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O Processo de Eleições Diretas (PED) 2013 do Partido dos Trabalhadores (PT) só ocorrerá no mês de novembro, mas o portal LeiaJá antecipa as informações de como funcionará a escolha dos novos dirigentes e quem pode participar das eleições. Segundo o secretário Nacional do partido, Florisvaldo Souza, em algumas cidades terá até urnas eletrônicas para facilitar o andamento dos votos.

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O PED 2013 elegerá todos os dirigentes da sigla – presidente nacional, presidente estadual, presidente municipal e zonal. Apesar de faltar ainda quase cinco meses antes do processo que ocorre no dia 10 novembro, militantes da legenda já discutem o assunto e se articulam para a escolha dos novos líderes. “A organização do PED ainda está na sua fase inicial, mas estamos mobilizando os militantes do PT em todo o Brasil, porque o PED no PT não é apenas um processo. Até chegar dia 10, nós passamos por cursos de formação, realizamos debates e teses e partir daí levaremos a votação no dia 10”, explica o secretário.

Florisvaldo Souza frisa que a escolha dos dirigentes do PT por voto é uma forma exclusiva no Brasil. “O PT é o único partido que elege seus dirigentes pelo voto. Com isso, garante muito o caráter democrático no Partido dos Trabalhadores”, lembrou.

Para participar das eleições como candidato ou como eleitor, os interessados devem ter no mínimo um ano de filiação e estar em dia com as contribuições financeiras e estatutárias. “O PT não é um partido que tem pessoas chamadas ‘chaves’ ocupando as direções. É só você comparecer nas nossas reuniões que você vai perceber extratos de pessoas de toda a sociedade. Nós abrimos para representantes de comunidades, pessoas mais simples, trabalhadores rurais. Todo o mundo participa da direção do PT”, comentou o secretário.

Votação - A escolha dos novos dirigentes será realizada em todo o território brasileiro onde o PT está organizado, das 9h às 17h no dia 10 de novembro. Segundo Souza, o partido está organizado em 98% dos municípios do Brasil. Nas cidades que possuem mais de 500 mil filiados haverá o auxílio de urnas eletrônicas. Já nos municípios menores, a votação seguirá através de cédulas, como é feito tradicionalmente.

No dia da eleição, os petistas também escolherão a delegação que formará o V Congresso Nacional do PT que será realizado em fevereiro de 2014. O objetivo do evento é fechar um amplo debate de política no país, tendo como referência as eleições do próximo ano. 

Foi dada a largada para os preparativos e articulações que estão por vir na ‘guerra’ em 2014. Assim podem ser encaradas as declarações do secretário Nacional do PT, Florisvaldo Raimundo de Souza, que esteve em Recife nessa semana. O militante petista possui 52 anos, é natural de Maringá-SP, formado em História e já participou de Movimento Estudantil e do Sindicato dos Professores do Paraná, onde foi diretor e contribuiu com a construção da Central Única dos Trabalhadores (CUT). No PT, ele filiou-se desde 1983. Durante entrevista cedida ao portal LeiaJá, o representante do diretório nacional falou das articulações, ameaças e da decisão que o partido tomará, se o governador Eduardo Campos (PSB) se candidatar em 2014. 

Confira a entrevista abaixo:

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LeiaJá – Como está sendo discutido no PT a eleição de 2014?

Florisvaldo - O processo eleitoral de 2014 ele está fluindo em todo o território nacional. A mídia tem discutido muito a questão eleitoral, inclusive, acusando o PT de ter antecipado o processo eleitoral que não tem muito haver. O que existe é um debate intenso da política brasileira. 

LeiaJá – Que debate é esse que o Sr. fala?

Florisvaldo - Esse debate está nas ruas e faz parte do processo democrático, das articulações e as coisas estão andando. Mas, o momento é de muito debate interno como estão acontecendo às caravanas aqui que para discutir o partido, discutir as relações do PT, para discutir como é que o PT se relaciona com outras forças políticas e como que o PT vai construir o projeto. 

LeiaJá – Qual é o direcionamento dessas conversas?

Florisvaldo - A discussão também é pautada pelo projeto o nacional, o PT é um partido nacional. Está no nosso horizonte à reeleição da presidente Dilma e o partido nacionalmente trabalha e costura as políticas e as alianças com esse objetivo, e isso faz com que todos os estados também intensifiquem as suas mobilizações, as suas reuniões. 

LeiaJá – E em PE, como estão as articulações?

Florisvaldo - Com relação a Pernambuco é um Estado que o partido tem muita força, tem muitas lideranças importantes e o partido tem condições de disputar um processo eleitoral da melhor forma com lideranças para qualquer cargo. Entretanto, nós discutimos isso de forma muito responsável junto com a base do governo federal - base aliada, o projeto da presidente Dilma e é, nesses debates, que sem nenhuma pressa, sem nenhum atropelo que as coisas vão acontecer. Mas é muito importante neste momento esse trabalho de aglutinação que essas plenárias propiciam como estão acontecendo em Pernambuco.

