Tópicos | equidade de gênero

A primeira-dama Janja Lula da Silva celebrou, nesta sexta-feira (3), os 93 anos da Instituição do Direito ao Voto Feminino no Brasil. Em publicação no X, antigo Twitter, a esposa do presidente Lula defendeu a equidade de gênero na política e exaltou o voto das mulheres.

“Hoje celebramos 93 anos da Instituição do Direito ao Voto Feminino no Brasil. Sabemos que, apesar dos avanços, ainda existe um longo caminho a ser percorrido para alcançarmos a plena equidade de gênero nos espaços de decisão e poder em nosso país”, escreveu.

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“Datas simbólicas como essa também servem para nos lembrar que seguimos a luta de tantas que vieram antes de nós e para honrar a todas que contribuem na defesa dos direitos da mulher. Por mais mulheres na política, por equidade no Parlamento”, complementou.

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A busca pela igualdade de gênero será uma das prioridades nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Segundo a embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, a França estabeleceu como objetivo político para as próximas Olimpíadas a paridade entre atletas homens e mulheres.

“Com relação à paridade de homens e mulheres, não é algo que [o país sede dos Jogos Olímpicos] pode decidir, mas é algo que podemos encorajar, fomentar. É o que está fazendo o Comitê Olímpico Nacional e Desportivo da França com o Comitê Olímpico Internacional”, explicou Brigitte Collet, durante evento para sobre a igualdade de gênero no esporte realizado nesta terça-feira (8), em Brasília.

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De acordo com a embaixadora, a França também quer incluir jovens de áreas menos favorecidas e mostrar que o evento esportivo internacional pode ser realizado com menos impactos ao meio ambiente.

“A França quer que os Jogos Olímpicos sejam exemplo para o mundo, em todos os campos. Com relação à igualdade, quer que isso ocorra entre homens e mulheres na participação dos atletas, também os paralímpicos. Além disso, deve incluir jovens de zonas menos favorecidas da França. O país também quer que sejam jogos referência na proteção do meio ambiente, por exemplo, a França está construindo muito poucas instalações novas. Aproveitando aquilo que já existe, adaptando, acrescentando”, afirmou.

A França é pioneira nos Jogos Olímpicos. Foi em Paris, em 1900, que as mulheres participaram pela primeira vez de uma Olimpíada. Na ocasião, apenas seis atletas participaram do evento. Desde então, a presença feminina tem crescido. O percentual de mulheres foi de apenas 9% nos Jogos de Los Angeles de 1932, chegou a 45% nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e atingiu seu maior índice, 48,8%, em Tóquio 2020.

A vivência das mulheres no esporte é repleta de desafios, avanços e obstáculos. Para a esgrimista Amanda Simeão, participante dos Jogos Olímpicos de 2016, a maternidade é um dos assuntos mais delicados entre as atletas. Muitas adiam o sonho de ser mãe em razão da carreira esportiva.

“A gente, dentro do esporte, tem que planejar tudo. Cada ciclo [olímpico] que passa são quatro anos e a cada quatro anos, a gente envelhece. Nós, mulheres, temos um relógio biológico e acho que temos que ter um preparo. Dentro do esporte, o que me preocupa não apenas a questão da idade ou de poder estar em uma competição, mas também tem a questão financeira porque se hoje eu engravidar, não vou continuar sendo paga”, argumentou.

De acordo com Amanda, além dos desafios em conciliar treinos, competições e uma gestação, ainda há o risco de que a pontuação da atleta no ranking de sua categoria seja perdido. Há países que “congelam” o ranking por um período determinado após a gravidez. No Brasil, no entanto, é comum que as atletas percam essa pontuação.

“Por outro lado, vejo muitas atletas que, depois que foram mães, parece que ficam mais ferozes, mães leoas”, conta. “Não vejo que ser atleta e pensar em ser mãe seja algo negativo, mas acho que é necessário um resguardo de que você vai poder voltar e vai ter apoio”, acrescenta.  

Amanda conta que começou no esporte aos 11 anos, quando morava na Itália. Para ela, a determinação e o planejamento são fundamentais na carreira esportiva. "O meu sonho era ser jogadora de futebol e não tinha time feminino. Eu treinava com meninos e tinha vários obstáculos, como tomar banho. Eu tinha que esperar os meninos usarem o banheiro para depois poder usar", conta.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quinta-feira (16) para discutir o protocolo "Julgamento com Perspectiva de Gênero 2021", elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O debate terá a presença da procuradora de Justiça Ivana Farina Navarrete Pena, ex-conselheira do CNJ e coordenadora do grupo de trabalho instituído para elaboração do protocolo. 

