Tópicos | cortes de verbas

A bancada de Pernambuco na Câmara dos Deputados vai se reunir com os reitores das universidades e institutos federais do Estado na próxima segunda-feira (13), às 15h, na Universidade Federal Rural (UFRPE). O encontro é para tratar do contingenciamento de 30% dos recursos do orçamento das universidades anunciado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

No encontro, os reitores devem apresentar o impacto do contingenciamento na continuidade de suas atividades de ensino, pesquisas, extensão e administração, além de articular estratégias para pressionar o governo a recompor o orçamento. No total, foram cortados R$ 140 milhões das universidades e dos institutos federais em Pernambuco.

##RECOMENDA##

De acordo com o deputado federal Danilo Cabral (PSB), um dos articuladores da reunião e coordenador das Frentes Parlamentares em Defesa das Universidades e Institutos Federais, é preciso uma mobilização efetiva para garantir a manutenção da educação no país.

“É preciso mobilizar toda a sociedade pela valorização da educação. A situação é gravíssima. Sem a reposição dos recursos, as universidades paralisam suas atividades em setembro, prejudicando os alunos”, afirmou, lembrando de uma ação articulada pela Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades para obstruir a votação em plenário nesta semana.

“Vamos continuar obstruindo as votações para forçar o governo a abrir o diálogo”, acrescentou. Na próxima semana também estão marcadas mobilizações por todo o país contra o contingenciamento.

Nesta quarta-feira (8), representantes de universidades públicas e da gestão de educação de Pernambuco se reúnem, às 10h, para discutir estratégias de fortalecimento da educação publica. Um dos pontos principais do encontro é o impacto dos cortes orçamentários do Ministério da Educação (MEC), que desencadearam o risco de paralisação de atividades acadêmicas em diversas instituições.

O evento será realizado na sede da Reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no bairro de Dois Irmãos, no Recife. A ideia da reunião partiu da reitora da instituição de ensino, a professora Maria José de Sena, que admite preocupação com o corte estimado em 30% no orçamento da instituição de ensino.

##RECOMENDA##

“Nós já vivenciávamos uma situação de contingenciamento nas universidades. Não há mais de onde cortar. Essa redução orçamentária praticamente inviabiliza o funcionamento das universidades. A sociedade precisa compreender a gravidade desse cenário”, alertou a reitora da UFRPE, conforme informações da assessoria de comunicação.

De acordo com a UFRPE, estão confirmados os reitores Anísio Brasileiro (UFPE), Julianeli Tolentino de Lima (Univasf), Pedro Falcão (UPE), Pedro Rubens (Unicap), além da reitora do IFPE, Keila Rodrigues, e do secretário de Educação de Pernambuco, Frederico Amâncio.

“Desenvolvimento de estratégias voltadas à sensibilização da sociedade sobre a importância das universidades federais; ações que fomentem o diálogo com a sociedade; a ampla disponibilização e democratização de resultados de pesquisa e projetos de extensão; a organização de eventos popularização da ciência em espaços públicos; bem como o fortalecimento da articulação interinstitucional e o engajamento das comunidades universitárias” serão outras temáticas abordadas no encontro.

LeiaJá também

--> Corte de verba: UFPE admite risco de paralisar atividades

O ministro da Cultura, Roberto Freire, disse enxergar na atual crise econômica uma oportunidade para que a pasta defina prioridades e promova acertos na elaboração e na condução de políticas públicas para o setor. Esse "ajuste de foco" deve, segundo o ministro, resultar em mais atenção às atividades-fim da pasta (a promoção da criação artístico-cultural e a proteção do patrimônio histórico) em detrimento do que Freire classificou como atividade-meio, ativista.

“Durante muito tempo, o Ministério da Cultura se preocupou com a atividade-meio, que era mobilizadora, ativista e significava uma integração muito forte com a política e com o poder e, muitas vezes, se esqueceu de sua atividade fundamental. Temos exemplos disso espalhados por todo o Brasil, como as bibliotecas e os teatros fechados”, comentou Freire durante a cerimônia de abertura do 3º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial, realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília.

##RECOMENDA##

Segundo Freire, será preciso ajustar as contas do ministério para fazer frente ao contingenciamento de cerca de 40% do orçamento anual inicialmente previsto para a pasta – consequência do corte de R$ 42,1 bi no Orçamento-Geral da União, anunciado pelo Poder Executivo no fim de março. Freire, no entanto, garantiu que ações que forem consideradas prioritárias serão mantidas.

“Já estamos fazendo as adequações necessárias. Muitos dos projetos e convênios existentes não são prioritários em um momento de crise como este. Vamos ter que fazer ajustes, levando em consideração as prioridades, entre elas, a preservação do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]”, destacou Freire, sem citar exemplos de projetos e convênios que podem ser cancelados ou interrompidos.

Freire destacou que a atual crise econômica é das maiores da história do país e defendeu a iniciativa do governo federal de encampar projetos polêmicos que considera necessários, como a reforma da Previdência Social.

“Esse governo é profundamente reformista. Enfrentamos processos difíceis para qualquer governo a fim de preparar, na crise, o Brasil do futuro”, acrescentou Freire.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando