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Nesta quarta-feira (22), 18 anos depois de impactar tanto a indústria cinematográfica, o quarto filme “Matrix Resurrection” chega aos cinemas mundiais e, para muitos, essa estreia não é apenas o lançamento de mais um longa-metragem, mas sim, um evento, principalmente ao considerar o significado de “Matrix” na cultura nerd.

É bom lembrar que em 21 de maio de 1999 a indústria dos cinemas recebia uma das obras de ficção científica considerado por especialistas uma das mais influente de todos os tempos, “Matrix”, que posteriormente culminou nas sequências “Reloaded” e “Revolutions” ambas de 2003, que na época, dividiram a opinião do público.

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Apesar das críticas presentes nas sequências, não restam dúvidas de que a franquia “Matrix” causou um impacto gigantesco na cultura pop e seus filmes são considerados relevantes até os dias de hoje. Afinal de contas, quantas vezes não foram feitas analogias na vida real sobre a famosa escolha entre a pílula azul e vermelha?!

Para o crítico de cinema Efrem Pedroza, “Matrix” marcou por trazer efeitos especiais nunca vistos em outras obras, além de uma narrativa que mesclava ficção científica e filosofia.  “Quando o filme foi lançado em 1999, vivíamos a ansiedade do bug do milênio acompanhada de teorias, dos mais antigos, sobre o fim do mundo. Esse contexto impulsionou o filme a ser muito bem recebido pelo público”, lembra.

Por conta disso, engana-se quem pensa que “Matrix” é apenas um festival de efeitos especiais em câmera lenta, que mais tarde foram replicados em outros filmes. “O legado de “Matrix” está em todo o discurso que envolve o plano sociológico e filosófico. Tudo transcende, apresenta camadas e é por isso que mergulhamos juntos em sua distopia”, afirma Pedroza.

De acordo com o Pedroza, “Matrix” foi responsável pela consagração do ator Keanu Reeves nos cinemas, mas, ele já era famoso por outros longas-metragens anteriores, como: “Caçadores de Emoção” (1991), “Drácula de Bram Stoker” (1992), “Velocidade Máxima” (1994) e “Advogado do Diabo” (1997).

Embora “Reloaded” e “Revolutions” tenham suas qualidades questionadas por parte do público, Pedroza acredita que até o momento, a saga se complementa de maneira bem competente. “Talvez eu não goste muito do terceiro filme, por conta do sacrifício de Neo (Keanu Reeves) e a morte de Trinity (Carrie-Anne Moss). Entendo o espectador que acredita em uma certa perda de qualidade nesse sentido, mas tudo para mim em "Matrix" é coerente e soberbo”, analisa.

Na visão do crítico de cinema, essa coerência presente na trilogia, precisa se manter no quarto filme “Matrix Ressurections” e, já que de alguma maneira Neo voltará dos mortos, suas motivações precisam ser genuínas. “Algo inovador e ameaçador precisa despertar o herói novamente, mas de forma inteligente e interessante. Em outras palavras, esse novo filme não pode perder sua essência. Desejo um retorno realmente triunfal e marcante”, aponta Pedroza.

Nos Estados Unidos (EUA), “Matrix Ressurections” é lançado de maneira simultânea nos cinemas e no streaming HBO Max. Por outro lado, no Brasil o filme chegará ao streaming após 35 dias de sua estreia nas telonas. Portanto, os que desejam assistir ao quarto filme no conforto do lar, precisarão aguardar até 26 de janeiro.

Lembra da cena do primeiro filme da franquia "Star Wars" na qual Luke Skywalker falha na primeira tentativa de destruir a Estrela da Morte? E do androide C-3PO perseguindo seu amo pelas escadas de sua casa no deserto do planeta Tatooine?

Claro que não, porque ambas fazem parte das muitas e improvisadas mudanças, por conta de restrições no orçamento, tempo escasso ou limitações tecnológicas, que foram feitas durante a produção do filme que deu origem à série intergalática, criada por George Lucas.

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Os criadores dos efeitos visuais da aventura de ficção científica que estreou em 1977, reunidos na quinta-feira na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Beverly Hills, recordaram como levaram para a telona as ideias do diretor e fizeram uma comparação do trabalho à base de modelos em escala com as ferramentas digitais utilizadas de hoje.

"A tecnologia e as técnicas dos anos 1970 limitaram consideravelmente o modo como os planos foram encenados", disse John Knoll, diretor criativo da Industrial Light and Magic (ILM), a empresa especializada em efeitos especiais, subsidiária da Lucasfilm.

Como exemplo, mencionou o traje de C-3PO, o robô dourado amigo de R2-D2, com o qual o ator Anthony Daniels mal podia se mexer e que obrigou a eliminar cenas nas quais deveria seguir personagens humanos por escadas. Já no filme "Rogue One: Uma História Star Wars" (2016), a participação de C-3P0 foi completamente gerada por computador.

No clímax do primeiro filme, rebatizado depois como "Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança", quando Luke destrói a Estrela da Morte, estava prevista uma primeira tentativa fracassada do protagonista.

Mas seguindo os conselhos da editora do filme Marcia Lucas, à época esposa do diretor, a equipe decidiu eliminar completamente essa sequência.

"A ILM ficou feliz por não porque não tinha que fazer a metade das cenas, lembrou Marcia Lucas. "Economizamos um pouco de dinheiro!"

