Tópicos | Copa do Mundo Feminina

Um mês após a Espanha vencer a Copa do Mundo Feminina, a Fifa lançou, nesta quinta-feira (21), o filme oficial da competição, que foi realizada na Nova Zelândia e Austrália. Com 53 minutos de duração, o documentátio Moments destaca os jogos marcantes e a relação das torcidas na competição.

A Copa de 2023 foi a primeira disputada por 32 seleções, quebrando recordes de gols (164), público (1,97 milhões de torcedores nos estádios), sendo então o primeiro mundial feminino a gerar lucro a Fifa.

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A seleção brasileira não teve um bom desempenho, a equipe foi eliminada na primeira fase, no entanto, Marta teve destaque na produção do filme, que destacou a entrevista feita pela craque na véspera da partida contra a Jamaica. Assista ao trailer:

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A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) escolheu Montse Tomé como nova treinadora da seleção feminina após a demissão de Jorge Vilda, que foi campeão mundial no mês passado, mas tinha problemas de relacionamento com as jogadoras. Tomé, que atuava como auxiliar de Vilda, será a primeira mulher da história a treinar a equipe nacional.

A treinadora tem 41 anos e atuou como jogadora até 2012. Meio-campista, passou por Barcelona, Levante e Oviedo, além de ter aparecido em convocações para a seleção. Na nota em que anuncia a nova comandante, divulgada nesta terça-feira, a RFEF a descreve como uma pessoa que "conhece muito bem o vestiário e também tem um amplo conhecimento da excelente geração de jogadoras".

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Tomé estreia já neste mês, no primeiro jogo após o título mundial conquistado na Austrália e na Nova Zelândia. O compromisso será contra a Suécia, no dia 22 de setembro, e é válido pela primeira rodada da Liga das Nações da Uefa. Depois disso, enfrenta a Suíça, dia 26. Os dois adversários foram batidos pelas espanholas durante a Copa do Mundo.

A escolha da troca de comando foi feita pela gestão interina de Pedro Rocha, que comanda a RFEF enquanto o presidente Luis Rubiales cumpre um afastamento de 90 dias determinado pela Fifa. Rubiales é alvo de um processo disciplinar movido pela entidade por causa do beijo que deu na atacante Jenni Hermoso durante a celebração da conquista da Copa do Mundo.

O dirigente foi pressionado a renunciar, mas não entregou o cargo e defendeu-se dizendo que o beijo foi consentido. Hermoso, por sua vez, garante que não consentiu e, ao lado de suas companheiras de seleção, afirmou que não jogaria mais pela Espanha enquanto "os atuais dirigentes continuarem no comando".

A DEMISSÃO DE VILDA

Já o técnico Jorge Vilda, demitido nesta terça, era acusado pelas jogadoras de promover um ambiente tóxico. Antes do Mundial, em setembro de 2022, 15 jogadoras assinaram uma carta em que pediam que o treinador fosse demitido do comando da seleção espanhola, recém-eliminada nas quartas de final da Eurocopa. Havia reclamações sobre os métodos de trabalho e assédio moral contra as atletas.

À época, a RFEF, liderada por Rubiales, bancou e apoiou a permanência de Vilda, que viria a conquistar o título mundial na Austrália e Nova Zelândia, no mês passado. Quando Rubiales fez um discurso, em assembleia geral extraordinária, dizendo que não renunciaria e que estava sendo perseguido pelo o que chamou "de falso feminismo", Vilda apareceu na plateia aplaudindo o dirigente. Depois disso, contudo, o treinador mudou o posicionamento e criticou o beijo em Hermoso.

Além da troca de comando, o presidente interino Pedro Rocha publicou uma carta nesta terça-feira, na qual pede desculpas, em nome da RFEF, sobre os acontecimentos das últimas semanas, principalmente o "comportamento totalmente inaceitável do seu mais alto representante institucional".

Luis Rubiales afirmou, durante assembleia geral extraordinária da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que não vai se demitir do cargo de presidente da entidade. O encontro realizado nesta sexta-feira foi convocado para que o dirigente desse explicações sobre o beijo dado por ele na atacante Jenni Hermoso, durante a celebração do título da Copa do Mundo Feminina, e, de acordo com a imprensa espanhola, a expectativa era de que ele entregasse o cargo.

O que se viu quando Rubiales subiu no palco e falou ao microfone, com transmissão ao vivo pelo YouTube, passou longe de um pedido de demissão. Ele fez um discurso irritado, culpou o "falso feminismo" por toda a situação e repetiu aos berros que não renunciaria, enquanto era aplaudido de pé por parte dos presentes, inclusive Jorge Vilda e Luis de La Fuente, treinadores da seleções feminina e masculina da Espanha, respectivamente.

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"O falso feminismo é um grande flagelo nesse país. Foi um beijo espontâneo, mútuo, eufórico e consentido. Estão dizendo neste país que foi sem consentimento. Não, foi consentido. Esta jogadora perdeu um pênalti, e tenho uma ótima relação com todas as jogadores, somos uma família há mais de um mês e tivemos momentos afetuosos nesta concentração", bradou durante o seu discurso, antes de gritar quatro vezes a frase "Não vou renunciar!", causando os aplausos.

Em outro momento, Rubiales tentou explicar a razão de ter beijado Hermoso, atribuindo o desfecho ao comportamento da jogadora. "Ela me levantou do chão, me agarrou pelo quadril, quase caímos e nos abraçamos. Foi ela quem me pegou os braços e me puxou para perto de seu corpo. Eu disse a ela para esquecer o pênalti, 'você foi fantástica e sem vocês não teríamos vencido a Copa do Mundo. Ela respondeu, 'você é um craque' e eu disse 'um beijinho?' e ela 'ok', batendo na minha lateral e saindo rindo", disse.

O dirigente ainda disse que considera o ato mais um 'pico', que pode ser traduzido para o português como 'selinho', do que um beijo. Ele vê isso como uma demonstração de carinho. "A vontade é praticamente a mesma de dar um beijo em uma das minhas filhas, nem mais nem menos. Não há, portanto, desejo, e não há posição de domínio", afirmou.

Rubiales acredita também estar sendo vítima de um "assassinato social" e voltou usar o termo "falso feminismo", que, segundo ele, "não busca a justiça e não busca a verdade.

Estão preparando uma execução para colocar uma medalha e dizer que estamos progredindo".

PROCESSO DISCIPLINAR

O pronunciamento vem um dia após a Fifa abrir um processo disciplinar contra Luis Rubiales em razão do beijo e, Jenni Hermoso. Na quarta, a jogadora quebrou o silêncio e se manifestou sobre o episódio, por meio do sindicato FUTPRO, e pediu "medidas exemplares" contra o dirigente.

De acordo com a Fifa, está sendo apurado se o beijo de Rubiales constitui violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2, do Código Disciplinar da entidade. Os itens versam sobre comportamento ofensivo e violação dos princípios do fair play.

No parágrafo 2, são listadas as condutas que podem render punição: violar as regras básicas de conduta decente; insultar alguém com gestos, sinais ou palavras; usar eventos esportivos para demonstrar uma natureza antidesportiva; agir de forma que coloque o futebol ou a Fifa em descrédito; alterar a idade de jogadores. Não há nenhuma descrição específica sobre assédio.

DENÚNCIA

Rubiales já foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha. A denúncia foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol. Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte.

Luis Rubiales, presidente da Federação de Futebol da Espanha, foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha (CSD, na sigla em espanhol), em razão do beijo que deu na atacante Jennifer Hermoso durante a comemoração do título da Copa do Mundo Feminina. A denúncia, obtida pelo site The Objective, foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol.

Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

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A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte.

A imagem do beijo de Rubiales em Hermoso rodou o mundo e gerou muita repercussão negativa. Em participação no programa "Las Mañanas", da Rádio Nacional España, Miquel Iceta, Ministro da Cultura e do Esporte da Espanha, classificou a atitude de Rubiales como inaceitável e exigiu um pedido de desculpas do Presidente da Federação. Pouco depois, o dirigente se desculpou. Em vídeo divulgado nas redes sociais, afirmou que tem de "aprender com seu erro". Antes, contudo, chegou a afirmar que a repercussão parecia uma "idiotice".

Por meio das redes sociais, momentos após receber a medalha e o beijo de Luis Rubiales, Jenni Hermoso disse que não tinha gostado do que havia acontecido entre os dois. Horas depois, a meia tentou explicar como viu o episódio em entrevista à agência de notícias EFE e mudou um pouco sua opinião. "Foi um gesto mútuo totalmente espontâneo devido à imensa alegria de ganhar uma Copa do Mundo. O presidente e eu temos uma ótima relação, seu comportamento com todos nós foi 10 e foi um gesto natural de carinho e gratidão", afirmou.

No último domingo, a Espanha conquistou a Copa do Mundo Feminina. Porém, além da festa em campo, o momento ficou marcado pelas imagens do presidente da federação espanhola, Luis Rubiales, beijando uma jogadora, sem o consentimento dela.

Durante a cerimônia de entrega das medalhas a atacante Jennifer Hermoso cumprimentavas os dirigentes, até chegar no dirigente, lhe deu um abraço, segurou sua cabeça e a beijou na boca.

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Além desse episódio de assédio, Luis Rubiales foi flagrado fazendo festos obscenos, quando comemorava o gol que deu vitória da seleção espanhola. Ele estava no camarote, ao lado da rainha Leticia e da princesa Sofia.

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Nesta segunda-feira, o presidente divulgou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas pelo ocorrido. “Certamente me equivoquei, tenho que admitir. Foi sem má fé em um momento de máxima efusividade. Aqui (na Espanha) vimos isso de forma natural, mas lá fora (do país) se formou uma comoção. Tenho que me desculpar, aprender com isso e entender que, quando se é presidente, tem que ter mais cuidado’’ disse Rubiales.

A Copa do Mundo de futebol feminino tem uma nova campeã, a Espanha, que derrotou a Inglaterra na final por 1 a 0, na manhã deste domingo (20) no Estádio Austrália, em Sidney, para conquistar o título da competição pela primeira vez na história. A equipe ibérica alcança o feito na terceira Copa de sua história.

A Espanha estreou em Copas femininas apenas em 2015, no Canadá. Naquela ocasião caiu no mesmo grupo do Brasil e terminou em último lugar na chave, atrás também da Coreia do Sul e da Costa Rica. Em 2019, na França, conseguiu avançar às oitavas, onde parou nos Estados Unidos, que acabaram vencendo a competição.

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Com o título deste domingo, a seleção espanhola entrou para o seleto grupo de campeãs mundiais no futebol feminino, encabeçado pelos Estados Unidos (quatro títulos) e que ainda tem Alemanha (dois), Japão e Noruega (um cada). Além disso, a Espanha se igualou aos germânicos, únicos, até então, a levantarem a taça da Copa do Mundo entre homens e mulheres.

Espanha superior

O jogo começou com a Espanha valorizando demais a posse de bola e marcando em cima as jogadoras inglesas. Mas foram as Leoas que chegaram com perigo primeiro. Aos 15 minutos, Lauren Hemp recebeu a bola na entrada da área após boa troca de passes de suas companheiras e acertou um chute forte no gol defendido pela goleira Cata Coll.

Um minuto depois as ibéricas responderam com contra-ataque pela esquerda. Paralluelo recebeu na área e chutou, mas Millie Bright desviou e a bola sobrou para Alba Redondo, que finalizou para defesa de Mary Earps. Porém, aos 28 a Espanha mostrou eficiência para abrir o placar. Caldentey tocou para Olga Carmona, que aproveitou espaço deixado por Lucy Bronze na ponta esquerda. A lateral dominou, avançou e finalizou rasteiro para colocar a bola no fundo da rede.

Mesmo com a vantagem a equipe ibérica continuou melhor, e chegou com muito perigo aos 46 minutos, quando Battle fez boa jogada pela direita e cruzou para o meio da área, onde Paralluelo chegou batendo de primeira para acertar a trave.

No retorno do intervalo a técnica Sarina Wiegman decidiu colocar em campo as atacantes Chloe Kelly e Lauren James, que perdeu as duas últimas partidas da Inglaterra por causa de suspensão. Mas quem iniciou melhor a etapa final foi a Espanha, que continuava apostando em uma marcação muito agressiva, adiantando suas jogadoras e não permitindo que a Inglaterra pudesse ter espaço para criar qualquer coisa.

Já a Inglaterra dependia demais das saídas rápidas em contra-ataque, como a dos 8 minutos, que terminou em cruzamento rasteiro de Chloe Kelly para Hemp, que mandou para fora por pouco em lance que acabou sendo anulado por posição de impedimento.

Porém, a superioridade era mesmo da Espanha, que aos 23 minutos teve a oportunidade de ampliar o placar em cobrança de pênalti marcada após Keira Walsh tocar a bola com a mão dentro da área. Jenni Hermoso cobrou para defesa segura de Mary Earps.

Aos 29 as Leoas finalmente chegaram com perigo, quando Lauren James fez grande jogada individual pela esquerda e bateu para defesa da goleira Cata Coll. A partir daí o jogo entrou numa dinâmica de muita batalha na faixa central do campo, e as oportunidades diminuíram de lado a lado.

E uma boa oportunidade só voltou a aparecer aos 46 minutos, quando Ona Battle dominou na ponta direita e avançou para bater cruzado para grande defesa de Mary Earps. Com a proximidade do final da partida, a Inglaterra claramente se desorganizou e passou a criar muito pouco, enquanto a Espanha soube administrar a vantagem até o apito final para garantir o título.

A Inglaterra está na final de Copa do Mundo feminina. Na manhã desta quarta-feira, dia 16, as inglesas bateram a Austrália por 3 a 1 em jogo válido pela semifinal do Mundial de 2023 e garantiram a tão sonhada vaga na decisão do torneio, que acontece no domingo, às 7h (de Brasília). Elas enfrentarão a Espanha, que venceu ontem contra a Suécia e se classificou para sua primeira final na história da competição.

