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Aviões israelenses bombardearam intensamente o sul da Faixa de Gaza nesta quinta-feira (11), em meio à viagem regional do secretário de Estado americano, Antony Blinken, para evitar uma conflagração do conflito.

Hoje, o diplomata americano deve se reunir no Cairo com o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, cujo país desempenhou um papel fundamental no acordo sobre uma trégua de uma semana no final de novembro.

A guerra também chega, nesta quinta-feira, à Corte Internacional de Justiça (CIJ), onde Israel enfrentará uma ação da África do Sul por suposto "genocídio" em sua ofensiva contra Gaza, acusações que o presidente israelense, Isaac Herzog, chamou de "absurdas".

No pequeno território palestino, a aviação israelense multiplicou seus bombardeios contra o setor de Khan Yunis, a principal cidade do sul de Gaza e epicentro dos combates nas últimas semanas, segundo várias testemunhas.

O Hamas disse que os ataques israelenses na noite passada deixaram 62 mortos em toda a Faixa.

"Os combates se desenvolvem no subsolo, na superfície, em um território muito, muito complexo, ante um inimigo que preparou sua defesa durante um período muito longo e de uma forma muito organizada", declarou o chefe do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi.

- Obstáculos "quase intransponíveis" -

As organizações internacionais alertam para uma catástrofe sanitária em Gaza, onde 85% da população foi deslocada e a ajuda humanitária chega muito devagar.

A distribuição de ajuda enfrenta obstáculos "quase intransponíveis", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em Rafah, cidade no extremo-sul da Faixa de Gaza onde centenas de milhares de palestinos se refugiaram, um médico aposentado transformou sua loja em uma sala de primeiros socorros para atender os feridos.

"À noite, às vezes ficamos até as onze, ou depois da meia-noite, quando tudo está fechado e é impossível entrar no carro, ou ir ao hospital. Cuidamos dos feridos e depois eles podem ir para o hospital", disse Zaki Shaheen à AFP.

A guerra eclodiu em 7 de outubro com o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo balanço da AFP baseada nos números das autoridades israelenses.

Israel prometeu aniquilar o movimento palestino, considerado um grupo terrorista por Israel, UE e Estados Unidos, e lançou uma operação militar contra Gaza que deixou pelo menos 23.357 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

- Ataques no Mar Vermelho -

Apesar dos inúmeros esforços diplomáticos para pôr fim às hostilidades, a guerra entrou em seu quarto mês, entre temores de uma conflagração em uma região onde o Hamas conta com vários no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen.

No norte de Israel, as trocas de disparos com o movimento libanês Hezbollah têm sido quase diárias desde o início da guerra e se intensificaram depois de um ataque atribuído a Israel ter matado o número dois do Hamas em Beirute, em 2 de janeiro.

As hostilidades também aumentam no Mar Vermelho, onde forças britânicas e americanas abateram, na terça-feira, 18 drones e três mísseis lançados pelos rebeldes huthis do Iêmen, aliados do Irã e do Hamas.

Os inúmeros ataques dos huthis nessa importante rota comercial marítima fizeram o tráfego de navios porta-contêineres cair 70%, disse à AFP Ami Daniel, fundador e líder do Windward, um grupo de assessoria sobre transporte marítimo.

Nesse contexto, Blinken faz uma viagem por diferentes países da região que o levou a se reunir com líderes israelenses e com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas. A AP perdeu o controle da Faixa de Gaza para o Hamas em 2007 e agora exerce apenas um poder limitado na Cisjordânia ocupada.

Os Estados Unidos querem ver reformas nessa entidade para que ela possa assumir um papel de liderança no futuro de Gaza após a guerra.

Na reunião de quarta-feira (10), Abbas e Blinken discutiram "a importância da reforma da Autoridade Palestina (…) para que esta possa assumir, de forma eficaz, a responsabilidade de Gaza", disse o diplomata americano, que reiterou seu apoio à criação de um Estado palestino.

Depois de quase uma semana no Oriente Médio, Blinken disse que seus interlocutores transmitiram-lhe a necessidade de se "evitar" a propagação da guerra e de se "desenvolver uma melhor maneira de avançar para a região e, em particular, para israelenses e palestinos".

Um novo ciclone extratropical deve atingir o Sul do País na véspera deste Natal, segundo alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta sexta-feira, 22. As áreas de instabilidade, causadas pelo calor e pela alta umidade, podem ocasionar tempestades, já neste sábado, 23, no norte gaúcho, em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e parte do Sudeste, incluindo o Estado de São Paulo.

Em setembro deste ano, um ciclone atingiu cerca de 70 municípios gaúchos e causou mais de 50 mortes, deixando quase 5 mil desalojados ou desabrigados.

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Conforme o Inmet, este padrão meteorológico antecede a formação de um ciclone extratropical e a passagem de uma frente fria entre o fim do domingo e o decorrer da segunda-feira, 25, pela Região Sul do País. A previsão indica risco de chuva forte, ventos acima de 70 quilômetros por hora e queda de granizo.

Ainda segundo o instituto, ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a formação de um ciclone extratropical entre o Uruguai e o sul do Rio Grande do Sul se inicia no fim de domingo e, principalmente, na madrugada de segunda.

O fenômeno se intensifica sobre o Oceano Atlântico, na costa gaúcha. "A convergência de umidade associada ao processo de formação deste sistema e os encontros de ventos quentes e úmidos de norte e mais frios do sul dão origem à formação de áreas de instabilidade sobre grande parte da Região Sul, com previsão de chuvas intensas, rajadas de vento e queda de granizo", diz o alerta do Inmet.

As rajadas de vento podem ficar entre 80 e 100 quilômetros por hora na faixa leste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre a noite de segunda e a manhã de terça-feira, 26. Neste dia, na faixa leste da Região Sul e nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, haverá ventos fortes. Enquanto o ciclone se desloca sobre o oceano, um sistema de alta pressão, com vento frio e seco, favorece a queda nas temperaturas nos três estados do Sul, em Mato Grosso do Sul e leste da Região Sudeste, incluindo parte de São Paulo.

Em Santa Catarina, o meteorologista Caio Guerra, da Defesa Civil estadual, alertou nesta sexta para o tempo instável no fim de semana, com risco de temporais acompanhados de rajadas de vento e raios. "Estas condições podem provocar transtornos como destelhamentos, quedas de árvores e danos na rede elétrica, assim como alagamentos e enxurradas pontuais", disse. O alerta incluiu a Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí.

Israel ordenou uma nova evacuação de grande parte da principal cidade do sul da Faixa de Gaza, enquanto prosseguem nesta quinta-feira (21) os esforços para alcançar uma trégua no território palestino, onde o balanço de mortos na guerra superou 20.000, segundo o movimento islamista Hamas.

O Exército israelense ordenou a "evacuação imediata" de uma área que representa quase 20% da cidade de Khan Yunis, informou o Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU.

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A Faixa de Gaza está sem energia elétrica devido ao bloqueio total imposto por Israel. Muitos moradores contam apenas com rádios que funcionam com pilhas e com a informação que circula entre a população para obter informações.

Antes do início dos combates, esta área tinha mais 111.000 habitantes, segundo o OCHA.

