Tópicos | fidelizacao

Uma das grandes dificuldades das empresas é reter os seus clientes. Afinal, com vários concorrentes e inúmeras opções de produtos e serviços, fidelizar a clientela se torna um desafio e para driblar a concorrência é necessário focar em estratégias segmentadas para cada negócio. Aliado a isso, as organizações precisam conhecer muito bem os clientes e, a partir desse reconhecimento, traçar objetivos que atendam às suas necessidades.

De acordo com a analista e consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Lívia Moura, com a crise econômica, as preocupações dos gestores 'dobraram'. Além de estabalecer estratégias de vender, também é necessário estreitar o relacionamento com o cliente. Conforme a consultora, existem inúmeras estratégias de gestão e de marketing que permeiam tanto o ambiente digital, quanto no offline.  

##RECOMENDA##

A estratégia digital pode abranger a prática de Inbound Marketing ou ‘Marketing de Atração’, que tem como propósito atrair o público a partir de materiais publicados em blogs, em diversos formatos como podcasts, vídeo e eBooks newsletters. “Através do Inbound é possível fazer um filtro e entender o que o cliente procura. Porém, para isso, é necessário identificar o público, conhecer os seus hábitos e 'decifrar' a cabeça do cliente, lembrando de focar nos objetivos dos negócios”, ressalta Lívia.

Em relação às estratégias tradicionais, a consultora reforça que não há uma receita prática do que ser feito. Para ela, antes de tudo é muito importante conhecer a empresa, sua missão, seu objetivo, sua posição no mercado e as necessidades do cliente também. Para posteriormente, conseguir delinear as ações. Tendo em vista essas colocações, Lívia destaca algumas formas de fidelizar o público.  

“Tudo vai depender do modelo de negócio e da necessidade do cliente. O preço, o cartão fidelidade e a entrega do serviço ou produto são alguns deles. Para escolher é importante saber de que forma a empresa quer se sobressair em relação aos concorrentes, para assim atrair e fidelizar a clientela. Para isso, é necessário ter de forma clara, o objetivo, o momento e a maturidade da organização”, conclui.    

Quem está vivendo esse momento é o empresário Julio Araújo. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele conta que sempre pensou em estratégias diferentes para atrair o público e fidelizá-lo. Entretanto, com a crise, a necessidade de manter a clientela aumentou e ele precisou reforçar as ações. “Sempre me preocupei em proporcionar o melhor atendimento, porém, atualmente, temos que inovar e oferecer outros benefícios para agradar”, conta o empresário, que atua como cabeleireiro.


O empreendedor possui duas barbearias, uma em Olinda e outra no município de Paulista. Inauguradas em tempos distintos, a primeira em 2014 e a segunda em 2016, as empresas atendem apenas homens. Entre as estratégias traçadas para reter o público, Júlio apostou no preço, atendimento, ações promocionais e lançamento de novos espaços.

Uma das primeiras ações foi o preço. Quando o empresário percebeu que a frequência dos clientes estava reduzindo, ele tentou minimizar o aumento no bolso dos clientes. “Tinham pessoas que vinham toda semana e passaram a ir quinzenalmente ou mensalmente. Com isso, tive agir e comecei a renegociar com os fornecedores para o bolso do meu cliente não ser tão atingido”, explica.

Aliado ao preço, ele criou também estratégias promocionais. “O cartão fidelidade foi um deles, com ele, a pessoa que realizar dez cortes, ganha um. Além disso, lancei a promoção para estudante, de segunda a quarta e na quinta e sexta, ao comprar uma cerveja, o cliente ganha outra”, elenca Araújo. Já para os finais de semana tem o desconto do cliente fiel, na aquisição do corte e da barba”, explica.

Além das estratégias citadas, Júlio reforça que sempre procura participar de cursos para manter-se atualizado e oferecer as novas tendências para os seus clientes. Como o negócio é segmentado para homens, ele abriu um espaço para os pais levarem os filhos, fidelizando ainda mais a clientela. “O ‘Clube do Imperador Júnior’ veio para retomar costumes antigos, no qual os filhos acompanhavam os pais”, finaliza.  

O empresário Marcos Sousa, que está à frente da empresa de gestão esportiva GOAL Fitness & Wellness, aposta em ações digitais para atrair mais clientes. Para ele, o Inbound Marketing é a forma mais segura de prospectar e fidelizar a sua clientela. "Observo que esse formato é muito mais interessante! A partir de um conteúdo postado no nosso blog, que será lançado em agosto, o público será atraído de uma forma muita mais espontânea", explica Marcos.

