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Pelo menos 92 pessoas morreram na explosão de um depósito de combustível na sexta-feira (5) à noite em uma zona industrial de Freetown, capital de Serra Leoa - informaram fontes oficiais neste sábado.

"Temos um informe que certifica 92 mortos", disse hoje o vice-presidente do país, Mohamed Juledh Jalloh, durante visita ao local do acidente.

Um enfermeiro do hospital, para onde as vítimas foram levadas, relatou à AFP que viu muitos homens, mulheres e crianças com "ferimentos graves".

Segundo testemunhas, um caminhão-tanque explodiu em um posto de gasolina, após sofrer um acidente. Depois, o fogo se espalhou pela vizinhança. Vários corpos carbonizados foram encontrados em carros e nas ruas próximas.

A maioria das vítimas são vendedores ambulantes e motociclistas pegos pelas chamas, enquanto tentavam recuperar o combustível após o acidente, de acordo com testemunhas.

O vice-presidente afirmou que há 88 pessoas com queimaduras muito graves, internadas em unidades de terapia intensiva em um hospital da capital.

Em uma mensagem postada na rede social Twitter, o presidente do país, Julius Maada Bio, disse estar profundamente "abalado com este trágico incêndio e a terrível perda de vidas humanas".

"Quero enviar minha solidariedade às famílias que perderam entes queridos", declarou, garantindo que seu governo "fará todo possível para apoiar" os familiares das vítimas.

A prefeita de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, lamentou não poder ir ao local, por estar em uma viagem de trabalho no exterior, acrescentando que as imagens do acidente são "dilacerantes".

Mais de mil pessoas morreram vítimas de um deslizamento de terra e inundação que atingiu a capital da Serra Leoa há quase duas semanas, disse um líder local e um ministro neste domingo durante os serviços em homenagem às vítimas do desastre.

O governo já colocou o número de mortos para o deslizamento de 14 de agosto em 450 mortos, enquanto os socorristas e grupos de ajuda alertaram que muitas das mais de 600 pessoas desaparecidas provavelmente não sobreviveriam.

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"Mais de 1.000 pereceram no desastre de lama e inundação, e não saberemos o número exato agora", disse Elenoroh Jokomie Metzger, chefe das mulheres de Regent. Regent é uma área nos arredores da capital da Serra Leoa, Freetown, onde aconteceu a tragédia.

Centenas de enterros ocorreram, enquanto os esforços de resgate e recuperação continuaram com a chuva, que poderia trazer nova tragédia devido a condições de habitação inseguras.

O reverendo Bishop Emeritus Arnold Temple, que fez o sermão de domingo em uma igreja metodista perto de Regent, disse que uma contagem precisa era importante para a prestação de contas.

"Podemos estar de luto por mais de 1.000 compatriotas. Mas por que cerca de 1.000 vidas podem acabar tragicamente assim?", afirmou Temple. "Quem devemos realmente culpar? Temos que chegar a esse ponto de saber os culpados para que as medidas corretivas possam ser postas em prática, para que nunca mais devamos permitir que isso aconteça".

A primeira-dama Sia Koroma, esposa do presidente Ernest Bai Koroma, também falou durante as cerimônias. "Estou aqui com um coração pesado. Passamos por muitas calamidades em nosso país ", disse ela. "Todos devemos fazer auto-crítica e aprender a ser obedientes às leis feitas pelo homem, especialmente quando o governo planeja agir para o desenvolvimento do país".

Milhares de pessoas que vivem em áreas em risco durante fortes chuvas foram evacuadas. Grupos de ajuda estão fornecendo suprimentos e ajudando a fornecer água limpa para evitar uma crise de saúde.

Alguns críticos acusam o governo da Serra Leoa de não aprender sobre desastres naturais em Freetown, onde muitas áreas pobres estão perto do nível do mar e não têm boa drenagem. A capital também está atormentada por construções não permitidas em suas encostas. Fonte: Associated Press.

O primeiro cidadão britânico infectado com o vírus ebola será levado para tratamento no Reino Unido em um jato enviado pela Força Aérea Real. O britânico, que não teve sua identidade revelada, estava trabalhando em um centro de tratamento de ebola no leste de Serra Leoa, região mais afetada pelo surto do vírus.

De acordo com o diretor de comunicações do Ministério da Saúde de Serra Leoa, Sidie Yayah Tunis, o paciente foi levado em uma ambulância ao principal aeroporto do país, na cidade de Lungi, e seria transferido para o Reino Unido ainda neste domingo (24).

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Segundo o Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, o paciente será tratado no Hospital Royal Free, em Londres, que conta com uma unidade isolada para doenças infecciosas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que está avaliando a transferência de uma de suas médicas, também infectada com o vírus em Serra Leoa. A nacionalidade da funcionária da organização não foi revelada. "Esta é a primeira vez que um funcionário da OMS foi infectado", informou a agência de saúde da ONU em comunicado.

De acordo com a OMS, Serra Leoa já registrou 910 casos de ebola, com 392 mortes. Ainda segundo dados da organização, em toda a África, mais de 225 trabalhadores de saúde foram infectados por ebola e quase 130 morreram.

Após serem infectados, dois norte-americanos e um médico espanhol foram transferidos para os seus países e receberam um tratamento experimental para o ebola. O espanhol morreu, mas os norte-americanos receberam alta nesta semana. Segundo o fabricante, o fornecimento do medicamento já está esgotado. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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