A análise do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) protocolado nesta quarta-feira (21) pela bancada de oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser feita em um “prazo muito curto”. Segundo o deputado federal e líder do DEM, Mendonça Filho, o peemedebista não estabeleceu prazos, mas a expectativa da oposição é de que o processo seja analisado até novembro.
Questionado pela imprensa se o presidente da Câmara teria legitimidade para decidir sobre o impeachment diante das denúncias da Procuradoria Geral da República contra ele, Mendonça disse que, do ponto de vista institucional, Cunha é legitimo. “Enquanto o presidente da Casa estiver respondendo pelo comando da Câmara, evidentemente qualquer ato autorizado por ele tem respaldo jurídico e constitucional”, cravou. Ele também demonstrou confiança de que Cunha acatará o pedido de impeachment de Dilma.
##RECOMENDA##Antes da apresentação do pedido, no início da manhã, os líderes se reuniram com Eduardo Cunha. Além do democrata, o líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB), também participou da reunião. O encontro serviu para que os deputados alinhassem um cronograma com o presidente. A oposição, segundo Mendonça Filho, argumentou que é preciso um "rápido" processo de deliberação.
Caso o presidente da Câmara indefira o pedido de impeachment, Mendonça Filho defende ainda que Cunha acate as liminares do STF, desconsidere a questão de ordem e analise o novo pedido à luz da Constituição, do Regimento Interno e da Lei 1.079/50. Para ele, isso possibilitará que o Plenário se pronuncie em relação ao processo de impeachment, como já ocorreu no caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.