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A distribuidora Enel São Paulo aderiu ao programa USP Diversa da Universidade de São Paulo (USP) que visa reunir recursos e financiamento de bolsas de permanência estudantil para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

A empresa é a primeira do setor  a participar do programa e irá arcar com 25 bolsas para alunas pretas e pardas, que cursam carreiras ligadas à área de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

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“Prezamos a diversidade porque acreditamos que as grandes inovações, assim como as pequenas conquistas, são alcançadas em ambientes inclusivos. A diversidade é inclusão, mas é também inovação, porque significa ser capaz de se reinventar a cada dia, dividir experiências, enxergar novas perspectivas e ser receptivo à mudança”, afirmou o diretor de Pessoas e Organização da Enel Brasil, Alain Rosolino.

O USP Diversa pode ser apoiado por pessoas físicas ou jurídicas que desejam contribuir com o programa. Empresas como Itaú, Santander, Deutsche Bank e Dow Química já oferecem mais de 300 auxílios, no valor de R$ 800 mensais.

A segunda fase do vestibular para acesso único à Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) de 2023, acontece neste domingo (8) e na segunda (9). Cerca de 30 mil candidatos estarão presentes nos dois dias para realizar as provas das 13h às 17h.

No domingo, a prova será discursiva com questões de português e redação. Já na segunda, serão 12 questões que vão de acordo com assuntos do curso escolhidos, também discursivas.

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É importante que os candidatos estejam presentes no local de prova no horário correto e munido de documento original com foto e uma caneta esferográfica azul transparente. Vale lembrar que, durante a aplicação das provas, não será permitido se alimentar dentro de sala, apenas em uma área externa com permissão do fiscal.

Os interessados deverão utilizar máscara durante todo o período que estiverem na sala de aplicação do teste. Uso de aparelhos eletrônicos e chapéus não serão permitidos.

Alguns estudantes estão ansiosos pela aprovação, como é o caso de Gabriela Carvalho Dantas, de 18 anos, nascida em Sergipe e que sonha em fazer sistemas de informação na USP. “É uma faculdade que dá muitas oportunidades de emprego para área de tecnologia da informação, tendo vários alunos que vão estagiar em empresas como o google, a samsung, o facebook”, conta Gabriela.

A estudante afirma estar curiosa sobre o tema da redação: “Minha expectativa para domingo é saber o tema da redação, (...) são temas que exigem uma análise filosófica e dão mais liberdade de você desenvolver seu argumento em comparação ao modelo do Enem que é todo fechadinho.”

No preparo para as questões discursivas, Gabriela desabafa o nervosismo mas não desiste da confiança: “Também tô nervosa com as questões abertas, mas acho que consigo me sair bem. Nas matérias específicas eu tenho um medo maior pela dificuldade ser elevada, mas eu treinei muito.”

Ao todo, a USP oferece 8.230 vagas em cursos de graduação para os vestibulandos da Fuvest, onde 4.961 deles são de ampla concorrência, 2.173 são para estudantes de escolas públicas e 1.096 vagas são destinadas para candidatos pretos, pardos e indígenas. 

Os resultados da Fuvest sairão no dia 30 de janeiro. Haverá, também, uma chance de segunda chamada no dia 10 de fevereiro para os que não conseguiram realizar a prova durante o período normal.

O abate de jumentos no Brasil cresceu 8.000% e ameaça a espécie de extinção no Brasil. Segundo a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), a comercialização da pele no mercado externo, tanto de forma legal quanto ilegal, é o que está ameaçando os animais. 

A FMVZ mostra que, considerando apenas os registros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o abate aumentou mais de 8.000% entre 2015 e 2019, quando foram mortos 91.645 animais.

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Para se ter ideia, entre 2010 e 2014, foram pouco mais de 1.000 abates de jumentos no Brasil. Por isso, os pesquisadores apontam que o ritmo atual de abate coloca em risco a espécie, que tem um rebanho estimado no país de 400 mil animais. 

As estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) sobre a exportação de peles cruas e couros, mencionadas no trabalho, incluem, além dos jumentos, cavalos e mulas, e mostram que entre 2002 e 2019, os principais destinos das exportações brasileiras eram Itália, Portugal, Hong Kong, Espanha e China.

Alunos da Universidade de São Paulo (USP) estão oferecendo cursinhos gratuitos ou com preços acessíveis voltados a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica que desejam se preparar para vestibulares de ingresso ao ensino superior.

Quem busca uma oportunidade de estudar para o próximo vestibular, pode concorrer a uma das vagas ofertadas por quatro preparatórios da USP para ingressar no segundo semestre deste ano. As aulas serão realizadas remotamente, o que permite aos vestibulandos de todo o Brasil poderem participar. Veja os cursinhos com inscrições abertas:

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O Cursinho Popular Poli-USP, da Escola Politécnica, em São Paulo, está ofertando 160 vagas e recebe inscrições até o dia 12 de julho, tanto para a turma do intensivo quanto para a turma do ciclo básico. As aulas gratuitas começarão no dia 9 de agosto e serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 17h até 22h. A taxa de inscrição custa R$ 15 e a taxa de matrícula de R$ 100. Confira mais detalhes por meio dos manuais dos candidatos.

O ECursinho, da Escola de Comunicações e Artes, em São Paulo, abrirá as inscrições a partir do dia 1° de julho para o preenchimento de 30 vagas. As aulas gratuitas começarão no dia 9 de agosto e serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 19 às 22 horas. Não há taxa de inscrição e nem de matrícula. O manual do candidato ainda não foi divulgado. Mais detalhes podem ser obtidos através do e-mail cursinhopopularecausp@gmail.com.

