Tópicos | Edina Alves

A árbitra brasileira Edina Alves foi alvo de críticas por parte das jogadoras da Suécia, após o jogo da semifinal da Copa do Mundo Feminina, contra a Espanha. A seleção sueca foi eliminada, depois de perder por 2 a 1, no tempo normal.

As atletas disseram acreditar que o idioma falado pela árbitra favoreceu, de algum modo, as adversárias. Porém, as críticas não pararam por aí. A meia Johanna Rytting disse: “Estou p*** pra c****, irritada e chateada. A árbitra riu na nossa cara”.

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Já a atacante Lina Hurtig falou sobre as faltas que favoreciam a seleção espanhola: “Ela me decepcionou. Só porque somos maiores e mais fortes tivemos tudo contra nós. Sabemos que as jogadoras da Espanha caem com facilidade. É frustrante. Não sei o que dizer".

Edina é a árbitra brasileira com mais jogos em competições entre homens e mulheres. Inclusive, antes do jogo começar, ela foi homenageada pela FIFA por conta da carreira.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) definiu nesta sexta-feira que Edina Alves Batista será a responsável por apitar o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista neste domingo, às 16h, entre Água Santa e Palmeiras, na Arena Barueri. A árbitra agradeceu a oportunidade, se disse honrada e apontou o presidente da entidade, Reinaldo Carneiro Bastos, como um dos responsáveis pelo espaço dado a ela.

"É uma honra ter essa oportunidade. Para ter essa oportunidade é preciso ter homens de coração bom e de coragem, caso do nosso presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e desses que estão aqui (Gustavo Gómez, Abel Ferreira, Thiago Carpini e Bruno Mezenga). Para tudo isso acontecer tem de ter essa permissão também para ter espaço de mostrar que nós também amamos o futebol, nos dedicamos e merecemos estar nesse espaço. Só tenho a agradecer a Deus e a todos eles por abrir esse espaço", afirmou em entrevista ao lado de representantes de Palmeiras e Água Santa.

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Edina também valorizou o empenho e dedicação que demonstrou ao longo do Campeonato Paulista. Segundo ela, o mérito da escolha para apitar a final não é apenas seu e agradeceu o apoio das mulheres jornalistas.

"As mulheres jornalistas também me representam, são mulheres guerreiras que também têm uma missão difícil. Nós amamos o que fazemos, não mais ou menos do que os homens. Às vezes, temos de provar ainda mais que podemos por estarmos em uma área em que há mais homens do que mulheres, como os homens que vão para um lado mais feminino. É a nossa dedicação que nos faz sermos boas no ofício. Essa final não chegou de graça nas minhas mãos, trabalhei a cada jogo junto com a minha equipe, assistentes, VAR...", disse Edina.

Edina não será a única mulher na equipe de arbitragem deste domingo. Ela terá a companhia de Neuza Inês Back como assistente. Completa a equipe Alex Ang Ribeiro. José Claudio Rocha Filho será o responsável pelo VAR.

Os cânticos discriminatórios da torcida do CRB em direção à árbitra Edina Alves renderam uma multa de R$ 10 mil ao clube alagoano em julgamento no STJD nesta quarta-feira. A responsável por apitar o empate sem gols com o Criciúma, pela Série B, foi chamada de "rapariga" em cantoria no estádio Rei Pelé, em Maceió. No mesmo jogo, uma garrafa d'água e um chinelo também foram arremessadas no gramado, rendendo mais R$ 3 mil de punição.

Os auditores da Terceira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol julgaram o CRB levando em consideração a súmula do jogo, na qual Edina relatou que "aos 24 minutos do segundo tempo e na saída da arbitragem do campo de jogo, a torcida do Clube e Regatas Brasil (C.R.B) proferiu o seguinte canto: "rapar..., rapar..., rapar...". Após o final do jogo, já no vestiário da arbitragem, fui informada pelo Tenente Taveira, da polícia militar de Alagoas, que a torcida do Clube de Regatas Brasil (C.R.B.) arremessou em direção dos jogadores do Criciúma uma sandália Havaianas e uma garrafa de água."

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A Procuradoria juntou à denúncia uma prova de vídeo com o cântico entoado pela torcida do CRB. O clube foi enquadrado nos artigos 243-G por cânticos discriminatórios e 213, inciso III, por não prevenir e reprimir o lançamento dos objetos.