Game of Thrones, uma das séries mais pouplares da atualidade, leva a audiência para uma terra de fantasia com dragões, gigantes, muralhas de gelo e diversos castelos. Algumas destas coias são obviamente feitas através de computação gráfica, mas o vídeo abaixo mostra que a quantidade de efeitos especiais na quarta temporada, que terminou em junho, é muito maior do que o esperado.

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A Macklevision, um dos estúdios responsáveis pela produção da série, lançou o vídeo para mostrar o aspecto digital dos bastidores da produção dos episódios de Game of Thrones. O seriado é filmado em sets de filmagem, um deles recentemente visitado pela Rainha Elizabeth II e em locais reais, boa parte na Islândia. Além de castelos e grandes construções, pessoas, bandeiras e até plantas são adicionadas digitalmente para dar um grau a mais de realidade e detalhe ao ambiente da série. 

Na quinta temporada, a HBO vai levar a produção para a Espanha. Vai ser interessante ver que efeitos visuais serão adicionados às cenas filmadas em terra espanhola.

Uma das histórias bíblicas mais conhecida pelos cristãos é a de Noé, um profeta que recebe a missão de construir uma arca para salvar centenas de animais do grande dilúvio. A narrativa toma poucas páginas do livro de Gênesis, porém seu desdobramento fora da Bíblia é imensurável. A história já foi adaptada para livros infantis e até músicas religiosas. Agora, a história ganha uma sombria adaptação cinematográfica.

Dirigido por Darren Aronofsky (Cisne Negro), Noé conta a história do profeta de mesmo nome (Russell Crowe, estrela de O Gladiador) que muda sua vida e seu modo de agir para completar uma missão divina. Apesar de ser baseado num épico bíblico, o filme indaga as relações humanas, ou melhor, a falta delas. A missão de Noé não é fácil, nem de total heroísmo. Para cumprir seu destino, o profeta se torna uma pessoa sombria e deixa para trás milhares de seres humanos que passam sede e fome.

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Impiedoso, Noé desperta medo e ira em sua esposa Naameh (Jennifer Connelly, de Uma Mente Brilhante) e seus filhos Sem (Douglas Booth), Cam (Logan Lerman, de As Vantagens de Ser Invisível) e Jafé (Leo McHugh Carroll). Quem também integra a família é Ila (Emma Watson, a Hermione da saga Harry Potter). Ela foi encontrada ferida e desamparada ainda na sua infância. A atuação de Crowe não chega a ser brilhante, mas também merece reconhecimento. Inicialmente o papel de Noé seria vivido por Christian Bale (trilogia Batman) ou por Michael Fassbender (12 anos de escravidão). Mas por incompatibilidade na agenda nenhum dos dois acertou com a produção. Já Jennifer Connelly emociona no papel, assim como Emma Watson, que cada vez mais conquista seu espaço em Hollywood. 

Outro personagem bíblico bastante conhecido que aparece no filme é Matusalém. O ancião é vivido por Anthony Hopkins, famoso por interpretar Hannibal Lecter nos cinemas. Noé é neto de Matusalém. É durante uma visita ao avô que o profeta descobre sua grande missão na Terra. 

Noé é uma grande produção épica com várias cenas de lutas e até gigantes. "Os guardiões", como são conhecidos, parecem mais com os robôs de Transformers, embora sejam constituídos por rochas e luz. Esses personagens não estão na história original da Bíblia e a mistura entre o clássico e a ficção causa um incomodo no início, mas depois vira um belo show de efeitos especiais.

Aronofsky se considera ateu, mas é um grande admirador da história de Noé por causa das decisões que ele precisa tomar para garantir a salvação dos animais. Em relação ao roteiro, o diretor apresenta um cuidado ao se referir a Deus, criador do mundo segundo a Bíblia. No filme, a maioria dos personagens se refere à imagem divina apenas como “O Criador” ou "Ele". 

Apesar de ser uma história para salvar animais, os bichanos mal aparecem no filme. A produção não utilizou nenhuma espécie real nas gravações, tudo é digital. Em Noé, fica evidente algumas características próprias de Darren Aronofsky. O personagem principal é confuso e cheio de dilemas, assim como a bailarina Nina, interpretada por Natalie Portman em Cisne Negro, também do mesmo diretor. Já as “visões” de Noé sobre sua missão aparecem após uma montagem de pequenas sequências de imagens que possuem o mesmo estilo técnico utilizado em Réquiem para um sonho.

A trilha sonora não fica de fora. Sempre instrumental, a música incorpora a emoção da cena. É um elemento típico de Aronofsky que ganhou forma pelo músico Clint Mansell, também compositor da trilha de Cisne Negro. Antes de Noé, o diretor não havia trabalhado com produções de blockbusters. Apesar de ter um filme com objetivo de garantir um grande espetáculo ao público, Aronofsky não deixa sua maior característica de fora: a complexidade da mente humana.

Proibição de Noé

O épico bíblico de Darren Aronofsky foi vetado em três países islâmicos: Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. A produção contraria uma das crenças do Islã, já que retrata a imagem de um profeta. 

No Brasil, Noé entra em cartaz nesta quinta-feira (3). A novidade fica para os recifenses, que poderão assistir ao filme numa tela gigante com tecnologia IMAX. As sessões acontecem a partir desta sexta (4), na nova etapa do cinema do Shopping Recife, em Boa Viagem.

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