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O voto é secreto, pessoal e intransferível, diz a lei. A Constituição Brasileira, em seu Artigo 14, determina que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”. Entretanto, o assédio eleitoral, presente sobretudo em empresas, existe e é tipificado em lei como crime.

Segundo o Artigo 300 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965), é crime o servidor público valer-se de sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido. A pena é de até seis meses de detenção, mais multa. Da mesma forma, é crime usar de violência ou ameaçar alguém, coagindo-o a votar em determinado candidato.

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, criticou recentemente a prática criminosa que, segundo ele, tem ocorrido nas eleições deste ano. “Lamentavelmente, no século 21, retornamos a uma prática criminosa que é o assédio eleitoral, praticado por empregadores coagindo, ameaçando, prometendo benefícios para que seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas”, disse após uma sessão plenária.

“Não é possível que ainda se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto. A Justiça Eleitoral tem um canal específico para que todos aqueles que queiram denunciar essa prática ilícita possam fazer com absoluta tranquilidade, garantindo o sigilo, para que possamos coibir essa prática nefasta”, acrescentou o presidente do TSE. As denúncias também podem ser feitas no site do Ministério Público do Trabalho . 

O canal de denúncia dessa prática é o aplicativo para celular Pardal, disponível nas lojas virtuais appstore (para smartphones Android) e App Store (para smartphones da Apple). Ele permite o envio de denúncias com indícios de práticas indevidas ou ilegais no âmbito da Justiça Eleitoral.

Benesses no dia da eleição

Outra forma criminosa de influenciar no voto de terceiros é a promoção de facilidades ou benesses no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto. Tipos de promoção comuns são o fornecimento gratuito de alimento ou até mesmo transporte. A pena para esse tipo de crime é reclusão de 4 a 6 anos e o pagamento de 200 a 300 dias-multa.

Essa prática, no entanto, não deve ser confundida com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que prefeituras e empresas de ônibus poderão oferecer transporte público gratuito no segundo turno das eleições, que será realizado no próximo dia 30.

Nesse caso, o transporte será fornecido pelos Executivos municipais, com autorização do STF, a fim de garantir o direito do voto, que é obrigatório, em um cenário no qual muitos eleitores não têm condições de pagar a passagem até o local de votação. Em muitos casos, a passagem é mais cara do que a multa pelo não comparecimento, cujo valor máximo é de R$ 3,51.

A Constituição Brasileira de 1988 foi um marco positivo para as questões referentes aos direitos da mulher, porém há ainda um longo caminho a ser trilhado. A avaliação foi feita pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) durante a audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta terça-feira (20). Com o tema “Direitos das mulheres e a Constituição de 1988”, a reunião integra a programação do Março Mulheres 2018 e as comemorações dos 30 anos da promulgação da Constituição em vigor.

Para Anastasia, é necessário buscar uma cultura de paz no Brasil. Mulheres e homens devem ter boa vontade para construir um país desenvolvido e civilizado, com reconhecimento do direito de todos. "É no ambiente familiar que essa cultura de paz se forma. Quando a criança presencia agressões contra a mulher, ela vai achar natural que aquilo possa ser reproduzido", afirmou.

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O juiz de direito do TJDFT Ben-Hur Viza explicou que as fortes impressões culturais do país prejudicam o processo em defesa da mulher vítima de violência, mesmo com os avanços da Lei Maria da Penha.

Segundo Viza, é preciso questionar por que uma mulher desiste de um processo judicial. Ele relatou que é “angustiante” ver que a mulher apanha do marido, vai à delegacia registrar a ocorrência e quando chega ao judiciário, ela não quer prestar declarações.

"A mulher pede medida protetiva, mas faz questão de dizer que não quer que o marido seja processado e preso. Mas aí a gente começa a refletir que ela aprendeu desde pequena que para a mulher ser feliz, ela precisa de um homem".

A Subprocuradora-Geral da República, Ela Wiecko, afirmou que é imprescindível que o Brasil estude exemplos de outros países para alcançar o sucesso na igualdade de oportunidades às mulheres. Além disso, Wiecko ressaltou que há uma ofensiva no sentido de vedar o uso da palavra gênero das políticas públicas. "Fazer isso significa estar contra o direito das mulheres a não serem discriminadas e de sofrerem violência. Isso também viola os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em Direitos Humanos, o que pode fazer o país sofrer sanções pelo descumprimento dos mesmos", alertou.

Políticas públicas

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) comentou as cotas para mulheres na política brasileira. Para ela, o ideal seria uma lista com alternância de homens e mulheres que levasse a quase paridade, sobretudo em relação ao piso para fundo eleitoral.

A doutora em Direitos Humanos Eloísa de Almeida, também presente na audiência, disse acreditar que no momento de crise em que o país vive, a Constituição sofreu uma série de remendos que afeta o seu núcleo no que diz respeito à igualdade.

"A Emenda do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e previdenciária desconstroem o projeto social da Constituição, empobrecendo a cidadania. Perdem todos. E as mulheres que não são nem livres, nem iguais perdem mais".

Da Agência Senado 

“Questões dos Princípios Fundamentais da Constituição do Brasil: erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”. Esse foi o tema da prova de redação do Vestibular 2016 da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que teve início neste sábado (12). Segundo a instituição de ensino, para desenvolverem a dissertação, os candidatos receberam uma folha com o texto constitucional e acima dele existiam três fotos de pessoas em situação de pobreza.

De acordo com a Unicap, o enunciado pedia que o fera opinasse sobre a pergunta “Presente a realidade ilustrada pelas imagens e o texto da nossa Constituição, a quem se deve cobrar o cumprimento da Lei?”. Neste sábado, candidatos de todas as áreas responderam ao Vestibular, com exceção dos concorrentes de saúde, que participam do processo seletivo neste domingo (13).

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Amanhã, os candidatos que não optaram fazer o vestibular usando a redação do Enem de 2014 farão outro texto dissertativo, mas com um tema diferente do abordado hoje. Os portões dos locais de prova serão fechados exatamente às 8h.

Mais de 3 mil vagas são oferecidas no Vestibular 2016 da Unicap, distribuídas em 32 cursos. A Universidade promete divulgar o listão com os aprovados até o dia 21 deste mês. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas pelos contatos (81) 2119-4143 e coave@unicap.br.  

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