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O Egito proibiu a exibição do filme "Êxodo: Deuses e Reis", por considerar que a passagem bíblica sobre o êxodo dos judeus, conduzidos por Moisés, "falsifica" a História, afirmou nesta sexta-feira (26) o ministro egípcio da Cultura.

O épico "é um sionista por excelência", explicou à AFP o ministro, Gaber Asfur. "Apresenta a História do ponto de vista sionista e contém uma falsificação dos fatos históricos", acrescentou.

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O britânico Ridley Scott, diretor do longa, "transforma Moisés e os judeus em construtores de pirâmides, o que contradiz fatos históricos comprovados", afirmou Asfur, destacando que a proibição foi recomendada por um comitê composto, em particular, por dois professores de História.

O filme retrata um Moisés agnóstico a princípio, criado como irmão do filho do faraó antes de ser rejeitado quando sua verdadeira identidade de filho de hebreus é descoberta. Ele foge para o deserto, mas decide, após o episódio sarça ardente, unir-se ao povo judeu, então escravo dos egípcios, para guiá-lo para a Terra Prometida.

O épico bíblico em 3D, que custou US$ 140 milhões, já tinha sido tirado de cartaz no Marrocos na quarta-feira. Os donos de salas de cinema receberam naquele país a visita de "delegações do Centro Cinematográfico Marroquino" que proibiram a exibição.

O filme suscitou uma polêmica no mundo árabe porque questiona um milagre reconhecido pelas três religiões monoteístas, o da travessia do Mar Vermelho por Moisés, que divide as águas com seu bastão para permitir a passagem dos judeus.

"No filme, Moisés exibe uma espada e não um bastão" e a divisão das águas é explicada pelo "fenômeno das marés", criticou o chefe do Conselho Supremo para a Cultura, Mohamed Afifi, membro do comitê que recomendou a proibição do longa.

O ministro da Cultura explicou que as autoridades não pediram a opinião da universidade Al Azhar, uma das instituições de maior prestígio do Islã sunita, que pode ser consultada antes de autorizar a exibição de uma obra no Egito, mas não tem o poder de decisão.

Al Azhar, que se opõe à personificação de figuras religiosas no cinema, considerou em março que a superprodução americana "Noé" contrariava o Islã porque mostrava a representação de um profeta.

O longa foi proibido nos cinemas egípcios, apesar da oposição do Ministério da Cultura.

O Brasil pediu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) mude a forma como calcula a dívida do governo, em um movimento que mostraria que o País parece menos endividado. Em uma carta enviada na quinta-feira (25) para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o cálculo é distorcido.

Mantega pediu que o FMI não leve alguns títulos mobiliários em conta. Na carta, cuja cópia foi vista pela Dow Jones Newswires, Mantega afirmou que alguns bônus emitidos pelo Tesouro são mantidos pelo Banco Central para executar a política monetária e alguns não são usados como colateral sobre operações de recompra. Aqueles que não são usados como colateral não "têm uma natureza fiscal" e não deveriam ser incluídos nos cálculos da dívida, segundo o ministro.

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O ministro afirmou que a questão foi debatida entre o Ministério e o FMI, mas as conversas não chegaram a lugar algum, e pediu a intervenção de Lagarde. De acordo com um porta-voz do ministro, o fundo ainda não respondeu.

O FMI calcula que a dívida bruta do governo brasileiro é equivalente a cerca de 68% do Produto Interno Bruto (PIB) e o pedido de mudança reduziria essa proporção para 58,7%, compatível com os dados oficiais. O governo brasileiro vem sendo criticado por gastar demais e muitos economistas temem que o País possa perder o grau de investimento no futuro se a política econômica não se tornar mais austera.

Mantega repetidamente rejeitou esses temores, dizendo que o Brasil possui políticas sólidas e que as contas do governo estão saudáveis. Na última segunda-feira, o ministro anunciou cerca de US$ 4,5 bilhões em cortes no Orçamento para este ano e disse que o movimento garante que as metas fiscais serão atingidas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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