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Uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na madrugada desta terça-feira (12) dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Ronie Lessa é policial militar reformado e Elcio Vieira de Queiroz foi expulso da Polícia Militar.

Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. Lessa teria sido o autor dos disparos de arma de fogo e Elcio, o condutor do veículo usado na execução.

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De acordo com o MP, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

Operação

Além dos mandados de prisão, a chamada Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois acusados, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

Segundo o MP, o nome da operação é uma referência a uma praça no Centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL. “Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão 'trazer a lume', que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz”, informa a nota.

Em depoimento prestado durante quase toda a tarde dessa quarta-feira (16) no Rio, o ex-policial militar (PM) Orlando de Oliveira Araújo, conhecido como Orlando Curicica, negou participação no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) em março deste ano. A informação é do advogado Paulo Andrade.

“O que ficou claro para a gente nesse depoimento foi que a Delegacia de Homicídios não está fechada nessa direção. Existem outros direcionamentos para outros suspeitos. Ele [Curicica] diz que não tem nada a ver com esse homicídio e não tem relação nenhuma com o vereador Marcello Siciliano. Ele não esteve em lugar nenhum em reunião com o vereador Marcello Siciliano”, afirmou Paulo Andrade.

Curicica prestou depoimento à Delegacia de Homicídios, de dentro do complexo penitenciário de Bangu. Segundo uma testemunha do caso, Orlando Curicica e o vereador do Rio Marcello Siciliano (PHS) decidiram matar Marielle, durante uma reunião no ano passado.

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O ex-PM já estava preso por porte ilegal de armas quando Marielle foi assassinada.

O vereador Marcello Siciliano também nega envolvimento no crime. A Justiça do Rio já determinou que Curicica seja transferido para um dos presídios federais de segurança máxima, que ficam fora do estado, a pedido do Ministério Público estadual. A penitenciária de destino do ex-PM será definida pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

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