Em sua defesa, os alagoanos apresentaram as ações feitas pelo clube e um Boletim de Ocorrência com a identificação de um torcedor que teria arremessado um dos objetos. Mas o subprocurador-geral, Glauber Navega, manteve a denúncia na íntegra e afirmou que o registro de ocorrência juntado pelo clube não elidiu a súmula.

"A sociedade está doente e isso também atinge o futebol. Fica claro que as equipes não querem ser penalizadas e não se omitem na conscientização. É difícil tentarmos consertar um comportamento que se fundamenta no coletivo e na ausência de responsabilidade", afirmou o auditor Alexandre Beck, relator do processo, voltando pela multa financeira. Sugeriu R% 5 mil, mas os demais auditores optaram pelos R$ 10 mil.

"A intenção foi sim diminuir a árbitra e a pena tem que ser aplicada rigorosamente no artigo 243-G. No artigo 213, inciso III, houve apenas uma identificação e mais de uma semana depois. O artigo fala que o boletim tem que ser contemporâneo", disse o auditor Bruno Tavares. "Foi um xingamento direcionado a árbitra por ela ser mulher. Xingamento quase que geral da torcida do CRB. Infração caracterizada no artigo 243-G. Ao artigo 213 a providência tomada não foi contemporânea", concluiu o presidente Luís Felipe Procópio.

A arbitragem brasileira vai fazer história na próxima rodada da Libertadores da América. Pela primeira vez, uma equipe formada apenas por mulheres comandará um jogo na competição. E, na ocasião, o Brasil será representado pela árbitra Edna Alves, pela auxiliar Neuza Back e pela assistente de vídeo Ana Paula de Oliveira. O anúncio foi feito nas redes sociais da Conmebol, nesta nesta sexta-feira (21). 

Além das brasileiras, a equipe de arbitragem ainda vai contar com a assistente Cindy Nahuelcoy e a quarta árbitra María Belén Carvajal ambas do Chile. O jogo histórico vai acontecer na próxima quinta-feira (27), entre o Defensa Y Justicia e o Independiente Del Valle, no estádio Estádio Norberto "Tito" Tomaghello, na Argentina. 

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Mundial de Clubes

A árbitra Edina Alves e a auxiliar Neuza Nack vêm se acostumando a fazer história na arbitragem mundial. Em fevereiro deste ano, elas foram as primeiras mulheres a apitarem um jogo profissional de competições da FIFA. O momento aconteceu no duelo entre  Al Duhail e Ulsan Hyundai FC, pelo Mundial de Clubes. Edina também foi a primeira mulher a apitar um derby entre Palmeiras e Corinthians no Campeonato Paulista deste ano.

A FIFA anunciou na manhã dessa sexta-feira (23) o quadro de arbitragem escalado para apitar na Olimpíada de Tóquio, prevista para começar em julho. O Brasil terá três representantes: Edna Alves, como árbitra de campo, Neuza Back, como assistente, e Wagner Reway, como VAR.

O trio brasileiro estará presente tanto na modalidade feminina, como masculina, que ao todo contarão com 99 árbitros, sendo 25 de campo, 50 bandeirinhas, 20 para o VAR e 4 de apoio.

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O torneio feminino começa em 21 de julho, dois dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, com Grã-Bretanha x Chile, no estádio Sapporo Dome, na cidade de Sapporo, e termina na disputa do título em 6 de agosto no estádio Olímpico de Tóquio.

A competição masculina começa no dia 22 de julho com Egito x Espanha, também no Sapporo Dome, e o jogo da medalha de ouro será em 7 de agosto no estádio Internacional de Yokohama, que foi palco da final da Copa do Mundo de 2002.

Será a primeira vez em que haverá VAR no torneio e segundo publicação da FIFA, “a preparação dos árbitros nomeados para essas importantes competições será monitorada regularmente e de perto antes e durante os Jogos Olímpicos por uma equipe de treinadores técnicos, incluindo árbitros da FIFA e instrutores de árbitros assistentes de vídeo (VAR), preparadores físicos, fisioterapeutas e cientistas do esporte. Para fornecer aos árbitros, assistentes e os responsáveis pelo VAR a melhor preparação e apoio possíveis”.

Com Agência Estado

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