O cursinho Popular da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) receberá, no período de 1° a 10 de julho, as inscrições para o preparatório. Não será cobrada taxa de inscrição e nem de matrícula. As aulas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 18h45 às 22h20. Aos sábados, duas vezes ao mês, das 9h às 12h15. O cursinho ainda divulgará o manual do candidato. Veja mais informações por meio deste endereço eletrônico.

O cursinho da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP), em São Paulo, está com inscrições abertas, até o dia 30 de junho, para o preenchimento de 120 vagas. Interessados devem se candidatar por meio deste endereço eletrônico. A taxa de participação custa R$ 20 e a taxa de matrícula R$ 70. As aulas são gratuitas e serão realizadas aos sábados, das 8h às 18h30. Mais informações podem ser obtidas por meio do manual do candidato.

Pesquisadores descobriram que algumas crianças têm apresentado uma forma atípica da Covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Pela primeira vez, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) identificou a extensão dos efeitos do novo coronavírus grave nos tecidos das crianças que morreram da doença.

Os estudos comprovam que as crianças mortas pelo vírus tiveram todos os órgãos vitais do corpo lesionados, sendo essas lesões associadas à SIM-P. Além disso, a pesquisa também aponta que todos os pacientes com a síndrome apresentaram obstruções nos vasos sanguíneos dos pulmões, mesmo com pneumonia leve.

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Os resultados dos estudos foram publicados na revista científica EClínical Medicine, do grupo Lancet. Segundo o Jornal da USP, os pesquisadores analisaram cinco pacientes, com o tempo de vida variando entre um ano até adolescentes de 15 anos. 

Dois pacientes tinham doenças prévias. Marisa Dolhnikoff, da FMUSP, que coordenou os estudos, afirma que esses dois desenvolveram a forma mais clássica do vírus, com doença predominantemente pulmonar, associada a complicações das doenças prévias. 

Os outros três pacientes não tinham doenças prévias e desenvolveram a SIM-P, com manifestações distintas: miocardite e insuficiência cardíaca; quadro abdominal agudo, simulando apendicite; e quadro predominantemente neurológico, com múltiplas e constantes convulsões. 

 “Esses três pacientes tinham em comum o sobrepeso ou obesidade, frequentemente associada ao maior risco de covid-19 grave, tanto entre adultos como em crianças", salientou Marisa.

Segundo a professora, os resultados da pesquisa reforçam que, apesar de rara, a covid-19 grave pode acometer crianças e levar à morte. “Dois padrões principais de covid grave podem existir, um deles é o de uma doença com predominância de comprometimento pulmonar  à semelhança do que se observa em adultos”, aponta.

O outro padrão é a SIM-P, que, segundo os estudos, podem causar miocardite e insuficiência cardíaca, inflamações, quadro neurológico agudo com convulsões, por exemplo. A coordenadora da pesquisa reforça que as manifestações clínicas diferentes podem dificultar o diagnóstico da SIM-P. 

"Por isso, é muito importante que, em crianças com quadro de febre persistente que apresentem quaisquer dessas apresentações clínicas, o diagnóstico de infecção pelo sars-cov-2 seja considerado e investigado, para que o tratamento seja iniciado adequadamente", detalha Marisa.

Além disso, os estudos apontam que a SIM-P é caracterizada por uma reação inflamatória sistêmica e exacerbada, podendo ocorrer vários dias, e até semanas, após a criança ser infectada pela Covid-19.  

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) anunciou, nesta segunda-feira (22), que a primeira e a segunda etapas de matrícula dos convocados no concurso da Universidade de São Paulo (USP) serão realizadas virtualmente. A decisão foi tomada para prevenir o contágio do novo coronavírus.

Os estudantes convocados na primeira chamada podem se matricular até esta terça-feira (23). Com a nova medida, a Fuvest lançou a nova versão do Manual do Candidato já em conformidade com as alterações do edital. Anteriormente, apenas a primeira etapa estava prevista para ser realizada de forma virtual, agora as duas podem ser feitas por meio do site da USP.

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Na primeira etapa, os convocados devem preencher o formulário de matrícula com os seguintes documentos: foto recente, cópia digitalizada do documento de identidade oficial, do certificado de conclusão do ensino médio e histórico escolar ou declaração expedida em papel timbrado e assinada pelo diretor ou responsável da instituição de ensino contendo a informação de que o aprovado se matriculou no último ano do ensino médio no ano de 2020.

Já na segunda etapa, os estudantes devem confirmar a matrícula. Conforme a Fuvest, as duas etapas serão consolidadas apenas após a validação dos documentos pela Central Unificada de Matrículas da Pró-Reitoria de Graduação da USP. A lista dos aprovados na segunda chamada será divulgada no dia 29 de março e o período de matrícula será de 29 a 30 do mesmo mês.

Já a relação dos aprovados na terceira chamada será publicada em 5 de abril e a matrícula deverá ser realizada de 5 a 6 do mesmo mês. Confira mais detalhes sobre o processo de matrícula no Manual do Candidato.

O MBA em Segurança de Dados da Universidade de São Paulo (USP) promoverá, nesta quinta-feira (11), mais uma live interativa. Dessa vez, o convidado é Nelson Uto, da Samsung Electronics e membro do corpo docente do curso, que apresentará uma palestra sobre "(In)segurança de software".

O evento começará às 19h, através da plataforma Zoom, e abordará uma seleção de vulnerabilidades críticas de software descobertas por pesquisadores de segurança nos últimos anos. Cada uma delas será explorada e discutida, sendo ilustrando diversas técnicas empregadas por atacantes.

