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O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou que o nível de inadimplência se manteve estável de setembro para outubro, apesar do crescimento da renda e do emprego. "A inadimplência cresceu ao longo de 2011, mas permanece estável desde o início do ano. A expectativa é de que a inadimplência mostre arrefecimento, redução. A expectativa é de que inadimplência menor ainda venha este ano", disse. Maciel lembrou que o aumento do calote foi gerado por uma expansão do crédito em 2011, principalmente para veículos. "Mas o BC agiu tempestivamente. Os indicadores de veículos mostram-se já favoráveis", considerou.

Ele disse que, acompanhando novas safras de crédito, é possível perceber que as garantias dadas nesses ciclos mais recentes têm sido "expressivamente melhores" do que as dadas em 2010 e 2011. Um exemplo é que a parcela do bem financiado tem sido menor do que no período anterior e isso dá garantia maior para o negócio.

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O chefe do Departamento avaliou que, de modo geral, o crédito no País evoluiu favoravelmente em outubro, após setembro ter apresentado dados abaixo das expectativas. "Tivemos aspectos pontuais naquele mês, como greve, menor quantidade de dias úteis. A expectativa era de que o crédito crescesse mais em outubro", disse.

Juros em queda

Maciel comentou também que a queda de juros dos bancos privados tem sido "significativa" ao longo do ano. "Os juros têm alcançado seu piso histórico mês após mês. Os dados parciais de outubro indicavam alta, mas isso não se confirmou e foi vista uma queda significativa das taxas de juros na margem", comparou.

Ele também destacou que é verificado um ganho decorrente da composição das modalidades de crédito acessadas pelos clientes de banco. "As modalidades com juros mais altos, como crédito rotativo e cheque especial, têm crescido menos do que as demais. Isso é uma contribuição importante e é um benefício relevante no comprometimento de renda com serviços bancários."

Para Maciel, houve um "longo debate na mídia" sobre o tema, o que gerou reflexão por parte da população. "Tivemos relatos de negociações e isso deve ter contribuído para que o consumidor buscasse opções mais favoráveis."

 

Crédito pessoal

Tulio Maciel disse que o aumento na inadimplência no crédito pessoal, que passou de 6,0% em setembro para 6,2% em outubro, foi um fator que restringiu a queda da inadimplência geral, pois essa linha tem grande peso no crédito livre. Ele falou ainda que, apesar da queda dos juros, os bancos têm sido seletivos na renegociação de dívidas em atraso, outro fator que explica a demora na queda dos atrasos.

A redução nas concessões de linhas mais caras, no entanto, deve contribuir para melhorar esses indicadores futuramente. Maciel disse ainda que a expansão mais intensa do crédito em outubro pode ser associada à recuperação da atividade a partir do terceiro trimestre.

O Banco Central informou nesta quinta-feira que a taxa de inadimplência média do crédito livre se manteve pelo quarto mês consecutivo em 5,9% em outubro. A inadimplência da pessoa física também ficou estável pelo quarto mês, em 7,9%. Para as empresas, o indicador subiu de 4,0% em setembro para 4,1% em outubro.

A inadimplência no crédito pessoal avançou de 6,0% em setembro para 6,2% em outubro. No cheque especial e nos financiamentos de veículos recuou 0,1 ponto porcentual no mês, para, respectivamente, 12,1% e 5,9%. Já a inadimplência nos financiamentos para aquisição de outros bens caiu 0,5 ponto porcentual ante setembro, para 12,9% em outubro.

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Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Boa Vista Serviços, empresa administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), mostra que 29% dos consumidores inadimplentes em setembro declararam ter restrição ao nome em razão de compra com cartão de crédito. Em seguida, os meios de pagamento citados nos casos de inadimplência são: carnê (24%), cheque (17%), empréstimo pessoal (13%), cheque especial (8%) e cartão de loja (8%).

A pesquisa sobre o perfil do inadimplente ouviu cerca de 1.110 consumidores que procuraram o balcão de atendimento do SCPC. Nas faixas de renda familiar até três salários mínimos, atinge 30% a parcela de consumidores que disseram ter usado o cartão de crédito como pagamento e que levou à restrição ao nome. Nas faixas acima de 10 mínimos, a fatia é de 27%.

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Para 21% dos entrevistados, uma das dívidas não pagas originou-se da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos; 16% citaram a compra de produtos ou serviços relacionados à alimentação; 16% mencionaram a compra de vestuário e calçados; e 11% falaram em contas de concessionárias de serviços públicos.