Foi sofrido e, por pouco, a Austrália não conseguiu alcançar um feito histórico e chegar à final de uma Copa do Mundo perante sua torcida. Mas a Inglaterra foi valente, se segurou na defesa nos minutos finais e no contra-ataque, matou o jogo, se classificou e agora sonha com o título inédito.

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O primeiro tempo foi marcado por um leve domínio inglês que acabou sendo traduzido em um golaço de Ella Toone. O placar de um a zero era justo e as Matildas pouco perigo ofereciam contra as atuais campeãs da Euro. Na segunda etapa, uma Austrália valente se lançou ao ataque e chegou a empatar com outro golaço, dessa vez feito por Sam Kerr. Motivada pela torcida, as australianas cresceram no jogo, mas acabaram levando um gol de Lauren Hemp.

Na frente do placar, as inglesas se fecharam e resistiram à pressão australiana. Sam Kerr até teve duas ótimas oportunidades, mas quem decidiu foi Alessia Russo, que matou o jogo em um contra-ataque e garantiu a classificação europeia. Agora, elas enfrentam a Espanha no próximo domingo, dia 20, às 7h (de Brasília) pela final do Mundial.

VEJA OS MELHORES MOMENTOS AQUI.

A árbitra brasileira Edina Alves foi alvo de críticas por parte das jogadoras da Suécia, após o jogo da semifinal da Copa do Mundo Feminina, contra a Espanha. A seleção sueca foi eliminada, depois de perder por 2 a 1, no tempo normal.

As atletas disseram acreditar que o idioma falado pela árbitra favoreceu, de algum modo, as adversárias. Porém, as críticas não pararam por aí. A meia Johanna Rytting disse: “Estou p*** pra c****, irritada e chateada. A árbitra riu na nossa cara”.

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Já a atacante Lina Hurtig falou sobre as faltas que favoreciam a seleção espanhola: “Ela me decepcionou. Só porque somos maiores e mais fortes tivemos tudo contra nós. Sabemos que as jogadoras da Espanha caem com facilidade. É frustrante. Não sei o que dizer".

Edina é a árbitra brasileira com mais jogos em competições entre homens e mulheres. Inclusive, antes do jogo começar, ela foi homenageada pela FIFA por conta da carreira.

Quando a atacante inglesa Chloe Kelly se direcionou a marca do pênalti no jogo entre Inglaterra e Nigéria, ela só pensava em uma única coisa: fazer o gol e classificar sua seleção para as quartas de final da Copa do Mundo de 2023. "O meu pensamento é 'vou marcar'. Uma vez que eu venço essa batalha mental, estamos bem", ela afirmou em entrevista após o jogo.

Dito e feito, a jogadora do Manchester City bateu com maestria e, sem dar chances a Chiamaka Nnadozie, a melhor goleira da competição até aquela partida, fez o gol que sacramentou a classificação inglesa para a próxima fase. O tento, no entanto, não foi feito por qualquer chute. Por meio da tecnologia de monitoramento presente na bola, foi possível calcular a velocidade atingida pelo chute: assombrosos 111km/h.

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Para se ter uma ideia do tamanho da velocidade atingida, a marca de Chloe Kelly não só é o pênalti mais forte do Mundial de 2023, como também bate todos as outras cobranças de penais realizadas na última temporada da Premier League masculina. A finalização mais veloz foi feita por Said Benrahma, do West Ham, com107,2 km/h.

Kelly é uma excelente cobradora de pênaltis, sendo uma das mulheres de confiança da técnica Sarina Wiegman no setor. Nos últimos anos, foi do pé dela que saíram as cobranças que deram o título da Eurocopa e da Finalíssima, contra o Brasil, à Inglaterra.

Atualmente, ela joga pelo Manchester City, mas teve passagens pelo Arsenal e pelo Everton. Desde muito cedo, atua pelas seleções inglesas de base e vem conquistando a titularidade na equipe principal aos poucos. "Esse time é especial, nós fizemos isso na Euro e na Finalíssima e continuamos avançando. Essa equipe ainda vai conquistar mais coisas", ela afirmou ao final da partida.

Apesar do instinto matador, outra cena que chamou a atenção do mundo foi a atitude tomada por Kelly após o último pênalti. Depois de celebrar a classificação, a atacante foi em direção a goleira nigeriana e, junto com a companheira de equipe Alex Greenwood, consolou a arqueira, que estava chorando desolada com a eliminação do seu país.

A Inglaterra volta a campo para enfrentar a Colômbia no próximo sábado, dia 12, às 7h30 (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2023.

Com o fim das oitavas de final da Copa do Mundo feminina de 2023, as oito seleções que participarão das quartas já estão definidas. São elas: Austrália, Japão, Espanha, Inglaterra, Holanda, França, Suécia, e Colômbia. São cinco equipes da Europa.

A nova fase começa nesta quinta-feira, dia 10, às 22h (de Brasília), com a partida entre Espanha e Holanda. Um europeu vai ficar pelo caminho. Quer saber o que esperar da próxima fase do Mundial? Confira os detalhes dos próximos confrontos da competição.

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ESPANHA X HOLANDA

Com um número expressivo de gols, foram 13 em quatro jogos, a Espanha chega às quartas de finais da Copa do Mundo de 2023 com um dos jogos coletivos mais envolventes da competição. Além de Alexia Putellas, a atual melhor jogadora do mundo, as espanholas também contam com a jovem Aitana Bonmatí e a artilheira Alba Redondo em excelente fase.

Elas, no entanto, sofreram uma derrotada vexatória contra o Japão por 4 a 0 na última partida da fase de grupos. Se o confronto com as japonesas foi um pequeno tropeço em um caminho estável ou um sinal de que elas talvez não sejam tão fortes quanto parecem, só o tempo dirá. Mas a Espanha sonha com o título inédito e a coroação da melhor geração espanhola do futebol feminino.

Foto: David Gray/AFP

Já a Holanda, atual vice-campeã do torneio, quer chegar à final novamente e conquistar o que deixou na mão dos Estados Unidos em 2019. As holandesas também tem um ótimo ataque, são 11 gols em quatro jogos, e contam com a experiência de já ter disputado o torneio até sua última partida. No ataque, a artilheira Jill Roord (foto acima), que marcou quatro gols em quatro jogos, é a esperança de bola nas redes. As seleções se enfrentam nesta quinta-feira, dia 10, às 22h (de Brasília).

JAPÃO X SUÉCIA

Com o melhor ataque da competição, 14 gols em quatro jogos, a melhor defesa, somente um gol sofrido, e a artilheira da competição, Hinata Miyazawa (foto abaixo), o Japão é o favorito para levantar o troféu da Copa do Mundo Feminina. Não era, mas a campanha o coloca como um dos candidatos. O time comandado por Futoshi Ikeda é extremamente adaptável, sendo capaz de jogar com a posse de bola ou no contra-ataque com a mesma efetividade.

Foto: Marty Melville/AFP

Com uma das seleções mais jovens do torneio, a atual geração japonesa foi formada no Mundial Sub-20 de 2018, onde boa parte do elenco, em conjunto com Ikeda, se sagrou campeão. Sonhando em repetir o que o país fez em 2011, quando venceu a Copa de maneira surpreendente, o Japão sabe que tem uma chance de ouro para faturar o torneio.