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Quem deseja participar não precisa se inscrever, a live é gratuita para todos os interessados e poderá ser acompanhada pelo link da plataforma ou pelo Facebook. Confira outros detalhes através do endereço eletrônico.

Começou nesta segunda-feira (9) e vai até o próximo domingo (15) a Festa do Livro da Universidade de São Paulo (USP). A primeira edição virtual do evento traz títulos de variados gêneros e oferece descontos de, no mínimo, 50%. Sem poder receber os visitantes de maneira presencial na Cidade Universitária, a organização vai manter a versão online no ar sem interrupções até o último dia da feira.

Além de romances, ficções e diversos exemplares expostos por 169 editoras no 22º ano do evento, há também materiais de estudo aplicados em instituições de renome como a própria USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fundação Getulio Vargas (FGV). Algumas publicações chegaram a reduzir o valor de capa para menos da metade. Junto à baixa nos preços, as empresas literárias também oferecem cupons e promoções exclusivas aos visitantes do ambiente virtual da Festa do Livro.

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De acordo com a organização da feira, as aquisições são realizadas nos sites das editoras que expuseram as obras no ambiente virtual do evento. Valores de frete ou aplicações de desconto serão realizados pelas próprias empresas literárias.

O acesso à edição 22 da Festa do Livro da USP é gratuito por meio do paineira.usp.br/festadolivro/.

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou, nesta segunda-feira (24) o manual do candidato para o Vestibular 2021 da Universidade de São Paulo (USP). As inscrições serão abertas no dia 31 de agosto e através do site da Fuvest e poderão ser feitas até 23 de outubro. A taxa é de R$ 182 e deve ser paga até o dia 27 de outubro pelos candidatos que não forem isentos.   

Provas

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A primeira fase do vestibular será realizada em duas etapas, uma no dia 24 de dezembro, com provas de português e redação, e outra em 10 de janeiro, com questões de conhecimentos gerais. Ambas serão às 13h, com fechamento dos portões às 12h. Na segunda fase, os candidatos farão novamente provas de português e redação no dia 21 de fevereiro, e no dia 22 do mesmo mês responderão a questões das disciplinas específicas do curso no qual desejam ingressar. As provas também serão às 13h. 

Os estudantes que desejarem entrar em cursos que têm provas de habilidades específicas, como artes visuais, artes cênicas e música, serão avaliados entre os dias 23 e 26 ou 23 e 27 de fevereiro de 2021, a depender da carreira desejada. Os horários e locais das provas serão divulgados no site da Fuvest no dia 1º de fevereiro.  

Resultados 

No dia 1º de fevereiro será feita a divulgação da lista de convocados e dos locais de prova da segunda fase; a lista de aprovados no vestibular estará disponível no site da Fuvest a partir do dia 19 de março. Os “treineiros” receberão seus resultados no dia 5 de abril, também pelo site. Para mais detalhes sobre inscrições, chamadas, provas e conteúdos programáticos, confira o manual na íntegra

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A pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) que já causou mais de 101 mil mortes no Brasil, até o momento, obrigou a população a aderir ao isolamento social fechando, entre outros locais, espaços de educação presencial. Neste 11 de agosto de 2020, Dia do Estudante, LeiaJá traz a série "Estudante, você também é herói", com discussões sobre como a pandemia tem afetado os alunos brasileiros, incluindo uma análise de especialistas e membros de entidades de representação estudantil sobre como será o, ainda incerto, futuro dos discentes.    

Quadro negro e giz

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Assim que as aulas foram suspensas, surgiu logo uma grande preocupação com o ensino básico, seguida de uma questão extremamente complexa para resolver, envolvendo os estudantes secundaristas de todo o país, o funcionamento das escolas, os sistemas de seleção para as universidades e os calendários acadêmicos do ensino superior em 2021: o que fazer com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)? A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso, afirmou que a entidade entrou fortemente na luta pelo adiamento da prova devido ao atraso de estrutura tecnológica das escolas públicas que deixa os estudantes de baixa renda em desvantagem. 

“A verdade é que as nossas escolas públicas em maioria no país não acompanham esse desenvolvimento da tecnologia. Não faz parte da nossa realidade uma sala de informática que tenha um computador, um professor valorizado. Na verdade, fazem parte salas ainda com quadro negro e giz. Precisamos falar da mudança urgente e necessária do perfil das nossas escolas públicas que precisam acompanhar o desenvolvimento da tecnologia, e o papel da educação no combate à desigualdade social, para assim a gente falar, por exemplo, dessa questão das aulas remotas. Nós temos hoje estudantes excluídos da plena cidadania, entendendo a internet como um direito humano do século XXI”, afirma Rozana. 

A desigualdade social, escancarada pela pandemia de Covid-19 junto à exclusão digital e perda de renda das famílias brasileiras, na visão de Rozana, que tem 21 anos e estuda em um cursinho popular pré-Enem para fazer faculdade de biomedicina, impedem vários alunos de ter acesso ao direito humano que é a educação e gera um aumento na evasão escolar. Os que insistem, segundo ela, tentam se virar dando todo tipo de jeito. 

 “Nós estamos tentando nos virar de diversas formas assim como aconteceu nas inscrições do Enem, quando os estudantes se inscreveram com wi-fi do vizinho, wi-fi da padaria, comprando chip para conseguir se inscrever. A UBES está com uma campanha também que é o 'Estudo Pra Geral', que é uma campanha de arrecadação para compra de apostilas preparatórias para o Enem, para distribuição dessas apostilas em cursinhos populares. O estudante continua resistindo, continua na luta, e nós, lutando contra a exclusão digital, como entidades estudantis, estamos tendo também como resposta”, diz a presidente da Ubes. 

Questionada sobre como enxerga o futuro da educação brasileira pós-pandemia, em um cenário no qual a inserção e disseminação forçada e a curto prazo do ensino remoto se fez necessária, Rozana afirma prever um futuro de muitas lutas em nome da defesa da escola e da educação como um todo. “Nós acreditamos que o descaso do governo Bolsonaro é objetivo. Nós acreditamos que se continuarmos por esse caminho, o nosso futuro depois da pandemia tende a ser pior ainda. O que os estudantes secundaristas estão fazendo na internet é revolucionário, nós estamos doando muito as nossas vidas para a luta", comenta Rozana. 

“Poderes públicos têm o dever de proporcionar internet gratuita”

Carlota Boto, de 58 anos, é professora titular de Filosofia da Educação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e se mostra preocupada com a possibilidade de dispersão de estudantes, tanto no nível básico quanto no superior, uma vez que parte deles não consegue ter acesso a aulas remotas e até os que têm, segundo ela, sentem falta do ambiente de aprendizado. Lidar com esse cenário, na visão da professora, terá implicações a curto e longo prazo. 

“A curto prazo, isso vai implicar a necessidade de uma redistribuição dos conteúdos curriculares pelo menos nos próximos dois anos, de maneira que aquilo trabalhado neste ano venha a ser retomado em algum momento no próximo ano letivo. Para tanto é necessário também repensar os métodos escolares, levar os alunos a pesquisarem, a buscar acessar os espaços do conhecimento. A longo prazo, penso que essa experiência vai proporcionar um novo modo de recorrer aos recursos da internet. Os professores e alunos precisam interagir melhor com as ferramentas digitais que hoje estão à nossa disposição”, diz a docente.

O drama que vem da dicotomia entre a necessidade de retomar as aulas, ainda que remotamente, e a falta de acesso de parte dos alunos junto à busca de alternativas para que nenhum aluno fique para trás, também preocupa Carlota. “O ensino remoto é a menos má das soluções. Professores em todo o Brasil têm feito das tripas coração para dar tudo de si na organização dessas atividades remotas. Há muita coisa boa sendo produzida. Eu sou bastante otimista quando observo a inventividade com que os professores têm lidado com os desafios que enfrentam neste momento. Cada instituição está pensando seu próprio projeto pedagógico. Penso que as escolas e as faculdades têm discutido muito os modos de interagir com os estudantes. Não dá para ter uma régua e nivelar as soluções. O que é importante é que não se deixe nenhum aluno para trás. Ano letivo a gente recupera no próximo semestre. Mas as vidas das pessoas que se foram não voltam. Não tem cabimento o retorno neste ano, seria arriscadíssimo que voltássemos sem que haja expressa indicação disso por parte das autoridades da saúde”, diz a professora.

Questionada sobre sua maneira de encarar o futuro da educação após esse momento de entrada abrupta e, de certa forma forçada da tecnologia no ensino, a professora Carlota afirma que a educação e seus agentes terão que lidar com a presença tecnológica no processo pedagógico e as escolas públicas necessitam de investimentos para isso. “Eu penso que a educação do futuro terá de lidar com a tecnologia. A internet é um mundo a ser acessado na busca do conhecimento. Penso que os poderes públicos têm o dever de proporcionar internet gratuita às pessoas em todos os espaços. É preciso investir na escola pública. E isso passa pelas ferramentas digitais. O ensino do futuro se valerá dos meios remotos. Mas não será a distância. Isso é o que eu espero”, projeta.

Uma geração de profissionais perdida por falta do Estado

Iago Montalvão tem 27 anos, é estudante de economia da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ele destaca os fortes impactos que a implementação das aulas remotas trouxe para os estudantes no nível superior de ensino por diversas razões, como falta de acesso de alunos de baixa renda, diálogo e tempo de preparação o suficiente para implementar o novo modelo. Ele também aponta para diferenças de tratamento dadas ao tema em diferentes redes de ensino. 

“Dentro das [universidades] privadas você tem essas que são grandes conglomerados de educação, universidades lucrativas que simplesmente de uma hora para outra enfiaram goela abaixo nos estudantes um tipo de ensino remoto que muitas vezes deu problema, que muitos estudantes não tinham as condições em casa, muitos estudantes não se prepararam para poder conseguir ter acesso a isso. Sem discussão, muito na linha dessas universidades manterem a linha da sua visibilidade enquanto instituição que não parou. Já nas públicas você teve muitas situações particulares. Você tem por exemplo a USP e a UNICAMP que no início já buscaram dar alguma assistência e auxílio aos estudantes, mas também tiveram pouco tempo para discutir como seria a transição para esse modelo remoto”, conta Iago.

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Iago também destaca as inúmeras dificuldades que são inerentes ao presente momento, uma vez que há muitas realidades de perfis diferentes de estudantes em jogo em universidades de todo o País. “Mas a grande encruzilhada é o seguinte: é como você conseguir dar garantia de que nenhum estudante seja prejudicado, porque você tem estudante que não consegue ter acesso nessas aulas a distância, e isso efetivamente. Você tem problemas inúmeros desde a falta de um computador, de uma internet, que é o mínimo, até gente que não tem um cômodo em casa para estudar, que tem barulho em casa, tem problemas com a família, enfim, tem de tudo e como solucionar esses problemas? É muito difícil você solucionar na totalidade. Mas por outro lado, como é que fica também essa questão do cronograma? Porque você tem estudantes que ingressariam agora e já estão com problemas, se você suspende o período letivo do ano todo como é que ficam os ingressantes do ano que vem?” questiona o presidente da UNE. 