A área inclui 32 abrigos com mais de 141.000 deslocados internos, a maioria pessoas que precisaram abandonar o norte do território palestino, acrescentou a ONU.

O Exército israelense anunciou na segunda-feira a intensificação das operações em Khan Yunis.

Israel prometeu destruir o movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, após os atentados de 7 de outubro do grupo islamista no sul de Israel que mataram quase 1.140 pessoas, segundo um balanço da AFP baseado nas informações divulgadas pelas autoridades do país.

Quase 250 pessoas foram sequestradas pelo grupo islamista e 129 continuam como reféns em Gaza, segundo Israel.

O governo do Hamas anunciou na quarta-feira que as operações militares israelenses deixaram 20.000 mortos no território desde o início da guerra, incluindo ao menos 8.000 menores de idade e 6.200 mulheres.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, chamou o número de "trágico e vergonhoso".

Na cidade Rafah (sul), bombardeada por Israel, os moradores depositam esperanças nas negociações para uma trégua.

"Desejo um cessar-fogo completo, o fim das mortes e do sofrimento. São mais de 75 dias", declarou Kassem Shurrab, de 25 anos.

- Diálogo para trégua -

A possibilidade de uma trégua entre Israel e Hamas, e da libertação de reféns, aumentou esta semana com a visita do líder do movimento islamista, Ismail Haniyeh, ao Egito e com negociações na Europa.

Haniyeh, que mora no Catar, chegou na quarta-feira ao Cairo para uma reunião com o diretor da inteligência egípcia, Abas Kamel.

Uma fonte do Hamas declarou à AFP que "o cessar-fogo total e a retirada do Exército de ocupação israelense são condições para qualquer negociação séria de troca de reféns por prisioneiros".

Porém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu que não haverá cessar-fogo antes da "eliminação" do Hamas.

Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu que "não há expectativas nesta questão, mas estamos pressionando para alcançar um acordo".

David Barnea, chefe do serviço de inteligência israelense, o Mossad, afirmou que teve uma "reunião positiva" esta semana em Varsóvia com o diretor da CIA, Bill Burns, e com o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman Al Thani.

O Catar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos, atuou como o mediador da trégua de uma semana no fim de novembro que permitiu a libertação de 80 reféns israelenses em troca de 240 prisioneiros palestinos.

- Rede de túneis -

Israel afirmou que suas tropas encontraram uma rede de túneis utilizada por líderes do Hamas, incluindo o líder do movimento em Gaza, Yahya Sinwar.

O Exército divulgou imagens da "grande rede" de túneis na cidade de Gaza, que conecta esconderijos e residências.

Também relatou combates corpo a corpo e mais de 300 bombardeios nas últimas 24 horas. Israel anunciou as mortes de três soldados na quarta-feira, o que eleva a 137 o número de baixas em Gaza desde o início das operações terrestres.

O Ministério da Saúde do Hamas informou que os ataques israelenses contra casas e mesquitas mataram pelo menos 12 pessoas e que 30 faleceram em bombardeios ao leste de Khan Yunis.

"Basta. Perdemos tudo e não aguentamos mais", afirmou Samar Abu Luli, uma moradora de Rafah, após um bombardeio israelense contra o bairro de Al Shabura.

- Estagnação na ONU -

O Conselho de Segurança da ONU deve tentar mais uma vez, nesta quinta-feira, aprovar uma resolução para pedir a suspensão dos combates, depois de não conseguir o apoio dos Estados Unidos.

Israel rejeitou o termo "cessar-fogo" e, por este motivo, a delegação dos Estados Unidos utilizou duas vezes seu poder de veto para frear resoluções desde o início de la guerra.

Os Emirados Árabes Unidos defendem um projeto de resolução sobre o conflito que foi diluído para garantir apoio, segundo uma versão consultada pela AFP.

A proposta pede a "suspensão urgente das hostilidades para permitir o acesso humanitário seguro e sem obstáculos para um cessar sustentável das hostilidades".

Israel permitiu a passagem de caminhões pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito, e esta semana também autorizou o envio de ajuda pelo posto de Kerem Shalom.

A guerra provocou temores de uma escalada regional, com incidentes na fronteira com o Líbano e mísseis dos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, contra navios de carga no Mar Vermelho.

Israel anunciou na quarta-feira que atacou um "centro operacional de comando" utilizado pelo grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, e que atirou contra combatentes que seguiam em direção a sua fronteira com o Líbano.

Uma idosa morreu e seu marido ficou ferido, informou a imprensa oficial, em um bombardeio israelense contra a cidade de Marun al Ras, na fronteira no sul do Líbano, a partir de onde o Hezbollah lançou vários ataques noturnos contra Israel.

Israel intensificou neste sábado, 2, os bombardeios no sul da Faixa de Gaza, onde tinha orientado os civis residentes no norte do território palestino a se refugiar. Os militares israelenses ordenaram aos moradores da divisa entre as duas áreas a abandonar suas casas, sinal de uma possível incursão terrestre no sul. A ordem veio em meio a pedidos dos EUA para que Israel proteja os civis de Gaza após o colapso da trégua de uma semana com o Hamas.

A exigência se parece a ordens dadas por Israel antes de entrar no norte do enclave no final de outubro. Em um comunicado, os militares israelenses informaram que atingiram mais de 400 alvos do Hamas em Gaza, incluindo mais de 50 ataques em Khan Younis, a maior cidade do sul de Gaza, onde centenas de milhares de deslocados se abrigaram depois de terem sido instruídos a deixar o norte. O Ministério do Interior de Gaza disse que Al Qarara, uma cidade próxima, também foi atingida.

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O Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas, disse em um comunicado na tarde de ontem que 193 pessoas foram mortas nos bombardeios. E acrescentou que, desde os ataques terroristas do Hamas ao território israelense em 7 de outubro, mais de 15.000 pessoas morreram em Gaza, um salto acentuado em relação à contagem anterior de mais de 13.300 em 20 de novembro.

Deslocamento

Alguns palestinos perto de Khan Younis disseram que aviões militares israelenses lançaram panfletos orientando as pessoas a se retirar para abrigos na área de Rafah, uma cidade na fronteira de Gaza com o Egito.

Os folhetos, que tinham a insígnia das Forças de Defesa de Israel, declaravam Khan Younis como "uma zona de combate perigosa".

As forças terrestres israelenses já capturaram partes do norte de Gaza e as autoridades afirmaram durante semanas que a sua infantaria pretende se dirigir-se para o sul na direção de Khan Younis.

As aldeias do sul que receberam ordem de retirada ontem ficam entre a fronteira israelense e Khan Younis, sugerindo que as forças israelenses podem estar se preparando para avançar através delas. Entre elas estão Al Qarara, Bani Suheila, Abasan e Khuza'a.

Cerca de 1,8 milhão de habitantes de Gaza, mais de três quartos das pessoas que vivem no território, já foram deslocados pela guerra, segundo a ONU, e muitos dizem que não há mais lugar de refúgio.

Ainda assim, no início da tarde de ontem, multidões de residentes de Al Qarara começaram a fugir para o sul, alguns deles deslocados pela segunda vez desde o início da guerra.

