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Um tribunal iraquiano condenou um quarto francês à morte, no domingo, um ex-militar no Afeganistão, por pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI).

O veredicto contra Mustapha Merzoughi, de 37, foi anunciado depois da condenação à morte de outros três franceses, em um julgamento inédito contra cidadãos desse país no Iraque. Mais de 500 estrangeiros do EI já foram considerados culpados.

O Iraque prendeu milhares de extremistas repatriados nos últimos meses da Síria, onde foram capturados pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) durante sua ofensiva para erradicar o "califado" autoproclamado do EI. Nenhum estrangeiro membro do EI foi executado no Iraque ainda.

Os franceses Kévin Gonot, Léonard Lopez e Salim Machou, condenados no domingo, e Mustapha Merzoughi, condenado hoje, têm 30 dias para recorrer.

Um porta-voz do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) conclamou nesta segunda-feira seus seguidores a atacar as forças curdas na Síria, enquanto os jihadistas combatem em seu último reduto no leste do país devastado pela guerra.

Em áudio publicado no Telegram, o porta-voz do EI pediu que os membros do grupo nas áreas controladas pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos, devem "vingar o sangue de seus irmãos e irmãs".

"Instalem dispositivos explosivos, posicionem franco-atiradores", disse o porta-voz, que de identificou como Abi Hassan al Mujahir.

As FDS - aliança de combatentes curdos e árabes - contam com o apoio da aviação da coalizão internacional anti-EI para tirar os jihadistas de seu último reduto, em Baghuz, localidade da província de Deir Ezzor, na zona da fronteira iraquiana.

Os combates prosseguiam nesta segunda-feira e as FDS consolidaram as posições conquistadas na véspera, após duros combates e intensos bombardeios.

"Nossas forças avançam, mas os combates prosseguem", disse à AFP Jiaker Amed, porta-voz das FDS.

Elas fogem do que resta do "califado" do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria. São crianças nascidas em um "Estado" que desapareceu, muitas vezes sem pai e com mães de países onde não são bem-vindas.

Seus rostos se destacam entre um mar de niqabs (véu integral), ao lado de suas mães, amontoados em caminhonetes que os transportam do último reduto do EI no leste da Síria.

Há bebês de apenas três meses, que choram de cansaço e fome. Os mais velhos observem em silêncio os jornalistas.

Estão vestido com várias camadas de roupas para enfrentar o frio: casacos, cobertores, gorros...

É difícil adivinhar o estado de suas mães sob o véu integral, mas seus olhos transmitem cansaço, esgotamento e também as mãos muito magras.

Há meses, a comida está acabando no último reduto jihadista, alvo de uma ofensiva da aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), que reconquistou progressivamente a imensa maioria do setor.

Nas horas mais difíceis do "califado", alvo de bombardeios e dos ataques aéreos da coalizão internacional, os bebês continuaram a nascer.

Jadija tem um ano. Nasceu nos territórios jihadistas da província de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque.

Está envolvida por uma manta nos braços de sua mãe, uma síria de apenas 17 anos natural de Manbij, cidade do norte da Síria, a centenas de quilômetros de distância dali.

"Estou grávida"

Quando perguntada sobre o que espera para sua filha, ela responde com um olhar vazio. O pai, também jovem, foi detido pelas FDS e espera em outro veículo juntamente com dezenas de outros homens.

Há mulheres de outras nacionalidades: iraquianas, turcas, russas, ucranianas e francesas.

O que lhes espera? Um futuro incerto em campos de deslocados no norte da Síria controlados pelas autoridades curdas com uma zona destinada aos familiares dos supostos jihadistas.

Para chegar, as mulheres atravessaram com seus filhos centenas de quilômetros pelo deserto, em caminhonetes.

No acostamento da estrada há objetos arrastados pelo vento: uma mala, um suéter cinza, um carrinho de bebê azul abandonado.

Pelo menos 35 crianças morreram no caminho ou pouco depois de chegar ao acampamento, principalmente por hipotermia, segundo a ONU.

Na zona de recepção do campo de deslocados de Al Hol, mulheres e crianças, a maioria com menos de cinco anos, estão sentadas em cobertores empilhados, aguardando a atribuição de uma tenda.

Perto dali, na clínica, um médico exausto examina crianças esqueléticas.

"Acabei de descobrir que estou grávida", diz uma menina de 19 anos com um bebê apoiado no quadril.

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