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O Tribunal de Contas da União (TCU) deu posse nesta quinta-feira, 3, ao ministro Antonio Anastasia, que chega à Corte para ocupar uma das três cadeiras de indicação do Senado. Em seu discurso de posse, o novo ministro disse que vai prezar pela segurança jurídica no órgão.

A atuação de Anastasia no TCU é aguardada tanto pelo mercado quanto pelo governo, tendo em vista seu histórico em Gestão Pública e Direito Administrativo. Assim, quem acompanha a Corte de Contas de perto diz que ele chega com status de "protagonista" ao Tribunal. Ele substituirá o ministro Raimundo Carreiro, que se aposentou e será embaixador do Brasil em Portugal.

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Anastasia foi o autor do projeto de lei no Senado que resultou na nova Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que tem forte impacto no julgamento de gestores por parte dos tribunais de contas. A intenção do texto é aumentar a segurança jurídica na interpretação e aplicação do Direito Público, principalmente em relação aos gestores.

No discurso, Anastasia disse que a nova legislação "estimula um ambiente de prosperidade econômica" necessária, tanto para o mundo empresarial, em relação aos investimentos no País, quanto para a administração pública, na hora de tomar decisões envolvendo o uso de recursos públicos.

"A lei permitiu ao gestor público não ter o receio do apagão das canetas, para que ele possa decidir com altivez e prosperidade. Aquele que age com correção, sem dolo e sem má-fé não tem motivo de temer e decidir em prol da comunidade e do serviço público", afirmou o novo ministro.

O ministro Raimundo Carreiro deixou o Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (26). Indicado pelo Senado, ele estava na Corte desde 2007. A sua vaga será ocupada pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG), que foi escolhido pelo Senado em dezembro.

Carreiro foi Secretário-Geral da Mesa Diretora do Senado por 12 anos antes de chegar ao TCU. Em discurso proferido ao fim da sessão, ele destacou sua trajetória no serviço público - foi secretário e afirmou que a passagem pelo TCU significou a “culminação” da carreira. Ele foi presidente da Corte entre 2017 e 2018, tarefa que considerou seu maior desafio.

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"Aqui, nestes últimos 15 anos, tenho me empenhado para cumprir da melhor maneira possível esta função, verdadeira culminação da minha carreira como servidor público", disse.

O ministro Bruno Dantas, vice-presidente do TCU, comandou a sessão desta quarta e cumprimentou Carreiro pela “inestimável contribuição” ao tribunal. Dantas também é servidor de carreira do Senado, na função de consultor, e foi indicado pelos senadores em 2014.

"Carreiro trabalha com foco na missão da Casa que serve, sempre em busca de saídas que aprimorem seu desempenho institucional. A discrição e a sobriedade que o caracterizam são marcas dos homens públicos cujo brilhantismo está muito mais em gestos e ações do que em palavras", frisou.

Dantas lembrou que Carreiro teve participação importante em encontrar soluções legislativas e regimentais para tarefas do Senado durante sua gestão como Secretário-Geral da Mesa, como nos casos da reforma do Código Civil, entre 1997 e 2000, e da reforma da Previdência Social de 2003.

O ministro Vital do Rêgo, ex-senador e outro que foi levado ao TCU pelo Senado, também classificou Carreiro como um servidor público “exemplar”.

"Carreiro foi um exemplo para mim enquanto membro do parlamento brasileiro. Aqui no TCU, foi sempre um homem de conduta firme, leal e marcada pelo espírito público", disse.

As vagas do TCU são distribuídas entre indicações do Senado, da Câmara dos Deputados e da Presidência da República - três para cada. As vacâncias devem ser preenchidas de forma vinculada: a substituição de um ministro cabe ao mesmo ente que o indicou.

Carreiro ocupou a cadeira deixada pelo ex-senador Iram Saraiva (GO), que esteve no TCU entre 1994 e 2003. A sua indicação resolveu um impasse sobre a vaga que se estendeu por mais de dois anos. O primeiro nome oferecido pelo Senado foi o do ex-senador Luiz Otávio (PA), aprovado em 2004, mas a indicação ficou parada na Câmara até 2006, quando foi rejeitada. Carreiro foi escolhido na sequência e foi aprovado por unanimidade entre os senadores; pouco depois a Câmara ratificou a nomeação.

Natural de Benedito Leite (MA), Raimundo Carreiro se formou em direito em Brasília (DF) e ingressou no Senado como auxiliar de pesquisa, chegando ao cargo de analista legislativo na área de orçamento público. Em 1995 foi nomeado Secretário-Geral da Mesa e exerceu a função por 12 anos, até sua indicação para o TCU. Carreiro vai assumir agora a embaixada brasileira em Portugal, posto para o qual foi aprovado pelo Senado em novembro.