O desemprego continua a maior causa da inadimplência, com 33% das justificativas. Em segundo lugar, vem o descontrole financeiro (23%). A maioria (31%) das dívidas não pagas está abaixo de R$ 500; 18% possuem dívidas acima de R$ 5.000; 18% entre R$ 500,01 e R$ 1.000; e 16% entre R$ 1.000,01 e R$ 2.000.

Os empréstimos inadimplentes dos bancos da Espanha subiram 3 bilhões de euros (US$ 3,8 bilhões) em setembro, para o nível recorde de 182,3 bilhões de euros, segundo o Banco Central do país. O valor representa 10,7% de todos os empréstimos concedidos e se compara com a taxa de 10,5% dos empréstimos inadimplentes em agosto.

Os empréstimos inadimplentes subiram todos os meses por cerca de um ano, em meio a um aumento dos defaults de construtoras de residências, alto desemprego e demanda doméstica fraca. Os empréstimos totais, no entanto, recuaram levemente enquanto os bancos buscaram reduzir seus perfis de risco.

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Em setembro, os empréstimos totais subiram para 1,7 trilhão de euros, em bases mensais, mas continuaram bem abaixo de sua máxima histórica de mais de 1,8 trilhão de euros registrado no pico da bolha imobiliária em 2008 no país. As informações são da Dow Jones.

Brasília – A inadimplência das empresas deve iniciar 2013 em queda, segundo a Serasa Experian, que divulgou hoje (16) o Indicador de Perspectiva da Inadimplência das Empresas. No caso do consumidor, o cenário é de normalização dos níveis de inadimplência após o ciclo de elevação verificado a partir do início de 2011.

O indicador das empresas, que permite antever os movimentos da inadimplência com seis meses de antecedência, apontou queda de 1,5% no mês de setembro de 2012 em relação ao mês anterior, ficando em 94,2.

De acordo com a Serasa, a sequência de recuos mensais do indicador e a sua permanência abaixo do nível 100 sinalizam o recuo da inadimplência no próximo ano.

Para a Serasa, a expectativa de menor inadimplência das empresas é resultado da perspectiva de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no atual mínimo histórico (7,25% ao ano) pelos próximos 12 meses, aproximadamente. Segundo a Serasa, a taxa mais baixa diminui o custo financeiro para as empresas.

Os economistas da Serasa avaliam ainda que a retomada mais firme da atividade econômica desde o terceiro trimestre de 2012 e a gradativa normalização da inadimplência dos consumidores favorecerão recuo mais expressivo da inadimplência.

Já o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor recuou 0,8% em setembro de 2012, na comparação com agosto, atingindo o valor de 97,4.

Na avaliação da Serasa, a manutenção das taxas de desemprego em patamares historicamente baixos, a continuidade de ganhos salariais acima da inflação, o recuo das taxas de juros para o consumidor final e o maior rigor das instituições financeiras na concessão de crédito contribuirão para a melhora gradativa do cenário da inadimplência do consumidor, não apenas durante o último trimestre de 2012, mas também ao longo do primeiro trimestre de 2013, ao menos.

O total de novos registros de inadimplentes subiu 3,4% em outubro em comparação com setembro sem levar em conta os efeitos sazonais, de acordo com dados de abrangência nacional da Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Em relação a outubro do ano passado, o indicador avançou 1,3%. Já nos 12 meses encerrados em outubro, houve ganho de 7,1%, comparados aos 12 meses terminados em outubro de 2011.

Segundo a Boa Vista, embora tenha havido alta em outubro, os resultados dos últimos meses sugerem que a melhora nas condições do crédito, como a queda da taxa básica de juros e dos spreads bancários e o aumento da população com emprego, está colaborando com a desaceleração do crescimento do número de inadimplentes ao longo do ano. As projeções da Boa Vista apontam que 2012 acumulará um avanço do total de registros de inadimplentes de cerca de 3% na comparação com o ano passado.

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A Boa Vista informa que o valor médio das dívidas incluídas em outubro foi de R$ 1.136, 0,5% - valor maior do que o observado em setembro após ajustes pela sazonalidade e inflação.

