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Para adquirir conhecimento não existe limite de idade. Confirmando essa ideia, a Universidade de São Paulo (USP), por meio do seu Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), em São Carlos, está com 45 vagas abertas em cursos direcionados à terceira idade. A ação integra o programa Universidade Aberta à Terceira Idade.

Segundo a instituição de ensino, há 9 disciplinas a serem cursadas durante este semestre: história da matemática; tópicos de matemática elementar; ensino de matemática para alunos com necessidades especiais; introdução aos estudos da educação; cálculo I; seminários em computação I, II e III; empreendedores em informática; seminário de computação I e seminário de computação III.

Até o dia 9 de agosto as inscrições podem ser feitas na Seção de Eventos do ICMC. O local fica na Avenida Trabalhador São-Carlense, 400, Sala 4000, São Carlos, em São Paulo. Os alunos devem ter idade mínima de 60 anos. Outras informações sobre os cursos podem ser obtidas pela internet.

O número de pessoas com mais de 60 anos deve ultrapassar a marca de 1 bilhão em dez anos, de acordo com estudo divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa, na sigla em inglês). O levantamento aponta ainda que a parcela global de idosos está crescendo mais rápido que todas as outras faixas etárias.

No Dia Internacional do Idoso, lembrado nesta segunda-feira  (1º), o órgão destacou que, enquanto a tendência de envelhecimento da sociedade é motivo de celebração, ela também representa desafios, já que requer novas abordagens relacionadas aos cuidados com a saúde, à aposentadoria, às condições de vida e às relações intergeracionais.

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Dados do Unfpa indicam que, no ano 2000, pela primeira vez na história, foram registradas mais pessoas com idade acima de 60 anos do que crianças menores de 5 anos. Até 2015, a expectativa é que os idosos sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos. E, em apenas dez anos, 200 milhões de pessoas devem passar a integrar o grupo.

Atualmente, de acordo com o estudo, duas em cada três pessoas com mais de 60 anos vivem em países desenvolvidos. Até 2050, a proporção deve passar a ser quatro em cada cinco.

“Se não forem observadas imediatamente, as consequências dessas questões devem pegar países de surpresa. Em diversas nações em desenvolvimento que têm grandes populações jovens, por exemplo, o desafio é que os governos não têm colocado em prática políticas que apoiem as populações mais velhas ou que sirvam como preparação para 2050”, destacou o Unfpa.

O levantamento mostra também que 47% dos homens idosos e quase 14% das mulheres idosas em todo o mundo ainda estão inseridos no mercado de trabalho. Muitos deles, segundo o órgão, são vítimas de discriminação, abusos e violência.

O documento traz depoimentos de 1,3 mil idosos que vivem em 36 países – inclusive da brasileira Maria Gabriela, de 90 anos. Ao Unfpa, ela elogiou a aprovação do Estatuto do Idoso em 2003. “Temos o suporte da lei e podemos exigir nossos direitos”, disse. “Agora, o que precisamos é emprego e respeito nas ruas”, completou, ao citar problemas como buracos nas ruas que provocam quedas e motoristas de ônibus despreparados para lidar com idosos.

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