*Da Agência Senado

Com 52 votos obtidos nessa terça-feira (14), a indicação do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) ao Tribunal de Contas da União (TCU) deverá ser aprovada pela Câmara dos Deputados. Apoiado por apenas 7 dos 78 senadores, a surpresa foi a baixa adesão ao concorrente do presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Distante dos adversários: Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, e do próprio Bezerra Coelho, com 7, a vitória de Anastasia também é vista como uma vitória do correligionário e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nos bastidores, a senadora esperava que o pernambucano desistisse do pleito e unisse forças por sua indicação.

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Com a vaga deixada pelo ministro Raimundo Carreiro, que será embaixador em Portugal, Anastasia assume o TCU e deixa a cadeira no Senado para o suplente Alexandre Silveira (PSD-MG). Caso aprovado, o futuro ex-senador se junta a oito ministros para acompanhar contas prestadas pela Presidência e o uso de recursos da União.

Aos 60 anos, Anastasia é mestre em Direito Administrativo e deu aula na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) até 2006. Ele foi vice-presidente do Senado até o início deste ano e titular das comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE); e de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Com a carreira política estreitamente ligada a Aécio Neves, o senador participou da relatoria da Comissão Especial do Impeachment contra a ex-presidente Dilma Roussef (PT) e chegou a ser citado na Operação Lava Jato por suspeita de receber dinheiro do doleiro Alberto Youssef.

Youssef confirmou à Polícia Federal que mandou recursos a Belo Horizonte, que era governado por Anastasia, mas não confirmou se o repasse foi feito ao gestor. Na época, o então procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, arquivou o processo.

Em sua atuação no Senado, concordou com a Reforma da Previdência e se mostrou contra o Decreto das Armas que Bolsonaro tentou viabilizar em 2019 para flexibilizar o porte a civis. 

O ponto que marca sua trajetória política ocorreu na década de 90, quando assumiu interinamente o Ministério do Trabalho do governo de Fernando Henrique Cardoso, que depois o nomeou como secretário executivo do Ministério da Justiça.

Anastasia participou da primeira campanha de Aécio ao governo de Minas Gerais e foi secretário de Planejamento e Gestão e de Defesa Social com a vitória. Ele foi efetivado a vice-governador e depois assumiu a gestão quando o titular abandonou o mandato para concorrer ao Senado.

Reeleito ainda em 2010 com 62,72%, foi até o último ano da gestão no Governo, mas deixou o cargo para, novamente, participar da campanha de Aécio, dessa vez à Presidência. Em 2014, concorreu ao Senado e foi eleito como representante de Minas Gerais.

Com 52 votos, o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) foi escolhido pelo Plenário do Senado para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), na vaga deixada pelo ministro Raimundo Carreiro, que será embaixador do Brasil em Portugal. 

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) teve 19 votos e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) teve 7 votos. 

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*Da Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ouviu, nesta terça-feira (14), os três indicados à vaga do Tribunal de Contas da União (TCU) aberta pela saída do ministro Raimundo Carreiro Silva, que assumirá o cargo de embaixador do Brasil em Portugal.

Os indicados são os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e Kátia Abreu (PP-TO). O presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que a escolha será feita pelo Plenário do Senado, em votação secreta, e que a reunião da comissão serviria para "avaliar, em caráter descritivo, os requisitos" dos indicados, pela ordem alfabética dos nomes.

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Inicialmente, foi feita a leitura dos relatórios das três indicações. Os relatores foram, respectivamente, Cid Gomes (PDT-CE), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Cid Gomes disse considerar Anastasia "o senador mais preparado para todas as funções". Eduardo Gomes louvou "o cabedal extraordinário de conhecimentos" de Fernando Bezerra. Oriovisto Guimarães ressaltou que Kátia Abreu foi a primeira mulher a ocupar diversos cargos, entre eles a presidência da Confederação Nacional da Agricultura. Todos reconheceram a dificuldade da missão de escolher entre os três senadores, diante das qualificações dos indicados.

Em seguida, os indicados tiveram direito a 20 minutos de exposição. Os três ressaltaram como suas trajetórias os qualificam para a vaga.

Antonio Anastasia prometeu lutar por "segurança jurídica" na administração pública, e afirmou que seu currículo lhe confere prestígio junto ao corpo técnico do TCU: "Tenho essa sensibilidade para as dificuldades do gestor, que muitas vezes desconhece o detalhe da norma. A minha experiência nos governos, inclusive como governador de Minas, me permite esse empenho".

