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O candidato do PCB à Prefeitura do Recife, Roberto Numeriano, que obteve 6.766 votos, foi expulso do partido no último domingo (7), após ser divulgada pela sigla uma nota pública durante a apuração dos votos. Ao conversar com a equipe do Leia Já, Numeriano falou sobre sua expulsão, seu futuro político e fez uma análise das eleições deste ano. 

Numeriano, que é jornalista, cientista político e professor, afirmou que o texto que o partido postou em seu site mente, em alguns pontos, e em outros escreve meias verdades. Em nota enviada à imprensa, Numeriano fala que, antes de tudo, já havia comunicado ao PCB que renunciaria formalmente aos cargos diretivos da leganda.

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Confira um trecho da nota:

“Na mesma ocasião, pedi que não mais me enviassem correspondências do Comitê Central, pois não julgava honesto, politicamente, tomar conhecimento de assuntos internos restritos, dado o fato de ter decidido renunciar. Também registrei que continuaria filiado ao Partido.

Assim decidi porque ocorreram fatos, nesta campanha, dos quais discordei politicamente. Um deles é público, pois diz respeito ao meu apoio à candidatura do ex-militante Luciano Morais, também recentemente expulso por se manter candidato a vereador em Paulista, após o PSDB ter declarado apoio à chapa majoritária de Sérgio Leite. Mas a causa foi anterior, embora com substância política semelhante, e envolveu a candidatura de Edvalmir Carteiro, em Timbaúba. Edvalmir, que tinha grande chance de ser eleito numa chapa  proporcional, foi obrigado a sair da mesma porque à ultima hora, por força da legislação eleitoral que impõe a cota de mulheres nas chapas proporcionais, uma professora aposentada, filiada ao PSDB, foi chamada para compor. Edvalmir saiu candidato isoladamente. E perdeu.

Minha resistência a estes fatos decorreu de algo anterior, que venho observando na cúpula dirigente do Partido: o progressivo fechamento político-ideológico do diálogo democrático interno. E o maior exemplo disso é uma interpretação que chamo de mecanicista e integrista (ultra-radical) da sua tática política. Nunca defendi, é claro, alianças com partidos de direita, mas não podemos ser vítimas desses partidos quando, numa composição eleitoral, por motivos extemporâneos e alheios a nós, arranjos de última hora e contingências de legislação impõem fatos como o que descrevi. Não houve culpa dessas duas municipais do Partido, pois em ambos os casos suas direções respaldaram o processo. A partir da decisão contrária da Comissão Política Nacional, os dois candidatos foram obrigados a tomarem outro rumo."

Eleições 2012 - Em relação a sua perda no pleito eleitoral deste ano, Numeriano disse que considera uma tremenda vitória ter obtido 4% dos votos. “Para falar em termos políticos, nós não perdemos a eleição. Do ponto de vista político-administrativo, a quantidade de votos foi uma resposta positiva dos eleitores: gastei menos de R$ 15 mil na minha campanha”. "Considero Geraldo Julio (PSB) uma péssima opção para o Recife, não tem projeto de cidade, eles [Daniel Coelho (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Humberto Costa (PT)], não têm diferença de um para o outro. Geraldo Julio é um homem com boas intenções, mas ele ficará limitado, pois não terá autonomia política para gerir o Recife, pois estará subordinado às empresas privadas. Desejo a Geraldo que ele faça uma boa gestão e que cumpra ao menos um terço do que prometeu, por que as promessas foram muitas. No Brasil, as campanhas vitoriosas são as milionárias, esse sistema já está apodrecido, ele nega o poder da representação popular”, disparou. 

Futuro Político – Numeriano afirmou que recebeu um convite para filiar-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que provavelmente será aceito. “Esse é um plano futuro, antes preciso resolver questões de ordem pessoal e profissional. Quanto à militar é algo a se decidir futuramente. Serei um crítico da gestão atual do Recife, fiscalizarei, mas também vou elogiar o que for positivo", completou.

O candidato a prefeito do Recife, Roberto Numeriano, votou na tarde deste domingo (7), por volta das 14h30, no Colégio Joaquim Távora, no bairro da Madalena. O presidente do partido Adibal Valença e a vice- candidata, Albanize Pires e a esposa, Ana Aurélia acompanharam o candidato.

No local, o prefeiturável falou sobre a campanha e falou que estava satisfeito com o trabalho que foi realizado. “Fizemos um trabalho digno, ético, com propostas concretas dialogando sempre com a comunidade”, declarou o candidato.

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Sobre o segundo turno, o candidato afirmou que ainda vai se reunir com os representantes do partido.







Os prefeituráveis da capital pernambucana Jair Pedro (PSTU), Roberto Numeriano (PCB/PSOL) e Daniel Coelho (PSDB) participaram de um debate na manhã desta sexta-feira no Colégio Ideia, no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife. Os candidatos defenderam seus ideais políticos, falaram sobre o polêmico assunto da Parceria Público-Privada (PPP) e criticaram o financiamento de campanhas.