Regiões

As regiões Centro-Oeste e Sudeste registraram as menores elevações no número de novos registros de inadimplentes, com 1,4% e 2,5%, respectivamente, em outubro, na comparação com o mês anterior e a partir de dados dessazonalizados. Já no acumulado dos últimos 12 meses até outubro, comparado ao dos 12 anteriores, as regiões Nordeste e Norte apresentam a base de registros de inadimplentes com menores ritmos de expansão, com ganho de 2,1% e 3,1%, respectivamente.

Quando é levado em conta apenas o setor de varejo, houve uma alta de 5,3% em outubro ante setembro, na série dessazonalizada. A região Norte teve forte avanço, de 9,5%.

Já o indicador de recuperação de crédito, que é obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes, recuou 1,7% em outubro na comparação com setembro, desconsiderando os efeitos sazonais. Segundo a Boa Vista, "apesar desta queda mensal, o indicador apresenta tendência de crescimento, acumulando nos últimos 12 meses 15,2% mais exclusões do que nos 12 meses anteriores".

De acordo com a empresa, a região Sudeste teve a maior queda na comparação com as outras regiões, com declínio de 2,7% em outubro em relação a setembro, também sem levar em conta os efeitos sazonais.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) lança campanha para fidelizar seus clientes. Intitulada “Fique Legal com a Compesa”, a campanha oferece descontos que variam de 60% a 85% para negociação de débitos no pagamento à vista. Para ter 60% de descontos, o valor do débito tem de ser até R$ 5 mil, 80% para dívidas acima desse valor e 85 para os casos que já estão na justiça. A campanha começa nesta sexta-feira (9) e vai até o dia 20 de dezembro. 

Para negociar as contas atrasadas, o cliente deve procurar qualquer loja de atendimento da Compesa do Estado, os Expressos Cidadão – do Cordeiro ou Shopping Rio Mar no Recife, Peixinhos em Olinda, River Shopping em Petrolina ou a unidade de Caruaru –. A negociação pode ser feita também pela Internet, através do site da Compesa.  Os descontos valem para os débitos com vencimento até 01/08/2012. 

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A Compesa tem hoje 1.645.312 clientes. Desse total, 214.676 imóveis estão em débito com a empresa, totalizando quase R$ 220 milhões. Mais de 62 mil clientes devem entre 13 a 24 faturas, um prejuízo superior a R$ 72 mil. A inadimplência da Compesa acarreta um déficit de R$ 90 milhões por ano.

De acordo com o diretor Comercial da Compesa, Décio Padilha, a campanha tem como meta reduzir o contas a receber em R$ 62 milhões e regularizar 44 mil clientes, gerando um caixa de R$ 14 milhões. “Esse resultado vai permitir que a empresa atinja a meta anual de R$ 925 milhões em 2012 e um faturamento de R$ 1,18 bilhão”.

Prêmios - Além dos descontos, a Compesa vai premiar clientes que estão em dia. Serão sorteados um carro zero KM, 180 TVs de LCD de 32” e 30 aparelhos celulares. . Os sorteios serão realizados no dia 31 de janeiro de 2013 e a entrega dos prêmios, 30 dias depois. 

 

O índice de inadimplência do Banco do Brasil permaneceu praticamente estável no terceiro trimestre deste ano, em 2,17% ante taxa de 2,1% vista no segundo trimestre, levando em conta os atrasos considerados acima de 90 dias.

As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) totalizaram R$ 3,764 bilhões no terceiro trimestre deste ano, aumento de 15,5% ante 12 meses e de 2,4% na comparação com o trimestre anterior. No acumulado de 2012 até setembro, os gastos com PDD somaram R$ 13,907 bilhões, aumento de 25,6% e 3,8%, na mesma base de comparação.

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Se desconsideradas as operações do Banco Votorantim, a carteira de crédito classificada do BB cresceria 21,9% em setembro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, porcentual superior ao aumento das respectivas despesas de PCLD no período, de 11,8%.

No BB, o índice de Basileia fechou setembro em 15,5% contra 14,2% em junho e 13,9% no mesmo mês do ano passado. O mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%. O aumento do indicador foi influenciado, segundo relatório que acompanha as demonstrações do BB, por contrato assinado em setembro com a União, que concedeu crédito na forma de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal, destinado ao financiamento de operações do segmento agropecuário referentes à safra 2012/2013, no valor de R$ 8,1 bilhões. Esse montante é elegível como capital de nível I e II.

