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MC Loma não tem nem um ano de carreira e já ganhou o seu primeiro prêmio. Ela foi a vencedora na categoria Hino do Karaokê, na premiação MTV MIAW, na última quarta (23). Mas, a cantora não pôde receber esta primeira 'glória' de sua trajetório meteórica porque foi barrada do evento e acabou tendo que voltar para casa com suas fieis escudeiras, as Gêmeas Lacração.

A preparação de Loma para a noite de premiação foi intensa. Ela, e as Gêmeas, passaram por cabelereiros e maquiadores e chegaram ao evento prontíssimas para concorrer entre grandes figurões da música e da internet brasileiras. Porém, as jovens não puderam entrar na festa pois a MC é ainda menor de idade, com 15 anos. 

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Nesta quinta (24), Loma falou sobre o ocorrido e também agradeceu aos fãs pelos votos na competição. "Eu não entrei por causa da minha idade, tinha bebida alcoólica e era tarde da noite. A MTV não teve culpa. Obrigada MTV por ter me dado a chamce de concorrer". Ela aproveitou e simulou sua apssagem pelo tapete rosa e a entrega do troféu em stories muito engraçados, demonstrando sua felicidade pelo reconhecimento. "Vocês são anjos que fizeram a gente ganhar. O prêmio é nosso", comemorou. 

Pergunte a Caru Alves de Souza, Rita Barata e Giovanni Gallo o que os três pensam da redução da maioridade penal e a resposta é unânime. São contra. Caru, filha de Tata Amaral, dirige e Rita e Giovanni interpretam De Menor. O longa vencedor do Festival do Rio no ano passado estreia na quinta-feira, 4, no circuito de Ademar Oliveira. A distribuição é da Espaço Filmes. De Menor tem tudo a ver com o tema da responsabilidade de menores. Rita faz uma defensora no Fórum de Santos. Atua na área de menores e adolescentes. Possui a guarda do irmão (Giovanni) e o garoto comete um crime.

"Sou contra (redução). É loucura criminalizar o menor com o sistema penitenciário que existe no País", disse a diretora num encontro com jornalistas em São Paulo. A vontade de fazer um filme sobre o assunto nasceu de conversas com sua prima, que é advogada e atua na defensoria em Santos. "Ela me contava essas histórias,. que foram me interessando. Fiz bastante pesquisa e encontrei esse juiz em Santos (o dr. Evandro), que terminou sendo nosso modelo." Caco Ciocler, que faz o juiz na ficção, impressionou-se com o magistrado. "Ele conhece todo mundo, não só os menores infratores, mas seus pais e responsáveis. Não é um tirano. É justo, até benevolente com eles."

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Rui Ricardo Diaz, que faz o promotor - ele foi o Lula de Fábio Barreto no longa sobre o ex-sindicalista que virou presidente -, admite que, de cara, inspirou-se em modelos norte-americanos de promotores, "aqueles caras durões que a gente vive vendo em filmes de cinema e TV." A descoberta do juiz Evandro, no Fórum de Santos, mudou seu foco. "O filme foi ganhando outra dimensão, mais compassiva.

Não sei se seria outro filme, se nosso modelo tivesse sido outro." Rita sabe. Como a jovem promotora que tenta salvar o irmão, ela recebeu diversos prêmios. Parece jovem demais para o papel, mas é muito boa. "Pois é, tem gente que fala essa coisa de ser muito jovem. Na verdade, sou até mais velha que a personagem criada por Caru (a diretora), mas é meu jeito. Não creio que o filme pudesse ser outro porque ela (Caru) já o tinha assim na cabeça."

É um filme curto - cerca de 80 minutos. É narrado com economia, em planos-sequências que muitas vezes dão a impressão de ser mais longos na tela (mas sem ser arrastados por isso). "É um filme muito enxuto", explica a diretora. "Foi escrito e também planejado com o diretor de fotografia (Jacob Solitrenik). Felizmente tive um grande montador (Willem Dias) e fomos cortando até chegar ao cerne. Não tem nada supérfluo. Pelo contrário, muita coisa é transferida para o espectador, que tem de preencher os brancos do relato."

Deu empate na premiação do Festival do Rio 2013. Pela primeira vez na história, dois longas levaram para casa o troféu Redentor. "O Lobo Atrás da Porta", de Fernando Coimbra, e "De Menor", de Caru Alves de Souza, foram eleitos Melhor Filme pelo júri oficial. Mais que o ineditismo, a premiação, que ocorreu na noite desta quinta-feira, 10, sinaliza uma nova safra de jovens realizadores. Tanto Coimbra quanto Caru assinam seus primeiros longas-metragens.

