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Uma jovem australiana foi presa após fingir ter câncer em estado terminal e arrecadar cerca de R$87 mil, entre amigos e familiares, para realizar "um tratamento fora do país".

Hanna Dickenson confessou o crime nesta terça-feira (10) e foi considerada culpada em sete acusações. Ela passará três meses na cadeia, além de ter que prestar serviços comunitários durante um ano.

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O golpe teve início em 2013, quando a jovem tinha apenas 19 anos. Na ocasião, Dickenson resolveu conversar com seus pais dizendo que havia sido diagnosticada com Leiomiossarcoma, um raro tumor.

A australiana chegou a argumentar para a família que já tinha procurado tratamento em dois hospitais de Melbourne, mas não obteve sucesso. Desta forma, precisava da ajuda de seus pais para realizar um tratamento em outro local.

Como os pais não possuiam condições de ajudá-la financeiramente, pediram ajuda a parentes e vizinhos. No total, 41,7 mil dólares australianos( aproximadamente R$87 mil) foram arrecadados.

A farsa foi descoberta pelas redes sociais depois que a jovem publicou diversas fotos em que estava bebendo e curtindo a vida na balada.

A advogada da jovem 'mentirosa', Bev Lindsay, tenta defendê-la argumentando à justiça que foram os pais de Hanna que correram atrás do dinheiro e não sua cliente.

Da Ansa

Foi divulgada nesta quarta-feira (16) pela Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) as declarações e conversas telefônicas de adolescente que fingiu estar sendo traficado para o exterior. Adriano Lopes Pereira da Silva, de 17 anos, havia desaparecido do Recife no dia 5 de abril, sendo encontrado no dia 8 de março, na casa dos pais biológicos, na cidade de Cascavel, no Paraná.

Nas declarações dadas à Delegacia Civil do Estado do Paraná, o adolescente relatou que havia conhecido um agente, conhecido como Junior (não dando mais detalhes nem características físicas da pessoa), que lhe prometeu conseguir um contrato para jogar futebol no Qatar, nos Emirados Árabes e que, para isso, forjou um contrato do Sport Club do Recife para ser apresentado ao clube do exterior. Segundo Adriano, Júnior sempre o levava para treinar no Sport e ainda dava uma quantia de R$ 300 semanais para o menor se manter.

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A PF-PE, entretanto, acredita que o tal agente não exista, visto que, além das informações confusas passadas pelo menor, o Sport também não tem conhecimento deste profissional. A polícia suspeita que Adriano sofra de alguma patologia que o leva a mentir sem razões claras.

Adriano vivia no Recife com a mãe adotiva. Através do Facebook, o jovem teria entrado em contato com a sua mãe biológica, que o convidou para passar uns dias em sua casa, em Cascavel/PR. Segundo seu depoimento, ele teria viajado sem informar a família, nem a Junior, que quando soube da viagem teria sugerido que Adriano criasse uma história fictícia de que havia sido vítima de uma quadrilha de tráfico de pessoas para o exterior.  Quando a farsa foi descoberta pela PF-PE, o jovem teve medo das consequências e resolveu contar a verdade. 

Após a comprovação da farsa, a Polícia Federal deu o caso por encerrado. Os levantamentos realizados durante a investigação serão repassados à Diretoria de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) para que algum procedimento seja tomado sobre a conduta do adolescente..

Abaixo, segue o registro da conversa telefônica entre Adriano e a Polícia Federal:

PF: A senhora é a mãe do Adriano é?

MÃE BIOLÓGICA: Isso.

 

PF: Ele se encontra aí no momento ou não senhora?

MÃE BIOLÓGICA: Sim ele está dormindo... ele joga...

 

PF: Ele tá dormindo...

MÃE BIOLÓGICA: Você quer falar com ele?

 

PF: Eu poderia falar com ele... é coisa rápida?

MÃE BIOLÓGICA: Bem, vou passar para ele... espera aí.

 

PF: Ok.

ADRIANO: Alô?

 

PF: Adriano bom dia?

ADRIANO: bom dia.

 

PF: Por que houve aquela invenção de tráfico de pessoas hein Adriano?

ADRIANO: Oi? Eu conversei com ele (Júnior) e ele pediu para eu falar.

 

PF: Então a iniciativa dessa história foi do Júnior?

ADRIANO: ahan..

 

PF: Diz aí em poucas palavras como foi que ele pediu pra tu inventar essa história..Ele foi contigo para o Paraná ou não?

ADRIANO: Ele... ah pro Rio de Janeiro... e ele disse assim.. quando a documentação que ele fez falsa tivesse já pronta ele já iria me encaminhar para fora do Brasil pra eu ir com ele...

 

PF: Ok. Então toda essa história foi inventada por esse Júnior?

ADRIANO: ahan..

 

PF: Tu não sabes onde esse Júnior mora? Porque aqui ninguém conhece essa pessoa Adriano.

ADRIANO: Eu encontrei ele é... perto da piscina do Sport foi lá que ele me deu a documentação.

 

PF: Certo.. Tu tomasse conhecimento do pânico que essa mãe adotiva aqui ficou Adriano?

ADRIANO: ahan..

 

PF: Tu já entrou em contato com tua mãe adotiva?

ADRIANO: Já... falei com ela.. disse que está tudo bem... ela perguntou com eu tava... disse que estava bem.. meu pai também..

 

PF: Tu em algum momento mesmo sendo influenciado por esse Júnior a inventar essa história.. você se arrepende de ter feito isso com a sua mãe?

ADRIANO: ahan..

 

PF: Tá..

ADRIANO: Me arrependo...mas eu conversei com a minha mãe e pedi desculpas a ela né? conversei normalmente com ela... ela me perdoou e tá tudo bem...

 

PF: Então no teu depoimento Adriano tu diz que não mais tem pretensão nenhuma de voltar aqui para Pernambuco não é isso?

ADRIANO: Não... eu vou... mas para visitar

 

PF: Então tá bom.. você vai voltar só posteriormente pra rever a tua mãe adotiva é isso?

ADRIANO: é.

Com informações da assessoria

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