Fernando Bezerra, que é líder do Governo no Senado, alertou para o mal do "apagão das canetas", que leva muitos gestores a não tomar decisões, por medo do crivo dos órgãos de controle: "O cargo requer capacidade de interlocução, não apenas com os gestores, mas com todas as organizações e cidadãos impactados. Décadas de atividade política, aliadas à minha experiência como gestor, qualificam-me para realizar este objetivo".

Kátia Abreu relembrou os sacrifícios de sua trajetória pessoal, desde a juventude. Disse que quer fortalecer o elo do TCU com o Congresso e com o Judiciário: "Nós não somos inimigos, somos parceiros. Se o TCU faz alguma coisa que incomoda o Congresso, cabe a nós reformular as leis para eles cumprirem. Eles estão ávidos para que soluções sejam levadas. Desde agosto tomo aula com vários auditores, de caderno e caneta em punho".

Alternância

Cumpre ao Congresso Nacional escolher dois terços dos ministros do TCU; o terço restante cabe à Presidência da República. A Lei 8.443, de 1992, e o Decreto Legislativo 6, de 1993, regulamentam o processo de preenchimento das vagas que competem ao Congresso, alternando-se na tarefa o Senado e a Câmara dos Deputados. Para a vaga atualmente aberta, cabe à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a apreciação e ao Plenário da Casa a escolha, em votação secreta.

Segundo a Constituição Federal (artigo 73, parágrafo único), os ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: "mais de 35 e menos de 65 anos de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados".

*Da Agência Senado

O senador Otto Alencar (PSD-BA) anunciou, nesta terça-feira (18), em Plenário, que o senador Antonio Anastasia, representante de Minas Gerais, passou a compor a bancada do PSD no Senado.

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Otto destacou a experiência e a capacidade profissional, administrativa e política de Anastasia, lembrando que ele colaborou com a constituinte mineira, em 1989; foi secretário-executivo do antigo Ministério do Trabalho e Ministério da Justiça; além de ter sido governador de Minas Gerais, chegando ao Senado em 2015, depois de conquistar mais de cinco milhões de votos nas eleições de 2014.

“Quero parabenizar vossa excelência por essa carreira promissora. Ao longo dela, traçou um caminho de respeito, de competência, de honra e de dignidade. Eu tenho uma grande admiração por vossa excelência, senador Anastasia, pelo o que o senhor representa e representou para Minas e para o Brasil. Eu digo sempre que é um político de nível nacional que poderia ocupar qualquer cargo e traria grandes contribuições para o nosso país”, ressaltou Otto Alencar.

Antes de compor a bancada do PSD no Senado, Antonio Anastasia era filiado ao PSDB.

 

*Da Agência Senado

 

 

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) vai analisar mudanças na forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, a escolha é feita pelo presidente da República.

Com a proposta, a indicação seria feita a partir de uma lista tríplice, com nomes indicados por STF, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Procuradoria-Geral da República. Além disso, o mandato seria fixado em 10 anos, sendo proibida a recondução. Essas mudanças estão previstas no substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), elaborado a partir da PEC 35/2015, proposta de emenda à Constituição apresentada pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS).

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Anastasia também incorporou sugestões de outras propostas. Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), o fim do cargo vitalício fará com que os magistrados prestem contas à sociedade. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

*Da Agência Senado

 

Por unanimidade, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (20) um projeto de lei ( PLS 429/17) que obriga partidos políticos a cumprirem uma série de normas para aumentar a transparência e evitar atos de corrupção.

De autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o texto altera a Lei dos Partidos Políticos para submeter seus representantes a programas de compliance, sistema de integridade amparado em regras de responsabilidade social e princípios éticos, sob pena de suspensão de recebimento do Fundo Partidário, pelo período de até 12 meses.

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Como foi aprovado em caráter terminativo pela CCJ, caso não seja apresentado recurso para votação no plenário do Senado, a matéria seguirá para apreciação da Câmara dos Deputados.

“Como qualquer pessoa jurídica, os partidos políticos também devem ter procedimentos e controles robustos, baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais, a fim de evitar irregularidades e ilícitos, principalmente por lidarem com recursos públicos”, justificou Anastasia no projeto.

A ideia é que cada partido fique obrigado a prever o programa de integridade em seu respectivo estatuto.

O plano deverá reunir um conjunto de mecanismos internos de controle, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades, além de uma estratégia para aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, política e diretrizes, com o objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e outros ilícitos praticados ou atribuídos ao partido.

Código de Conduta deverá ter três eixos

O Código de Conduta e Integridade previsto na proposta deverá ter três eixos: princípios, valores e missão do partido; orientações para a prevenção de irregularidades e de conflitos de interesses; e condutas vedadas aos integrantes ou colaboradores do partido.

