Com dinheiro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a Prefeitura de São Paulo abriu consulta pública para a construção de nove corredores de ônibus. A Prefeitura contará com uma ajuda federal de, aproximadamente, R$ 1,7 bilhão, que deve ser usada em investimentos no transporte público. O anúncio oficial dos corredores deve ser feito nesta quarta-feira, 31, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), durante visita da presidente Dilma Rousseff à capital paulista.
A verba federal é a maior aposta petista para tentar reverter danos à imagem de Fernando, causados pelos protestos na capital contra o aumento do ônibus, em junho. A maioria das obras já estava prevista no Plano de Metas da atual gestão, mas foi adiantada como resposta à exigência por melhoria da mobilidade urbana da cidade.
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Entre as obras contempladas, estão os corredores nas Avenidas Celso Garcia, na zona leste, e 23 de Maio, na zona sul. Áreas periféricas com pouca oferta de transporte público estão entre as contempladas. Na região do Grajaú, na zona sul, será feito o Corredor Cocaia, que passará pela Avenida Belmira Marin, uma das mais congestionadas do município, entre outras vias que cortam bairros populosos da zona sul. No extremo-leste, o Corredor São Miguel passará pela Avenida Águia de Haia. O início dos editais ocorre simultaneamente à adoção de faixas exclusivas para transporte coletivo nas principais vias da cidade, como Avenida Paulista e as Marginais do Tietê e Pinheiros. A operação foi denominada Dá Licença para o Ônibus.
Em construção
Antes, no fim de abril, o prefeito de São Paulo havia assinado R$ 1,43 bilhão em contratos para a construção de corredores de ônibus na periferia paulistana. Os contratos contemplaram algumas das maiores empreiteiras do País, como a OAS, a Andrade Gutierrez e a Construtora Gomes Lourenço.
Eram licitações que começaram em dezembro, no último mês da gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e foram concluídas em abril. Um novo terminal de ônibus para o Jardim Ângela, na zona sul, novos corredores na Radial Leste, entre o Tatuapé e Guaianazes, e faixas exclusivas para coletivos na Avenida Inajar de Souza, na zona norte, estão entre as obras que as empreiteiras devem executar pelos próximos 36 meses.
Na zona leste, para a construção de 17 quilômetros de faixas exclusivas na Radial Leste, a administração municipal terá de desapropriar quadras inteiras em algumas regiões, além de alargar vias e calçadas. Ao todo, o plano do Poder Executivo municipal é entregar 147 km de corredores e 12 terminais de ônibus até junho de 2016.
Nessa primeira etapa do projeto, também são feitos 12,1 km de corredores entre a região da Vila Sônia e o Campo Limpo e a reforma dos 14 km do corredor da Inajar de Souza. Também estão no pacote a construção de um complexo viário de acesso ao futuro terminal do Jardim Ângela, por R$ 154 milhões, e a construção do próprio terminal, em área de 74 mil metros quadrados, por R$ 307,6 milhões.