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A cozinheira Gilmara da Silva, de 45 anos, morreu por asfixia mecânica enquanto trabalhava na casa dos patrões, no bairro da Freguesia, no Rio de Janeiro. A cozinheira chegou a ser socorrido pelos filhos dos donos da casa - dois idosos - e por um funcionário. O caso aconteceu na última quarta-feira (30).

De acordo com as informações passadas à família da cozinheira, pela equipe médica do Hospital Cardoso Fontes, a causa da morte não foi natural. Gilmara faleceu em decorrência de asfixia mecânica e ainda segundo os profissionais, foram identificados hematomas no corpo e sangramento no nariz e ouvidos.

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"Minha mãe não morreu de morte natural, ela saiu de casa para trabalhar e não voltou para casa. Quando deu meio-dia, meu pai foi avisado que ela estava internada no CTI e nós fomos lá achando que era uma crise hipertensiva ou que ela passou mal e caiu. Mas quando chegamos, lá o médico veio conversar e disse que ela chegou com característica de agressão e violência", contou Michele da Silva, filha de Gilmara.

Michele, em entrevista ao portal 'Uol', disse que a família não recebeu nenhuma assistência dos patrões de Gilmara, nem o pagamento mensal pelo trabalho. "Minha mãe recebe em conta corrente. Até hoje não sabemos se ela recebeu, não pudemos ainda mexer na conta, ficamos desassistidos com as despesas para sepultamento, até agora nenhum tipo de apoio", declarou.

Gilmara trabalhava na casa da família há cerca de um ano e, de acordo com a filha, chegou a relatar problemas com outro colega de trabalho, um enfermeiro contratado há dois meses para cuidar do idoso, dono da residência, que sofre de depressão, e da mulher, que tem feridas nas pernas.

De acordo com Michele, o cuidador prejudicava o trabalho da sua mãe. "Ela reclamava que ele era uma pessoa difícil, mexia nas coisas dos patrões e fazia de tudo para atrapalhar o serviço dela. Minha mãe achava que ele queria que ela fosse demitida. Nem os idosos gostavam dele. Além disso, a patroa da minha mãe piorou com ele lá na casa", alegou a filha.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital e segundo a Polícia Civil, os familiares foram ouvidos e as pessoas da casa onde a cozinheira trabalhava irão prestar depoimentos para o andamento das investigações.

O responsável pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, o delegado Ginilton Lages, atuará exclusivamente no comando das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Eles foram mortos no dia 14 de março de 2018, há mais de 300 dias.

Segundo o novo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Rio, o delegado Antônio Ricardo, a investigação avançou bastante e existem evidências dos suspeitos de envolvimento no crime.

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"O delegado Ginilton ficará exclusivo nesse caso. Nós vamos colocar mais delegados e mais agentes na Delegacia de Homicídios. A equipe que está à frente da investigação já me apresentou o trabalho que vem sendo feito ao longo desses meses", afirmou Ricardo. "Temos suspeitos e uma série de dados ainda em análise, e não queremos concluir essa investigação com a menor margem de dúvida para a defesa. Queremos concluir a investigação o quanto antes, mas com a maior riqueza de provas possível", acrescentou.

O diretor do DHPP também informou que vai reforçar o Núcleo de Crimes Contra Policiais com mais delegados e agentes. O delegado disse que os líderes do tráfico de drogas que tiverem seus integrantes envolvidos em homicídios de policiais também responderão por esses crimes, com pena de 20 a 30 anos de reclusão

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