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Foi inaugurado nesta quarta-feira (13) um novo supercomputador dotado de um sistema de engenharia inédito. A máquina chamada de "Lobo Carneiro" pertence ao Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O equipamento equivale a seis mil computadores caseiros e custou cerca de R$ 10 milhões.

O supercomputador conta com um sistema de engenharia concebido exclusivamente para ele, e pode executar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo. O equipamento foi montado pelos pesquisadores do Coppe, em parceria com técnicos da startup brasileira Versatus HPC e Silicon Graphics International.

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A máquina vai auxiliar pesquisas nas áreas de engenharia, energia, petróleo, mudanças climáticas e saúde. O supercomputador terá seu uso compartilhado por pesquisadores da Coppe, de outras unidades da UFRJ, instituições e empresas públicas e privadas.

Enquanto o supercomputador mais poderoso no Brasil, o Santos Dumont, corre o risco de ser desligado por falta de recursos para pagar a conta de luz, o equipamento da Coppe foi desenhado para consumir pouca energia.

Outra vantagem da máquina é que ela foi desenhada um sistema de monitoramento de automação e controle avançado. Isso significa que ela não precisa ser monitorada 24 horas por dia, como é a regra para os demais computadores de alto desempenho em atividade no Brasil.

Embora conte com recursos avançados, o novo equipamento não possui potencia suficiente para ser incluído no Top500, o ranking que classifica os computadores mais rápidos do mundo. Atualmente, a China lidera o ranking com o supercomputador "Sunway TaihuLight", que se encontra na cidade de Wuxi.

Pesquisadores do Coppe, instituto de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), alertaram o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que a medida imediata de curto prazo necessária para lidar com a crise energética enfrentada pelo País é a economia de energia.

"Chamar isso de racionamento ou não é uma questão política", afirmou na tarde desta segunda-feira (2), o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras. Para o diretor da Coppe/UFRJ, já passou da hora de tomar medidas.

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No próximo dia 9, alguns pesquisadores terão uma audiência com o ministro Braga, informou Pinguelli, ao abrir o seminário "A Crise Hídrica e a Geração de Energia Elétrica", promovido pela Coppe/UFRJ no Rio. Segundo o professor, foi enviado ao ministro um estudo de Roberto D'Araujo, diretor do Instituto de Desenvolvimento do Setor Energético (Ilumina).

Tanto Pinguelli quanto D'Araujo reconheceram que 2014 foi um ano de seca severa, mas a situação não é inédita, pois há registros históricos de anos com menos chuvas. Em sua apresentação, D'Araujo chamou atenção para decisões tomadas em 2012.

Segundo ele, naquele ano, embora a situação hidrológica fosse de menos chuvas que o normal, as usinas térmicas responderam por apenas 10% da geração de energia. Em outubro de 2012, o uso das térmicas saltou de repente.

Na análise de D'Araujo, às vésperas de adotar as medidas que levaram à redução da conta de luz, no início de 2013, o governo privilegiou a redução das tarifas. "Houve uma obsessão por tarifas baixas", afirmou D'Araujo. Para ele, as mudanças colocaram o preço no centro das decisões. Seria preciso, então, "rever tudo" e fazer reformas profundas.

Rio de Janeiro - O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (30) o Laboratório de Tecnologia Sonar (LabSonar), que vai atuar, junto com a Marinha, no desenvolvimento de tecnologias de detecção e classificação de ruídos dos motores de navios para a proteção da costa brasileira.

O professor José Seixas, coordenador do LabSonar, disse que o projeto do submarino nuclear brasileiro, o principal desafio do laboratório, traz a oportunidade de grande desenvolvimento tecnológico para o país. “O LabSonar surge em um momento interessante, em que não só a Marinha resolveu construir esse aporte considerável de submarinos, incluindo essa parte nuclear, como vem se sedimentando uma ideia de que o Brasil hoje é um parceiro bem diferenciado nesse cenário internacional”, disse.

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Entre os desafios tecnológico que o LabSonar vai trabalhar, estão a fusão de dados, processamento estocástico de sinais, estatística de ordem superior, separação cega de fontes, inteligência computacional, engenharia de software e sistemas embarcados, congregando os programas de engenharia elétrica e oceânica do Coppe.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, almirante-de-esquadra Wilson Barbosa Guerra, explicou que o projeto do submarino nuclear tem como desafio construir uma embarcação tipicamente brasileira. “Nós vamos construir junto com a França quatro submarinos convencionais, esse é um projeto francês e nós temos índices de nacionalização. Mas o maior desafio é nós projetarmos. Então, hoje nós temos engenheiros que passaram dois anos no Coppe fazendo especialização e dois anos na França, e hoje estão em São Paulo projetando”.

De acordo com ele, a fase inicial e os testes de exequibilidade do projeto já foram aprovados pela Marinha, como tamanho, modelagem de deslocamento e engenharia de construção. Nos próximos dois anos serão tomadas algumas decisões, como o modelo do sonar a ser usado. O submarino nuclear brasileiro deve ficar pronto em 2025.

A cooperação entre o Coppe e a Marinha começou na década de 1980 e já possibilitou a instalação de sonares em submarinos brasileiros na década de 1990. O projeto atual vai construir um sonar passivo, que detecta os ruídos no ambiente marinho. Para o futuro, podem ser feitos também sonares ativos, que emitem sinais para detectar os objetos por meio da reflexão do som.

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