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Desde a crise passada, brasileiros nunca tiveram tantas dívidas em atraso nos bancos. Dados do Banco Central mostram que, em fevereiro, a cada R$ 100 emprestados às pessoas físicas, R$ 14,02 estavam com atraso superior a 15 dias nos pagamentos.

Esse é o pior desempenho desde setembro de 2009. Ao todo, são R$ 73 bilhões em dívidas que não são pagas há mais de 15 dias, valor que saltou 44% nos últimos 12 meses.

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Entre as várias linhas de crédito oferecidas pelos bancos, o financiamento para compra de veículos amargava a pior inadimplência da história: em fevereiro, 5,5% dos empréstimos tinham atraso nos pagamentos de mais de 90 dias.

Outros 8,4% das operações estavam atrasadas entre 15 e 89 dias. Ao todo, R$ 24,5 bilhões em financiamentos para compra de carros, motos e caminhões sofriam com atraso de pelo menos duas semanas, valor que saltou 137% nos últimos 12 meses.

Os bancos explicam que o recorde nos calotes da pessoa física tem feito com que as instituições fiquem mais rigorosas na oferta de crédito, ao aplicar prazos menores, juros maiores e mais requisitos para liberar o empréstimo.

Na quinta-feira, o vice-presidente da Associação Nacional de Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Gilson Carvalho, disse em Brasília que, atualmente, de cada dez pedidos de financiamento, cinco são recusados pelas instituições financeiras. Há alguns meses, a recusa era menor, de três a cada dez pedidos.

Entre as demais linhas de crédito, a tendência também é de aumento do volume de pagamentos em atraso. No cheque especial, os casos em que clientes ficam mais de 15 dias seguidos com o uso do limite da conta já somam 15,4% das operações ou R$ 3,39 bilhões em fevereiro. Um ano antes, 12% dos clientes usavam o cheque em mais de metade do mês.

Em trajetória semelhante, os atrasos de mais de 15 dias já somam 10,5% de todos os empréstimos de crédito pessoal realizados pelos bancos brasileiros, porcentual que equivale a R$ 25,9 bilhões.

Um ano antes, a fatia era de 8,7% das operações com pagamento atrasado há mais de duas semanas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Indicador de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor, medido pela Serasa Experian, caiu em janeiro pela oitava vez consecutiva, para 99,7 pontos, de 100 pontos registrados em dezembro - uma redução de 1,3%. Como o indicador busca antever uma tendência em um horizonte de seis meses, essa sequência de quedas, de acordo com a empresa, sinaliza que o pior momento para inadimplência dos consumidores já passou.

A Serasa Experian explica que o recuo da inflação, o aumento de 14% do salário mínimo nacional em janeiro, a manutenção de níveis historicamente baixos das taxas de desemprego, a continuidade da redução das taxas de juros e o crescimento mais moderado do endividamento do consumidor deverão contribuir para melhorar o cenário para a inadimplência em 2012.

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O Indicador de Inadimplência do Consumidor, calculado pela Serasa Experian, registrou em fevereiro o terceiro recuo mensal consecutivo, com queda de 0,9% em comparação a janeiro. De acordo com a empresa, os juros altos, gastos extraordinários de início de ano (impostos e despesas escolares) e a crise internacional convenceram o consumidor a controlar seus gastos. Além disso, fevereiro foi um mês com menos dias úteis por conta do carnaval, o que colaborou para a queda dos registros de dívidas não pagas.

Em relação a fevereiro de 2011, houve aumento de 18,3% no indicador de inadimplência. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, ante o primeiro bimestre de 2011, a alta foi de 17,4%, o que, segundo a empresa, indica uma desaceleração da inadimplência em relação ao primeiro bimestre de 2011, cuja alta em relação ao mesmo período de 2010 havia sido de 25,4%.

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A inadimplência com bancos e com os cheques sem fundos puxou a queda em fevereiro. Enquanto o primeiro tipo de dívida, que representa 49,7% do indicador, recuou 1,5% ante janeiro, os cheques sem fundo - com peso de 10% - caíram 4,7%. Os títulos protestados apresentaram queda de 18%, mas esse item é responsável por apenas 1,4% da formação do indicador da Serasa Experian.

A única alta verificada em fevereiro ocorreu nas dívidas não bancárias (cartões de crédito, lojas em geral e prestadoras de serviços), que têm peso de 39% no indicador. Esse item subiu 1,6% ante janeiro.