O projeto estabelece ainda que o partido terá de oferecer, duas vezes ao ano, treinamentos específicos sobre legislação eleitoral, controles internos, governança, padrões de conduta, código de ética, políticas e procedimentos de integridade.

Por fim, determina que a violação do programa de integridade passa a ser causa de cancelamento imediato da filiação partidária

“Não se trata de restringir a autonomia dos partidos políticos, mas exclusivamente de dotá-los de meios para que exerçam seu indispensável papel na sociedade, de instrumento para a atuação política do cidadão, com ética, transparência e responsabilidade em relação aos respectivos filiados e ao povo brasileiro”, defendeu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator da proposta.

O senador Antonio Anastasia, ex-governador mineiro e pré-candidato ao Palácio da Liberdade pelo PSDB, declarou nesta sexta-feira, 15, em Tiradentes (MG), que o senador Aécio Neves - réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e obstrução de Justiça - decidirá, "no tempo oportuno", quanto a uma eventual candidatura nas eleições deste ano.

Anastasia deu entrevista durante evento voltado a empresários na cidade histórica mineira, antes de participar de um debate entre pré-candidatos ao governo de Minas. Além de Anastasia, Marcio Lacerda (PSB), Rodrigo Pacheco (DEM) e Romeu Zema (Novo) participaram do debate. Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello (PSC) e Alvaro Dias (Podemos), pré-candidatos à Presidência da República, também compareceram ao encontro.

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Sobre Aécio, que não foi ao evento, Anastasia declarou que "no tempo oportuno, (ele) decidirá se é candidato ou não nestas eleições". O ex-governador tucano afirmou ainda que as negociações para os dois nomes apoiados pelo PSDB para se candidatar ao Senado por Minas deverão se prolongar.

"Acho que a Copa do Mundo dará uma espécie de armistício provisório em termos de composições. Por conta do calendário eleitoral mais extenso, essas tratativas vão se delongar um pouco mais", disse Anastasia, ao lado de Marcos Montes (PSD), que foi anunciado como vice em sua chapa na segunda-feira, 11. Anastasia apontou Dinis Pinheiro (SD) e Carlos Vianna (PHS) como "bons nomes" para o Senado por Minas.

O pré-candidato disse que confia no desempenho do presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin. "Acredito que, quando a campanha engrenar, teremos a figura de Alckmin assumindo uma das posições de ponta. Acho que é o candidato de centro que tem mais condições de ir ao segundo turno", disse Anastasia, comentando o fato de o ex-governador paulista ter figurado em quarto lugar em pesquisa divulgada pelo Datafolha no domingo, com 7% das intenções de voto.

O ex-governador mineiro afirmou ainda que, na sua opinião, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado na Operação Lava Jato, terá dificuldade de registrar candidatura.

A regulamentação da eleição indireta para presidente e vice-presidente da República, em caso de vacância de ambos os cargos nos dois últimos anos do mandato presidencial, foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Se não houver recurso para análise em Plenário, o projeto segue para a Câmara dos Deputados. O texto foi apreciado na última quarta-feira (23). 

Do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o projeto regulamenta o parágrafo 1º do artigo 81 da Constituição, onde já está previsto que essa eleição será indireta, ou seja, ficará a cargo do Congresso Nacional, e será realizada 30 dias após a vacância dos cargos.

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“O projeto vem normatizar a situação, os partidos poderão apresentar candidatos, sejam deputados e senadores ou qualquer outra pessoa, desde que seja do entendimento. Que se coloque como pré-candidato e seja eleito à votação de deputados e senadores”, explicou Caiado.

Os sucessores escolhidos nesse processo deverão exercer suas funções pelo tempo que falta para o término do mandato presidencial. Nos 15 dias seguintes à vacância, os partidos ou coligações poderão registrar seus candidatos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos a presidente e a vice-presidente da República vão ser registrados em chapa única.

De acordo com o PLS 725/2015, os deputados federais e senadores que estejam exercendo seu mandato, reunidos em sessão unicameral convocada exclusivamente para essa finalidade, serão os habilitados a votar nessa eleição indireta.

O voto será secreto e registrado em cédulas. Concluída a votação, a Mesa do Congresso Nacional vai apurar os votos e, se nenhuma chapa alcançar a maioria absoluta, um segundo turno será realizado com as duas chapas mais votadas. Depois de proclamado o resultado, o presidente e o vice-presidente da República eleitos tomarão posse e prestarão compromisso na mesma sessão em que ocorrer a eleição.