LeiaJá – O partido busca novas parcerias?

Florisvaldo - O PT está se articulando, está unindo forças, o conjunto da base aliada da presidente Dilma também. O PT tem lideranças, mas o objetivo central sempre nas nossas eleições, nas nossas disputas nesse momento é a reeleição da presidenta Dilma, é aumentar a nossa bancada no senado que processa uma política importante. 

LeiaJá -  E como construir essas ‘forças políticas’?

Florisvaldo - Nós estamos debatendo no Estado para aumentar nossa bancada de deputados federais, mesmo porque, para você trabalhar essas reformas políticas que nós queremos encaminhar e que são muito necessárias, nós precisamos ter uma força política maior nas Câmaras de Deputado e no Senado e tudo isso está em debate.

LeiaJá -  É possível que o PT lance candidato ao governo em 2014?

Florisvaldo - Nesse momento tudo e possível! 

LeiaJá – E em quais nomes vocês arriscariam?

Florisvaldo - Aqui no Estado nós temos senador, nós temos deputado federal, nós temos ex-prefeitos. Então, nós temos um leque de lideranças, todas em condições de a gente estar apresentando para as disputas futuras, é esse o objetivo nosso: É fazer uma grande disputa eleitoral para o governo do estado, explorando as alianças e fortalecendo a bancada do senado e de deputados federais.

LeiaJá – E quais as táticas que a legenda pretende utilizar?

Florisvaldo - Olha, a possibilidade é a seguinte: É seguir uma estratégia nacional. Se a gente tem uma construção na estratégia nacional, porque o PT não participa a nível nacional uma coisa, a nível do Estado outra.  A gente aqui não apoia um da situação, ali a gente apoia outros da oposição. O PT não é assim, aquilo que for definido é que o que vamos seguir. 

LeiaJá – Então quer dizer que estão preparados para uma candidatura estadual?

Florisvaldo- Tem essa questão da candidatura do Eduardo Campos para a presidência da república. Se ele for candidato à presidência da república, se isso se evoluir e se consolidar ele vai estar contra a presidente Dilma. Eu acho que isso define o caminho que o partido vai ter no Estado.   

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Além das caravanas do Partido dos Trabalhadores (PT) que iniciaram no último dia 25 de maio, a sigla está articulando em todo o Brasil debates sobre o Processo de Eleição Direta (PED 2013) e a reforma política nacional. Nesta quarta-feira (4), os dois assuntos foram discutidos na sede estadual da legenda no bairro de Santo Amaro, em Recife. Na ocasião, além dos dirigentes estaduais esteve presente também, o Secretário Nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.

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O representante nacional do partido já passou pelo o Rio Grande do Norte e João Pessoa e visitou hoje o estado de Pernambuco para debater com os secretários de Organização, Formação e Finanças do PED 2013 as eleições que ocorreram em novembro, entre outros assuntos.

Segundo Florisvaldo Souza, a organização do PED ainda está em fase inicial, mas, mobiliza muitos militantes do PT em todo o Brasil. “O PED no PT não é apenas um dia, é um processo. O dia é 10 de novembro, mas até chegar nesse dia 10 de novembro nós passamos por cursos de formações, organizações muitos debates, organizamos muitas atividades partidárias onde a militância se encontra debate temas, debate teses e a partir daí leva a votação do dia 10”, explica.

O petista frisou que a legenda é a única no Brasil que escolhe os dirigentes através de voto direto e comentou a sugestão de reforma política escolhida pelo PT. “O projeto de iniciativa popular pela reforma política foi aprovada no nosso congresso e o Diretório Nacional definiu como principal tarefa em 2013 juntamente com o PED” pontuou.

Para Souza, é preciso uma mudança na política brasileira de forma que democratize o processo eleitoral para todas as pessoas. “É necessária uma reforma política no Brasil porque esse sistema não comporta mais o avanço das democracias. As eleições ficaram muitas caras e está cada vez mais difícil para as pessoas ‘normais’ disputarem uma eleição no Brasil. O alto custo do processo atual está dificultando e nós queremos fazer à reforma para democratizar o processo eleitoral brasileiro. Só acreditamos ser possível com a reforma política e através de financiamento público”, argumenta.

Outro assunto debatido pelos militantes petistas foi a cojuntura política e o processo eleitoral em 2014. 

PED - O Processo de Eleição Direta tem o objetivo de escolher através de votação, os novos dirigentes do PT tanto a nível municipal, quanto estadual e nacional. Para participar do processo ou mesmo se candidatar é necessário apenas que o filiado tenha um ano ou mais de filiação da legenda e esteja com sua contribuição regular. 

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