Uma possível tentativa de solução citada por Iago é a criação de semestres excepcionais com regras acadêmicas mais flexíveis, como já vem sendo feito em algumas universidades públicas e institutos federais pelo país. “Você já tem assistência nos tempos normais, que é bolsa de permanência, bolsa alimentação, moradia estudantil, etc. Mesmo antes da pandemia já eram políticas insuficientes, a gente sempre lutou por mais verba para a assistência estudantil. Hoje a gente está vendo com mais evidência esses problemas, nesse momento você precisa urgentemente ampliar as políticas de assistência para garantir que a galera tenha acesso a esses bens materiais mínimos para conseguir ter acesso às aulas. Ao mesmo tempo, criar flexibilização de regras acadêmicas”, afirmou Iago. 

No que diz respeito ao futuro da educação e inserção das tecnologias pedagógicas, o presidente da União Nacional dos Estudantes alega que “a gente tem um governo que tem demonstrado constantemente desprezo pelas universidades públicas em uma tentativa de desmoralização". 

"Essa política liberal do governo de enfraquecer a universidade pública e expandir a universidade privada se dá muito pelo viés do EAD, porque é um tipo de ensino que na minha opinião, em determinadas situações, para determinados públicos, é importante. Por exemplo, você tem projetos nas universidades públicas em aldeias indígenas, pessoas que moram em lugares distantes, você tem consórcios como a própria Universidade Aberta do Brasil, que é um estilo de formação EAD para aquela pessoa que não pretende ter uma formação aprofundada na universidade presencialmente, tem dificuldade de deslocamento e prefere fazer uma aula a distância. Eu acho que é legítimo que você tenha esse tipo de modalidade de ensino a distância, desde que você garanta toda a estruturação necessária para que o EAD seja feito com qualidade", acrescenta Iago. 

De acordo com um levantamento realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), um em cada quatro estudante do nível superior no Estado de São Paulo está inadimplente, registrando um índice de 72,4% maior no mês de abril em relação a 2019 e um crescimento de 32,5% na evasão comparando também os meses de abril dos mesmos anos. Iago aponta para essa realidade de desistências dos cursos como um reflexo do momento de pandemia em que as pessoas se veem forçadas a desistir de seus cursos e cita algumas ações políticas desenvolvidas pela UNE no Congresso Nacional para tentar apoiar os estudantes universitários que, segundo ele, tentam resistir e se virar como podem.

“O que os estudantes têm feito é se desdobrar de várias formas. Galera assistindo aula pelo celular, uma reivindicação grande é que os professores gravem as aulas porque, às vezes, o pessoal não consegue acompanhar ao vivo, porque a internet cai. Agora o principal que a gente tem pautado, principalmente nas públicas, é para que tenha algum tipo de auxílio. Nós temos pautado muito isso no Congresso Nacional, é muito difícil porque o governo dá pouca atenção para essa área. Tem lá no Congresso Nacional um Projeto de Lei que é por mais recurso para assistência estudantil, tem um projeto de lei lá nosso que é o auxílio estudantil emergencial para os estudantes das [universidades] privadas pagarem as mensalidades e terem um auxílio para conseguir se manter nesse período, porque a renda caiu. Você está deixando de formar uma geração de profissionais que no futuro a gente vai sentir, aquilo que o MEC falou na propaganda do Enem, de uma geração de futuros profissionais seria perdida, na verdade já está sendo perdida por falta de assistência do Estado”, diz ele. 

Um novo tempo

Cacilda Soares tem 59 anos, é professora de ciências contábeis há 25 anos e atualmente trabalha como coordenadora do sistema Universidade Aberta do Brasil na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela iniciou a conversa sobre ensino remoto e a distância esclarecendo que essa não é uma modalidade nova de educação no Brasil, ao contrário do que muitas pessoas parecem acreditar: as primeiras experiências, de acordo com ela, datam de 1923. Nas décadas de 1960 e 1970, a televisão também foi utilizada para este fim e até hoje temos canais como, por exemplo, a TV Cultura e TV Escola. 

O problema, segundo a professora, é que o sistema de ensino formal passou à margem dessa realidade enquanto se mantinha no sistema presencial sem integrar a tecnologia nas salas de aula e de repente a pandemia de Covid-19 forçou essa junção de uma vez só. “O fato é que os cursos de ensino fundamental, médio e superior não conseguiram se adaptar ao uso desses recursos tecnológicos. Todos fomos educados no modo presencial, no modo analógico e de repente por conta de uma pandemia nos vemos obrigados a nos transformar em seres digitais. Isso dá um grande impacto em alguns, porque é como se já existisse paralelamente, mas se você estava de certa forma acomodado a viver no paralelo. Deixou de ser um paralelo e a realidade agora é essa. É uma quebra de paradigma sair do analógico para o digital da noite para o dia. Tem um choque muito grande nos usuários, aqueles que são responsáveis por preparar conteúdo, lecionar", opina Cacilda.

Ao ser inquirida sobre como enxerga futuro da educação após a pandemia e a disseminação desse modelo remoto de ensino, a professora revela não saber se haverá um momento após pandemia, uma vez que mesmo com vacina, ainda precisamos conviver com a gripe H1N1, por exemplo, mas, aponta que os alunos, professores e instituições terão que reaprender tudo para viver em um novo mundo permeado pela tecnologia. 