Apesar da queda da inadimplência em fevereiro, o indicador apontou crescimento no valor médio de todos os quatro tipos de dívida. O maior aumento foi verificado no valor médio dos compromissos não bancários, que passaram de R$ 329,08 em fevereiro de 2011 para R$ 474,57 no mês passado, uma alta de 44,2%. Os cheques sem fundos pularam de R$ 1.265 para R$ 1.415,18 no período (11,9%), títulos protestados passaram de R$ 1.219,54 para R$ 1.301,97 (6,8%) e dívidas com bancos tiveram um leve aumento de R$ 1.289,14 para R$ 1.294,91 (0,4%).

A inadimplência das pessoas jurídicas no País cresceu 9,8% em novembro ante outubro, a segunda maior variação do ano, mostra Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas divulgado hoje (28). Na comparação com novembro de 2010, a alta foi de 32,5%. No acumulado do ano até novembro, foi registrado avanço de 18,6% em relação ao mesmo período de 2010. A maior alta do ano foi verificada de fevereiro para março (10,8%).

O avanço da inadimplência entre as empresas foi impulsionado pelos títulos protestados, que apresentaram aumento de 28,1% em relação a outubro e contribuíram com 6,3 pontos porcentuais do aumento de 9,8% verificado em novembro. Os cheques sem fundo representaram o segundo maior peso na alta de novembro, com avanço de 18,6% ante outubro e 3,9 pontos porcentuais na taxa geral.

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O valor médio dos títulos protestados no ano até novembro chegou a R$ 1.804,50 - 9,3% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio dos cheques sem fundos ficou em R$ 2.088,21, 1,8% a mais que no acumulado de 2010 até novembro.

As dívidas não bancárias (cartão de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços), por sua vez, apresentaram recuo de 1,7% em novembro ante outubro, contribuindo com uma redução de 0,6 ponto porcentual da taxa geral. O valor médio desse tipo de dívida no acumulado do ano chegou a R$ 742,03, avanço de 1,8% em comparação com igual período de 2010. As dívidas com bancos tiveram uma leve alta em novembro, de 0,9%, o que representou uma participação de 0,2 ponto porcentual na taxa geral. O valor médio desse tipo de dívida no acumulado de janeiro a novembro foi de R$ 5.176,85 (alta de 9,5% ante o acumulado de 2010 até novembro).

De acordo com a Serasa Experian, o aumento da inadimplência das empresas em novembro é explicado pela inflação, pelo capital de giro ainda caro e pela evolução da inadimplência do consumidor. "Nesse contexto, as empresas estavam produzindo e ampliando seus estoques para as festas de final de ano numa posição de caixa menos favorável, resultando em elevação da inadimplência", afirmou a entidade, em nota.

A escalada da inadimplência e o agravamento da crise internacional deixaram os bancos mais rigorosos na concessão de crédito neste Natal. Dinheiro tem, mas apenas para aqueles que representam menor risco para as instituições financeiras. O problema é que há uma demanda forte vinda de consumidores classificados como problemáticos.

"Será um Natal mais pobre, mais comedido", diz o economista da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicolas Tingas. Ele conta que a inadimplência começou a incomodar os bancos entre abril e maio. Primeiro imaginou-se que seria uma alta pontual, que se acomodaria ao longo dos meses. Mas isso não ocorreu e os indicadores continuaram a subir. A solução foi fechar o cofre com regras mais criteriosas para a concessão de crédito.

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"Foi necessário elevar a nota de corte para controlar a liberação dos empréstimos", completa o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva. Hoje, comenta o executivo, há dois tipos de clientes. Um é aquele que tem conta corrente, cartão de crédito e outras operações no banco. O outro é o consumidor que não tem conta corrente no banco, mas pega empréstimo pessoal e financiamento de veículo.

"No primeiro, a restrição se dá pela redução dos níveis de crédito disponível. No segundo, é preciso fazer uma escoragem mais rigorosa. Nesse caso, dependendo da nota de corte, concedo ou não o crédito", destaca Oliva, ressaltando que há dinheiro no mercado, mas está mais caro e a mais difícil de ser liberado.

O gerente executivo de Crédito do Banco Volkswagen, Thierry Soret, confirma o aperto nas linhas de financiamento. Segundo ele, o volume de pedidos aumentou nos últimos meses, mas o nível de concessão diminuiu. No ano passado, a média de aprovação estava em 58%. Neste ano, caiu para 49%. "É um recuo significativo e foi provocado especialmente pela qualidade do tomador." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A preocupação das famílias em não se endividarem às vésperas do Natal e a injeção de novos recursos na economia, como o pagamento do 13º salário, permitiram que os consumidores limpassem seu nome e honrassem compromissos, fazendo com que a inadimplência registrasse uma queda de 12,11% em novembro sobre outubro. A avaliação é da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), responsável pelos números divulgados hoje.

No entanto, na comparação com novembro do ano passado, houve um aumento da inadimplência de 9,46%. No acumulado de 2011, a elevação é de 5,69%. Os técnicos da CNDL citaram que a economia está passando por um período de instabilidade devido à crise externa. "Diante deste cenário adverso, consumidores e empresários estavam menos confiantes, o que dificultou o pagamento das dívidas", argumentaram.

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Eles disseram ainda que o encarecimento do crédito no início deste ano, com o aumento da taxa de juros, contribuiu para a elevação do número de registros de inadimplência este ano ante 2010. (Célia Froufe)

Queda no varejo - As vendas no varejo registraram queda de 5,24% em novembro na comparação com outubro, mas subiram 4,32% ante novembro do ano passado. No acumulado do ano, o desempenho do comércio está 5,32% melhor que em idêntico período de 2010.

A queda de outubro para novembro foi atribuída pela entidade a uma base de comparação relativamente forte por conta da comemoração do Dia das Crianças. "Entende-se ainda que, dada a deterioração do cenário econômico, devida à crise econômica internacional, muitos consumidores estão mais cautelosos com seu orçamento, procurando gastar menos e poupar mais para poderem ter seu consumo garantido no Natal", analisaram os técnicos da CNDL.

Em relação ao crescimento das vendas em novembro ante o mesmo mês de 2010, a confederação destacou que a desaceleração da atividade, nesta base de comparação, já era aguardada em função do aquecimento da economia no ano passado. "Contudo, o comércio se mostra sólido, sustentado pelo mercado de trabalho e pelo crédito", comentaram os técnicos da instituição por meio de nota.

A CNDL enfatizou que a redução da Selic e a reversão das medidas de restrição ao crédito à pessoa física, que haviam sido impostas no início do ano, contribuem para um desempenho melhor da atividade comercial.

A inadimplência das empresas aumentou 0,4% em outubro ante setembro, divulgou hoje (29) a Serasa Experian. Em relação ao mesmo mês de 2010, a alta foi de 28% e no acumulado do ano, até outubro, a elevação atingiu 17,2%, informou o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. De acordo com a entidade, as empresas encontram crédito caro no período de produção e expansão dos estoques para o Natal.

O valor médio das dívidas com cartões de crédito, lojas em geral e outras despesas não bancárias de janeiro a outubro foi de R$ 741,78, o que representa alta de 1,2% na comparação com igual período do ano anterior. Já as dívidas com bancos tiveram no período valor médio de R$ 5.183,11 - aumento de 9,9%. Os títulos protestados apresentaram valor médio de R$ 1.771,19 até outubro - elevação de 7,3% ante o mesmo período de 2010 - e os cheques sem fundos apresentaram valor médio de R$ 2.083,27 - aumento de 1,6%.

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Para a Serasa Experian, o atual ciclo de redução das taxas de juros pelo Banco Central (BC) ainda não impactou o valor do crédito. Também influenciaram na alta de outubro a inflação sobre os negócios e os ganhos reais nos salários de trabalhadores, que pressionaram os custos no segundo semestre.

A inadimplência média nas operações de credito livre voltou a subir em outubro, ao passar de 5,3% em setembro para 5,5% no mês passado. Segundo dados apresentados hoje pelo Banco Central (BC), o nível de calote dos empréstimos voltou ao patamar verificado nos meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010, quando a inadimplência estava, igualmente, em 5,5%.

Segundo o BC, a alta da inadimplência em outubro ocorreu especialmente nas operações para empresas, cujo índice subiu de 3,8% para 4,0% de um mês para o outro. Nas operações para pessoas físicas, a taxa subiu, mas em ritmo menor, de 7,0% para 7,1%.

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O porcentual de famílias endividadas recuou 2,2 pontos porcentuais em novembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi o sexto mês consecutivo de queda no indicador.

O total de pessoas que declararam possuir alguma dívida passou para 59%, contra 61,2% dos entrevistados em outubro. O montante de endividados também foi menor do que o registrado em novembro de 2010, de 59,8%.

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O porcentual de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas também recuou, passando de 8,2% em outubro para 7,3% em novembro. Houve queda ainda no total de famílias com contas em atraso, que saiu de 21,3% dos entrevistados em outubro para 20% em novembro.

De acordo com a CNC, há uma tendência de redução no nível de endividamento desde o terceiro trimestre do ano, como reflexo, entre outros fatores, da evolução favorável do mercado de trabalho.

O porcentual de famílias endividadas recuou nas duas faixas de renda pesquisadas. Na faixa de renda inferior a 10 salários mínimos, o total de endividados caiu para 60,4% em novembro, após ter registrado 62,9% em outubro, e 62,2% em novembro de 2010. Entre as famílias com renda mensal superior a 10 salários mínimos, o nível de endividamento passou de 50,5% em outubro para 48,9% em novembro. No entanto, o montante permaneceu superior ao observado em novembro do ano passado, quando 45,1% das famílias nessa faixa de renda declararam possuir dívidas.

O índice de cheques devolvidos em outubro em todo o País subiu 0,1 ponto porcentual em relação a setembro e chegou a 1,92%, informou hoje a Serasa Experian. Houve aumento também na comparação com outubro de 2010, quando foi devolvido 1,56% do total dos cheques emitidos. No acumulado do ano até outubro, o porcentual de devoluções atingiu 1,92% ante 1,78% no mesmo período de 2010. O maior porcentual verificado em 2011 ocorreu em março (2,13%).

Para a empresa de informações econômicas, o total de cheques sem fundos apresentou alta em outubro em razão do Dia das Crianças, quando as promoções tiveram como alvo a primeira parcela do 13.º salário. Entre as regiões do País, o Norte apresentou o pior desempenho (4,09%) e o Sudeste, o melhor (1,55%).

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Roraima foi o Estado com maior porcentual de cheques devolvidos até outubro deste ano (12,15%), enquanto São Paulo foi o que teve menos papéis sem fundos (1,44%). Além de São Paulo, cinco unidades da Federação tiveram o abaixo da média nacional: Minas Gerais (1,78%), Santa Catarina (1,75%), Mato Grosso do Sul (1,66%), Paraná (1,63%) e Rio de Janeiro (1,58%).

A Região Sul foi a que teve maior aumento da inadimplência em outubro em comparação com setembro, com alta de 2,8%, segundo antecipou hoje à Agência Estado a empresa Boa Vista, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A Região Norte, por outro lado, foi a que apresentou maior queda na inadimplência, com recuo de 1,5%, enquanto no Centro-Oeste a retração em outubro foi de 1,1%. Sudeste e Nordeste apresentaram crescimento na inadimplência, ambas com alta de 1,9%, resultado que supera o índice nacional da Boa Vista em outubro, de 1,6%.

Na comparação com outubro do ano passado, o maior crescimento da inadimplência foi observado no Norte (33,7%). Em seguida, vem a Região Centro-Oeste (30%), Nordeste (28,1%), Sul (25%) e Sudeste (22,4%). No acumulado de 2011 até outubro, ante o mesmo período do ano passado, as altas foram de: 24,1%, no Centro-Oeste; 22,3%, no Sudeste; 21,3%, no Sul; 21,2%, no Norte e 20,8%, no Nordeste.

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O número de registros de inadimplentes excluídos, por outro lado, apresentou queda em outubro ante setembro, de 6,9%. A maior queda foi verificada no Centro-Oeste (19,4%) e a menor, no Sudeste (1%), mas todas as regiões apresentaram recuo. O sinal, porém, se inverte na comparação com outubro do ano passado e no acumulado do ano, quando o índice nacional de recuperação de crédito cresceu 6% e 14,6%, respectivamente.

Depois de uma queda de 5,1% verificada em setembro, a inadimplência no País voltou a subir 1,6% em outubro em comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, segundo antecipou há pouco à Agência Estado a empresa Boa Vista, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Na comparação com outubro do ano passado, a inadimplência subiu 24,8% e cresceu 22% no acumulado de 2011 ante o mesmo período do ano passado.

De acordo com a Boa Vista, o aumento da inadimplência em outubro pode indicar uma nova aceleração das concessões diárias de crédito. Para a empresa, dados da Pesquisa Mensal do Comércio de setembro, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram elevação no volume de vendas do comércio de 0,6% (na série dessazonalizada) e corroborariam essa percepção. "A revisão de parte das medidas de contenção ao crédito adotadas em 2010, anunciada em novembro pelo Banco Central, deve contribuir para a manutenção dos patamares de concessão de crédito, incentivando o consumo e mantendo a inadimplência nos atuais níveis", afirma a Boa Vista.

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A recente diminuição da taxa de juros e a manutenção nos níveis de emprego e renda podem, segundo a Boa Vista, proporcionar um ambiente favorável para o consumo e contribuir para "certa estabilidade nas taxas de crescimento dos registros de inadimplentes". "Isto, ao menos em alguma medida, ofusca a situação da economia mundial e a queda do setor industrial nacional", afirma documento da Boa Vista.

O número de títulos protestados de pessoas jurídicas aumentou 7,3% de janeiro a agosto em todo o País, na comparação com o mesmo período de 2010. Em agosto, o resultado apresentou queda de 1,7% ante julho e subiu 17,4% em relação ao mesmo mês de 2010. Os dados foram divulgados hoje pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Na Região Sudeste, nos oito primeiros meses de 2011, o total de títulos protestados aumentou 5,9%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em agosto, houve queda de 7,4% ante julho e crescimento de 13,4% sobre igual mês de 2010.

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O aumento de 7,3% na média nacional foi influenciado, principalmente, pela Região Nordeste, que apresentou variação positiva de 16,7% no acumulado do ano. O Centro-Oeste também apresentou números acima da média nacional: 8,8% no acumulado de 2011.

Segundo a empresa administradora do SCPC, o valor médio dos títulos protestados em agosto foi de R$ 2.350 no País e de R$ 2.400 no Sudeste. "As incertezas no cenário externo devem continuar a influenciar as perspectivas de crescimento da economia brasileira, afetando a capacidade de pagamento e captação de recursos das empresas e podendo trazer efeitos sobre o protesto de títulos no País", afirma nota da Boa Vista.

A inadimplência no comércio varejista subiu em agosto tanto na comparação com julho (5,14%) quanto na comparação com o mesmo mês de 2010 (6,37%). O crescimento do calote no mês passado mostra a continuidade de uma tendência verificada deste o início do ano, já que, em 2011 até agosto, o volume de calotes no setor ficou 5,14% maior do que nos oito primeiros meses de 2010.

Segundo dados divulgados hoje pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), obtidos por meio das consultas realizadas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), pode-se atribuir o resultado ao comprometimento de parte do orçamento das famílias. De acordo com as entidades, muitas ainda têm parcelas de presentes para o Dia das Mães e dos Namorados a serem pagas.

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"Algumas famílias excedem nos gastos e acabam tendo dificuldades de honrarem seus compromissos", pontuou a CNDL. A confederação também citou o fenômeno das férias como um item a mais de comprometimento da renda da família. "Há gastos realizados na euforia do mês de julho e que não foram planejados, não cabendo assim no orçamento das famílias."

Na avaliação do ano, o ciclo de aperto monetário verificado ao longo do primeiro semestre também exerceu pressão negativa no custo de crédito. Além disso, a falta de critérios para o uso de financiamento acaba elevando os índices de inadimplência.

A inadimplência das empresas do País cresceu 4,5% em julho ante junho, influenciada pela política monetária restritiva do governo, segundo indicador divulgado hoje pela Serasa Experian. Na comparação entre julho e o mesmo mês de 2010, a alta foi de 16,11%. No acumulado de janeiro a julho de 2011, o crescimento foi de 13,6%, ante o mesmo período do ano anterior.

Na avaliação da Serasa Experian, o aumento da inadimplência está relacionado à elevação da taxa de juros para o controle da inflação. A medida encarece o crédito para capital de giro e contribui para a desaceleração da economia, que trazem efeitos danosos para as empresas. A entidade também cita que o crescimento da inadimplência em base mensal é justificado pela menor base de comparação. No sexto mês do ano, o indicador registrou uma queda de 4,2% ante maio.

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Por outro lado, o avanço de 4,5% no mês passado é a menor evolução mensal verificada para julho desde 2007, o que indica que a inadimplência está sob controle, avalia a Serasa Experian.

Perfil

Entre os componentes do indicador de inadimplência, foi verificada alta entre os títulos protestados (11,8%), cheques sem fundo (6,7%) e dívidas não bancárias (3,0%) em julho ante junho. No mesmo período, as dívidas bancárias caíram 3,7%.

Na comparação do acumulado deste ano com o mesmo período do ano passado, os títulos protestados cresceram 7,7%, para um valor médio de R$ 1.752,53; as dívidas com bancos subiram 6,9%, para R$ 5.059,40; os cheques sem fundos aumentaram 2,2%, para R$ 2.069,58; e as dívidas não bancárias tiveram alta de 0,3%, para R$ 736,26.

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