Outro grande vencedor da noite, "Tatuagem", que já chegou ao Rio com o Kikito de Melhor Filme em Gramado na mala, marca a estreia na direção do roteirista Hilton Lacerda. O filme levou o Prêmio Especial do Júri, Melhor Ator Coadjuvante para Rodrigo García, Prêmio do Público, Melhor Longa Latino-Americano segundo a Fripresci e Melhor Ator para Jesuíta Barbosa. Esta categoria também teve premiação dupla e deu Menção Honrosa para Francisco Gaspar e sua cativante atuação como o soldado Piauí de "A Estrada 47", de Vicente Ferraz. A saga dos pracinhas na campanha da Segunda Guerra Mundial levou ainda a Melhor Montagem (para Mair Tavares).

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Já na categoria Melhor Atriz não houve dúvidas nem divisões. Leandra Leal, que neste ano estava em quatro filmes do festival, foi eleita a Melhor Atriz por sua ótima atuação em "O Lobo Atrás da Porta". O longa de estreia de Coimbra narra a história de uma jovem (Leandra), que se apaixona por um homem casado (Milhem Cortaz, também em ótima forma, em um de seus melhores papéis).

Já na direção, o Redentor foi para a ousadia estética e narrativa de Marcelo Gomes e Cao Guimarães, que fizeram de "O Homem das Multidões" o primeiro filme no formato Instagram da história. "É um filme incomum, que precisa de tempo e disposição para ser apreciado, mas que foi muito interessante de fazer", comentou Gomes na sessão do longa na Première Brasil.

O júri do Rio, ainda reconheceu mais dois talentos na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Além de García, por "Tatuagem", Júlio Andrade foi premiado com uma Menção Honrosa por "Entre Nós" e Silvio Guindane, por "Jogo das decapitações".

Entre os documentários, o contundente "Histórias de Arcanjo - Um documentário sobre Tim Lopes", de Guilherme Azevedo, foi eleito o melhor pelo júri oficial. Mais que um filme, é um documento importante sobre a história do jornalismo brasileiro. E faz, por vezes, a plateia ter saudade de quando o jornalismo vivia tempos muito mais de 'ir a campo' e fazer com que o leitor ou o espectador de fato se sentisse na cena retratada. Tim é símbolo de um jornalismo que não se rende ao corporativo e à produção de conteúdo fria. Sempre se colocando na pele de seus personagens, ele encarnava a reportagem em sua essência.

Na competição oficial de curtas, "Contratempo", de Bruno Jorge levou o Redentor.

Confira a lista completa dos vencedores no site www.festivaldorio.com.br

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) debate, nesta quarta-feira (8), a autorização para menores de 18 anos realizarem exame supletivo em regime especial com a finalidade de obter a declaração de conclusão de ensino médio para ingressar na universidade. A discussão, que iniciará a partir das 14h, ocorrerá no Palácio da Justiça, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

A realização da audiência foi decidida, em março, durante julgamento de um Incidente de Uniformização de Jurisprudência. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Federal), o aluno com menos de 18 anos está vedado de se matricular no exame supletivo de segundo grau. O objetivo do processo é padronizar as decisões tomadas pela Justiça estadual. A realização da audiência pública levou em consideração a relevância do assunto. O relator do processo é o desembargador Jorge Américo.

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Vão participar do debate desembargadores do Tribunal, defensores públicos, com a atuação na defesa dos adolescentes e reitores da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), Faculdade Boa Viagem (FBV), entre outras entidades.

Na próxima terça-feira (23), a Comissão de Seguridade Social e Família realiza audiência pública para regulamentar trabalho artístico infantil. A proposta, de autoria do deputado Manoel Junior (PMDB-PB), muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43), para atribuir à Justiça do Trabalho a competência de autorizar essa atividade. Atualmente a autorização é feita pela Justiça Comum ou pelo Juiz da Infância e do Adolescente.

A relatora do projeto na comissão, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), lembrou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também prevê a responsabilidade dessa autorização para o Juiz da Infância e da Juventude, mas há divergências entre os magistrados sobre a delegação dessa competência, se deveria ser, de fato, da Justiça trabalhista.

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"A Justiça Comum não estaria apta para analisar pelo ângulo da legislação trabalhista a questão da idade, quando começa um trabalho artístico, quando é profissional. Então é muito importante o debate por conta dessa divergência de competência para legislar ou para autorizar esse trabalho do menor", revela a deputada.

*Com informações da Agência Câmara

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