“O que será o ano que vem? Eu não sei. Não sei como é que vai ser 2021, saímos de um reveillon muito belo e que reviravolta foi essa no mundo em 2020? O que é 2020 na nossa vida? É um processo que não dá para você ter resposta do que vai ser o amanhã, vamos ter que nos reinventar a cada dia. Nosso papel na sociedade não mudou, eu sou professora, mas o que eu vou ter que fazer mais, o que vai ser exigido mais de mim? Eu já lido com tecnologia, mas e quem não lida? E quem está aprendendo agora? Eu vou reaprender, mas tem gente que vai aprender. É difícil imaginar quando vai ter uma volta, se vai ter uma volta. O que eu to vendo é uma reconfiguração da humanidade, do mundo, das relações humanas. Eu não me arrisco a falar de uma volta, porque acredito que do jeito que era, não volta, vai ser um novo tempo”, imagina a professora.

Confira, abaixo, as demais matérias do especial “Estudante, você também é herói”. Nossos repórteres mostram as rotinas de alunos, da educação infantil à pós-graduação, durante a pandemia do novo coronavírus:

--> Pequenos 'grandes' estudantes e o ensino remoto

--> Isolamento social e a ansiedade na preparação para o Enem

--> A perseverança de Ana e o carinho pela pedagogia

--> Pós-graduação sofre os efeitos da Covid-19

--> Formatura mais cedo: estudantes trocam aulas por hospitais

Segundo o Ministério da Saúde, 15 milhões de brasileiros podem entrar em 2021 vacinados contra a covid-19. Isso porque o Brasil, através do Ministério da Saúde, faz parte do consórcio da vacina de Oxford que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca, um conglomerado farmacêutico anglo-sueco, juntamente com a Universidade de Oxford. No Brasil, a Universidade Federal de São Paulo participa da fase três dessa vacina. 

“Vacina não é uma coisa tão simples de ser feita. Existe hoje no mundo mais de 200 companhias, grupos de pesquisa e universidades tentando descobrir uma vacina para a covid-19. Essas vacinas têm que passar por várias fases clínicas para que tenhamos a vacina na ponta, como costumamos dizer. Para que a vacina seja aplicada no paciente, que é onde nos interessa”, explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros em entrevista à CNN.

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O primeiro lote da vacina está para chegar no Brasil em dezembro deste ano e o segundo lote em janeiro de 2021 - o que pode chegar a um total de 30.4 milhões de doses da imunização. "Todo mundo precisa ser vacinado, mas existe um grupo prioritário, que é o grupo que tem uma idade mais avançada e com comorbidades. Também não podemos esquecer daquele grupo que está na linha de frente, que são os profissionais da saúde", acentua Arnaldo Correia.

O líder da Secretaria de Vigilância em Saúde diz que a partir de março, mais 70 milhões de doses já terão sido encomendadas pelo Ministério da Saúde. Dessas 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 que já estão no radar do Ministério da Saúde, o brasileiro não terá que arcar com nada para pode se imunizar. "É o brasileiro que pagou o seu imposto recebendo a atenção do SUS", reforça Correia.

A Universidade de São Paulo (USP) anunciou, nesta terça-feira (7), que o retorno das atividades presenciais dos laboratórios de pesquisa poderá ser feito a partir da segunda quinzena do mês de agosto de forma escalonada, conforme consta no documento divulgado, na última sexta-feira (3), pelo grupo de trabalho coordenado pelo vice-reitor da Universidade, Antonio Carlos Hernandes.

O documento é relativo ao plano de readequação para o ano acadêmico de 2020 voltado para as atividades de pesquisa. O grupo ainda detalha nele as ações que devem ser tomadas pelos gestores das Unidades de Ensino e Pesquisa em relação ao ambiente, como lacrar temporariamente ou higienizar frequentemente os bebedouros de água de pressão, providenciar dispensadores para álcool em gel e sabonete líquido e realizar marcações (no chão, por exemplo) para estabelecer ao distanciamento social de, no mínimo, 1,5 m, entre as pessoas.

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Segundo a USP, no que se refere às ações de planejamento administrativo, o dirigente deverá criar um plano de distribuição dos EPIs (máscaras e protetores faciais), álcool em gel 70% e sabonete líquido, que serão fornecidos pela Reitoria; definir plano de limpeza de banheiros, lavatórios, vestiários, elevadores e corrimão, o que deve ocorrer, ao menos, duas vezes ao dia; estabelecer plano de uso de elevador; e preparar material próprio de comunicação para a comunidade da unidade e visitantes externos, entre outras medidas.

“As recomendações apresentadas pelo grupo de trabalho devem servir de guia na preparação das unidades quanto ao retorno das atividades nos laboratórios. É importante ressaltar, mais uma vez, que a premissa basilar deste plano está fundamentada na proteção e na preservação da saúde e da vida de nossa comunidade”, destaca o vice-reitor por meio de nota.

Na esteira da retomada do setor de energia nuclear brasileiro, mas olhando também para outras áreas como biomedicina, agricultura e indústria, a Universidade de São Paulo (USP) vai lançar no ano que vem a habilitação em Engenharia Nuclear pela Escola Politécnica (Poli), no campus Cidade Universitária. O curso terá a duração de cinco anos e período integral. Atualmente, apenas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) oferece curso da matéria, da graduação ao doutorado.

Com a falta de perspectivas na área, o setor de energia nuclear foi perdendo estudantes com o tempo. Engenheiros foram aos poucos trocando de área por falta de mercado de trabalho nos últimos anos, o que causou o esvaziamento da profissão, segundo especialistas da área.

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Agora, com a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 (parada há cinco anos), e os sinais dados pelo governo de que dará sequência ao programa nuclear brasileiro, as oportunidades no Brasil podem crescer. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os planos são de aumentar o parque nuclear brasileiro dos 2 mil megawatts atuais para entre 8 e 9 mil megawatts no longo prazo. Além disso, a Marinha do Brasil segue firme no projeto de construir um submarino nuclear.