Do outro lado, no entanto, uma pedreira difícil de passar. A Suécia não só eliminou os EUA, como também teve 100% de aproveitamento na fase de grupo e conta com atuações inspiradas da goleira Zecira Mušovic, uma das melhores arqueiras da competição.

Apesar do Japão ser uma das sensações da Copa, não é prudente já colocá-lo nas semifinais. No torneio, as europeias estão se divertindo ao frustrar os sonhos das favoritas. O confronto entre as duas equipes ocorre na sexta-feira, dia 11, às 4h30 (de Brasília).

INGLATERRA X COLÔMBIA

A Inglaterra era uma das favoritas ao título no início da Copa, mas apesar do bom futebol apresentado durante a fase de grupos, a perda de sua principal jogadora no torneio durante as oitavas de final pode afetar as chances inglesas de avançar na competição.

Lauren James, atacante do Chelsea de apenas 21 anos, estava voando. Na partida contra a Nigéria, no entanto, ela pisou de forma gratuita nas costas da defensora Michelle Alozie e foi expulsa após revisão do VAR. Ela está automaticamente fora das quartas para cumprir suspensão pela expulsão, mas o lance foi tão feio que é bem possível que a Fifa aumente sua punição, o que poderia, caso a Inglaterra avance, tirar a jogadora da semifinal e até da final.

Foto: Marty Melville/AFP

Já para as colombianas, alcançar as quartas de final é um feito histórico por si só. Em sua terceira participação em uma Copa, é a primeira vez que a Colômbia chega a essa fase do torneio. Única sul-americana ainda na competição, elas contam com o brilho de Linda Caicedo (foto acima), atacante de apenas 18 anos, para vencer as europeias. Caso ganhem o torneio, elas seriam a primeira equipe da América do Sul a realizar tal feito. O jogo entre as duas seleções ocorre no sábado, dia 12, às 7h30 (de Brasília).

AUSTRÁLIA X FRANÇA

A campanha das Matildas na Copa do Mundo de 2023 é histórica. Uma das anfitriãs do torneio, a Austrália conta com um apoio massivo de seu povo que está lotando os estádios, quebrando recordes de audiência em TVs locais e incentivando a equipe a sonhar com um improvável título.

Em campo, a seleção australiana tem correspondido. Uma derrota para a Nigéria na primeira fase não foi o suficiente para desanimar as jogadoras, que golearam o Canadá e bateram a Dinamarca para chegar às quartas. O melhor de tudo para elas? Sam Kerr (foto abaixo), atacante do Chelsea e principal atleta da seleção, ainda não jogou muito.

Foto: Steve Christo/AFP

Kerr estava machucada e viu as Matildas avançarem na competição do banco. Nas oitavas, no entanto, ela finalmente estreou e deve ter mais minutos contra a França. Se o time já estava engrenado sem sua principal jogadora, com Kerr de volta ao campo, a Austrália quer mostrar que não é só uma boa anfitriã, mas uma seleção capaz de chegar na final.

Do outro lado, a França enfrenta mais uma vez o fantasma das quartas. Nas últimas duas edições, as francesas caíram exatamente nessa etapa do torneio. A campanha europeia começou com um leve tropeço e um empate surpreendente contra a Jamaica colocou em cheque a capacidade do time.

Mas elas se recuperam no jogo contra o Brasil, vencendo a seleção de Pia por 2 a 1, e desde então não conhecem outro sabor na competição que não a vitória. Apesar de problemas extracampo há poucos meses antes do início da Copa, a França parece ter encontrado o seu rumo. E, sob nova direção, pretende desafiar o tabu que a assombra e, quem sabe, sonhar com o título. O confronto entre ambas as seleções ocorre no sábado, dia 12, às 4h (de Brasília).

Onde assistir: a Cazé TV, no Youtube, está transmitindo todos os jogos da competição.

A Copa do Mundo de 2023 é o principal evento futebolístico feminino do ano, onde as melhores jogadoras do esporte se enfrentam em busca do título mais importante da modalidade. É natural, então, que as atletas mais bem pagas do mundo estejam na competição. Se futebolistas como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé figuram entre os esportistas que mais recebem dinheiro no mundo, o mesmo não pode ser dito de estrelas da Copa da Austrália e da Nova Zelândia, como Alex Morgan, Alexia Putellas, Megan Rapinoe (abaixo) e Marta.

Foto: Willian West/AFP

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Ganhando consideravelmente menos do que os homens, as jogadoras sequer aparecem na lista de 10 atletas mais bem pagos do mundo realizada pela Forbes. O fato só evidencia a importância de um dos tópicos mais debatidos no futebol feminino: a diferença entre os valores de salários, premiações e pagamentos destinados às mulheres em comparação com a modalidade masculina.

Em um torneio onde seleções como Canadá e Jamaica enfrentaram problemas de falta de financiamento por parte das próprias federações, a discussão sobre pagamentos iguais nunca foi tão relevante. Isso não significa, no entanto, que não exista jogadoras que recebam valores altos para jogar. A Forbes publicou uma de suas listas elencando as jogadoras mais bem pagas do Mundial de 2023.

Na metodologia utilizada pela revista, somam-se os ganhos dentro de campo, como salários e pagamentos por premiações, aos ganhos fora de campo, como publicidade e contratos de patrocínio. Segundo esse método, a seleção americana é disparada a que mais tem jogadoras no top 10: são 9 atletas do time nacional americano e somente uma outra jogadora de outra nacionalidade, a espanhola Alexia Putellas em terceiro lugar (foto abaixo).

Foto: Marty Melville/AFP

A lista é encabeçada por Alex Morgan e Megan Rapinoe, o que evidencia a força de ambas as jogadoras. Símbolos da geração que conquistou um bicampeonato mundial, Morgan fatura US$ 7,1 milhões por ano. Já Rapinoe ganha US$ 7 milhões. A liga americana de futebol é considerada o campeonato feminino mais forte do mundo, o que contribui para que as jogadoras que lá atuem também recebam o melhor salário. As americanas Trinity Rodman, Crystal Dunn, Julie Ertz, Sophia Smith, Lindsey Horan, Rose Lavelle, e Sofia Huerta completam o top 10.

Foto: Franck Fife/AFP

O cenário, no entanto, muda quando consideramos somente os salários recebidos pelas jogadoras. Encabeçando a lista, uma surpresa já de cara: a australiana Sam Kerr, do Chelsea (foto acima). Extremamente talentosa, a atacante não é tão badalada quanto suas outras companheiras, mas assinou um lucrativo contrato para reforçar o clube londrino. Assim como na lista da Forbes, Alex Morgan (foto abaixo) e Megan Rapinoe estão no top 3.

Foto: Saeed Khan/AFP

As demais posições, no entanto, parecem melhor refletir a qualidade das jogadoras. A norueguesa Ada Hegerberg é quarta, sendo seguida pela brasileira Marta e pela francesa Wendie Renard, que estão empatadas em quinto lugar. Completando o top 8 ainda temos a francesa Amandine Henry e a canadense Christine Sinclair.