Impeachment e lacuna constitucional

Caiado apresentou o PLS 725/2015 em meio à crise instaurada no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando se cogitava um processo de impeachment para afastá-la da Presidência da República. O parlamentar aproveitou o momento político do país, em que se questionava o mandato de Dilma, para encaminhar a regulamentação dos dispositivos da Constituição Federal que tratam da vacância dos cargos de presidente e vice-presidente da República.

“Torna-se imperiosa a colmatação dessa lacuna no ordenamento jurídico, mediante a edição de lei que regule o processo de eleição do Presidente da República pelo Congresso Nacional”, defendeu Caiado na justificação do projeto.

Linha de argumentação similar foi adotada pelo relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ao recomendar a aprovação do PLS 725/2015.

“No mérito, o PLS é absolutamente louvável, não só por buscar suprir uma inolvidável lacuna normativa, mas também por fazê-lo de forma técnica e constitucionalmente impecável, inclusive com a necessária obediência às regras de eleição por maioria absoluta; de possibilidade de segundo turno; e de realização de sessão unicameral”, destacou Anastasia no parecer.

O tucano ainda corrigiu o que considerou duas omissões no texto. Estabeleceu, nesta eleição presidencial suplementar, que as candidaturas devem obedecer a todas as condições de elegibilidade e hipóteses de inelegibilidade previstas na Constituição e na legislação eleitoral.

Também deixou claro que, enquanto os cargos de presidente e vice-presidente da República estiverem vagos e os eleitos ainda não tiverem tomado posse, serão chamados a exercer a Presidência da República, sucessivamente, o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do STF. Determinou, ainda, que a eleição indireta será descartada se a última vacância ocorrer a menos de 30 dias do fim do mandato presidencial.

*Da Agência Senado

A Constituição Brasileira de 1988 foi um marco positivo para as questões referentes aos direitos da mulher, porém há ainda um longo caminho a ser trilhado. A avaliação foi feita pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) durante a audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta terça-feira (20). Com o tema “Direitos das mulheres e a Constituição de 1988”, a reunião integra a programação do Março Mulheres 2018 e as comemorações dos 30 anos da promulgação da Constituição em vigor.

Para Anastasia, é necessário buscar uma cultura de paz no Brasil. Mulheres e homens devem ter boa vontade para construir um país desenvolvido e civilizado, com reconhecimento do direito de todos. "É no ambiente familiar que essa cultura de paz se forma. Quando a criança presencia agressões contra a mulher, ela vai achar natural que aquilo possa ser reproduzido", afirmou.

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O juiz de direito do TJDFT Ben-Hur Viza explicou que as fortes impressões culturais do país prejudicam o processo em defesa da mulher vítima de violência, mesmo com os avanços da Lei Maria da Penha.

Segundo Viza, é preciso questionar por que uma mulher desiste de um processo judicial. Ele relatou que é “angustiante” ver que a mulher apanha do marido, vai à delegacia registrar a ocorrência e quando chega ao judiciário, ela não quer prestar declarações.

"A mulher pede medida protetiva, mas faz questão de dizer que não quer que o marido seja processado e preso. Mas aí a gente começa a refletir que ela aprendeu desde pequena que para a mulher ser feliz, ela precisa de um homem".

A Subprocuradora-Geral da República, Ela Wiecko, afirmou que é imprescindível que o Brasil estude exemplos de outros países para alcançar o sucesso na igualdade de oportunidades às mulheres. Além disso, Wiecko ressaltou que há uma ofensiva no sentido de vedar o uso da palavra gênero das políticas públicas. "Fazer isso significa estar contra o direito das mulheres a não serem discriminadas e de sofrerem violência. Isso também viola os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em Direitos Humanos, o que pode fazer o país sofrer sanções pelo descumprimento dos mesmos", alertou.

Políticas públicas

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) comentou as cotas para mulheres na política brasileira. Para ela, o ideal seria uma lista com alternância de homens e mulheres que levasse a quase paridade, sobretudo em relação ao piso para fundo eleitoral.

A doutora em Direitos Humanos Eloísa de Almeida, também presente na audiência, disse acreditar que no momento de crise em que o país vive, a Constituição sofreu uma série de remendos que afeta o seu núcleo no que diz respeito à igualdade.

"A Emenda do Teto de Gastos, a reforma trabalhista e previdenciária desconstroem o projeto social da Constituição, empobrecendo a cidadania. Perdem todos. E as mulheres que não são nem livres, nem iguais perdem mais".

Da Agência Senado 

Indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes será sabatinado na próxima terça-feira (21) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. A data foi marcada pelo vice-presidente da comissão, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que presidiu a sessão de hoje onde foi apresentado o relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) favorável a indicação de Moraes.