Crédito imobiliário

A carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil alcançou saldo de R$ 10,8 bilhões ao final de setembro, expansão de 70,9% em 12 meses. No terceiro trimestre foram contratadas 7.678 operações. Trata-se do melhor desempenho apresentado desde o início da série em 2008, com crescimento de 4,1% sobre o trimestre anterior, segundo informa a instituição no relatório que acompanha as demonstrações financeiras.

Os desembolsos no terceiro trimestre deste ano totalizaram R$ 1,8 bilhão, montante 2,6% superior ao observado no mesmo período de 2011. O volume de negócios com pessoas físicas atingiu R$ 1,1 bilhão e de pessoas jurídicas, R$ 610 milhões.

"A carteira de pessoa física se destaca mais uma vez, com crescimento de 69,3% em um ano, finalizando setembro de 2012 com saldo de R$ 8,5 bilhões", destaca o BB.

O número de brasileiros que saíram da lista de inadimplência atingiu níveis recordes este ano. De janeiro a setembro, 15,1 milhões de CPFs (Cadastros de Pessoa Física) se tornaram aptos a voltar a comprar a prazo, segundo levantamento nacional feito pela empresa de informações financeiras Serasa Experian.

"Esse foi o maior número registrado em quatro anos", afirma o economista Luiz Rabi, responsável pelo levantamento. Em igual período de anos anteriores, os números eram menores. Em 2009, 11,4 milhões saíram da lista de inadimplentes; em 2010 foram 11,9 milhões e no ano passado, 13,3 milhões. Rabi destaca que não só o número é recorde em termos absolutos, mas também em taxa de variação. Neste ano até setembro, houve um acréscimo 13,7% na quantidade de inadimplentes que deixaram a lista de pessoas com CPFs negativados em relação ao mesmo período de 2011.

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O economista ressalta que foram considerados no estudo dois motivos para reabilitar o crédito para esses inadimplentes: quitação e renegociação de dívidas. Ficaram de fora os inadimplentes que saíram dessa lista por causa de ações judiciais e decurso de prazo. É que depois de cinco anos a dívida caduca.

Segundo o economista, esse número recorde de inadimplentes que voltaram a ser adimplentes reflete vários movimentos combinados que ocorrem hoje na economia brasileira. O primeiro é o elevado nível de calote do consumidor, que se mantém em patamares elevados, isto é, em 7,9% dos créditos a receber, nos últimos meses, segundo dados do Banco Central.

Além disso, com o desemprego em níveis baixos e a renda dos trabalhadores em alta e ainda com ganhos reais, os inadimplentes se sentem mais aptos a renegociar ou quitar as dívidas em atraso. "A inadimplência cresceu por causa do descontrole de gasto, não por causa do desemprego", ressalta o economista.

Na outra ponta, o elevado comprometimento da renda das famílias com pagamento de dívidas, que está em 22,4%, segundo dados do BC, fez com que houvesse um aumento no número de feirões de renegociação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A taxa de inadimplência do Itaú Unibanco no terceiro trimestre deste ano apresentou leve redução ante o segundo, puxada pelas pessoas jurídicas. O indicador ficou em 5,1%, queda de 0,1 ponto porcentual, na mesma base de comparação. A retração foi possível, segundo o Itaú, mesmo com o impacto negativo da greve dos correios e dos bancos.

Apesar da pequena retração, a tendência é que os números de calotes se reduzam, segundo o relatório da administração sobre os resultados. Na comparação com setembro do ano passado, a inadimplência do banco subiu 0,4 ponto porcentual.

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Na pessoa jurídica, a taxa de inadimplência recuou de 3,5% em junho para 3,3% em setembro último. Já na pessoa física foi registrada alta. O indicador subiu de 7,3% para 7,5%.

As taxas de inadimplência de prazos mais curtos (de 15 a 90 dias de atraso) recuaram 0,3 ponto porcentual no terceiro trimestre de 2012, passando de 4,5% para 4,2%, com queda tanto na pessoa física como jurídica.

As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) ficaram praticamente estáveis em R$ 5,939 bilhões no terceiro trimestre contra o segundo, com uma leve redução de 0,8% ou R$ 49 milhões. O montante está dentro da estimativa do banco divulgada no segundo trimestre, na qual estimava fazer provisões para PDD entre R$ 6 bilhões e R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre.

Na comparação com os meses de julho a setembro de 2011, entretanto, essas despesas apresentaram alta de 19,45%. Em nove meses, os gastos com PDD somaram R$ 17,959 bilhões, aumento de 24,2% ante um ano antes.

