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Após a recusa de votação no Senado da medida provisória 605, que permite a redução das tarifas de energia elétrica, o governo federal encontrou uma brecha para garantir a diminuição nas contas de luz. Nesta quarta-feira (29), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informou que o conteúdo da MP 605 será colocado como emenda à MP 609, que trata sobre a desoneração da cesta básica.

A sugestão foi feita pelo líder da base governista no Congresso Nacional. Nesta quarta, o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), teve uma reunião com os líderes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Gim Argello (PTB-DF).

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A matéria está em análise na comissão mista. Pimental afirmou que pedirá ao relator, deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que apresente o parecer na próxima terça-feira (4). A intenção é apressar a votação na Câmara, para que chegue em tempo hábil ao Senado.

A MP 605 permite que o governo use recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos nas contas de luz desde janeiro deste ano. Isso compensará a não adesão de grandes geradoras de energia para a prorrogação dos contratos.

Apesar de a matéria ter sido aprovada na Câmara, o plenário do Senado recusou a discussão da MP porque não haveria tempo hábil - pelo menos, sete dias - para a apreciação.

A Câmara dos Deputados concluiu a votação da medida provisória 605/13, que trata sobre a redução das tarifas de energia elétrica. A matéria segue agora para o Senado, onde precisa ser aprovada até a próxima segunda-feira (3) ou perderá a validade.

A MP, que, na verdade, tramita como projeto de lei de conversão por ter sofrido alterações no texto original ainda na comissão mista, permite que o governo use recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos nas contas de luz desde janeiro deste ano. Isso compensará a não adesão de grandes geradoras de energia para a prorrogação dos contratos.

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A média de descontos concedidos foi de 16% para os consumidores residenciais e 28% para o comércio e indústria. Com a aprovação da MP, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a redução seja ainda maior: chegando até 26% para as residências e até 32% para comércio e indústria.

Senado
Apesar de a matéria ter sido aprovada na Câmara e enviada ao Senado, não é garantida a votação pelos senadores. Isso porque o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia dito que recusaria qualquer medida provisória que chegasse ao Senado com menos de sete dias para a apreciação.

Com o feriado desta quinta-feira (30), o Senado fica com tempo ainda mais reduzido. Caso Renan decida colocar a matéria em pauta, ele comprará uma briga com os senadores, especialmente da oposição, que há meses reclamam sobre o rito de tramitação, que está impedindo a Casa de fazer alterações nas MPs aprovadas pela Câmara.

Tramitação
O Congresso Nacional tem 120 dias para apreciar e provar uma medida provisória. De acordo com a comissão, as MPs devem passar primeiramente por uma comissão mista. Só então a matéria vai ao plenário da Câmara e, em seguida, para o Senado. Se os senadores fizerem alguma alteração, o texto volta para a Câmara.

Uma pesquisa feita pela Câmara dos Deputados mostrou que, em média, uma MP passa 74 dias para ser aprovada na comissão mista e mais 17 dias na Câmara.

Em nota divulgado no seu site, o PSDB declarou estar analizando a possibilidade de entrar com uma representação contra a presidenta Dilma Roussef (PT) pelo uso irregular da rede nacional de rádio e TV.

“O PSDB vem a público mais uma vez para anunciar que usará dos meios legais e compatíveis para defender a democracia brasileira e denunciar o uso indevido e eleitoral do último pronunciamento da presidente Dilma em cadeia nacional de rádio e TV”, diz a nota.

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Eles relatam ter comprovado a presença de elementos publicitários que deixam o pronunciamento parecido com um filme exibido na campanha eleitoral e nos horários reservados a propaganda do PT.

O pronunciamento de Dilma falou sobre o desconto na conta de luz de 18% para consumidores residenciais e 32% para empresas, indústrias e zona rural.

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