Confira a lista de jogadoras mais bem pagas da Copa do Mundo feminina de 2023:

1º - Alex Morgan, do San Diego Wave FC: US$ 7,1 milhões

2º - Megan Rapinoe, do Seattle Reign FC: US$ 7 milhões

3º - Alexia Putellas, do Barcelona: US$ 4 milhões

4º - Trinity Rodman, do Washington Spirit: US$ 2,3 milhões

5º - Crystal Dunn, do Washington Spirit: US$ 2 milhões

6º - Julie Ertz, do Angel City FC: US$ 2 milhões

7º - Sophia Smith, do Portland Thorns FC: US$ 2 milhões

8º - Lindsey Horan, do Portland Thorns FC: US$ 1,5 milhão

9º - Rose Lavelle, do OL Reign: US$ 1,4 milhão

10º - Sofia Huerta, do OL Reing: US$ 1,3 milhão

Colômbia e França são as últimas seleções classificadas para as quartas de final da Copa do Mundo feminina. Na madrugada desta terça-feira, as colombianas superaram a Jamaica pelo placar mínimo e, pela primeira vez na história, estão entre os oito melhores times do torneio.

Já a França não tomou conhecimento do Marrocos e, após um primeiro tempo arrasador, goleou as africanas e se classificou para a próxima rodada. Com estes resultados, estão definidos todos os confrontos das quartas de final do Mundial disputado na Austrália e na Nova Zelândia.

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As quartas de final terão Holanda x Espanha, Japão x Suécia, Austrália x França e Inglaterra x Colômbia.

ATAQUE COLOMBIANO SUPERA DEFESA JAMAICANA

O jogo entre Colômbia e Jamaica começou como um confronto entre ataque e defesa. As sul-americanas iniciaram a partida com maior posse de bola, mas encontravam muita dificuldade para furar o bloqueio caribenho. A Jamaica até ficou mais com a bola no final do primeiro tempo, mas pouco fez. Com um jogo travado, ambas as equipes foram para o intervalo sem terem criado grandes chances.

O segundo tempo, no entanto, já começou com um gol colombiano. Após um longo cruzamento, Catalina Usme recebeu a bola na área e deu um belo tapa de chapa para abrir o placar. Foi o primeiro gol da Colômbia em um mata-mata de Copa do Mundo.

Na frente do confronto, as sul-americanas até tentaram controlar a partida, mas a Jamaica se jogou ao ataque. Nos minutos finais, muitas foram as chances criadas, mas as colombianas conseguiram permanecer com a vantagem e, ao soar do apito final, comemoraram como ninguém a classificação.

FRANÇA FAZ TRÊS EM 10 MINUTOS E DESPACHA MARROCOS

O sonho marroquino era bonito, mas a França pouco se importou com a bela história construída pelas africanas e, em 23 minutos de jogo, já havia resolvido a partida. Em ritmo acelerado, as francesas abriram o placar aos 15. Cinco minutos depois, mais um. E, para fechar a conta, Le Sommer fez o terceiro aos 23 da primeira etapa.

Com a vantagem tão grande do favorito, Marrocos se perdeu no jogo. A França poderia ter ampliado, mas o primeiro tempo acabou em 3 a 0. Na volta da partida, ambas as equipes assumiram posturas diferentes. Marrocos parecia bem mais organizado e até chegou a oferecer algum perigo para as francesas. As europeias, no entanto, estavam claramente se poupando para a próxima fase e pouco produziram.

Ainda assim, foi Le Sommer quem fez o único gol da segunda etapa, ampliando a vantagem francesa e sacramentando a eliminação marroquina. Agora, a França enfrenta o fantasma das quarta de final: a seleção europeia foi eliminada nessa fase do torneio nas duas últimas edições do Mundial.

Confira os próximos jogos da Copa do Mundo:

10/08

22h - Holanda x Espanha

11/08

4h30 - Japão x Suécia

12/08

4h - Austrália x França

7h30 - Inglaterra x Colômbia

A Copa do Mundo feminina é um sucesso de público na Austrália, uma das anfitriãs do torneio. A competição vem quebrando recordes de público e de transmissões digitais e analógicas ao redor do mundo, mas é no país que sedia o campeonato que os maiores números estão sendo registrados.

Na partida entre a Austrália e Dinamarca, válida pelas oitavas de final, cerca de 6,54 milhões de pessoas assistiram ao jogo no Seven, o segundo maior canal de TV da região. Além de ser a maior audiência de um jogo de Mundial feminino da história da rede televisiva, também se tornou o evento esportivo mais assistido nos últimos 18 meses.

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Em campo, outro número impressionante. O Accor Stadium, onde a partida ocorreu, estava com capacidade lotada, com mais de 75 mil pessoas presentes. Esta vem sendo uma tônica da campanha australiana, com os estádios sempre cheios quando elas jogam.

A Copa do Mundo deste ano já é histórica. Ainda no meio da competição, a atual edição do torneio já atraiu mais espectadores do todo o Mundial anterior, na França em 2019. Na fase de grupos, 1,2 milhão de espectadores foram aos estádios, com uma média de mais de 25 mil pessoas por jogo. Esses números representam um aumento de 29% em relação à Copa do Mundo da França somente nesta fase da competição.

Na fase de grupos, mais de 1,715 milhão de ingressos foram vendidos para a competição, muito mais do que a meta inicial da Fifa de 1,3 milhão. A organização também ficou satisfeita com alguns dos índices de audiência, destacando, por exemplo, que a partida entre as americanas e a Holanda foi a mais assistida da fase de grupos na história dos Estados Unidos.

A Fifa ainda destacou que, na Nova Zelândia, cerca de 1,88 milhão de pessoas está assistindo a Copa. O número é equivalente a um terço do país. Na Colômbia, a audiência triplicou se comparada ao último Mundial, chegando a superar os números de partidas da seleção masculina na Copa do Catar. Na China, 53,9 milhões de pessoas acompanharam o duelo com a Inglaterra.

As seleções da Inglaterra e da Austrália se classificaram para as quartas de final da Copa do Mundo feminina nesta segunda-feira. Nos pênaltis, as inglesas derrotaram a Nigéria em jogo que contou com a expulsão de Lauren James. Já as anfitriãs não tiveram dificuldades e, no contra-ataque, construíram a vantagem que eliminou a Dinamarca.

LAUREN JAMES É EXPULSA, MAS INGLATERRA AVANÇA NOS PÊNALTIS

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O jogo não foi dos melhores, mas a Inglaterra bateu a Nigéria nos pênaltis e avançou para as quartas de final. As nigerianas, no entanto, não venderam sua eliminação barata. Valentes, elas chegaram a ser superiores às favoritas ao Mundial e só não abriram o marcador por falta de precisão.

Foto: Patrick Hamilton/AFP

Em dia pouco inspirado, as europeias viram suas chances de vitória ruírem quando a atacante Lauren James foi expulsa após pisar nas costas de Alozie no final da segunda etapa. Elas se seguraram na defesa e, nas penalidades, garantiram um 4 a 2 para passarem de fase. Agora, a Inglaterra enfrentará nas quartas de final a vencedora do confronto entre Colômbia e Jamaica.