O debate será realizado às 10 horas, no plenário 14, e poderá ser acompanhado de forma virtual e interativa pelo portal e-Democracia. 

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A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que pediu a audiência, disse que o protocolo tem como objetivo capacitar e orientar a magistratura para a realização de julgamentos, por meio do estabelecimento de diretrizes que traduzam um novo posicionamento da Justiça, com maior equidade entre homens e mulheres. 

"O CNJ reconheceu a necessidade de ter um protocolo diante do aumento das ocorrências da violência de gênero no Brasil. Assim, a publicação é fruto dos estudos desenvolvidos pelo grupo de trabalho criado para colaborar com a implementação das políticas nacionais relativas ao enfrentamento à violência contra as mulheres e ao incentivo à participação feminina no Poder Judiciário", observou a deputada. 

*Da Redação - RS/Agência Câmara de Notícias

A reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) vai possibilitar a Pernambuco um marco: ter a primeira vice-governadora da história do Estado. Com a mudança de mandato, em 1º de janeiro de 2019, quem assume a vaga agora ocupada por Raul Henry (MDB) é a atual deputada federal Luciana Santos (PCdoB). Aos 52 anos e formada em engenharia elétrica, a comunista disse que pretende pautar a atuação pela “lealdade, colaboração e espírito público”, mas além disso que sua intenção é ser “soldado” em defesa da ampliação e transversalidade das políticas públicas voltadas para a mulher.

Com um perfil feminista e encarando com “entusiasmo” o protagonismo conquistado, Luciana afirmou que pretende se empenhar dobrado como vice-governadora. “[As pernambucanas podem esperar] um empenho dobrado meu, no sentido de garantir que a política pública da emancipação feminina, tudo que diz respeito a garantia de direitos, qualidade de vida das mulheres e enfrentamento a desigualdade ganhe mais contornos de transversalidade e perpasse todas as secretarias, que se possa construir uma cultura de olhar mais voltado para mulher em cada contexto”, comprometeu-se.

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Na ótica da política, “a autonomia financeira [das mulheres] é por onde a gente deve seguir como carro chefe”. “Autonomia financeira garante autonomia às mulheres, mas desde Eduardo [Campos] que há um acúmulo grande de avanços e conquistas, precisamos cada vez mais acompanhar o plano integrado de saúde da mulher, Pernambuco é pioneiro na Mãe Coruja, que garantiu um índice de mortalidade materna menor, e virou um programa nacional, hoje é o rede cegonha. Então, as pernambucanas podem ficar certas de que vão encontrar na vice-governadora um soldado para tudo o que diz respeito aos direitos da mulher”, garantiu.

A pauta da mulher, contudo, não é o único foco de Luciana Santos. A vice-governadora eleita, que já foi prefeita de Olinda por dois mandatos e deputada estadual, também afirmou que quer continuar atuando nas questões estruturantes do Estado, no diálogo com os movimentos sociais e no planejamento tecnológico a longo prazo e médio prazo.  

“Já fui gestora em Olinda, mas é diferente partilhar a gestão de um Estado inteiro. Vou aprender muito e poder ter o olhar voltado para o futuro, pensar em ações estratégicas para Pernambuco, que conseguiu se inserir nas diversas categorias econômicas brasileira, mas precisamos qualificar mais os pernambucanos e pernambucanas para a dinâmica que virá em função de um monte de fatores do sistema industrial brasileiro que tende se inovar. Além disso, quero participar de questões estruturantes, o que já faço como deputada”, observou.

Desafios de Pernambuco e do país

Prestes a ingressar na gestão estadual, Luciana fez projeções para o segundo mandato de Paulo Câmara e afirmou que ele pode se consolidar como o governador que garantiu o abastecimento hídrico para todo o Estado. “Ele pode consolidar essa marca, como se doutor [Miguel] Arraes fosse a luz para os pernambucanos e Paulo a água. Podemos consolidar algumas marcas neste novo governo”, ressaltou.

Entretanto, para conquistar essas marcas, a presidente nacional do PCdoB reconheceu que não será do dia para a noite, porque vai depender também do cenário nacional.

“Tenho pela consciência dos desafios que a gente tem, como vice-governadora procurarei me marcar pela lealdade, a colaboração, o espírito público e a consciência de que vamos atravessar uma maré difícil, porque mesmo que Fernando Haddad ganhe, e vamos lutar para garantir isso, não será uma coisa simples o cenário econômico e político que vamos enfrentar dada a radicalização política e ideológica que vemos no país, desde a deposição da presidenta Dilma para cá. É um ambiente ainda muito radicalizado que precisa ter espírito para afirmar a institucionalidade e saber que a retomada do crescimento do Brasil não será no piscar de olhos”, considerou Luciana.

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