O Itaú destaca, no demonstrativo de resultados, que esse nível de provisionamento é atribuído, principalmente, à alta inadimplência verificada nas carteiras de veículos e ao aumento das carteiras de crédito pessoal (principalmente crediário parcelado e cheque especial).

O índice de inadimplência do Bradesco deve encerrar o exercício de 2012 entre 4% e 3,9%, próximo do patamar visto no ano passado. A informação é do diretor executivo do banco, Luiz Carlos Angelotti. O recuo nos calotes deve ser gradual nos próximos meses tanto na carteira de grandes empresas, que beneficiou o indicador no terceiro trimestre deste ano, como nos demais segmentos, conforme Angelotti.

"A inadimplência no segundo trimestre (de 4,1%) foi atípica, influenciada pelo indicador do segmento de grandes empresas, que já voltou aos patamares anteriores. É esperada uma queda para outros setores de forma gradativa", informou, em teleconferência com jornalistas, na manhã desta segunda-feira.

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Com o fato de circular mais dinheiro na economia, pelo recebimento do 13º salário no fim do ano, a expectativa do Bradesco é que a inadimplência deve continuar apresentando melhora gradual, conforme o executivo. "Não vai melhorar muito forte ou rapidamente, mas a queda gradual do indicador deve avançar durante 2013", disse Angelotti, acrescentando que essa melhora deve ser acompanhada pelas despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD).

Índice de Basileia

Sobre o índice de Basileia do Bradesco, o executivo disse que o indicador de capitalização, que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital, deve encerrar o ano próximo da estabilidade. No terceiro trimestre, a Basileia do banco ficou em 16%, queda de 1 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior e alta de 1,3 ponto sobre o mesmo mês de 2011. O mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.

Angelotti também destacou que o retorno sobre o patrimônio líquido, que recuou no terceiro trimestre tanto no conceito contábil como no ajustado, deve ficar entre 18% e 20% daqui para frente. "É um patamar mais razoável. Para o fim deste ano, esperamos que o retorno fique ao redor de 20%", afirmou.

Beneficiado pela melhor condição financeira do brasileiro e pela menor quantidade de dias úteis, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor recuou 1,9% em setembro na comparação com agosto. Com isso, a média de contratos com pagamento em atraso registrou no mês passado a quarta maior queda mensal em 2012.

Na leitura anual, que compara setembro com igual mês do ano passado, a inadimplência do consumidor avançou 8,2%. Em agosto, comparativamente a agosto de 2011, a inadimplência havia crescido 7%.

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No acumulado de janeiro a setembro, comparado com igual período do ano passado, a inadimplência cresceu, em média, 15,3%.

A inadimplência das pessoas físicas no cartão de crédito cresceu pelo segundo mês seguido, para 28,05% em agosto, segundo o Banco Central. No mês anterior, estava em 27,99%. O maior porcentual da série iniciada em junho de 2000 ainda são os 28,43% verificados em junho de 2009. A inadimplência se refere às operações vencidas há mais de 90 dias.

Nas operações com atraso de 15 e 90 dias, o porcentual caiu pelo quinto mês seguido. Estava em 11,73% em março, recuou para 10,93% em julho e caiu para 10,71% em agosto.

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O estoque das dívidas no cartão ficou estável em agosto em relação a julho e apresenta crescimento de 5% no ano e 9,1% em 12 meses, para R$ 37,422 bilhões. Todos os porcentuais estão abaixo dos verificados na média do crédito livre total para pessoas físicas, o que significa que as dívidas no cartão perderam participação.

Compulsórios

Os depósitos compulsórios registraram uma leve queda de 0,4% em agosto na comparação com julho. No período, o saldo passou de R$ 383,432 bilhões para R$ 382,024 bilhões. Em relação ao final do ano passado, no entanto, o recuo foi bem maior, de 14,83%, já que em dezembro de 2011 o saldo era de R$ 448,542 bilhões.

Os compulsórios são considerados um dos principais seguros do País contra crises de falta de liquidez. A redução deste ano até o mês passado foi liderada pela queda dos depósitos compulsórios a prazo, que caíram 33,91% de dezembro de 2011 (R$ 130,617 bilhões) para R$ 86,323 bilhões em agosto. Nos recursos à vista, a redução foi de 7,63% no mesmo período, passando de R$ 79,526 bilhões para R$ 73,457 bilhões.