O debate foi composto por uma banca de alunos do Colégio que fizeram suas perguntas. Questionado sobre a PPP da Compesa, o candidato do PSTU afirmou ser totalmente contra a iniciativa. “PPP é privatização sim, se a Compesa for privatizada não haverá saneamento. Está havendo uma grande enganação a população do Recife, essa falsa polêmica de dizer que Humberto e Geraldo não defendem a privatização”, disparou o candidato.

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Em relação às propostas de governo e para melhor conhecer o candidato, Numeriano disse defender a criação de carreiras estratégicas na prefeitura. “O professor, a questão da segurança e Agente Tributário serão algumas das prioridades”. O candidato fez críticas à questão do financiamento de campanhas. “A Vitarella deu R$ 400 mil a Geraldo Julio e a Construtora baiana OAS, fez a doação de R$ 600,00 mil a Humberto Costa, financiando suas campanhas. Essas pessoas, uma vez no poder, não vão pensar nos interesses dos recifenses”.

Respondendo a pergunta de um aluno sobre o fato de Daniel ser cotista da empresa de gás natural Petrocar, localizada no Cabo de Santo Agostinho, e levantar a bandeira da sustentabilidade, o tucano disse não haver contradição. “A Petrocar é uma das que menos poluem e agridem o meio ambiente, não vejo contradição, tenho ações ambientalistas. Quando quiseram trazer uma usina nuclear para cá eu fui a única voz que não defendeu a ideia”, argumentou o candidato.

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Na Segunda parte da Sabatina do candidato Roberto Numeriano (PCB), você confere as considerações finais do candidato sobre sua candidatura e, ainda, algumas respostas a perguntas dos demais partipantes.

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Roberto Numeriano (PCB) participou nesta quinta-feira (26) da sabatina do Acerto de Contas e LeiaJà, onde apresentou suas propostas, criticou adversários, e respondeu a perguntas sobre o seu programa de governo. Confira a primeira parte da Sabatina.

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Poucos participantes e poucas propostas apresentadas. Assim foi o debate entre os candidatos à prefeitura do Recife, Jair Pedro (PSTU), Edna Costa (PPL) e Roberto Numeriano (PC do B), ocorrido na noite desta terça-feira (18), na Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro.

Composto por cinco blocos e acompanhando por um pouco mais de 50 pessoas, o debate começou com a apresentação do perfil e das principais propostas de campanha de cada postulante, que tiveram 10 minutos para exibir.

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O primeiro a falar foi Roberto Numeriano que só participou do primeiro bloco devido outros compromissos. No discurso, o candidato usou seu tempo para criticar a oposição. Farpas foram dirigidas a Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB) sobre os gastos das campanhas. Outro criticado foi Daniel Coelho (PSDB), que segundo Numeriano esconde o partido. Por fim, ele disse que o socialista proclamou até a república, ironizando o candidato apoiado por Eduardo Campos.

Seguindo as apresentações, Edna Costa falou de sua trajetória política iniciada desde 1982 e também aproveitou o momento para criticar. “As casas do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, são do tamanho de uma casa de pombo”, alfinetou a candidata sobre a iniciativa de habitação do governo federal. Jair Pedro fez um breve histórico sobre a fundação do partido PSTU e assim como os outros postulantes condenou a atuação da oposição, como a recente greve das universidades públicas. “Os governantes pisam sobre a lei”, disse Jair sobre a cota exigida por lei de 25% destinada à educação e não cumprida, segundo ele.

No segundo bloco a sabatina foi aberta para os alunos. Perguntas sobre trânsito, cotas para negros nas universidades, entre outras, foram questionadas. Ambos os postulantes que continuaram no debate, apresentaram poucas soluções para os problemas expostos. Quando indagados sobre as condições do Recife para sediar a copa de 2014, os candidatos não mostraram ideias e deixaram claro que não concordam com a realização do evento. “Se eu fosse escolher entre a copa ou não, escolheria outras prioridades”, discursou Edna. Jair Pedro seguiu a mesma opinião e falou que pretende investir em educação, esporte e lazer em vez da Copa.

Em conversa com a imprensa antes do debate os candidatos desabafaram sobre o apadrinhamento de alguns candidatos e a não participação em alguns eventos. “A gente quer que a lei se dobre a democracia”, disse Numeriano ainda sobre a não participação no debate da Rádio Jornal. Questionados sobre o apoio de alguns postulantes, Edna Costa disse que queria muito ter ajuda também. “Eu gostaria muito ter padrinhos como Eduardo Campos e Lula, não vou fazer demagogia. Como não tenho, meu padrinho é meu partido”, disse em risos. Já Jair Pedro aproveitou para alfinetar o PT e o PSB. “O que pesa é a força que Eduardo e Lula têm, mas essa disputa entre os dois partidos na verdade é um grande faz de conta”, expressou o candidato do PSTU.

Nos últimos blocos os candidatos continuaram respondendo perguntas dos discentes e também questionamentos entre si. O candidato Esteves Jacinto (PRTB) também foi convidado a participar do evento, mas não compareceu.

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