Tópicos | Dia Nacional do Samba

De tão importante para o país, o samba, um dos mais brasileiros dos ritmos, ganhou um dia para chamar de seu: 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba. No Recife, o estilo musical também é celebrado na mesma data e, para festejar, acontecem diversos eventos em toda a Região Metropolitana da capital. Confira o roteiro e divirta-se. 

23ª edição do Dia Nacional e Municipal do Samba

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Os sambistas Belo Xis e Wellington do Pandeiro. comandam, no Pátio de Santa Cruz, uma grande celebração em virtude do do Dia do Samba, nesta sexta (2). A festa, que já está em sua 23ª edição, conta com as participações de  Ramos Silva, Ana Xis, Luísa Pérola, Gracinha do Samba, o grupo Pernambuco Samba Show e muito mais.  

Serviço

Dia Nacional e Municipal do Samba - Recife

Sexta, 2 de dezembro de 2022, às 17h

Pátio de Santa Cruz - Recife

Evento Gratuito 

Grupo Terra

Nesta sexta (2), um dos maiores grupos de samba de Pernambuco celebra não só o dia de seu ritmo maior, como seus 30 anos de carreira, com um show dentro da programação do 5º Festival da Tapioca. O evento é gratuito, na Praça do Carmo, em Olinda,  e a apresentação do Terra começa às 22h30. 

Serviço

Sexta, 2 de dezembro, 22h30

Praça do Carmo - Olinda

Gratuito

Samba da Vitória

A pernambucana Karynna Spinelli e a paulista Fabiana Cozza realizam neste sábado (3), no Armazém do Campo, localizado no Bairro de Santo Antônio, no Recife, o Samba da Vitória, a partir das 14h. O acesso é gratuito. A abertura da festa será feita pelo grupo Flor de Catemba.

Serviço

Sábado, 3 de dezembro de 2022, às 14h

Armazém do Campo (Av. Martins de Barros, 387 - Santo Antônio, Recife)

Gratuito – com pedido de doação de alimentos não perecíveis

 

 

De tão grandioso e praticamente onipresente em território nacional, o samba se tornou cara e alma do Brasil. O ritmo, que teria nascido no início do século 20, se incorporou à vida dos brasileiros de maneira tal que tornou-se um símbolo de brasilidade como quase nenhum outro foi capaz. 

Nesta quarta (2), é celebrado o Dia Nacional do Samba. O ritmo que é a cara do país, além de ter uma data em sua homenagem, também ostenta outros títulos, como o de Patrimônio Imaterial do Brasil. Sem contar que o estilo musical tem como trunfo, ainda, nomes importantíssimos que disseminam sua grandeza através das gerações. Homens e mulheres que dedicam suas vidas a levar a cultura do samba adiante, garantindo-lhe sua manutenção e evolução. 

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Nesse grupo, algumas vozes femininas têm destaque por sua potência, representatividade e graça ao tratar tão bem esse ritmo brasileiro. Para celebrar a data, o LeiaJá elencou 10 mulheres que desempenham, como ninguém, essa missão.  

Alcione

Uma das mais carismáticas cantoras da música popular brasileira, Alcione é dona de uma potente voz, muitos prêmios e vários discos de ouro e platina - que no passado representavam sucesso de vendas. Ela nomeia dois teatros em seu estado natal, o Maranhão, e já foi tema de samba enredo, além de ter emplacado vários sucessos em trilhas de novelas. 

Beth Carvalho

Beth Carvalho percorria as rodas de samba do Rio de Janeiro à procura de cantores e compositores. Ela revelou vários talentos, o que lhe rendeu o apelido de Madrinha. Beth também tornou-se um exemplo de perseverança e amor ao samba ao lutar contra as limitações do corpo apresentando-se no palco deitada, em certa ocasião, por conta de um problema na coluna. A sambista faleceu em abril de 2019 deixando um legado de grandes canções e muita dedicação à cultura do samba. 

Jovelina Pérola Negra

Jovelina começou sua vida artística já tarde, aos 40 anos, em 1985, após abandonar o ofício de doméstica. Também compositora, ela difundiu o partido-alto cantando sobre mazelas sociais e o orgulho de ser uma mulher preta. Gravou seis discos e deixou, como legado, o amor ao samba. Uma de suas filhas, Cassiana Belfort, seguiu seu caminho na música cantando samba.  

Clementina de Jesus

Conhecida como Rainha Ginga, Clementina de Jesus - a Quelé -, imprimia em seu samba toda a ancestralidade que carregava consigo. Sua música trazia as referências herdadas da mãe, filha de escravos, com o tom do jongo, do lundu e pontos de umbanda; e do pai, capoeirista, do qual certamente herdou o gingado. Quelé lançou 11 discos em quase 20 anos de carreira. 