Ainda mantendo a base de comparação, a exigibilidade adicional recuou 16%, de R$ 157,686 bilhões para R$ 132,445 bilhões. Já o compulsório sobre poupança avançou, refletindo o aumento dos depósitos dos correntistas. A elevação de 11,25% foi vista de dezembro de 2011 (R$ 80,713 bilhões) para agosto passado (R$ 89,799 bilhões).

A inadimplência gerada por transações com cheques na Região Sudeste caiu 1,06% em agosto ante julho, chegando a 2,79% dos valores totais transacionados, de acordo com a Telecheque. Em julho, o índice era de 2,82%. Na comparação de agosto do ano passado, no entanto, o indicador avançou 14,8%.

A maior causa da inadimplência em cheques em agosto foi a falta de fundos, que respondeu por 77,8% do índice de 2,79%. Os demais motivos foram os cheques sustados (7,9%), roubados ou furtados (2,9%), fraudados (1,4%) e outros motivos (10%). O valor médio dos cheques usados nas compras no Sudeste subiu 21,4% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2011, passando de R$ 266,15 para R$ 323,35.

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O Sudeste ficou em terceiro lugar na lista de regiões do País com maior índice de inadimplência em agosto. O Nordeste liderou o ranking, com 3,46%, seguido da Região Norte (3,32%). No Centro-Oeste, a taxa foi de 2,67% do total e no Sul, 2,35%, a menor inadimplência no período entre as cinco regiões.

Após uma série de altas entre janeiro de 2011 e maio de 2012, e uma queda de 0,1 ponto porcentual em junho, a inadimplência nos contratos de financiamentos de veículos para pessoa física - aqueles com mais de 90 dias de atraso - permaneceu estável em julho, em 6% do saldo da carteira de veículos. Segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari, a tendência é de queda na inadimplência nos próximos meses.

"As atuais políticas de crédito das financiadoras tiveram grande responsabilidade neste movimento inicial de estabilização dos índices de inadimplência", disse Carbonari, numa referência à exigência de valores maiores de entrada no financiamento, bem como de parcelamentos mais curto. "Com essas ações, as financeiras conseguiram salvaguardar a saúde financeira destes clientes e evitaram que tivessem maiores dificuldades para cumprir com seus compromissos", informou o presidente da Anef.

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O saldo total das carteiras de financiamentos de veículos (CDC e leasing) fechou julho em R$ 203,4 bilhões, 0,3% superior ao mês de junho, quando o saldo era de R$ 202,7 bilhões. Quando comparado ao mesmo período de 2011, a alta foi de 3,8%. O saldo seguiu em 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, estimado em R$ 4,308 trilhões, entre junho e julho, ante 4,9% em julho de 2011.

O total corresponde a 9,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e representa 29,4% do total do crédito destinado às pessoas físicas no Brasil. A taxa média de juros praticada pelas associadas da Anef em julho de 2012, estabilizou-se em 1,30% ao mês e 16,77% ao ano, a mesma taxa utilizada no mês anterior. A taxa média do mercado em julho passou a ser de 1,60% ao mês e de 20,95% ao ano.

A quantidade de novos registros de consumidores inadimplentes no País caiu 0,2% em agosto ante julho e 1% ante agosto de 2011, informou nesta sexta-feira a Boa Vista, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). No acumulado do ano até agosto, ante igual período de 2011, a inadimplência cresceu 6,0%.

O valor médio das dívidas incluídas no cadastro em agosto foi de R$ 1.256, alta de 1,9% ante o mesmo mês de 2011, considerando a inflação.

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A inadimplência nas regiões Sul e Nordeste recuou 1,1% e 2,6%, respectivamente, em agosto ante julho. Sudeste e Norte tiveram variação positiva de 0,6% e 0,4%, na mesma base de comparação, e o Centro-Oeste registrou estabilidade.

A análise geral da Boa Vista inclui inadimplência de consumidores em bancos, financeiras, varejo e outros segmentos. Na análise apenas do varejo, o registro de novos inadimplentes subiu 0,1% em agosto ante julho e 1,7% na comparação com agosto de 2011. No acumulado do ano, o indicador subiu 7,2%. Sul e Nordeste registraram queda no indicador de inadimplência também do varejo, com recuos de 1,5% e 0,6%, respectivamente, em agosto ante junho.

A empresa espera que as melhorias nas condições de crédito na economia e a manutenção dos empregos continuem ao longo de 2012 e prorroguem a desaceleração no número de inadimplentes. Para o final do ano, a Boa Vista mantém projeção de variação de 3% contra 2011 no número de novos inadimplentes.