Também ontem, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, declarou que os EUA se opõem à realocação forçada de residentes de Gaza para o Egito ou para campos de refugiados fora do enclave.

Em meio à retomada dos bombardeios após o colapso da trégua que permitiu a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, o Hamas anunciou que não haverá mais trocas até o fim da guerra. O vice-chefe político do grupo terrorista, Saleh al-Arouri, exige um cessar-fogo definitivo para a manutenção das trocas, uma condição que Israel não dá sinais de concordar.

Lula fala em genocídio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a ofensiva israelense em um entrevista ao canal de televisão do Catar Al Jazeera. Lula disse que as respostas israelenses aos ataques terroristas de 7 de outubro são "ainda mais sérias" que o ataque do grupo terrorista Hamas e voltou a falar em "genocídio". As declarações foram transmitidas na noite de sexta-feira. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Forças israelenses lançaram panfletos advertindo os palestinos para que deixem o sul da Faixa de Gaza, afirmaram moradores nesta quinta-feira (16). O fato aponta para uma possível expansão das operações em zonas com centenas de milhares de pessoas, as quais seguiram ordens anteriores de deixar suas casas e refúgios administrados pela Organização das Nações Unidas.

Enquanto isso, os soldados de Israel seguiam com uma operação no hospital de Shifa, no norte, desde a manhã da quarta-feira (15), mas não haviam ainda descoberto provas de um centro de comando do Hamas que, segundo os israelenses, se ocultava sob o complexo. O Hamas e o pessoal do hospital, o maior do território, negavam as acusações.

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Caso a ofensiva seja ampliada no sul, isso pode agravar uma crise humanitária já delicada no enclave. Cerca de 1,5 milhão de pessoas tiveram de se deslocar de suas casas dentro da Faixa de Gaza, a maioria para o sul, onde já há falta de comida, água e eletricidade. Fonte: Associated Press.

Intensos bombardeios foram registrados na manhã desta terça-feira (17), no sul da Faixa de Gaza, nas cercanias das cidades de Khan Younis e Rafah. O governo de Israel ordenou que os palestinos buscassem refúgio na região, após a ordem para a evacuação do norte do enclave palestino, na quinta-feira (12) passada.

Relatos de testemunhas indicam que o ataque israelense teve como alvos o oeste e o sudeste de Khan Younis e o oeste de Rafah, onde milhares de palestinos e estrangeiros estão reunidos à espera da liberação da passagem para o Egito.

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Fonte: Associated Press.

O Exército israelense informou, nesta segunda-feira (9), que retomou o controle de territórios no sul do país atacados pelo Hamas perto da Faixa de Gaza, cujo "cerco total" foi ordenado como resposta à ofensiva sem precedentes deste grupo islâmico palestino.

No terceiro dia da ofensiva militar inédita, classificada por Israel como semelhante aos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o Exército israelense anunciou que "controla" partes ao sul, onde havia infiltrados do Hamas, mas admitiu que "ainda pode haver terroristas na região", segundo um porta-voz militar.

Mais de 700 israelenses morreram, e 2.150 ficaram feridos nos ataques, de acordo com um novo balanço publicado pelo Exército na manhã desta segunda-feira.

No primeiro dia, os islamitas mataram até 250 pessoas que participavam de um festival de música perto do enclave palestino, segundo a ONG Zaka, que ajudou nas operações de recuperação dos corpos.

Do lado palestino, 436 pessoas morreram, de acordo com as últimas estimativas das autoridades locais.

Dezenas de milhares de soldados israelenses estão sendo levados para a Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes controlado pelo Hamas desde 2007.

O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira um "cerco total" deste enclave.

"Estamos impondo um cerco total à Gaza (...) nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado", disse Gallant em um vídeo.

"Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade", acrescentou o ministro.

No interior desta região, mais de 123 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, informou nesta segunda-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

- Reféns civis e militares -

O Exército israelense também concentra seus esforços em salvar os mais de 100 cidadãos sequestrados pelo Hamas, de acordo com o governo, ocorrência sem precedentes na história do país.

"O que aconteceu não tem precedentes em Israel", reconheceu o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

Segundo as forças israelenses, 1.000 combatentes deste grupo islâmico participaram da "invasão de Israel", afirmou um porta-voz na rede social X (antigo Twitter).

"Civis e soldados estão nas mãos do inimigo, são tempos de guerra", afirmou o chefe do Exército israelense, general Herzi Halevi.

Netanyahu pediu aos cidadãos de seu país que se preparassem para uma guerra "longa e difícil" e o Exército anunciou que removeria todos os habitantes das áreas próximas da Faixa de Gaza.

Em Jerusalém, sirenes de alerta antifoguetes foram acionadas por volta do meio-dia (6h no horário de Brasília), seguidas rapidamente por várias explosões, relataram jornalistas da AFP nesta localidade.

Vários cidadãos de outros países morreram na ofensiva, alguns com dupla nacionalidade israelense, incluindo 12 tailandeses, 10 nepaleses e quatro americanos. Pelo menos três brasileiros estão desaparecidos e um, hospitalizado, de acordo com o governo.

"É de longe o pior dia da história de Israel", declarou o porta-voz do Exército deste país, para o qual o ataque pode ser "ao mesmo tempo um 11 de Setembro em um [ataque a base militar] Pearl Harbor".

Jonathan Panikoff, diretor da Iniciativa de Segurança do Oriente Médio Scowcroft, considera que "Israel foi pego de surpresa neste ataque sem precedentes", e "muitos israelenses não entendem como isso pôde acontecer".

- "Tudo falhou" -

Para Yaakov Shoshani, de 70 anos, morador da cidade israelense de Sderot, perto da Faixa de Gaza, "todos os sistemas fracassaram, sejam os serviços de informação, de Inteligência militar, civil, os sistemas de detecção, a cerca da fronteira, tudo falhou".

O ataque do Hamas também foi condenado por diversos países ocidentais. Os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar a Israel no domingo (8), além de direcionarem seu porta-aviões "USS Gerald Ford" para o Mediterrâneo.

Nesta segunda-feira, a China condenou quaisquer "ações que atentem contra os civis" e defendeu um cessar-fogo. A Rússia e Liga Árabe, que rejeita a violência "de ambos os lados", disseram que vão trabalhar para "pôr fim ao derramamento de sangue".

No mesmo dia, a União Europeia (UE) convocou uma reunião de emergência com seus ministros das Relações Exteriores.

Já o Irã, que mantém relações estreitas com o Hamas, foi um dos primeiros países a aplaudirem a ofensiva deste grupo palestino. Rejeitou, no entanto, as acusações de seu papel na operação, afirmando que são "baseadas em motivos políticos".

Israel, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, anexou Jerusalém Oriental e impõe um bloqueio à Gaza desde que o Hamas tomou o poder no enclave em 2007.

O tufão Saola avança neste sábado (2) pelo sul da China, depois de provocar muitos danos e derrubar várias árvores em Hong Kong, que escapou do impacto direto de uma das tempestades mais potentes a atingir a região em várias décadas.

Dezenas de milhões de moradores da região do delta do rio das Pérolas, que engloba várias grandes cidades, permaneceram em alerta na sexta-feira antes da chegada do ciclone, que era classificado como supertufão.

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As autoridades chinesas retiraram mais de 880.000 pessoas de suas residências, ordenaram o retorno aos portos de 80.000 barcos pesqueiros e adiaram o início do ano letivo em 13 cidades.

Em Hong Kong, as autoridades emitiram o nível máximo de alerta para tufões, ativado apenas 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial. Algumas regiões registraram rajadas de vento de até 210 km/h.

Na madrugada de sábado, a tempestade foi rebaixada para a categoria tufão severo. O fenômeno meteorológico não provocou vítimas e foram registrados menos danos que em 2018, quando o potente ciclone Mangkhut atingiu o sul da China.

Apesar do cenário melhor que o esperado, as autoridades pediram aos moradores que permaneçam vigilantes, pois os ventos podem alcançar 145 km/h, e recomendaram que as áreas costeiras sejam evitadas.

Nas ruas de Hong Kong era possível observar árvores derrubadas, andaimes espalhados e janelas quebradas. A imprensa local informou que os ventos arrancaram os painéis solares dos telhados dos edifícios.

- "Um pouco de medo" -

"Ontem deu um pouco de medo", declarou Angelie neste sábado, ao sair para encontrar uma amiga, apesar da chuva forte. "Em nossa rua, várias árvores caíram e algumas janelas quebraram", acrescentou.

Na zona leste Hong Kong, uma moradora contou à AFP durante a noite sentiu o prédio "balançar um pouco".

"No final, não nos sentimos tão ameaçados como em 2018", afirmou, em referência à passagem do tufão Mangkhut, que deixou mais de 300 pessoas feridas nesta cidade e seis mortos na China continental.

A autoridade aeroportuária de Hong Kong anunciou neste sábado a retomada gradual dos voos, após vários cancelamentos e atrasos na sexta-feira.

A cidade vizinha de Macau, famosa por seus cassinos, anunciou a reabertura dos centros de jogos, que, em um ato incomum, interromperam as atividades por precaução antes da passagem do tufão Saola.

- Outro tufão avança para Taiwan -

O tufão não atingiu diretamente a ex-colônia portuguesa, mas tocou o solo durante a madrugada mais ao sul, na cidade de Zhuhai, na província de Guangzhou, informou o Centro Meteorológico Nacional da China.

Durante a tarde, o ciclone avançou para o oeste, na direção da zona turística de Hailing, na província de Guangdong, com ventos de 100 km/h.

As autoridades alertaram em um primeiro momento que Saola poderia ser o tufão mais potente registrado desde 1949 no delta do rio da Pérolas, que inclui Hong Kong, Macau e a cidade de Guangzhou.

Em Shenzhen, uma metrópole da província de Guandong com 17,7 milhões de habitantes, vizinha de Hong Kong, as autoridades ordenaram o fechamento dos estabelecimentos comerciais e dos mercados financeiros. Também anunciaram a abertura de abrigos.

Após a suspensão do sistema de transportes públicos, dezenas de entregadores enfrentaram ventos fortes e chuvas. "Vou trabalhar até sentir que é muito perigoso", afirmou Chai Jijie, 22 anos.

O sul da China é afetado com frequência durante o verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil) por tufões que se formam nas águas quentes do oceano ao leste das Filipinas.

Na região do Mar da China Meridional, outro tufão, Haikui, avança rapidamente na direção de Taiwan, onde as autoridades emitiram um alerta, mas com a previsão de um impacto moderado.

A mudança climática aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas de vento mais fortes que provocam inundações repentinas e muitos danos, afirmam os cientistas.

Dezenas de milhões de pessoas no sul da China se preparavam nesta sexta-feira (1º) para a passagem do supertufão Saola, que paralisou cidades como Hong Kong e Shenzhen, e ameaça virar a tempestade mais potente na região em sete décadas.

As autoridades da China continental emitiram um alerta máximo de tufão que, segundo o Centro Meteorológico Nacional, pode ser o "mais potente" desde 1949 a tocar o delta do rio das Pérolas, que atravessa várias cidades importantes, como Hong Kong, Guangzhou, Shenzhen e Macau.

Diante da possibilidade de um impacto direto em Hong Kong, as autoridades anunciaram que cogitam elevar o alerta ao nível máximo, o que só aconteceu 16 vezes desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Às 15H00 (4H00 de Brasília), Saola estava 140 quilômetros ao leste-sudeste de Hong Kong, com ventos de 210 km/h.

O supertufão pode atingir uma área a menos de 50 quilômetros ao sul, provocando uma tempestade ao redor de Victoria Harbour, segundo a meteorologia.

A cidade vizinha de Shenzhen, na China continental, anunciou a suspensão de quase todas as atividades a partir das 16H00 (5H00 de Brasília) e dos transportes três horas depois.

"Exceto os funcionários dos serviços de emergência e de proteção, recomendamos às pessoas que não saiam às ruas", afirmou o Departamento de Emergência da cidade de 17,7 milhões de habitantes.

"A cidade abrirá todos os refúgios para que as pessoas encontrem proteção", acrescentou o departamento.

- Risco de graves inundações -

En Hong Kong, o observatório meteorológico prevê que o ciclone provocará "graves inundações", similares às provocadas pelo tufão Mangkhut em 2018.

O Mangkhut deixou mais de 300 feridos em Hong Kong e provocou seis mortes na China, onde mais de três milhões de pessoas foram afetadas nas províncias do sul.

As ruas de Hong Kong amanheceram praticamente desertas, com uma leve chuva, que nas próximas horas deve evoluir para tempestades intensas, com fortes rajadas de ventos.

O centro financeiro internacional suspendeu a sessão da Bolsa de Valores e adiou o retorno do ano letivo.

Em Shenzhen, "as pessoas correram para estocar alimentos no último minuto", disse o proprietário de um pequeno mercado, Lu Yiming.

Centenas de voos foram cancelados, informaram as autoridades aeroportuárias.

As viagens de trens a partir de e com destino a Guangzhou também foram suspensas até sábado.

"Vai impactar a nossa vida", declarou Wu Wenlai, 43 anos, que administra um restaurante, obrigado a paralisar as atividades, no subúrbio de Shenzhen.

Macau, conhecida pelos cassinos, também emitiu um alerta de tufão de maior gravidade.

- Tufões intensos -

A mudança climático aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas ainda mais fortes que provocam inundações repentinas e danos às regiões costeiras, afirmam os cientistas.

O tufão Saola obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas durante a passagem pelo norte das Filipinas durante a semana, mas não foram relatadas vítimas até o momento.

O sul da China é afetado com frequência no verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil) por tufões que se formam nas águas quentes ao leste das Filipinas e avançam em direção ao oeste.

Embora possam causar perturbações em cidades como Hong Kong, as mortes são raras devido aos avanços nos métodos de construção e nos sistemas de gestão de inundações.

Em uma praia de Hong Kong, algumas pessoas aproveitaram para surfar as grandes ondas provocadas pela proximidade do tufão.

O robô explorador indiano confirmou a presença de enxofre no polo sul da Lua, anunciou a agência espacial do país asiático.

Na semana passada, a Índia tornou-se o primeiro país a pousar uma nave perto do polo sul lunar e a quarta nação a concretizar uma alunissagem.

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"O instrumento de Espectroscopia de Decomposição Induzida por Laser (LIBS) a bordo do rover Chandrayaan-3 fez as primeiras medições 'in-situ' da composição dos elementos da superfície lunar perto do polo sul", anunciou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) em um comunicado.

"As medições 'in-situ' confirmam inequivocamente a presença de enxofre na região, algo que não era viável com os instrumentos a bordo dos orbitadores", acrescenta a nota.

A análise espectrográfico também confirmou a presença alumínio, cálcio, ferro, cromo e titânio na superfície lunar, segundo a ISRO. Outras medições mostraram a presença de manganês, silício e oxigênio.

O robô Pragyan (sabedoria em sânscrito), com seis rodas e movido por energia solar, percorrerá o polo sul e transmitirá imagens e dados científicos ao longo de duas semanas.

A Índia trabalha para alcançar as conquistas de outros programas espaciais com uma fração do custo, apesar de ter registrado alguns reveses.

Há quatro anos, outra missão lunar indiana fracassou durante a sua descida final.

A missão Chandrayaan-3 conquistou a opinião pública do país desde o lançamento, há quase seis semanas. O pouso no polo sul da Lula aconteceu na semana passada, poucos dias após um acidente com uma nave russa na mesma região.

Em 2014, a Índia tornou-se o primeiro país asiático a colocar uma nave na órbita de Marte e espera lançar uma sonda para estudar o Sol em setembro.

A ISRO planeja lançar no próximo ano uma missão tripulada de três dias à órbita da Terra.

Também programou uma missão conjunta com o Japão para enviar outra sonda à Lua até 2025 e uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.

A Ucrânia anunciou, nesta segunda-feira (14), avanços no leste e sul do país, pequenos progressos em sua contraofensiva lançada há dois meses para liberar os territórios ocupados pela Rússia.

No leste, a batalha por Bakhmut continua ativa após um ano. Os russos, que, em maio, tomaram a devastada e simbólica cidade após meses de combates sangrentos, estão agora na defensiva.

"Na região de Bakhmut, 3 km2 foram liberados na semana passada. No total, 40 km2 foram liberados no flanco sul do setor de Bakhmut", anunciou Ganna Maliar, vice-ministra ucraniana de Defesa.

Na frente sul, onde as forças ucranianas buscam os pontos fracos das defesas russas, formadas por campos de minas, trincheiras e armadilhas antitanque, Maliar não deu detalhes, mas indicou progresso.

Na região de Kherson (sul), a vice-ministra mencionou "ações" de "unidades" ucranianas na margem leste do Dnieper, onde o Exército russo se retirou em novembro de 2022, transformando o rio em linha de frente.

"Não podemos dar detalhes, mas estas ações foram realizadas. Para consolidá-las, devemos expulsar o inimigo e liberar o território", afirmou.

- Necessidade de armas -

Apoiada por uma importante ajuda militar ocidental, a Ucrânia lançou em junho uma grande contraofensiva para expulsar o Exército russo dos territórios que ocupa. Kiev passou meses preparando a operação, enquanto os russos reforçaram suas defesas, o que dificultou o avanço ucraniano, ainda modesto.

Os dirigentes ucranianos afirmam que o combates são difíceis, mas que os primeiros resultados já são vistos e que necessitam de mais armas, especialmente de longo alcance, para atacar a retaguarda russa e reconquistar o território.

"Contamos com que nossos aliados compreendam a situação e que é inadiável" o envio de armas de longo alcance e de defesas antiaéreas, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, após receber o ministro alemão de Finanças, Christian Lindner, nesta segunda-feira.

A Rússia insiste que a contraofensiva falhou.

Moscou lançou sua própria ofensiva no nordeste, ameaçando a cidade de Kupiansk, liberada por Kiev em setembro, e obrigando as autoridades ucranianas a evacuar dezenas de cidades na região de Kharkiv.

Nesta segunda, o Ministério da Defesa russo afirmou que "os sistemas russos de defesa antiaérea detectaram e destruíram drones" atribuídos a Kiev "sobre o território da região de Belgorod".

"Não houve vítimas nem danos", segundo Moscou.

- Tensão no Mar Negro -

Os bombardeios russos destroem diariamente restaurantes, hotéis e residências, deixando mortos e feridos.

Está previsto para esta segunda-feira o enterro de uma criança de oito anos que morreu em um bombardeio com um míssil hipersônico Kinzhal, segundo Kiev, na região de Ivano-Frankivsk (oeste), a centenas de quilômetros do front e raramente bombardeada.

O importante porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, foi atacado na noite de domingo para segunda-feira por quinze drones e oito mísseis, segundo o comando ucraniano.

Atingido pela defesa antiaérea, seus destroços danificaram um supermercado, deixando três feridos, segundo a mesma fonte. Outros edifícios e veículos também foram danificados, segundo o governo local.

Também no Mar Negro, a Ucrânia denunciou nesta segunda disparos de alerta na véspera contra uma cargueiro que seguia para o porto de Izmail, uma das principais saídas de produtos agrícolas ucranianos desde que Moscou encerrou o acordo de exportações de grãos no fim de julho.

"Estas ações demonstram a política deliberada da Rússia de ameaçar a liberdade de navegação e a segurança da marinha mercante no Mar Negro", comunicou o Ministério de Relações Exteriores ucraniano.

O Consórcio Nordeste rebateu a fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que defendeu o protagonismo político do Sul e Sudeste através da articulação dos estados em bloco no Congresso. Atualmente presidido por Ratinho Junior, governador do Paraná, o Consórcio Sul-Sudeste (Cossud) promete atuar com mais ênfase para atrair investimentos federais.  

Em entrevista ao Estadão, Zema comparou os estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte a "vaquinhas que produzem pouco" e indicou que os representantes dos estados do Sul e Sudeste serão orientados a formar uma unidade na aprovação de pautas importantes no Congresso.  

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O Cossud já mostrou sua capacidade na votação da Reforma Tributária. Um dia antes, os 256 deputados federais das duas regiões se reuniram para debater o posicionamento que seria levado ao pleito.  

"Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós falamos, não senhor. Nós queremos proporcional à população. Por que sete Estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós queremos ter peso equivalente", afirmou Zema. 

Consórcio Nordeste rebate Romeu Zema

Em nota publicada nesse domingo (6), o Consórcio Nordeste criticou o entendimento do mineiro e disse que sua visão mostra uma "leitura preocupante do Brasil". 

O documento assinado pelo atual presidente do colegiado e governador da Paraíba, João Azevêdo, repudiou "qualquer tipo de lampejo separatista" e identificou um "movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste" nas declarações de Zema. 

"Já passou da hora do Brasil enxergar o Nordeste como uma região capaz de ser parte ativa do alavancamento do crescimento econômico do país e, assim, contribuir ativamente com a redução das desigualdades regionais, econômicas e sociais", destacou o posicionamento oficial. 

O Norte e o Nordeste foram historicamente penalizados pela falta de projetos nacionais de desenvolvimento e o texto esclarece que a união dos seus estados "não representa uma guerra contra os demais estados da federação, mas uma maneira de compensar as desigualdades históricas de oportunidades". 

"Indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de uma país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades”, acrescentou.

O governador do Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou, em uma entrevista ao Estadão, publicada neste sábado (5), que os estados do Sul e do Sudeste devem se unir em uma frente contra o Nordeste em busca de protagonismo político. O gestor afirmou que, sendo detentor de 56% da população e 70% da economia brasileira, as duas regiões deveriam ter mais poder de escolha e de preferência para investimentos do governo federal.

A declaração do governador mineiro causou rebuliço nas redes sociais. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que Zema foi “preconceituoso e nojento” em sua fala.

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O jornalista Reinaldo Azevedo criticou o mineiro ao afirmar que “Bolsonaro ao menos fingia alguma simpatia pelo Nordeste.”, se referindo ao ex-presidente da República, que chegou a fazer declarações polêmicas sobre a região.

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A passagem do ciclone extratropical deixou dois mortos desde quarta-feira (12), no Sul do Brasil. Uma das vítimas era um idoso de Rio Grande, no interior gaúcho, que morreu após uma árvore cair sobre sua casa. Já em Brusque, em Santa Catarina, um homem, de cerca de 40 anos de idade, morreu após ser atingido por uma árvore, segundo dos bombeiros. Nesta sexta-feira, 14, a massa de ar polar deve derrubar as temperaturas em vários pontos do Brasil.

As informações preliminares das autoridades catarinenses apontam que o homem fazia a manutenção de uma rede telefônica na região quando foi atingido pelo tronco, que desabou por causa dos fortes ventos. No acidente, a vítima despencou de uma altura de três metros.

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São Paulo registra ventos fortes

O Estado de São Paulo sofreu nesta semana com fortes ventos, reflexo do ciclone extratropical. Uma idosa de 80 anos morreu em Itanhaém, no litoral paulista, após ser vítima de descarga elétrica causada pela queda de um galho sobre o fio de alta tensão.

Em São José dos Campos, no interior, uma jovem de 24 anos ficou gravemente ferida quando um tronco desabou sobre o carro onde fazia aula de autoescola; ela chegou a ser internada, mas morreu no fim da tarde.

Segundo a Defesa Civil, com o deslocamento do ciclone extratropical em sentido ao oceano, a tendência é de que os índices de velocidade média de vento diminuam, as rajadas de vento também devem acompanhar este comportamento. Na quinta, o Estadão mostrou que, assim como o ciclone de meados de junho, este também teve uma formação atípica, por isso tamanha intensidade.

Frio avança

A partir desta sexta-feira, uma massa de ar polar deve derrubar de vez a temperatura. Segundo a empresa Climatempo, esta sexta pode ser o dia mais frio do ano em São Paulo. A capital deve ter sol, mas a temperatura máxima é de 17ºC e a mínima, de 9ºC. No sábado, 15, fica entre 8ºC e 20ºC. No domingo, 16, esquenta um pouco, com mínima de 10ºC e máxima de 24ºC, mas chove à tarde.

No interior de São Paulo, deve chover em Araraquara nesta sexta, com mínima de 13ºC e máxima de 24ºC - condições atípicas na terra que leva o nome de "morada do Sol". Em Bauru, a mínima será de 8ºC no sábado, com máxima de 25ºC, e chove no domingo. São José do Rio Preto terá mínima de 10ºC e máxima de 27ºC no fim de semana, assim como Ribeirão Preto.

No litoral, além do alerta para ventania, ressaca e ondas de mais de 4 metros, a temperatura também cai. Santos terá mínima de 12ºC e máxima de 25ºC no fim de semana e chuva nesta sexta. Em Ubatuba, no litoral norte, chove sexta e sábado e a temperatura fica entre 12ºC e 26ºC.

Quase mil passageiros que faziam um passeio turístico de trem, com destino a Morretes, no Paraná, ficaram por cerca de oito horas presos na Serra do Mar, litoral do Estado, nesta quinta-feira (13), em razão das consequências do ciclone extratropical que atinge o Sul do País. Os vagões, que transportavam 943 pessoas, tiveram que interromper o trajeto por conta da presença de galhos e árvores nos trilhos.

Pelas redes sociais, os turistas que estavam no trem afirmaram que estavam parados desde o meio-dia e que não estavam recebendo assistência necessária por parte da empresa que organiza a viagem. Uma passageira escreveu em suas redes: "O sonho: a famosa viagem de trem. Realidade: mais de mil passageiros abandonados ao léu. Parados no meio do nada desde o meio-dia".

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Na mesma publicação, ela afirma que não havia água, comida nem informações para os passageiros. "Crianças. Idosos. Pessoas com necessidades especiais. Cidadãos que pagaram a sua passagem. Mas... nada importa para esta empresa", disse em referência à Serra Verde Express, companhia de turismo responsável pelo passeio.

Em nota, a empresa afirmou que o trem ficou paralisado a 15 quilômetros de Morretes e que os passageiros chegaram às 21h no ponto final da viagem. Eles teriam saído ás 8h30 da capital Curitiba. Na noite desta quinta, a Serra Verde Express decretou o cancelamento do passeio que estava programado para esta sexta-feira (14).

"Ressaltamos que, em 26 anos de operação, é a primeira vez que um incidente meteorológico causa uma paralização tão longa neste percurso turístico, classificado entre os três melhores do mundo", afirmou a Serra Verde Express. A empresa disse ainda que mobilizou estrutura para atender os passageiros.

"Além de alimentação e orientação, temos uma estrutura rodoviária montada para o retorno dos passageiros e dispusemos ambulâncias de plantão, como medida preventiva para qualquer eventual desconforto", disse a empresa. "Lamentamos sinceramente qualquer inconveniência causada por esse imprevisto e agradecemos a compreensão e paciência de todos".

Na postagem, usuários utilizaram o espaço dos comentários para criticar a empresa e acusar a Serra Verde Express de irresponsabilidade por manter o passeio mesmo com os alertas de perigo sobre o ciclone sendo noticiados. "Em nenhum momento fomos avisados do que estava acontecendo, nem quando perguntamos na estação antes do embarque", escreveu uma mulher.

Na quarta-feira, a Defesa Civil do Paraná já tinha emitido comunicados avisando sobre a possibilidade de fortes ventos no Estado, com a possibilidade ultrapassar os 100km/h n litoral e região metropolitana de Curitiba.

"Rajadas de vento estão previstas para os dias 12 e 13 de julho, que devem chegar a 70 km/h (com picos de 90 km/h). No Sul e Sudoeste a ventania será mais persistente, podendo atingir 110km/h na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral. Em todo o estado há riscos de: destelhamento, quedas de árvores e de postes de iluminação elétrica", informou o órgão na quarta-feira.

O ciclone que passa pelo Sul do País desde quarta-feira (12) deixou até a noite desta quinta-feira (13) um idoso morto em Rio Grande, no interior gaúcho, e 20 feridos. Em todo o Estado, mais de 800 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. Nesta quinta, o fenômeno climático já se direcionava ao Oceano Atlântico, mas seus impactos serão sentidos até o fim desta semana, dizem os meteorologistas. Desde o litoral gaúcho até a costa do Rio de Janeiro, deve haver vento forte e chuva e a frente fria avança até parte do Centro-Oeste.

Reflexo do ciclone, fortes ventos registrados ontem no Estado de São Paulo causaram as mortes de uma idosa em Itanhaém, no litoral, e de uma jovem em São José dos Campos, no interior.

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Entre a madrugada e a manhã desta quinta, o vento chegou a 140 km/h no litoral sul gaúcho. Temporais e ventos fortes causam transtornos na região metropolitana de Porto Alegre, na região dos vales, na serra gaúcha e no litoral norte do Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil.

Segundo o governo gaúcho, o idoso que morreu estava em casa quando o imóvel foi atingido por uma árvore. "Provavelmente nas próximas horas e dias, haverá possibilidades de enchentes em várias regiões do Estado, o que nos coloca em uma situação de alerta", disse o governador em exercício, Gabriel Souza (MDB).

Estragos

Sede Nova, no noroeste do Estado, foi uma das cidades mais atingidas pelo ciclone. Praticamente todo o perímetro urbano registrou estragos como destelhamento de prédios públicos e comerciais e residências, além de quedas de árvores e postes. Houve falta de luz e seis feridos, com lesões e fraturas, no temporal.

A rede estadual suspendeu as aulas ontem, por risco de alagamentos. Também ocorreram interdições de estradas.

Frio

A temperatura cai ainda mais e pode gear nos três Estados da Região Sul, de acordo com o Climatempo. Esses efeitos climáticos tendem a "subir" o País conforme o ciclone se afasta - o que diminui a intensidade dos ventos e chuvas. A Marinha emitiu, no início da semana, alerta de ressaca no mar, ventania e ondas de até 4,5 m no litoral de Santa Catarina a São Paulo. Agora, o alerta também vale para o litoral do Rio de Janeiro, onde as ondas devem chegar hoje a 4 m.

A temperatura vem caindo e as rajadas de vento aumentando em São Paulo desde quarta. A velocidade do vento variou entre 40km/h e 50km/h na Grande São Paulo e no interior do Estado, segundo a Climatempo. A ventania também interrompeu o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá.

Uma mulher de 80 anos morreu em Itanhaém após ser vítima de uma descarga elétrica causada pela queda de um galho sobre o fio de alta tensão. Em São José dos Campos, uma jovem de 24 anos ficou gravemente ferida quando um tronco desabou sobre o carro onde ela fazia aula de direção. Ela chegou a ser internada, mas morreu no fim da tarde.

Segundo a Polícia Militar, no caso da idosa, o cabo de média tensão rompeu após ser atingido por galhos de uma árvore quebrados pelo vento. Iracy Alves de Oliveira e Silva foi encontrada caída em uma calçada, no bairro Iemanjá. Testemunhas disseram aos PMs que a casa em que ela morava ficou sem energia. Ela saiu para a rua para ver o que causou o apagão e acabou encostando em fios derrubados.

Já no acidente que vitimou a jovem em São José dos Campos, o instrutor da autoescola não ficou ferido, mas foi atendido em estado de choque pelo Corpo de Bombeiros.

O impacto no Rio de Janeiro, que começa um pouco depois de São Paulo, perdurará ao longo do fim de semana. "Os ventos vão acelerar a partir de quinta (ontem) e a ventania pode chegar a 90 km/h nas regiões da Costa Verde, Médio Paraíba, Centro-sul Fluminense e na Região Serrana do estado", disse o Climatempo. Na capital, região dos Lagos e norte fluminense, são previstas rajadas de vento entre 50 e 70 km/h. "Na sexta (hoje), as rajadas de vento mais intensas ficarão concentradas no litoral desde a Costa Verde até o norte do Estado, e podem variar entre 60 e 80 km/h."

No Centro-Oeste, em especial no Estado do Mato Grosso do Sul, depois de dias de calor intenso, a chegada da frente fria provoca chuva, ventos mais fortes e queda na temperatura, mas não deve fazer frio intenso.

"Os ventos ganharão força e o sul do Estado ficará em alerta, com rajadas podendo alcançar os 70km/h. Além disso, há expectativa de pancadas de chuva com forte intensidade no decorrer da noite", afirmou ontem a empresa de meteorologia.

Morador relata granizo 'do tamanho de laranjas'

Um barulho alto acordou no susto a família de Fábio Araújo por volta das 5h30 de ontem. O servidor público de 52 anos pulou da cama e, junto com a esposa e a filha, correu para proteger os móveis. O som veio de pedras de granizo que destruíam as telhas da residência, enquanto a água corria pelas paredes e alagava o chão. "Acabou com o teto, encharcou tudo", disse o morador de Vera Cruz, no Rio Grande do Sul.

A cidade está em situação de emergência. A casa de Araújo é uma dentre as 3 mil que foram danificadas no município, segundo a Defesa Civil local. "É muito dolorido. A gente batalha tanto para as coisas, e em questão de minutos perde tudo", lamenta. O funcionário diz que comprou telhas para tentar substituir a lona que ocupa agora o lugar do teto. Mas o medo persiste.

"Caíam pedras do tamanho de laranjas", relembra Alfeu Flores, de 46 anos. O morador do bairro do Arco-Íris, um dos mais atingidos pelo temporal em Vera Cruz, terá que trocar integralmente o telhado da casa. As telhas foram perfuradas pela chuva de granizo que caiu na quarta. "Quebrou tudo, molhou tudo, o bairro todo está destruído. Foram pancadas enormes, um susto fora do comum", relata.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ciclone extratropical do Sul que trouxe ventania, causou a queda de árvores, acidentes e mortes em São Paulo nesta quinta-feira (13) impactou também o funcionamento dos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, que tiveram rotas alteradas e voos arremetidos ao longo do dia.

No Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), três voos foram arremetidos ainda durante a manhã, graças às "condições meteorológicas adversas", como informou em nota a GRU Airport, responsável pela gestão do local. Segundo a concessionária, as operações já estão normalizadas no início desta noite, para pousos e decolagens.

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Em Congonhas, os ventos fortes causaram arremetidas de seis voos entre o fim da manhã e início da tarde, mas o aeroporto já opera "normalmente" para pousos e decolagens, de acordo com a Infraero. Ainda assim, pelo menos 11 voos foram cancelados nesta noite.

"Ao todo, até as 18h, 71 voos com decolagem prevista em CGH (Congonhas) na tarde de hoje operaram com algum atraso em decorrência dos fortes ventos. Foram também seis cancelamentos devido à meteorologia adversa em CGH, GRU e bases da região Sul", disse em nota a Gol.

"Este é um fato totalmente alheio ao controle da companhia, que adota todas as medidas técnicas e operacionais necessárias para garantir uma operação segura para todos", disse a empresa, afirmando que os clientes afetados têm sido notificados diretamente e recebido "a assistência necessária". O status dos voos oferecidos pela companhia pode ser acompanhado aqui.

Ainda no início desta noite, a Azul e a Latam tiveram quatro voos com destino a Congonhas cancelados, além de outros com atrasos previstos variando entre 30 minutos e duas horas. Procuradas, as empresas não se manifestaram até a publicação.

Impacto no Paraná

Na região Sul, a Portos do Paraná informa que os portos de Paranaguá e Antonina seguem operando parcialmente devido à intensidade dos ventos. Desde a noite da quarta-feira, 12, algumas atividades alternam períodos de operação e paradas, para segurança dos trabalhadores portuários, disse a concessionária em nota.

"A empresa pública segue monitorando as condições meteorológicas, operando em contingência enquanto durar os alertas. Conforme orientação da Marinha do Brasil, autoridade portuária e demais agentes mantêm o estado de alerta, já que a navegação na região segue restrita", disse.

Reflexo do ciclone extratropical que passa pelo Sul do País, uma forte ventania atingiu diversos pontos de São Paulo na madrugada desta quinta-feira (13). Os bombeiros da capital foram acionados seis vezes entre a madrugada e o início da manhã. Houve registro de queda de árvores nas zonas sul, leste, norte e na região central.

Por volta de 4 horas da manhã, o Corpo de Bombeiros foi acionado após uma árvore cair sobre uma guarita no Morumbi, na zona sul. No momento da queda, o segurança não estava no local e, segundo a corporação, ninguém ficou ferido.

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Um pouco mais tarde, os bombeiros foram chamados após outra árvore cair sobre uma residência em São Lucas. O incidente também não deixou feridos. Houve queda de árvores ainda em Moema e no Campo Belo, também na zona sul.

A forte ventania, que pode chegar a rajadas de até 90 km/h ao longo do dia, também afeta outros pontos do Estado. No litoral, o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá ficou paralisado pela manhã. Há pelo menos 16 registros de quedas de árvores na Baixada Santista, conforme a Defesa Civil.

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou para "muito perigoso" o nível das tempestades e vendavais que atingem os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo as previsões do instituto, os ventos provocados pelo ciclone extratropical que passa pela costa leste do sul do Brasil, podem atingir uma velocidade acima de 100 km/h e causar danos em edificações, gerar corte de energia elétrica, provocar queda de árvores, levar transtornos para o transporte rodoviário, e castigar plantações.

No Rio Grande do Sul, os ventos vão ser sentidos na região metropolitana de Porto Alegre e área do sudeste, nordeste e centro oriental do Estado. Em Santa Catarina, o vendável deverá ser notado na Grande Florianópolis e no litoral sul, bem como na região serrana e no Vale do Itajaí.

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A Defesa Civil de Santa Catarina também emitiu um alerta na noite desta quarta-feira (12). O órgão informa que haverá um "declínio acentuado das temperaturas e frio intenso" nesta quinta-feira (13), provocado pelo avanço de uma massa de ar frio. "Durante todo o dia, os ventos causados por um ciclone extratropical deixam a sensação térmica ainda mais baixa, provocando frio intenso no Estado", disse.

A Defesa Civil do estado catarinense pede que as pessoas tenham atenção com a população mais vulnerável (como idosos, crianças, enfermos e pessoas em situação de rua), protejam os animais domésticos e orienta a população a se agasalhar e beber bastante água. "Para evitar a transmissão de vírus, evite locais fechados ou com aglomeração de pessoas e mantenha a higiene das mãos", completa o órgão.

Na terça-feira, também em razão das fortes rajadas de vento e quedas de árvores, um galpão em Herval D'Oeste, cidade a oeste do Estado catarinense, ficou destruído. A Defesa Civil que classificou o fenômeno meteorológico como uma "microexplosão".

O Inmet já tinha declarado estado de muito perigo (alerta vermelho) para caso de tempestades no Rio Grande do Sul, com a previsão de chuva superior a 100 mm/dia, queda de granizo e ventos acima de 100 km/h, nesta quarta. O órgão também alertou para o risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.

Na tarde desta quarta, a Defesa Civil do Rio Grande alertou que a situação de perigo pode se estender até às 10h da manhã desta quinta-feira.

"Com as instabilidades avançando para a faixa Leste, parte da Campanha, Serra, Vales e Sul gaúcho com risco de temporais isolados, a Defesa Civil alerta para chuva forte, descargas elétricas, ventos de até 100 km/h e eventual queda de granizo. Válido até às 10h do dia 13/07/23", afirmou o órgão.

A Defesa Civil também emitiu alertas de inundação a partir do aumento do nível de rios, como do rio Caí. Os alertas são válidos também até esta quinta-feira. A previsão de chuva intensa no Estado vai até sexta-feira (14).

Temperatura deve cair em SP

A frente fria também alcança o Estado de São Paulo. A região não deve sofrer com os fortes ventos e tempestades intensos como no sul, segundo previsão do Inmet. Contudo a Defesa Civil do Estado também alerta que as temperaturas devem cair em diferentes pontos do território paulista, com pontos de geada em algumas regiões. Na capital, a previsão é de os termômetros registrem 8ºC de mínima e uma sensação térmica de 5ºC entre quinta e domingo (16).

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da cidade de São Paulo informa que formação de uma área de baixa pressão no Sul do Brasil pode gerar ventos com rajadas moderadas a fortes, até 70 Km/h, na Capital e Grande São Paulo, com potencial para quedas de árvores.

A Defesa Civil alerta para fortes rajadas de vento na faixa leste do Estado na quinta e sexta-feira, e pede atenção especial para os moradores do litoral. "Nas áreas litorâneas, devido ao vento intenso, a agitação marítima aumentará, sendo recomendado evitar o mar e as orlas das praias. Proteja suas embarcações e evite navegar em alto mar, pois há risco de acidentes marítimos".

O ciclone extratropical que atinge o Sul também deve afetar a partir de hoje o Sudeste. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), "os ventos devem ganhar força, especialmente a partir de quinta-feira (hoje) atingindo, também, áreas do litoral da Região Sudeste".

No Sul, um galpão ficou destruído em Herval D’Oeste, cidade do oeste de Santa Catarina, na terça-feira, em consequência dos ventos fortes e da queda de árvores provocados pelas tempestades que atingem a região. Segundo a Defesa Civil do Estado, que classificou o fenômeno meteorológico como uma "microexplosão", as rajadas de vento chegaram a atingir os 100 km/h.

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O instituto informa que o ciclone estará associado a uma frente fria que deverá avançar de forma continental pelo País, podendo chegar ao Centro-Oeste e até o sul da região amazônica a partir de meados da semana, configurando um novo evento de friagem.

Uma outra consequência é a queda da temperatura em diferentes pontos do Brasil. "Com o avanço da frente fria, uma intensa massa de ar frio atingirá o País a partir de quarta-feira (ontem)", disse o Inmet.

DANOS

Em Santa Catarina, de acordo com a Defesa Civil, o grande oeste do Estado já tem enfrentado pancadas intensas de chuva, incidência de raios, fortes rajadas de vento e queda de granizo, que resultaram em alagamentos, destelhamento de casas, quedas de árvores e postes de energia e danos associados à queda de granizo em algumas cidades.

"Além de Herval D’Oeste, as cidades de Maravilha, Saudades, Piratuba, Cordilheira Alta, Nova Erechim e Pinhalzinho também registraram danos", afirma a autarquia.

De acordo com a Climatempo, deve chover até a próxima terça-feira em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuva forte até pelo menos até amanhã.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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