Clara Nunes

A mineira Clara Nunes foi a primeira artista brasileira a alcançar a marca de 100 mil discos vendidos. Apaixonada pela escola de samba Portela, dedicou-se à agremiação gravando diversos compositores portelenses e atraindo novos membros para a escola. Religiosa, ela não se intimidava em cantar sobre a fé de matriz africana e sua obra ficou marcada pela devoção aos orixás. 

Dona Ivone Lara

Dona Ivone fez seu nome em uma época na qual mulheres eram mal vistas e até impedidas de participar das rodas de samba. Ela começou a compor aos 12 anos e foi a primeira mulher a assinar sambas e sambas enredos. No final da década de 1940, suas composições eram apresentadas como sendo do primo, Mestre Fuleiro, para driblar o machismo do segmento. Só em 1965 ela conseguiu, de fato, entrar na ala de compositores da escola Império Serrano, na qual desfilava como baiana, e logo se consagrou como compositora. 

Teresa Cristina

Teresa Cristina é apontada como uma das responsáveis pelo ressurgimento da boêmia no Rio de Janeiro, nos anos 2000, por reviver sucessos de grandes compositores como Candeia, Cartola, Nelson do Cavaquinho e Paulinho da Viola. Em 2007 estreou suas composições no disco Delicada e, em 2020, se destacou promovendo lives durante a quarentena, nas quais, diariamente, cantava e conversava sobre música brasileira. 

Elza Soares

Com uma trajetória de vida marcada por tragédias pessoais, violência doméstica e miséria, Elza deu a volta por cima se valendo de seu grandioso talento. Nos anos 2000, foi eleita pela BBC a Cantora do Milênio e começou a misturar samba com bossa nova e música eletrônica. Em 2015, se juntou a nomes da nova geração de produtores e músicos brasileiros e formou um novíssimo público que encantou-se com a potência de sua voz e personalidade.

Leci Brandão

Leci foi a primeira mulher a compor um enredo para a escola de samba Mangueira, na década de 1970. Em suas canções, estão presentes temas sociais, a defesa e valorização do povo preto, das mulheres e da classe trabalhadora. Além de ter se consagrado como sambista e um dos maiores nomes da música brasileira, Leci também se dedica à política. Ela é deputada estadual pelo PCdoB, em São Paulo. Como parlamentar, Brandão dedica-se  à promoção da igualdade racial, ao respeito às tradições de matriz africana e à defesa da cultura popular brasileira.

Karynna Spinelli

A pernambucana Karynna Spinelli é uma das maiores representantes do samba na terra do frevo. Em seu trabalho autoral, ela evidencia a cultura de terreiro, trazendo para a sua música os batuques do candomblé e a reverência à religião de matriz africana. Ela é fundadora e presidente do Clube do Samba de Recife, que há 11 anos reúne, no Morro da Conceição, Zona Norte da capital pernambucana, cantores e compositores não só de samba como, também, de outras vertentes. 

 

Com pouco mais de 100 anos de história - de acordo com pesquisas de historiadores - o samba tornou-se símbolo da identidade brasileira e, por sua influência e importância cultural no país, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial do Brasil. 

O dia dois de dezembro é marcado como Dia Nacional do Samba, data que celebra esse ritmo presente em todas as regiões do país independente de temporada festiva. Para celebrar, o LeiaJá preparou uma playlist com alguns dos sambas mais emblemáticos da história musical brasileira. Aperta o play e comemore. 

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Pelo telefone - Donga

Segundo registros históricos, esse foi o primeiro samba gravado no Brasil. A música, do início do século 20,  pode soar um tanto 'estranha' pela ausência de percussão, detalhe que, no futuro ficaria carimbado como uma das marcas desse estilo musical. No entanto, a data de 27 de novembro de 1916, quando foi feito o registro da canção, ficou marcada como a do nascimento oficial do samba no Brasil. 

A voz do morro - Zé Keti

O clássico de Zé Keti fala sobre as origens do samba e sobre sua importância para a felicidade e bem estar geral da nação. A música é de 1952 mas só foi lançada em 1956.  

Canta canta minha gente - Martinho da Vila

Nesta canção, além da mensagem de otimismo e positividade, Martinho da Vila cita alguns tipos de samba, como o samba de roda, o rasgado, o de breque e o quadrado. 

