Tópicos | Flávio Augusto do Nascimento

Ele está de volta! Não ao Santa Cruz, mas Flávio Caça-Rato treina no Recife de olho nas oportunidades de voltar a campo em 2018. Aos 31 anos, o atacante está parado desde o dia 25 de junho, quando disputou sua última partida oficial ainda pelo América-PE, no Campeonato Brasileiro da Série D. Porém, ele nem pensa em encerrar a carreira. Ainda em forma, o 'menino' de Chão de Estrelas lembra com carinho os bons momentos que viveu no futebol pernambucano e ainda tem lenha para queimar. Em entrevista, exclusiva ao LeiaJa.com, o CR7 lembrou as conquistas, o dia em que driblou a morte e, como é de sua marca, as resenhas com companheiros, treinadores e até jogadores de clubes rivais.

Começo rubro-negro, sucesso em três cores

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Nem todo mundo lembra, mas Flávio Augusto, assim era chamado no começo da carreira, fez parte das categorias de base do Sport Club do Recife, principal rival do Santa. Mesmo com destaque no juvenil, quando chegou a ser artilheiro do time em competições sub-20, o atacante não foi aproveitado no Leão. Ele revela que quando subiu ao profissional, esperava ter mais oportunidades de entrar em campo, mas o que aconteceu foi justamente o contrário.

"Sou muito feliz de ter sido revelado no Sport, mesmo que não aproveitado. Muitos jogadores da base passam por isso. Você não é valorizado em um clube, aí em outro você é. Fico feliz por ter escrito minha história no Santa Cruz. Fiquei até surpreso quando me emprestaram, tive apenas 15 minutos quando Gallo era o treinador e depois fui emprestado. Voltei com Nelsinho e me emprestaram outra vez. Aí em 2008, acabei pedindo para ir embora", contou Flávio.

Relação com a comunidade e o 'brega'

Mesmo quando as coisas deram certo na carreira, Caça-Rato se manteve ligado às suas origens. Não era difícil encontrar o, à época, jogador do Santa passeando pelas ruas da comunidade, conversando, brincando, empinando pipa. É algo que ele justifica como parte de si e diz não existirem motivos para deixar para trás suas origens.

"É minha raiz, não posso esquecer. Sou reconhecido e tenho certa fama, mas venho de Chão de Estrelas. Lá eu tive educação da minha mãe, pessoas que me ajudaram. Tem muita gente que acha que dinheiro é tudo, eu não sou assim. Muitas crianças sonham em jogar e me vendo querem levar adiante. Eu falo que quero eles indo mais longe do que fui. Isso é bom, motivar", afirmou.

E é nas relações com esses amigos que o atleta chegou ao posto de incentivador do brega. O ritmo que faz sucesso no Recife conta com participação de Flávio em clipe e até cantando em festas do ritmo. O atacante conta que gostava muito de curtir a noite, porém, mesmo vivendo um período calmo, distante da agitação, ainda ajuda como pode os amigos que trabalham na área.

"Não vou mentir, ia muito para brega. Faz um ano que estou na igreja e parei. Faço questão de ajudar meus amigos que cantam, é o ganha-pão deles. Tem amigos que precisam de você também, e no que posso, apoio. Espero que eles continuem fazendo muito sucesso", completou.

Confira o restante da entrevista, no qual ele fala sobre os gols favoritos, os melhores, e piores, momentos da carreira, bullying dos companheiros de equipe e outros temas:

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