VEJA OS LANCES AQUI.

AUSTRÁLIA VENCE A DINAMARCA EM ESTÁDIO LOTADO

Se a máxima de que seleções anfitriãs costumam desempenhar bons resultados em Copas do Mundo é verdadeira, a Austrália está seguindo roteiro de forma perfeita. Com o apoio de um estádio lotado, com mais de 75 mil pessoas presentes, as "Matildas" fizeram bonito e despacharam a Dinamarca com propriedade.

Foto: Franck Fife/AFP

As australianas apostaram no contra-ataque e, com gols de Raso e Foord, construíram a vantagem que as garantiu nas quartas de final. Além da vaga conquistada, a outra ótima notícia para a torcida de casa é o retorno de Sam Kerr, principal jogadora da seleção.

Acionada somente nos minutos finais da segunda etapa, a atacante do Chelsea pouco produziu, mas seu retorno é um ótimo indicativo para os sonhos australianos de um título. Agora, a Austrália aguarda o vencedor de França e Marrocos.

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Holanda e Suécia se classificaram para as quartas de final da Copa do Mundo feminina de 2023 na madrugada deste domingo (6). As holandesas bateram a África do Sul por 2 a 0. Já as suecas sofreram, mas com atuação brilhante da goleira Zecira Musovic, seguraram um empate e, nos pênaltis, eliminaram as atuais bicampeãs mundiais, os EUA. É a primeira vez na história que as americanas não ficam entre as três melhores seleções do torneio. Veja a tabela.

Dormiu e não conseguiu acompanhar o Mundial feminino? O Estadão resume o 18º dia da competição para você e informa a programação do dia seguinte, agora sem o Brasil, eliminado diante da Jamaica na primeira fase da disputa.

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Com frango da goleira sul-africana, Holanda vence e pega Espanha nas quartas de final

Com gols de Jill Roord e Beerensteyn, a Holanda venceu a África do Sul e se classificou para as quartas de final da Copa do Mundo feminina de 2023. Atuais vice-campeãs do mundo, é a segunda vez consecutiva que as europeias alcançam as quartas.

O primeiro gol ocorreu logo cedo, aos 9 minutos da partida. Após confusão na pequena área, a meia Jill Roord cabeceou livre e balançou as redes. O tento marcado, no entanto, não garantiu o controle europeu. As sul-africanas avançaram para o ataque e só não abriram o placar pro seu time por conta de ótimas defesas da goleira Van Domselaar.

No segundo tempo, um erro bizarro da arqueira sul-africana acabou definindo o confronto. Swart aceitou um fraco chute de Beerensteyn e viu a vantagem das holandesas aumentar. A partida ainda teve outros dois gols holandeses anulados pelo VAR. Agora, a Holanda enfrenta a Espanha nas quartas de final.

EUA param em Musovic, perdem para Suécia nos pênaltis e se despedem da Copa do Mundo com pior campanha da história do time

Os Estados Unidos estão fora da Copa do Mundo feminina de 2023. É uma surpresa. As atuais bicampeãs mundiais foram eliminadas pela Suécia nas oitavas de final na manhã deste domingo, dia 06, e deram adeus ao torneio. É a primeira vez que as americanas deixam a competição tão cedo. Em todas as outras edições, a posição mais baixa que os EUA ficaram foi o terceiro lugar, como aconteceu em 1995, 2003 e 2007.

A goleira sueca Zecira Musovic foi o grande destaque do empate. Em um jogo onde as americanas atacaram mais, a atuação da arqueira foi essencial para a manutenção do empate e, nos pênaltis, classificação europeia para as quartas de final. Aos 27 anos, a atleta do Chelsea mede 1,80m e vem sendo um dos pilares da seleção sueca no torneio. Em quatro partidas, o time europeu só sofreu um gol. Agora, a Suécia enfrenta o Japão nas quartas de final.

Próximos jogos

07/08

4h30 - Inglaterra x Nigéria

7h30 - Austrália x Dinamarca

08/08

5h - Colômbia x Jamaica

8h - França x Marrocos

A fase de grupos da Copa do Mundo feminina de 2023 chegou ao fim. Após 48 jogos disputados, a competição entra em sua etapa de mata-mata. Suíça, Noruega, Austrália, Nigéria, Japão, Espanha, Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Estados Unidos, França, Jamaica, Suécia, África do Sul, Colômbia e Marrocos continuam na disputa pelo título mundial.

As oitavas de final começam neste sábado, dia 05, às 2h (de Brasília) com a partida entre Suíça e Espanha. A partir de agora, perdeu volta para casa. Com o fim da primeira etapa, entretanto, já é possível entender as distribuições de forças entre as equipes e apontar, ao menos até o momento, as jogadoras que mais se destacaram e contribuíram para o sucesso das suas seleções.

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Confira cinco craques que ajudaram suas seleções a avançar no Mundial Feminino de 2023:

HINATA MIYAZAWA

Com quatro gols em três partidas, a meia-atacante Hinata Miyazawa é um dos principais nomes da badalada seleção japonesa.

Foto: Marty Melville/AFP

Com 23 anos, a jogadora do Mynavi Sendai, clube do país, é destaque do futebol nipônico desde as categorias de base, tendo sido uma dos principais nomes da conquista japonesa do Mundial Sub-20 em 2018. A camisa 7 balançou as redes contra a Zâmbia duas vezes e diante da Espanha, também duas vezes.

LINDA CAICEDO

Aos 18 anos, Linda Caicedo é a principal jogadora da Colômbia, sensação da Copa do Mundo de 2023 e único time sul-americano a avançar.

Foto: Franck Fife/AFP

O golaço diante da Alemanha conquistou o mundo e a ginga e os dribles da atacante do Real Madrid lhe renderam o apelido de "Rainha da América". Com dois gols em dois jogos, ela se tornou a segunda sul-americana mais jovem a fazer gols em mais de uma partida de Mundial, sendo somente superada por Marta.

LAUREN JAMES

Irmã de Reece James, Lauren James não deve nada ao irmão. Muito pelo contrário, sua atuação pela Inglaterra na Copa do Mundo de 2023 é um ótimo argumento para quem acredita que ela é a melhor James da família.

Foto: David Gray/AFP

Com três gols em dois jogos, a atacante de 21 anos do Chelsea disputa seu primeiro Mundial e é uma das referências das poderosas "Leoas", apelido da seleção feminina inglesa. Seu irmão é lateral e atua também no Chelsea.

CHIAMAKA NNADOZIE

A Copa do Mundo de 2023 está sendo marcada pela ótima atuação das goleiras. E, em todo o torneio, talvez nenhum nome exemplifique isso de maneira tão perfeita quanto o da nigeriana Chiamaka Nnadozie.

Foto: Patrick Hamilton/AFP

Heroína nas partidas contra Canadá e Austrália, a goleira de 22 anos do Paris FC operou verdadeiros milagres para classificar as africanas para as oitavas de final.

AMANDA ILESTEDT

Os três gols em três jogos podem enganar, mas a sueca Amanda Ilestedt não é atacante, mas sim uma zagueira.

Foto: Marty Melville/AFP

Aos 30 anos, a atleta do PSG é soberana nas bolas aéreas e vem comandado o ataque e a defesa da seleção europeia. Formando uma ótima dupla de zaga com Magdalena Eriksson, Ilestedt também já provou que é decisiva: foi dela o gol nos acréscimos que sacramentou a vitória contra a África do Sul.

A Copa do Mundo de futebol feminino deste ano, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, já levou mais torcedores aos estádios em sua primeira fase do que toda a edição anterior do torneio, realizada na França, em 2019. De acordo com relatório divulgado pela Fifa nesta sexta-feira, após duas semanas e 48 partidas, a competição em território oceânico teve 1,2 milhão de espectadores até agora, enquanto a disputa na França teve o total de 1,1 milhão.

Há o detalhe de que houve um aumento de 24 seleções participantes para 32 de uma edição para outra, o que fez o número de jogos subir de 52 para 64. De qualquer forma, a Fifa avalia que o balanço parcial "superou as expectativas em vários aspectos". Quando comparadas as primeiras 48 partidas de 2019 com as primeiras 48 de 2023, houve um aumento de 29% na presença do público. Até o momento, foram vendidos 1.715.000 ingressos, superando a meta inicial de 1,3 milhão.

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A Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia já teve três partidas com mais de 45 mil torcedores. Durante toda a disputa na França, apenas duas partidas conseguiram atrair um público de tal número. O maior público da atual edição foi o de 75.784 torcedores que estiveram no Austrália Stadium, em Sydney, durante a vitória por 1 a 0 das australianas sobre a Irlanda.

Em 2019, dez partidas em todo o torneio atraíram mais de 25 mil espectadores. Em comparação, a fase de grupos deste ano já viu vinte e uma partidas ultrapassarem a marca de 25 mil. Com isso, atual edição do mundial terminou a fase de grupos com uma média de público de 25.476 torcedores.

"Esta Copa do Mundo Feminina tem sido simplesmente única. Vimos um número recorde de gols, um número recorde de público, um número recorde de espectadores de todo o mundo. Estes são todos os ingredientes necessários para um torneio como esse, e somados a isso, a alegria, a paixão, e o coração. São grandes jogos e despertam todas as emoções", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em publicação nas redes sociais.

AUDIÊNCIA

A Fifa também apontou para um crescimento positivo da audiência das transmissões do torneio. A China, por exemplo, produziu a maior audiência para uma única partida em qualquer lugar do mundo, com 53,9 milhões de espectadores acompanhado sua seleção em duelo com a Inglaterra. Nos Estados Unidos, mais torcedores viram seleção americana enfrentar Holanda do que em qualquer outra partida anterior da fase de grupos na história. Foram 6,4 milhões de pessoas sintonizadas na partida.

O relatório da entidade também traz alguns dados sobre as transmissões em território brasileiro. Destaca as 8,5 milhões de pessoas que acompanharam a primeira semana do torneio pela Cazé TV, no YouTube e na Twitch, e também os 13,9 milhões que a Globo e a SporTV atraíram, somando o número dos do canais, durante a partida de estreia do Brasil, contra o Panamá.

Apesar disso, a audiência no Brasil foi menor do que a contabilizada na Copa da França, em 2019. A Fifa não divulgou os números, mas atribui isso ao horário das partidas, disputadas no início da manhã brasileira na atual edição e no período da tarde durante a disputa de quatro anos atrás.

Com o fim da fase de grupos da Copa do Mundo feminina de 2023, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, foram definidas as 16 seleções que participarão do mata-mata do torneio. São elas: Suíça, Noruega, Austrália, Nigéria, Japão, Espanha, Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Estados Unidos, França, Jamaica, Suécia, África do Sul, Colômbia e Marrocos. As oitavas de finais começam neste sábado, dia 05, às 2 horas (de Brasília) com a partida entre Suíça e Espanha.

SUÍÇA X ESPANHA

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Com dois empates e uma vitória, a Suíça se classificou em primeiro lugar do Grupo A com apenas cinco pontos. Ao todo, a equipe marcou dois gols em três jogos, mas tem em sua defesa a principal arma para sonhar com uma vaga nas quartas de final - a seleção ainda não tomou gols na Copa do Mundo.

Do outro lado, a Espanha ficou em segundo lugar do Grupo C. O time de Alexia Putellas encantou o mundo em suas duas primeiras partidas, goleando Zâmbia e Costa Rica. Na última rodada, no entanto, as europeias levaram 4 a 0 da seleção japonesa.

Em um jogo que deve colocar o ataque espanhol contra a defesa suíça, o favoritismo recaí sobre as espanholas. Mas a Suíça já provou que é capaz de amarrar um jogo e, no contra-ataque ou nos pênaltis, vencer a partida.

HOLANDA X ÁFRICA DO SUL

Após uma goleada de 7 a 0 contra o Vietnã, a Holanda chega as oitavas de final como favorita. Líder do Grupo E, as holandesas tem o segundo melhor ataque da competição e são as atuais vice-campeãs do torneio. A geração que amargou uma derrota para os EUA em 2019 encara o Mundial de 2023 como uma chance de redenção.

Já a África do Sul, segunda colocada do Grupo G, chega a fase de mata-mata de uma Copa do Mundo pela primeira vez em sua história. A classificação, no entanto, veio com muito sofrimento. O jogo contra a Itália, que definiu a vaga para as oitavas de final, foi marcado por viradas, empates e um gol salvador nos acréscimos.

JAPÃO X NORUEGA

Com o melhor ataque, a melhor defesa e uma campanha perfeita na fase de grupos, o Japão vem com tudo para o mata-mata. Campeãs mundiais em 2011, a atual geração japonesa quer repetir a dose e ganhar novamente o torneio.

Para isso, contam com um time entrosado desde as categorias de base e uma adaptabilidade em seu plano de jogo. As asiáticas sabem jogar com a posse de bola, ou sem ela, de maneira igualmente confortável. Jogando dessa forma, golearam em todas as partidas da fase de grupo.

A Noruega, por sua vez, chega com moral após uma goleada contra Filipinas na terceira rodada. As norueguesas empataram com a Suíça, que se classificou em primeiro do Grupo A, e venceram a anfitriã Nova Zelândia pelo placar mínimo.

SUÉCIA X ESTADOS UNIDOS

Dona de uma campanha perfeita na primeira fase, com direito ao segundo melhor ataque da competição, a Suécia foi a líder do Grupo G. Uma goleada contra a Itália e uma vitória convincente contra a Argentina credenciam o time europeu para as quartas de final. O único problema? A adversária delas é a atual bicampeã do torneio.

Os EUA já viram dias melhores. Se antes a seleção era considerada imbatível, o Mundial de 2023 mostrou que a equipe de Rapinoe e Morgan já não é mais tudo isso. Com a pior campanha de sua história, as norte-americanas sofreram para se classificar e quase pararam em Portugal. O mata-mata, no entanto, oferece uma nova chance para a geração mais vencedora do país provar que todos os seus críticos estão errados.

INGLATERRA X NIGÉRIA

A Inglaterra confirmou seu favoritismo no Grupo D e se classificou em primeiro lugar com uma campanha perfeita. Uma das mais cotadas para ganhar o torneio, as europeias apresentaram um bom futebol até o momento. Se as duas primeiras vitórias foram conquistadas com um placar mínimo, as inglesas golearam a China na terceira rodada e querem trazer o futebol de volta para casa.

Sem jamais ter ficado de fora de uma edição de Copa do Mundo, a Nigéria fez bonito e garantiu sua classificação para as oitavas de final do Mundial de 2023. Com dois empates e uma virada incrível contra a Austrália, o time africano foi a única equipe do Grupo B a não ser derrotada.

COLÔMBIA X JAMAICA

Única seleção sul-americana ainda disputando a Copa do Mundo, a Colômbia entra em campo nas oitavas de final com confiança. Apesar da derrota para Marrocos na última rodada da fase de grupos, as colombianas apresentaram um bom futebol e contam com uma das estrelas do torneio: Linda Caicedo, de apenas 18 anos.

Já a Jamaica surpreendeu o mundo ao empatar com França e Brasil e se classificar em segundo lugar do Grupo F, eliminando a seleção brasileira no processo. Com uma defesa firme, as jamaicanas não levaram um gol até o presente momento da competição. No ataque, a esperança é que a velocidade de Bunny Shaw seja o suficiente para surpreender as colombianas.

AUSTRÁLIA X DINAMARCA

Mesmo sem sua principal jogadora, a Austrália se apoiou em sua torcida e liderou o Grupo B. Se Sam Kerr, que ficou no banco durante toda a fase de grupos, não pode ajudar as Matildas, a anfitriã contou com o apoio local para golear o Canadá e assegurar a vaga para as oitavas de final na terceira rodada. Com o retorno da jogadora do Chelsea e o incentivo de jogar em casa, as australianas sonham com o título inédito.

Após 28 anos, a Dinamarca está de volta a um mata-mata de Copa do Mundo. As europeias confirmaram o status de segunda força do Grupo D e venceram com facilidade Haiti e China, perdendo apenas para a favorita Inglaterra por 1 a 0. Agora, o objetivo é vencer a Austrália e tentar superar a melhor campanha do país em um Mundial, quando ficaram em sexto lugar em 1995.

FRANÇA X MARROCOS

Em um repeteco da semifinal da Copa do Mundo masculina de 2022, França e Marrocos se enfrentam nas oitavas de final. A equipe europeia tomou um susto quando, logo no primeiro jogo, empatou com a Jamaica. Vinda de um cenário conturbado após a demissão da treinadora Corinne Diacre há seis meses do início do torneio, as francesas reencontraram o prumo contra o Brasil e golearam o Panamá para garantir a liderança do Grupo F.

Do outro lado da chave, a seleção marroquina começou o torneio com o pé esquerdo. As africanas sofreram uma dolorosa goleada de 6 a 0 aplicada pela Alemanha. Elas, no entanto, se reergueram e bateram a Coreia do Sul e a Colômbia pelo placar mínimo. O favorito pode até ser Francês, mas as marroquinas já mostraram que não podem ser subestimadas.

A eliminação da seleção brasileira feminina ainda primeira fase da Copa do Mundo foi uma campanha "aquém do esperado" para a CBF, mas menos de duas horas após o empate sem gols com a Jamaica o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, afirmou que o resultado "em nada irá mudar" os planos da confederação em relação ao futebol feminino. Ele ainda prometeu investir na modalidade visando uma medalha olímpica.

"Acompanhei de perto o comprometimento, foco e empenho das jogadoras e comissão técnica nessa Copa do Mundo feminina. Infelizmente, a eliminação do Brasil foi precoce e o resultado da seleção ficou aquém do esperado. Agora, é absorver o resultado e analisar com calma tudo o que aconteceu neste ciclo", declarou o cartola. "Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento."

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Apesar de não citar a técnica Pia Sundhage nominalmente, Ednaldo Rodrigues deu a entender que a sueca continuará à frente da seleção feminina. A treinadora tem contrato com a seleção até o fim de agosto de 2024, período que coincide com o término dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Assim como na Copa do Mundo, o Brasil nunca faturou o título numa Olimpíada.

Sobre isso, o presidente da CBF prometeu investir na equipe feminina em busca de uma medalha. "Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar. Faremos os investimentos necessários para que o Brasil venha nos Jogos Olímpicos, assim como nas próximas competições, com ainda mais apoio em busca dos melhores resultados", sustentou.

O dirigente ainda aproveitou para agradecer o apoio da torcida e o aumento do interesse da mídia no futebol feminino. "Essa Copa do Mundo despertou o Brasil para o futebol feminino e, junto com o torcedor, vieram novos patrocinadores. Tivemos a maior cobertura jornalística da história da seleção brasileira feminina, não só no Brasil, como também na Austrália", disse Ednaldo. "É um universo que antes existia apenas no futebol masculino."

A treinadora Pia Sundhage deu uma resposta curta ao ser questionada, após o empate sem gols com a Jamaica e a consequente eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, se continuará no comando da seleção brasileira. "Meu contrato termina em agosto do ano que vem", limitou-se a dizer a sueca durante coletiva de imprensa em Melbourne.

Antes do desfecho frustrante, o presidente da CBF, Ednaldo Pereira, disse em entrevista ao GE que estava satisfeito com o trabalho da comissão técnica e que não havia "nem como ter a opção" de mudança porque os Jogos Olímpicos de Paris-2024 estão muito próximos. O vínculo de Pia com a seleção termina dia 30 de agosto, alguns dias após o fim da Olimpíada, que tem seu encerramento previsto para dia 11.

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Durante a coletiva, a treinadora também falou sobre a possibilidade de continuar contando com Marta na seleção. A Rainha do Futebol garantiu, ao fim do jogo, que foi sua última Copa do Mundo, mas ela pode querer disputar os Jogos de Paris. Para Pia, contudo, é incerto se isso será possível.

"A Marta, eu não sei, acho que ela vai continuar a jogar. Agora, se vai ser convidada para a seleção, temos que ver", disse. "Daqui para frente, enquanto eu estiver à frente da seleção, vamos trabalhar para encontrar novos jogadores. Vai ficar cada vez mais difícil para a MArta continuar na seleção", completou.

Ao tentar explicar o desempenho ruim do Brasil, a sueca citou a organização defensiva das jamaicanas e o nervosismo das brasileiras como os principais motivos. "Quando não conseguimos derrubar a defesa delas, aí, é claro, ficamos um pouco mais nervosas. E quando ficamos nervosas, acabamos ficando mais lentas. Talvez tenhamos ficado com pouca coragem", afirmou.

Pia também destacou o quanto o futebol feminino evoluiu, razão de os jogos estarem mais equilibrados, mesmo quando nações de menos tradição estão em campo. "Todo mundo está mais bem organizado agora. A parte física está melhor também. A velocidade de jogo daqui para frente vai ser muito importante. Neste novo período de quatro anos, a melhor equipe vai se concentrar em não ceder tanto a bola como nós fizemos hoje. No geral, estou muito impressionada com a defesa e organização de todas as equipes", disse.

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