Retalhos de cetim - Benito di Paula

Benito di Paula entrou para o rol dos clássicos do gênero com Retalhos de Cetim. A melancolia ritmada desse samba é capaz de conquistar qualquer ouvido mais apurado e é presença indispensável nas rodas. 

Na cadência bonita do samba - Ataulfo Alves

Lendário nome do samba, Ataulfo Alves é quem assina esse. Ataulfo é dono de uma das maiores musicografias do país, com mais de 320 composições.  

A sorrir - Cartola

Cartola é outra figura de extrema importância na história do samba. Ele foi um dos fundadores da escola Estação Primeira de Mangueira e foi dele a sugestão de colorir a agremiação de verde e rosa. Compositor e violonista, só gravou seu primeiro disco aos 66 anos mas, a demora não impediu que ele fosse considerado um dos maiores sambistas brasileiros. 

Vou festejar - Beth Carvalho

Conhecida como 'madrinha do samba', Beth Carvalho revelou grandes nomes do segmento como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão, todos 'saídos' da famosa quadra carioca Cacique de Ramos. Apesar de ser mangueirense, foi homenageada por diversas escolas de sambas no Rio de Janeiro e faleceu, neste ano de 2019, deixando muita saudade e muitos sambas bonitos para recordar. 

Não deixe o samba morrer - Alcione

Um verdadeiro 'hino' do mundo do samba, composto por Edson Conceição e Aloísio Silva e imortalizado na voz da Marrom. A música enaltece os 'bambas' e a velha guarda do samba e ainda fala do amor à escola e ao momento de defendê-la na avenida. 

Malandro é malandro, mané é mané - Bezerra da Silva

Bezerra da Silva usava o seu samba para fazer duras críticas sociais ma sem deixar de lado o deboche. O sambista personificava a malandragem carioca e ficou cravado como um dos maiores sambistas do país. 

Meu lugar - Arlindo Cruz

Ex-integrante do Fundo de Quintal, um dos grupos mais importante do samba no Brasil, Arlindo Cruz conseguiu a simpatia do público também em sua carreira solo. O sambista sofreu um AVC em 2017 e, desde então, luta pela sua recuperação. Os fãs acompanham a evolução de seu quadro de saúde pelas redes sociais e matam as saudades ouvindo seus sambas como este, que já se consagrou como um clássico. 

 

Um dos mais brasileiros dos ritmos, o samba, é tão importante para o país que tem um dia para chamar de seu. Na próxima segunda-feira (2), é celebrado do Dia Nacional do Samba e, para comemorar, acontecem diversas festas na Região Metropolitana do Recife e na própria capital pernambucana - que tem a data instituída, também, como Dia Municipal do Samba. Confira o roteiro e divirta-se. 

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Patusco

O Patusco, grupo musical e bloco carnavalesco de samba, será homenageado em sessão solene no Plenário da Câmara Municipal do Recife. A homenagem, proposta pelo vereador Hélio Guabiraba (PRTB), acontece na segunda (2), às 18h. 

Pátio de São Pedro

Para celebrar não só o Dia Nacional como o Dia Municipal do Samba, o Pátio de São Pedro, no Recife, recebe Belo Xis, Wellington do Pandeiro, Carla Rio, Ramos Silva, Ana Xis, Luíza Pérola, Ely Peroais, Leno Simpatia, Cibely Alves, Gracinha do Samba e muito mais. A festa é aberta ao público e começa às 19h. 

Pagode do Didi

Um dos redutos mais emblemáticos do samba na capital pernambucana vai celebrar a data com uma homenagem a seu fundador, Seu Didi. A festa contará com Lucinha Guerra, Nanau Nascimento, Gerlane Gell, Maria Pagodinho, Manoelzinho da Gigante, Flávio Araújo, Barata do Cavaco, Everton GG, Cris Galvão, China Sambay, Grupo Terra e Taiguara Borges, entre outros. A comemoração começa às 17h, no Pagode do Didi (Rua Ulhoa Cintra, no bairro de Santo Antônio). 

Olinda

Olinda vai celebrar o samba no sábado (7). A festa será na sede do Afoxé Alafin Oyó, com vários convidados como Dona Selma do Samba, Helena Cristina, Xico de Assis, Luísa Pérola e Bateria da Sultaki do Samba entre outros. A entrada é gratuita. A sede do Alafin fica localizada na Rua do Sol, no bairro do Carmo. 

Comemorando o Dia Nacional e Municipal do Samba, celebrado no dia 2 de dezembro, o Recife recebe um show gratuito, com sambistas locais em comemoração a data. O evento acontece às 19h, no Pátio de São Pedro. 