Uma chamada feita pela Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa), da Marinha, no ano passado, foi, inclusive, uma das poucas oportunidades oferecidas nos últimos anos para profissionais do setor.

De acordo com o site da USP, a nova formação fará parte da carreira Engenharia de Materiais, Metalúrgica e Nuclear, que terá 55 vagas disponíveis no vestibular. Os estudantes terão grade curricular comum, podendo optar pela especialização em Engenharia Nuclear ao fim do terceiro ano. A partir desta fase, passam a estudar disciplinas específicas da área, como processamento de combustíveis nucleares e experimentos no reator nuclear.

Entre as possibilidades de carreira estão atividades como projetar instalações nucleares, delinear processos de fabricação de combustíveis nucleares, operar e gerenciar reatores ou instalações que fazem uso de fontes radioativas, além de laboratórios de controle de qualidade com acesso a materiais radioativos, assim como também especificar e selecionar materiais e efetuar a análise de falhas em equipamentos que estão em serviço num ambiente nuclear, informa a USP.

Ainda sem previsão para retomada das atividades presenciais, a Universidade de São Paulo (USP) apresentou, nesta terça-feira (16), o plano de readequação das atividades acadêmicas para o segundo semestre deste ano. O texto foi apresentado durante a reunião de dirigentes, que contou com cerca de 130 diretores e vice-diretores da Universidade.

Segundo planejamento, realizado em grupo de trabalho coordenado pelo pelo vice-reitor da USP, Antonio Carlos Hernandes, a elaboração do documento surgiu a partir da sistematização das propostas enviadas pelas Unidades de Ensino e Pesquisa e Órgãos da Universidade. No texto, a partir do mês de agosto deverão continuar sendo aplicadas, de forma remota, tanto as aulas de graduação como as de pós-graduação - utilizando os mesmos procedimentos adotados no primeiro semestre.

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Nesse sentido, o pró-reitor de graduação, Edmund Chada Baracat, explica que o primeiro semestre letivo deverá ser encerrado no dia 18 de julho. Em sequência, os estudantes terão o período de férias e, posteriormente, o início das aulas na forma remota do segundo semestre serão em 18 de agosto. As atividades práticas deste ano serão repostas de janeiro a março de 2021, segundo cronograma apresentado.

Segundo a USP, com atividades não essenciais suspensas desde março passado, atualmente, das quase seis mil disciplinas teóricas que seriam oferecidas presencialmente no primeiro semestre, 92% foram ministradas a distância com a utilização das plataformas e-Aulas e e-Disciplinas. A Universidade segue com as restrições de acesso mantidas, assim como o fechamento de área não essenciais. 

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A Universidade de São Paulo (USP), que suspendeu as aulas no Departamento de Geografia devido a um aluno que contraiu coronavírus, retomará às atividades em toda a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).  

Através de uma nota oficial encaminhada à imprensa, a universidade afirmou que o estudante de geografia é o único caso oficialmente diagnosticado entre os estudantes da instituição, e que o fato foi imediatamente comunicado à reitoria.  Ainda de acordo com a nota, a FFLCH manterá suas aulas e demais atividades “enquanto aguarda a manifestação da Superintendência de Saúde da USP e o Centro de Gestão do Coronavírus no Estado de São Paulo”.

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O texto segue afirmando que, em caso de alteração do quadro atual e amparados por profissionais de saúde, “toda a comunidade da nossa Faculdade será informada imediatamente”. 

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A Universidade de São Paulo (USP) decidiu suspender as aulas do Departamento de Geografia, ligado à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da instituição nesta quarta-feira (11). O motivo foi o resultado positivo dos exames de um aluno do curso para o novo coronavírus. 

Ao LeiaJá, a Universidade de São Paulo declarou que ainda estão sendo avaliadas as medidas cabíveis, definindo o tempo e a extensão da suspensão das atividades, que a princípio, foram paralisadas apenas por um dia e somente no curso de geografia. Após as definições, afirmou a instituição por meio de sua assessoria de comunicação, será emitido um comunicado oficial sobre o caso. 

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A Fundação Universitária Para o Vestibular (Fuvest), que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), iniciou a convocação de estudantes classificados na lista de espera do vestibular 2020. O período de convocação vai até o dia 6 de março e deve ser acompanhado através do site da USP

Os candidatos convocados também serão avisados por e-mail. Após a aprovação na lista de espera, cada estudante tem até 48 horas para realizar a matrícula online. Depois, é necessário realizar as matrículas presenciais nos dias 10 e 11 de março. Para mais detalhes, consulte o Manual do Candidato.

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A música pode ser uma forte aliada no tratamento da doença de Alzheimer. É o que garante uma pesquisa elaborada pelo núcleo de Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP). O estudo ainda assegura que a utilização da musicoterapia pode funcionar mais e melhor se o principal cuidador do paciente for o próprio cônjuge. Algumas canções que fazem parte da história do casal podem aliviar sintomas e possibilitar que famílias e portadores da síndrome tenham mais qualidade de vida.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa em que os portadores ficam totalmente dependentes dos cuidados de outras pessoas. A patologia pode fazer com que os pacientes fiquem mais agitados, agressivos, tenham falta de memória, além da diminuição motora e cognitiva. Neste sentido, a música tem sido considerada uma estratégia terapêutica para quem lida com a tarefa de cuidar de um familiar que apresente essas condições.

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De acordo com o autor da pesquisa, o musicoterapeuta e mestre em Gerontologia Mauro Amoroso Pereira Anastácio Júnior, foram doze atendimentos realizados uma vez por semana para quatro casais idosos que residem na cidade de São Paulo. Para o levantamento, o pesquisador considerou critérios como o diagnóstico da síndrome em estágio inicial ou moderado, e que o cuidador fizesse tal função há mais de seis meses.

