Tópicos | Complexo Penitenciário da Papuda

Preso pela Polícia Federal na investigação sobre os bloqueios em rodovias no Nordeste no segundo turno das eleições, o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques disse que sofre tortura psicológica no Complexo Penitenciário da Papuda.  

Em pouco mais de uma semana atrás das grades, Silvinei teria relatado uma série de irregularidades à sua defesa, entre elas o excesso de barulho que dificulta seu sono. Ainda de acordo com as acusações, o ex-PRF também não estaria se alimentando corretamente, pois tem resistência à glúten e a alimentação especial não estaria sendo oferecida. 

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A defesa aponta os riscos à saúde de Silvinei e à sua integridade física, pela proximidade com presos comuns. 

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) rebateu a denúncia e informou que Vasques está segregado dos outros presos. Em relação à alimentação, o ex-diretor da PRF passou por triagem médica ao ingressar na penitenciária, onde "há a checagem de restrições alimentares". 

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Segundo o g1, a defesa solicitou a transferência dele para o 19º Batalhão da Polícia do Distrito Federal, onde militares estão presos provisoriamente. O pedido para deixar a Papuda será avaliado pela Vara de Execuções Penais de Brasília. 

"Todas as denúncias relacionadas ao sistema penitenciário são criteriosamente apuradas e, havendo qualquer indício de materialidade, punições administrativas são aplicadas sem o prejuízo das sanções criminais aplicáveis ao caso", complementou o Seape em nota.   

Após ter sido presa acusada de matar, esquartejar, queimar e esconder partes do corpo do próprio filho de 9 anos em uma mala, Rosana Auri da Silva Cândido foi indiciada nesta terça-feira (11), e vai responder por homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, lesão corporal gravíssima e fraude processual. À polícia, Rosana contou que sentia ódio e nenhum amor pela criança.

A companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, também participou da ação e vai responder pelos mesmos crimes. Se somadas, as penas podem chegar a 57 anos de prisão para cada acusada. O crime contra a criança aconteceu no dia 31 de maio, no Distrito Federal.

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Ao G1, o delegado Guilherme Melo, que coordenou o caso, informou que a forma de execução da criança foi cruel. A vítima levou 11 facadas - sendo todos os golpes desferidos pela mãe -, duas facadas atingiram o coração da criança.

"Rosana disse que era muito vingativa e se comparou, inclusive, com o Deus justiceiro do velho testamento", pontua o delegado. Além das facadas, a criança teve o pênis e os testículos extirpados pela mãe - ainda quando estava vivo, há 1 ano.

A "justificativa" dada pela acusada é uma vingança contra o pai e avós da criança. As duas mulheres estão presas na ala feminina do Complexo Penitenciário da Papuda, isoladas e em celas separadas - sem contato com as outras detentas. Agora a conclusão da investigação segue para o Ministério Público, que pode oferecer ou rejeitar as denúncias contra as acusadas.

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