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Proprietários de casas noturnas na Itália entraram com um recurso na Justiça para reverter a decisão do governo de proibir o funcionamento de discotecas e outros locais de dança em todo o país.

O bloqueio entrou em vigor na última segunda-feira (17) e se deve ao recente aumento dos novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 na Itália.

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O governo já havia recomendado que casas noturnas continuassem fechadas, mas as regiões se aproveitavam de uma ampla autonomia conferida pela Constituição para permitir a abertura de discotecas com espaços a céu aberto.

Em função disso, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, editou um decreto que transforma a recomendação em proibição. Em entrevista à ANSA, Maurizio Pasca, presidente da Silb-Fipe, associação que reúne empresas do setor, anunciou um recurso ao Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lazio para tentar reverter a medida.

No entanto, Pasca ressaltou que pode desistir da ação judicial se o governo garantir ajudas financeiras para as casas noturnas.

"O governo se esqueceu desse setor, mas dissemos ao ministro [do Desenvolvimento Econômico] Stefano Patuanelli que, se houver um empenho sério para ajudar economicamente todas as discotecas, estamos dispostos a retirar o recurso", declarou.

A Silb-Fipe ainda estuda promover uma ação de classe para pedir um ressarcimento dos danos provocados pelo fechamento. Representantes da entidade fariam uma reunião com Patuanelli nesta terça-feira (18), mas o encontro foi cancelado após o acionamento da Justiça Administrativa.

Ao anunciar o fechamento das casas noturnas, no último domingo (16), o ministro Speranza disse que a retomada dos casos na Itália é "significativa", enquanto Patuanelli admitiu que os danos ao setor serão "grandes", mas ressaltou que "não há alternativa".

"Faremos o possível para dar um apoio econômico às atividades que terão prejuízo", disse o ministro do Desenvolvimento Econômico. A Itália registrou 3.341 novos casos do Sars-CoV-2 na semana passada, maior número para o período desde 17 a 23 de maio, com 4.567 contágios.

Além disso, a média móvel de diagnósticos positivos em sete dias está em 487 nesta terça-feira, crescimento de 76% em relação a duas semanas atrás. Ao todo, o país contabiliza 254.636 contágios e 35.405 óbitos na pandemia.

Da Ansa

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