Eu não entendia nada do assunto. Agora, depois de participar do projeto, comecei a entender mais como funcionam os processos políticos", declara Tácyla, que é integrante do Partido Singular Estudantil.
Na próxima segunda-feira (8), será realizada as eleições para a escolha do prefeito do colégio. Todos os alunos da escola já puderam ver os candidatos em um debate, em que eles puderam acompanhar as propostas dos prefeituráveis.
Acompanhe o vídeo com as propostas dos candidatos e a importância do projeto, relatada pelo professor Sérgio Matias:
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