O indicador de recuperação de crédito da Boa Vista Serviços, que indica as exclusões dos registros de inadimplentes, cresceu 2,3% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2011, o indicador avançou 16,2%. A Boa Vista espera manutenção do crescimento do indicador ante 2011, com variação de 8,5% no fechamento do ano.

A recuperação de crédito no varejo também foi positiva. O indicador variou 6,1% em agosto ante julho e 15,5% na comparação com agosto de 2011. Na análise do acumulado do ano, o indicador de recuperação de crédito para o varejo avançou 20,6%.

A inadimplência do consumidor recuou 0,2% na passagem de julho para agosto, a terceira queda mensal consecutiva, informou Nesa quarta-feira a Serasa Experian. O Indicador de Inadimplência do Consumidor aponta alta de 7% na comparação com mesmo mês do ano passado, porém este é o menor ritmo de expansão nesta base de comparação desde agosto de 2010. Além disso, no ano até agosto, a inadimplência cresceu 16,2%, ritmo bem menor que o verificado no mesmo período de 2011, quando o indicador teve alta de 23,4%.

De acordo com a Serasa Experian, os dados "confirmam que a inadimplência do consumidor está perdendo fôlego", em razão da redução das taxas de juros no crédito, renegociação de dívidas, lotes recordes de restituição do Imposto de Renda e antecipação da primeira parcela do 13.º salário aos aposentados e pensionistas realizada na última semana de agosto.

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Os resultados também mostram diferentes cenários. Nos primeiros oito meses do ano passado, a inadimplência era crescente por causa da expansão do endividamento de 2010 e dos juros mais altos. Já no mesmo período deste ano, o quadro de redução dos juros e o baixo consumo contribuíram para uma reversão do indicador, avaliou a empresa, em nota distribuída à imprensa.

As dívidas com bancos e os cheques sem fundos puxaram para baixo a queda da inadimplência em agosto, com variações negativas de 1,3% e 2,9%, respectivamente. Os títulos protestados recuaram 0,8%. E a queda no indicador geral só não foi maior porque as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) apresentaram alta de 1,5%.

Indicador divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian mostra que o nível de inadimplência das empresas brasileiras desacelerou no mês de julho. Na comparação com o mesmo mês de 2011, o aumento foi de 8,5%, menor porcentual registrado na variação anual desde fevereiro de 2011. Em relação a junho, o crescimento foi de 1,8%. No acumulado do ano, houve avanço de 15,2% ante os primeiros sete meses de 2011.

Por meio de nota divulgada, os economistas da empresa avaliam que, apesar de os números ainda serem positivos, "verifica-se uma perda de fôlego da inadimplência, caracterizada pela sequência de variações anuais cada vez menores, incluindo julho". Entre os fatores desse movimento de baixa estão as sucessivas reduções das taxas de juros e queda da inadimplência dos consumidores, "tendências que deverão ser mantidas ao longo dos próximos meses".

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As dívidas com fornecedores, cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços alcançaram valor médio de R$ 775,69 nos sete primeiros meses de 2012, crescimento de 5,4% ante igual período de 2011. Já o valor médio das dívidas bancárias atingiu R$ 5.284,27, valor que representa um aumento de 4,4%. O valor médio dos títulos protestados subiu 10,7%, para R$ 1.940,35, e o de cheques sem fundos chegou a R$ 2.200,81, alta de 6,3%.

Os sucessivos recuos mensais nos índices de inadimplência mostram que o consumidor brasileiro recupera o fôlego para voltar às compras e, sim, se endividar novamente. O panorama, concordam especialistas ouvidos pela Agência Estado, é positivo para o consumo. "O nível de endividamento mostra que o consumidor está gastando no varejo", disse a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Fernanda Della Rosa. "Há uma preocupação muito grande agora em liquidar as dívidas para poder comprar. O consumidor quer chegar ao Natal em condições de liquidez e a redução da inadimplência é salutar para o varejo", reforça Fernanda.

Para Carlos Henrique Almeida, assessor econômico da Serasa Experian, o consumo e a atividade econômica do País, assim como os níveis de inadimplência, irão melhorar gradualmente até o fim do ano. "É claro que não vamos ter um Natal como tivemos em 2010, quando estava tudo indo muito bem. A melhora é gradual, mas vamos ter uma recuperação. A situação de hoje é mais animadora do que tínhamos no primeiro semestre", disse Almeida. "O que importa é que a perspectiva é melhor do que tínhamos quatro meses atrás."