 

Em relação aos resultados, ele conta que com as ações ele já conseguiu gerar 500 leads - clientes potenciais -, e conseguiu converter de 10% a 15% desse quantitativo, ou seja, das pessoas que foram impactadas pelo conteúdo, aproximadamente 50 contrataram o serviço. Em relação aos valores investidos, ele conta que pode variar de R$ 1.200 a R$ 3mil, dependendo das ferramentas e processos que serão contratados.

As lojas querem voltar a ter freguês, aquele cliente fiel, cujos hábitos de compra são conhecidos do vendedor, só que fazendo uso de alta tecnologia para descobrir o perfil do comprador. Essa é a principal tendência para o comércio identificada na semana passada, durante a mais importante convenção mundial do varejo, a Retail Big Show, promovida pela federação nacional do comércio varejista dos Estados Unidos, (NRF, na sigla em inglês), em Nova York.

Nos cerca de 60 mil metros quadrados do centro de convenções Jacob K. Javits, onde aconteceu o evento, o cenário parecia contraditório. Enquanto na área reservada aos expositores falava-se em alta tecnologia, coisas difíceis de se imaginar para uma pessoa comum, como provador e carteira virtuais, por exemplo, nas salas reservadas às palestras o ponto alto das discussões era o relacionamento com o consumidor.

##RECOMENDA##

Numa das principais seções da qual participaram Walter Robb, copresidente do Whole Foods Market, rede de supermercados dos Estados Unidos voltada para a venda de alimentos orgânicos, e Howard Schultz, presidente da rede de cafeterias Starbucks, chegou-se a falar do "amor nos negócios". "A relação é o que interessa", afirmou Robb. "É preciso estabelecer uma conexão individual de confiança com o cliente e humanizar o varejo", recomendou o presidente da Starbucks.

O desafio hoje, explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), Claudio Felisoni de Angelo, é, por meio de softwares e equipamentos de alta tecnologia, conhecer esse consumidor e fazer a oferta certa na hora certa. Isto é, quando esse consumidor está dentro da loja física, ele pode ser conectado pelo celular, via Wi-Fi ou via cartão de fidelidade. Com isso, o varejista faz a oferta certa por meio de mensagem no celular, quando esse cliente, cujo histórico de compras o varejista já conhece para na frente da prateleira de determinado produto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A falta de produtos nas gôndolas é comum quando se trata do setor varejista. Essa ruptura reflete diretamente na redução das vendas, uma vez que um produto não exposto não pode ser adquirido. De acordo com o último estudo da Nielsen, empresa especializada em pesquisa de mercado, o índice médio da falta de produtos nos supermercados em 2011 foi de 10,2%.

A causa do desabastecimento muitas vezes não é identificada facilmente. Erro operacional ou de quem abastece pode ser o motivo, pois às vezes o produto está no estoque, mas não foi reposto na prateleira. Não estar atento à falta de um produto também pode ser a causa, pois um novo pedido não é feito a tempo de suprir a demanda. 

##RECOMENDA##

Para não perder a venda e fidelizar o cliente, as empresas varejistas têm investido mais no controle dos produtos das gôndolas. Exemplo disso são os supermercados Deskontão, do Grupo KarneKeijo. “Você pode perder até um cliente, porque ele não encontra na loja aquele mix que ele está procurando”, diz Inácio Miranda, superintendente do Grupo KarneKeijo. Para que isso não ocorra, a empresa realiza nas três lojas da rede inventários diariamente – com produtos de alto risco -, semanalmente e mensalmente. Uma checagem total também é feita a cada três meses, quando são elaborados relatórios analíticos sobre as perdas.

Terceirização

Ainda é pouco comum no mercado, mas a terceirização e a automação do serviço são alternativas para quem deseja agilizar a checagem dos equipamentos nas gôndolas. “A automação faz com que o empreendedor possa ter a dimensão total dos produtos, o que não acontece rapidamente quando a contagem é feita com pranchetas. Através dos coletores, os itens que estão na prateleira são lidos e no final há o cruzamento dos dados com o mix de vendas”, afirma Adalberto Novaes, da Contagem Inventários, empresa especializada em inventário automatizado de estoque. Os produtos são computados e no final é elaborado um relatório que será a base de informações e da construção do plano de melhorias. 

Com informações da assessoria de imprensa.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando