Tópicos | Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência

Manifestantes ocuparam na madrugada desta quarta-feira (15) a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. A iniciativa integra a série de atos que acontecem em todo o país contra a Proposta de Emenda à Constituição 287/2016, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê a revisão das regras previdenciárias.

Uma faixa estendida na fachada do prédio com a frase “não à reforma da Previdência” dá tom a mobilização. Segundo informações da Polícia Militar e do Movimento Sem Terra (MST) cerca de duas mil pessoas participam do ato. Paredes do prédio foram pichadas e janelas depredadas. 

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No Recife, uma manifestação contra o mesmo tema deve ganhar às ruas por volta das 11h. Membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de movimentos sociais e sindicatos de diversas categorias se concentram na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, área central da capital pernambucana. 

Segundo o presidente da CUT, Carlos Veras, a principal intenção dos grupos é combater o sucesso do que eles chamam de “reforma criminosa” e mostrar para a população as “articulações sórdidas” que o presidente Michel Temer (PMDB) têm feito com os parlamentares para a aprovação do texto no Congresso. “Ele tenta manipular as pessoas e criar um medo na população dizendo que as consequências da reprovação da reforma hoje serão drásticas no amanhã”, observou em entrevista recente ao LeiaJá.

 

A pressão dos movimentos sociais e partidos de oposição contra a aprovação da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional, tem sido uma constante nas últimas semanas. Na próxima quarta-feira (15), a postura ganhará um reforço. Isso porque eles pretendem sair às ruas do país em manifestação para refutar a atualização das regras previdenciárias. 

No Recife, o ato que integra o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência será às 9h, com concentração na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT), diversas categorias do setor público vão paralisar as atividades neste dia e os professores vão protagonizar uma greve nacional na capital pernambucana.

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Segundo Veras, a principal intenção dos grupos é combater o sucesso do que eles chamam de “reforma criminosa” e mostrar para a população as “articulações sórdidas” que o presidente Michel Temer (PMDB) têm feito com os parlamentares para a aprovação do texto no Congresso. “Ele tenta manipular as pessoas e criar um medo na população dizendo que as consequências da reprovação da reforma hoje serão drásticas no amanhã”, observou em entrevista ao LeiaJá.

Na análise do presidente da CUT-PE, os argumentos do Governo Federal para justificar o teor do texto da Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 não são plausíveis. “Não tem necessidade de atacar o direito dos trabalhadores. Ele [Michel Temer] diz que o texto é baseado no aumento da estimativa de vida dos brasileiros, mas  isso se dá porque eles estão vivendo melhor, comendo melhor. Deveria ser comemorado. É por isso que classificamos a PEC como uma reforma criminosa, quer que as pessoas morram mais cedo, não vivam o desenvolvimento”, ponderou. 

A tese de que a reorganização das regras também vai reequilibrar as contas públicas também foi refutada por Veras. “É falsa e mentirosa essa argumentação do governo. Como vão aumentar os empregos, por exemplo, se as empresas vão fechar? Eles querem privatizar a previdência pública e reduzir o papel do estado. Ninguém consegue se aposentar com 65 anos de idade tendo que pagar 49 anos a previdência. Não é só a aposentadoria que vai ser atacada é um verdadeiro massacre para cima dos trabalhadores. Todos serão atingidos”, afirmou. 

Fazendo ainda um panorama da postura de diversos parlamentares, Carlos Veras acusou Michel Temer de usar o dinheiro público para “fazer jantares com os parlamentares e distribuir cargos para que eles votem em favor da proposta”. “Vamos mostrar o nome e a cara de cada deputado e deputada federal que se colocar favorável a esta proposta. Quem votar a favor terá uma situação difícil em 2018 [na eleição], pois a população já entendeu que esta reforma não reforma, deforma, retira direitos e não melhora em nada”, salientou. Para Veras, a melhor solução para a previdência no país e a cobrança da dívida das grandes empresas com o setor.

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