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última quinta-feira, a alta das vendas do varejo em junho ante maio acima do esperado. O volume das vendas cresceu 1,5%, ante a queda de 0,8% do registrada em maio.

A projeção da FecomercioSP é de que o nível de endividamento fique entre 40% e 45% e a parcela de paulistanos inadimplentes seja de cerca de 10% no final deste ano, nível próximo ao registrado no fim do ano passado. Para a Boa Vista Serviços (administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito, o SCPC), a taxa de inadimplência do consumidor deve ficar próxima à registrada pelo Banco Central no ano passado, de 7,3%. As previsões da Serasa Experian também se aproximam das registradas em 2011: ao redor de 7% de inadimplência no fim do ano.

Comprometimento da renda

"O endividamento em si é bom, desde que isso esteja dentro da capacidade de pagamento do consumidor. O endividamento aumentou nos últimos anos porque o crédito aumentou", afirmou o economista da Boa Vista Serviços, Flávio Calife. Para ele, o porcentual de endividados não é tão preocupante quanto o comprometimento de renda e a dívida média. "Se você tem um cenário em que os juros estão diminuindo e os prazos já aumentaram, há uma tendência de diminuição da dívida média."

"Nossa preocupação não tem de ser com o endividamento, mas sim com o comprometimento de renda, que recuou. Em março, tínhamos comprometimento de renda de 22,18%, passando para 21,99% em abril e 21,85% em maio", reforça Almeida, da Serasa.

A economista da FecomercioSP avalia que, embora pareça ter chegado a um nível alto, o endividamento está "relativamente estável". "Na série da nossa Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), já chegamos a 72% de endividamento com 45% de inadimplência", afirmou, ponderando que parte dessa alta pode ser reflexo do benefício de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e automóveis.

"A inadimplência teve um comportamento atípico neste ano", afirmou Fernanda, explicando que o comum é que a inadimplência caia no meio do primeiro semestre à medida que as dívidas feitas no Natal são quitadas. "Em uma época em que tenderiam a cair, os níveis de endividamento e inadimplência subiram por causa dessas vantagens oferecidas pelo governo, como a isenção do IPI para linha branca, móveis e carros. Todo mundo começou a comprar para aproveitar esses benefícios."

A tendência, concordam Almeida e Fernanda, é de que a inadimplência continue a cair. "Nosso indicador de perspectiva da inadimplência já mostrava uma expectativa de melhora gradual. Já conseguimos perceber perda de fôlego da inadimplência", disse o economista da Serasa Experian.

Mas Calife, da Boa Vista Serviços, alerta para o número de registros de inadimplência no Serviço Central de Proteção ao Crédito, que continua subindo. "A diferença é que o número de casos de recuperação de crédito também sobe e a gente espera fechar com ano com a recuperação crescendo mais que os registros", disse. "É bem possível que entremos em 2013 com inadimplência em queda."

Os empréstimos ruins dos bancos espanhóis aumentaram para o nível mais alto da história em junho, em meio ao crescimento do calote de algumas construtoras de imóveis, ao mesmo tempo que o volume de depósitos diminuiu à medida que os cidadãos usaram a poupança para lidar com uma economia que permanece presa em recessão.

Dados do Banco da Espanha mostraram que os empréstimos inadimplentes cresceram 8,39 bilhões de euros (US$ 10,36 bilhões) em junho, para 164,36 bilhões de euros, ou 9,42% do crédito total, em comparação com 8,95% em maio. O recorde anterior havia sido registrado em fevereiro de 1994, quando a inadimplência atingiu 9,20% dos empréstimos totais.

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Os números também indicam que os depósitos caíram 6,59% em comparação com junho do ano passado, a maior queda anual já registrada, refletindo como os espanhóis estão usando suas economias e também a intensificação da fuga de capital. O volume de crédito em circulação teve declínio anual de 4,06% em junho.

O aprofundamento dos problemas fiscais colocou a Espanha na linha de frente da crise de dívida da zona do euro. Em junho a União Europeia prometeu ao governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy até 100 bilhões de euros em ajuda para o setor bancário espanhol, mas o aumento dos custos de financiamento do governo tem alimentado especulações de que o país como um todo também precisará de um resgate. As informações são da Dow Jones.

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