Um embate entre oposição e governo sobre o adiantamento da sabatina gerou polêmicas. A base governista queria a arguição já nesta quarta-feira (15), alegando situação anterior, quando teria havido antecipação de oitiva de autoridade. Já senadores da oposição pediam o cumprimento de prazo regimental de cinco dias úteis para convocação do indicado.

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"É uma questão política: nós queremos ter tempo para levantar todos os dados necessários sobre a vida profissional do indicado para poder inquiri-lo adequadamente. É inaceitável que ele não possa passar mais cinco dias à luz do sol, até que tenhamos reunidos todos os elementos de que precisamos para a sabatina", afirmou o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE). "Por que essa pressa? A base do governo tem, aparentemente, número suficiente para aprovar o nome do indicado. Por que tanto açodamento então?", acrescentou, indagando.

Anastasia manteve a previsão do Regimento Interno do Senado, ponderando que a realização da sabatina na próxima semana daria aos senadores condição de analisar as informações contidas no relatório de Eduardo Braga e permitiria a participação dos cidadãos. “É durante esse prazo que questionamentos sobre a vida pregressa [do indicado] poderão ser encaminhados ao relator para serem divididos com a comissão”, ponderou.

Licenciado do Ministério da Justiça, Alexandre de Moraes foi indicado por Temer para a vaga de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro passado.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta terça-feira (9), que o melhor caminho para o país é manter a presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo, rejeitando, assim, o parecer relator Antônio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda a continuidade do processo de impeachment e o julgamento da petista por crimes de responsabilidade. 

“O caminho é manter a Dilma, fazer o plebiscito para antecipar eleição e realizar uma boa reforma política”, pregou. “Hoje vou votar contra a entrega do petróleo brasileiro, contra a precarização do trabalho, da saúde e da educação... Não à corrupção e ao golpe”, acrescentou.

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Apesar de ser correligionário do presidente em exercício Michel Temer, Requião compõe a pequena ala do PMDB contrária à destituição do mandato de Dilma. Durante a fase de admissibilidade, o peemedebista disse que Temer cometeria “ainda mais erros” que a petista e classificou o impeachment como “uma monumental asneira”. 

O plenário do Senado iniciou por volta das 9h45 a sessão que analisará o parecer de Anastasia. A reunião está sendo conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. No momento, membros da oposição estão apresentando questões de ordem para tentar suspender a votação.

Após essa parte, Anastasia fará a leitura do parecer. A partir daí, cada senador terá até dez minutos para discursar no plenário. Até a noite dessa segunda-feira (8), 43 senadores haviam se inscrito para essas considerações. Se todos eles utilizarem o tempo máximo para a fala, mais de sete horas serão utilizadas apenas para que eles se pronunciem. Outros senadores ainda podem se inscrever. 

Depois deles, a acusação e a defesa farão as considerações finais, tendo 30 minutos cada para isso. Então, a votação será iniciada.

Os senadores irão votar pelo painel eletrônico do Senado e cada partido poderá apresentar até quatro destaques para serem votados separadamente. Nesse caso, as sugestões de mudanças são deliberadas após o texto principal.

A cada quatro horas de sessão haverá um descanso de uma hora para os parlamentares, conforme acertado na última semana entre Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários.

*Com Dulce Mesquista

Como já era esperado, o relator do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), considerou, no parecer apresentado à comissão, que a então chefe do Executivo federal cometeu crime de responsabilidade devido à "abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional" e pela realização de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União", as chamadas pedaladas fiscais. "Em face do exposto, o voto é pela procedência da acusação e prosseguimento do processo", disse no parecer.

No texto, Anastasia sustentou que as medidas consideradas no processo contribuíram para a crise econômica do país. "Os artifícios e manobras fiscais utilizados para a expansão do gasto implicaram perda de confiança dos agentes econômicos, dos investidores, das pessoas físicas, nos números da economia e no futuro da economia, e, hoje, perda do grau de investimento do Brasil pelas principais agências de classificação de risco". Para ele, a conduta atentou contra a responsabilidade fiscal e as prerrogativas do Congresso Nacional , responsável por aprovar o orçamento do governo federal.

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Em relatório de 441 páginas, o senador concluiu ainda que houve descumprimento de oito princípios: do planejamento, transparência, prudência, equilíbrio das contas públicas, legalidade, separação de poderes, moralidade administrativa e democrático. "Instaurou-se um vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País", acusou. Para ele, Dilma tinha acesso a todas as informações e poderia "interromper o curso".

