A governadora Raquel Lyra (PSDB) realizou, nesta quarta (4), a primeira reunião do secretariado da nova gestão. O encontro teve como objetivo desdobrar os tópicos mais urgentes do plano de governo, assim como abordar a reforma administrativa, que deve ser levada ao legislativo estadual ainda nesta semana, de acordo com a gestora. Na saída do Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, ela também afirmou que "haverá novos decretos".
“Encerramos a primeira reunião do secretariado para dar as primeiras instruções e fazer uma integração. Pernambuco não vai bem, a gente tem indicadores sociais muito ruins. A violência aumentou, os hospitais não funcionam de maneira adequada, até o teto cai em cima de doentes. Esse time aqui montado tem capacidade técnica e de liderança”, pontuou inicialmente.
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A expectativa era de que a governadora e o secretariado abordassem as exonerações recentes e também as formas como a decisão afeta a disposição dos serviços. Apesar de terem falado sobre, os integrantes do governo não se aprofundaram no assunto.
“É natural que em um momento de transição de governo os cargos comissionados sejam exonerados. Os serviços essenciais estão mantidos nas áreas de educação, saúde, segurança e sistema penitenciário. Agora é começar o trabalho delegado para Priscila e eu. Construir as creches, desenvolver um novo sistema de segurança pública, superar a pobreza e combater a fome. É um momento de acomodação, os governos estão passando por isso, e é natural que a mudança que me trouxe até aqui cause inquietação. O que importa é saber para onde caminhar”, continuou a governadora.
A primeira reunião com os 27 secretários começou por volta das 10h30 desta quarta. Alguns gestores informaram quais serão as prioridades. "Pernambuco tem as piores avaliações do país em diversas áreas de políticas públicas. Reforçamos os temas centrais debatidos no plano de governo, como o combate à pobreza, geração de empregos, melhoria dos indicadores da educação, oferta de água, abertura de creches [...] Se algo ficou fora, o governo vai se ajustar. Não é especial, é super comum [haver exonerações], não só em Pernambuco, mas no Brasil", disse o secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques Santos.
Exonerações
De acordo com o decreto publicado na terça (3), os cargos comissionados serão preenchidos mediante as escolhas dos secretários empossados "no tempo que considerarem adequado, seguindo as prioridades" de cada pasta. A decisão provocou reações negativas em diversos setores.
A medida atinge diretamente 112 servidores cedidos pelo governo estadual para a prefeitura do Recife. Deles, 35 atuam em funções decisórias da administração municipal, como o secretário de Educação, Fred Amancio, e as secretárias de Finanças e Turismo, Maíra Fischer e Pâmela Alves, respectivamente.
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*Com as informações do repórter João Velozo