Em sua 20ª edição, a festa do Dia Nacional e Municipal do Samba, recebe os sambistas Belo Xis, Wellington do Pandeiro, Carla Rio, Ramos Silva, Ana Xis, Luíza Pérola, Ely Peroais, Leno Simpatia, Cibely Alves, Gracinha do Samba e muito mais. A comemoração tem apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

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Serviço

Dia Nacional do Samba no Recife

2 de dezembro | 19h

Pátio de São Pedro (Santo Antônio)

Gratuito

Para comemorar o Dia Nacional do samba, um grupo de sambistas pernambucanos estará reunido, no próximo domingo(2), na Praça do Carmo, em Olinda, a partir das 14h.

Durante o encontro, Cris Galvão e o grupo “Nosso Samba é assim”, recebem vários artistas da cena local como Dona Selma do Samba, Marquinhos DPilares, Jorge Riba, Elias Paulino e Wagner SambaLed, que apresentarão para o público presente sucessos de grandes nomes do Samba brasileiro.

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O Encontro Comemorativo ao Dia Nacional do Samba é uma realização do Terreiro de Samba de Pernambuco em parceria com a Prefeitura Municipal de Olinda por meio da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda (Sepac). O evento é aberto ao público e tem entrada gratuita.

A data comemorativa foi criada na Bahia, em 1963, e o objetivo foi homenagear o artista Ary Barroso, onde a ideia era defender a preservação e a valorização de um dos ritmos mais importantes do país.

Encontro Comemorativo ao Dia Nacional do Samba

Data: Domingo (2/12)

Horário: 14h

Local: Praça do Carmo - Olinda

Entrada: Gratuita

Por Adnan Morais

As comemorações pelo Dia Nacional do Samba, festejado em 2 de dezembro, começam no início da noite desta terça-feira (29) e vão até o próximo sábado (3). Nesse dia, pelo décimo sexto ano consecutivo, partirá da Central do Brasil, com destino ao subúrbio de Oswaldo Cruz, na zona norte da cidade, o tradicional Trem do Samba. A festa vem crescendo a cada ano e o trem, na verdade, já não é mais um. Nesta edição, serão cinco composições, cada uma com capacidade para mil passageiros, com saídas sucessivas entre as 16h e as 19h de sábado.

“A festa cresceu tanto que acho que seria o caso de pensar, para a cidade do Rio de Janeiro, em um feriado municipal para comemorar o Dia Nacional do Samba”, defende o sambista Marquinhos Diniz, um dos responsáveis pela organização do evento. Com o Trem do Samba atraindo um público cada vez maior, a concessionária SuperVia foi obrigada, desde o ano passado, a deslocar a saída das composições para o sábado seguinte ao dia 2, para não prejudicar o tráfego ferroviário em um dia de semana.

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Os shows que antecedem a festa serão realizados de hoje a sexta-feira (2), a partir das 18h30, em um palco montado ao lado da estação Central do Brasil. Lá, vão se apresentar grandes nomes do samba, como Nelson Sargento, Wilson Moreira, Monarco, Mauro Diniz, Marquinhos de Oswaldo Cruz e as velhas guardas da Portela e do Império Serrano. Na sexta-feira, a dose será dupla, com apresentações também em Oswaldo Cruz, a partir das 21h.

No sábado (3), o show começa ao meio-dia, na Central do Brasil, reunindo nomes como Delcio Carvalho, Noca da Portela e cinco velhas guardas de escolas de samba, além das da Portela e do Império Serrano, também as do Salgueiro, Vila Isabel e Mangueira. Fora da programação oficial, durante o trajeto do trem, há mais de 100 rodas de samba formadas pelos próprios passageiros, que levam seus instrumentos para as composições. “Esse é o grande barato da festa”, garante Marquinhos Diniz.

A programação termina na noite de sábado, com três palcos em Oswaldo Cruz, que receberão, a partir das 20h, shows de Mart’nália, Arlindo Cruz e do grupo Fundo de Quintal. Para Marquinhos Diniz, o Trem do Samba contribui para ressaltar a importância dos bairros percorridos pela linha férrea na geografia da música popular. “A função maior do trem é seguir os trilhos da memória do samba, que passam pelo subúrbio carioca. Assim como Copacabana e Ipanema foram cantadas pela bossa nova, o subúrbio sempre foi cantado pelo samba”, destaca.

O embarque nas composições do Trem do Samba será feito mediante a troca de 1 quilo de alimento não perecível pelo bilhete, na estação da Central do Brasil. Os alimentos arrecadados serão doados para o Programa Fome Zero.

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