Acusado de golpista por aliados da presidente afastada, Anastasia também frisou, no texto, que a decisão considera a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele também negou que o processe siga a interesses políticos. "Não se trata, aqui, de contrastar o mandato da Senhora Presidente da  República com  índices críticos de impopularidade; com o sentimento de rejeição,  latente ou  explícito,  que  se  alastra em redes sociais (...); igualmente, não se cuida de uma  revisão da biografia da mandatária da Nação", destacou.

Próximos passos – O cronograma estabelecido pelo colegiado prevê que o parecer do relator seja discutido nesta quarta (3) e votado na quinta (4). Caso os senadores aprovem o relatório, a matéria seguirá para a apreciação do plenário do Senado. A expectativa é de que seja lido na sexta (5) e votado na próxima terça (9). Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Para que o processo continue é necessária maioria simples de votos. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve começar no dia 29 de agosto e durar uma semana.

 

Com a leitura da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), encerrou a etapa de produção de provas. A partir desta quinta (7) serão contados os 15 dias para alegação final da acusação e defesa.

Lira também confirmou que o colegiado só voltará a se reunir no dia 2 de agosto, quando o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) vai apresentar o relatório sobre o processo. No dia 3 de agosto, a comissão fará a discussão do parecer que deve ser votado no dia 4. 

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Já no dia 5, será feita a leitura do parecer em Plenário, onde a matéria deverá ser discutida e votada no dia 9 de agosto. Se for aprovado em Plenário, serão concedidas 48 horas para manifestações da acusação e defesa. Após esse período, haverá um prazo de dez dias para a marcação da data do julgamento definitivo. 

A comissão especial do impeachment se reúne, na manhã desta quinta-feira (2), para discutir o plano de trabalho do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). Com os ânimos acalorados, os parlamentares iniciaram a sessão debatendo uma questão de ordem da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) sobre o prazo para a defesa apresentar a alegação final. Ela pediu a redução de prazo das alegações finais, em 10 dias do proposto por Anastasia, e foi atendida pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB).

A proposta de Tebet foi questionada pelo advogado de defesa José Eduardo Cardozo. “A mais importante das manifestações é a alegação final. Este encurtamento viola o direito de defesa, o princípio da razoabilidade e a decisão do Supremo Tribunal Federal”, cravou. 

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Corroborando Cardozo, o senador Lindemberg Farias (PT) disse que acatando a questão de ordem da peemedebista, o presidente da comissão estaria “rasgando” a ponderação com que conduziu os trabalhos até agora. “O senhor quer dar um tempo menor do que o de Collor. Estamos começando muito mal. Os senhores querem cortar 20 dias do que foi apresentado pelo senador Anastasia. Está havendo uma pressão sim, deste presidente interino Michel Temer para que tudo seja votado antes das Olimpíadas”, observou o petista.

Rebatendo os argumentos, Raimundo Lira disse que a decisão de aceitar a questão de ordem da senadora Simone Tebet foi baseada na lei e os que questionam recorram ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoviscki. “Não estou sendo pressionado por ninguém, não aceito pressão para fazer o que não acho certo”, cravou o presidente da comissão. 

Além da discussão dos prazos apresentados por Antônio Anastasia, a expectativa é de que também sejam votados alguns requerimentos. Há um do senador José Medeiros (PSD-MT), que pede uma audiência com o secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira de Medeiros. Há ainda uma solicitação do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que o STF encaminhe à comissão os autos que demonstrem a possível ocorrência de crime de obstrução da Justiça com a nomeação de Luis Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

Com as mudanças, o período de alegação final da defesa seria modificado de 21 de junho a 5 de julho, para 21 junho a 25 de junho; 4 de julho a nova data para a leitura do relatório na comissão e 12 ou 13 de julho para a votação final do processo de impeachment.

O prazo para que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) apresente a defesa prévia na segunda fase do processo de impeachment, que tramita na Comissão Processante do Senado, encerra nesta quarta-feira (1º). Os argumentos de defesa serão encaminhados pelo advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da extinta Controladoria Geral da União (CGU). 

No dia seguinte, o colegiado votará o cronograma apresentado pelo relator do caso, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). O tucano propôs que o parecer, que indicará se Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade, seja votado pelos pares no dia 27 de julho. E vá para a análise do Plenário no dia 2 de agosto. Caso a previsão de Anastasia seja aprovada, o período de afastamento de Dilma pode ser reduzido em 90 dias.

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Com o calendário mais flexível e o tempo máximo de 180 dias - para o fim do afastamento - , a celeridade dos trabalhos foi condenada, inclusive, por senadores a favor do impeachment da petista. O cronograma foi apresentado na semana passada e após pedido de vista coletivo a votação foi transferida para o dia quinta.