Para Anastácio, as músicas podem despertar sentimentos, sensações que estimulam referências de épocas, pessoas, lugares, experiências vividas e emoções guardadas na memória dos idosos e as abordagens terapêuticas são uma alternativa, já que os medicamentos disponíveis dão conta apenas dos sintomas. Aliada aos benefícios apresentados está a sensação de bem-estar dos cuidadores, que podem viver momentos satisfatórios em casal, mesmo estafados por terem que estar atentos e zelar pelo paciente todos os dias. Por isso, o pesquisador aplicou métodos como a utilização de instrumentos musicais, a gravação dos dois cantando alguma música do repertório deles para ouvirem juntos e o acompanhamento com instrumentos para harmonizar ainda mais o canto e as canções.

Envelhecimento no Brasil

A pesquisa também mostra a estimativa da população brasileira em desenvolver doenças neurodegenerativas motivadas pelo envelhecimento da população. Na década de 1950, a expectativa de vida era de 51 anos. Já em 2016, o cálculo passou para 75,8 anos. O prognóstico para o ano de 2040 é que os brasileiros vivam, em média, até os 80 anos.

Foi divulgada neste domingo (5) a prova realizada na primeira etapa da segunda fase do vestibular 2020 da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). A avaliação serve para o preenchimento das vagas nos 182 cursos oferecidos pela Universidade de São Paulo (USP). O primeiro dia de prova desta 2ª fase do vestibular trouxe uma prova dissertativa de português com 10 questões, além de uma redação.

O gerente de inteligência educacional e avaliações do curso Poliedro, Fernando do Espiritu Santo, comentou a primeira prova aplicada. Segundo ele, a primeira etapa da segunda fase foi composta por uma prova já esperada. “Foi uma prova tradicional, que versou sobre interpretação de texto e gramática e cobrou nas quatro últimas questões as obras de leitura obrigatória. Então, o aluno que se preparou bem, fez uma boa leitura e trabalhou com os resumos, iria conseguir responder adequadamente às questões de leitura obrigatória", disse.

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Ainda segundo Espíritu Santo, a prova também poderia ser feita com base na interpretação textual. "O restante da prova era possível fazer com um bom domínio de interpretação e regras gramaticais básicas. A interpretação de texto era a palavra-chave para um bom resultado e um bom desempenho nesse primeiro dia da segunda fase da Fuvest”, completou.

Nesta segunda-feira (6), será aplicada a prova final da segunda fase, com questões de disciplinas específicas, dependendo da carreira escolhida. São oferecidas mais de oito mil vagas para os cursos ofertados pela USP.

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A Universidade de São Paulo (USP) está apurando 21 denúncias de possíveis fraudes ao sistema de cotas raciais. Durante o processo de apuração, parte dos alunos pediu o cancelamento de suas matrículas. As denúncias tiveram início através de comitês de verificação formados por estudantes da universidade. 

A comissão nomeada pela Pró-Reitoria de Graduação da USP encaminhou os casos para análise da Procuradoria-Geral da instituição, que seguirá as investigações. As 21 possíveis fraudes investigadas são uma fração mínima se comparadas aos 3.595 candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas nos vestibulares 2018 e 2019, mas há quem acredite que o total de fraudes é maior. 

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Lucas Módolo é recém formado pela Faculdade de direito da USP, onde integrava o Comitê Anti-Fraude criado por ele e outros alunos para verificar a autodeclaração racial, uma vez que a universidade não tem nenhuma política de checagem. Durante o ano, o Jornal do Campus, feito por e para alunos da USP, trouxe publicações em que Lucas Módolo e Igor Leonardo, também do curso de direito, apontam para um dossiê com 400 possíveis fraudes. Após uma avaliação preliminar, uma denúncia com 50 nomes foi oficialmente apresentada à universidade. 

Atualmente, a seleção de alunos na Universidade de São Paulo é feita majoritariamente pelo Sistema de Seleção Simplificada (Sisu), mas 47% das vagas são preenchidas por meio do vestibular da Fuvest. O sistema de cotas começou a ser implantado em 2018 gradualmente e deve chegar à reserva de 50% das vagas em 2021. 

A Faculdade de Direito da USP instaurou uma comissão própria para apurar possíveis fraudes. De acordo com Floriano de Azevedo Marques Neto, diretor da unidade, cerca de 10 estudantes cancelaram as matrículas antes da apuração ser concluída. Ao fim dos trabalhos, um terço dos casos foi levado à Pró-Reitoria de Graduação e no que diz respeito aos demais, a comissão decidiu que os outros eram, de fato, negros. 

Verificação

Em outubro de 2019, as defensorias públicas do Estado de São Paulo e da União recomendaram que a USP passe a prever, em seu processo seletivo, uma etapa de verificação da autodeclaração racial, preferencialmente por meio de entrevistas. Além disso, o documento solicita a implementação de instâncias internas de apuração e o fim da exigência do registro de boletim de ocorrência por parte dos denunciantes de fraudes (determinação feita pela USP e que impede a realização de denúncias anônimas). O tema também é demanda do movimento negro organizado na universidade.     

O Pró-Reitor da USP, Edmund Baracat, afirmou que o procedimento da universidade sobre a verificação da autodeclaração está em análise. Ainda de acordo com ele, é muito difícil instituir a entrevista aos candidatos autodeclarados na USP devido ao volume de ingressantes. “Uma entrevista leva em torno de meia hora. Quanto tempo levaria para falar com todos?”, questionou ele. 

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