A comissão especial do impeachment no Senado inicia, nesta quarta-feira (25), a discussão sobre o calendário de trabalhos da segunda etapa do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A proposta foi apresentada pelo relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) e, após vista coletiva concedida pelo presidente Raimundo Lira (PMDB-PB), a votação foi adiada para o próximo dia 2 de junho. O pedido de vistas foi apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT). 

O cronograma estipulado pelo tucano reduz de pela metade – de 180 para 90 dias – o período para a análise das provas contra a petista, as diligências e debates entre a acusação e a defesa, além da audiência de testemunhas e da exposição final da defesa.  E a votação do relatório seria em 27 de julho.

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Com a admissibilidade do processo, aprovada no último dia 12, o colegiado se transforma numa "comissão processante" e apesar de continuar sendo presidido pelo senador Raimundo Lira caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, coordenar as atividades.

Com o calendário mais flexível e o tempo máximo de 180 dias - para o fim do afastamento - , a celeridade dos trabalhos foi condenada, inclusive, por senadores a favor do impeachment da petista. “Não devemos ter pressa. Temos até 17 de novembro para votar o final do afastamento da presidente da República e com isso a sociedade vai poder se inteirar mais. Vamos poder mostrar todos os esqueletos que o PT produziu todos esses anos e o quanto lapidaram a área da saúde, vamos poder buscar um quadro real do desemprego... Não queremos que isso tenha celeridade, mas um prazo bem alongado para discutir o assunto. Precisamos trazer a realidade”, defendeu o senador Ronaldo Caiado (DEM). 

Já no início da sessão o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou questão de ordem pedindo que o calendário da Comissão do Impeachment seja fixado após o recebimento da defesa prévia da presidente Dilma Rousseff, até 1º de junho. “Todos nós temos que estar imbuídos de assegurar o direito de defesa da presidente”, concordou o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).

Veja o cronograma:

A comissão especial do impeachment no Senado retoma os trabalhos na próxima semana. O relator do processo, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), apresenta na terça-feira (24), a partir das 11h, o plano de atividades para a segunda etapa da tramitação do pedido de cassação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A proposta será votada pelos membros da comissão.

Com a admissibilidade do processo, aprovada no último dia 12, inicia agora a fase de pronúncia. Nessa etapa, a comissão se concentra em analisar as provas contra a petista, na audiência de testemunhas, diligências e debates entre a acusação e a defesa. O colegiado continua a ser presidido pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB), mas caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, coordenar as atividades.

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Durante a apresentação do cronograma, os membros da comissão vão definir por voto se as investigações vão durar menos de 180 dias, período máximo de afastamento de Dilma. Os senadores Raimundo Lira e Antonio Anastasia, o presidente do STF e técnicos do colegiado se reuniram na última terça-feira (17) para discutir os aspectos legais do processo de impedimento. 

O parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB) pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovado, nesta sexta-feira (6), por 15 votos a cinco na comissão especial que analisa a matéria no Senado. Apenas o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB) não votou. 

A sessão para a votação do texto do tucano foi iniciada com tumulto entre os senadores Lindemberg Farias (PT) e Cássio Cunha Lima (PSDB) e precisou ser suspensa por alguns minutos. 

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Antes da votação, os líderes encaminharam os votos, 11 partidos se posicionaram a favor e 3 contra. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) encaminhou o voto do bloco do governo. Segundo ela, o relatório não justifica o afastamento da presidente. Para ela, Dilma enfrenta o processo de impeachment por "contrariar a elite do país” ao investir em programas sociais por "não ser afeita aos jogos da política". “Temos uma presidenta que não dá tapinhas nas contas, que não fica conversando sobre cargos”, apontou.

Contrariando a petista, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que “a fraude fiscal” pela qual a presidente Dilma Rousseff está sendo julgada empurrou o Brasil para a maior crise de sua história. Rebatendo as críticas de que haverá supressão de direitos trabalhistas em um eventual novo governo, o líder do PSDB disse que nada atenta mais contra os trabalhadores do que o desemprego — “e o país tem hoje 11 milhões de desempregados”.

A votação conclui o período de 11 dias de trabalho durante os quais a comissão analisou o impeachment. A decisão do colegiado segue para apreciação do Plenário. Na segunda-feira o texto será lido na íntegra na Casa e, 48 horas depois, na próxima quarta (11), os parlamentares decidem definitivamente se o inquérito será aberto ou não. 

Caso o Plenário decida pelo andamento do processo, a presidente será afastada por até 180 dias. Neste período quem assume o comando do país é o vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

Veja como votou cada membro da comissão:

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