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Isinbayeva e Kuchina, Shubenkov: três estrelas que almejavam o ouro nos Jogos do Rio, mas viram o sonho olímpico ir por água abaixo com a decisão do Tribunal Arbitral de Esporte (TAS) de rejeitar o recurso contra a punição da Rússia das competições internacionais de atletismo.

Isinbayeva, a 'Czarina'

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Aos 34 anos, a bicampeã olímpica de salto com vara sonhava em encerrar a carreira com o tri no Rio, no sua quinta participação aos Jogos. Isinbayeva foi a primeira mulher da história a saltar cinco metros e detém até hoje o recorde mundial da modalidade (5,06 m).

Na última edição dos Jogos, em Londres-2012, a a 'Czarina' decepcionou, ficando 'apenas' com o bronze. Ela deu a volta por cima em casa, ao conquistar o tricampeonato mundial em Moscou, e depois resolveu fazer uma pausa para realizar o sonho de ser mãe.

Ao contrário de vários compatriotas, Isinbayeva nunca teve o nome citado em casos de doping. Mesmo assim, a atleta, nascida em Volgogrado, não poderá vir ao Rio, por conta da suspensão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) confirmada nesta quinta-feira pelo TAS.

"Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político", afirmou a veterana à agência TASS. "Sim, nossa esperança se foi", continuou a 'Czarina' em publicação na rede social Instagram. "Que todos os atletas estrangeiros 'limpos' respirem aliviados e ganhem na nossa ausência pseudo medalhas de ouro", lamentou.

A decisão teve um sabor ainda mais amargo quando se sabe que Isinbayeva almejava ser eleita na comissão de atletas do Comitê Olímpico Internacional para garantir seu futuro pós-carreira, uma possibilidade cada vez mais remota.

Kuchina, a promessa

Aos 23 anos, Mariya Kuchina simboliza o futuro do atletismo russo. Atual campeã mundial do salto em altura, ela perdeu a oportunidade de disputar sua primeira olimpíada. A saltadora despontou em 2014, quando conquistou o ouro no Mundial indoor. No mesmo ano, ela ficou com a prata no campeonato europeu. Considerada a grande promessa da nova geração de atletas russos, a natural do Caucásio russo se disse "muito irritada" com a suspensão do país.

Shubenkov, a lembrança do boicote de 1984

"Que vergonha de merda", comentou Sergey Shubenkov quando soube da decisão do TAS. "Parabéns, podem curtir seu esporte 'limpo', ironizou, no Instagram. Atual campeão mundial dos 110 m com barreiras, o atleta de 25 anos treinou incansavelmente para os Jogos do Rio na cidade de Barnaul, perto do Monte Altai, na Sibéria, rejeitando uma oferta de treinar nos Estados Unidos.

Foi certamente essa escolha que o condenou: a única atleta 'repescada' pela IAAF foi Darya Klishina, saltadora em distância que treina na Flórida e por isso atente os critérios estabelecidos, por ser submetida a exames antidoping mais rigorosos. 

Shubenkov já participou dos Jogos em 2012, em Londres, mas foi eliminado nas semifinais. Em agosto de 2015, conquistou o ouro no Mundial de Pequim, em 12 segundos e 98 centésimos. Ele é o segundo atleta da sua família a ficar fora de uma Olimpíada por conta de uma decisão tomada nos bastidores.

Em 1984, sua mãe, Natalya Shubenkova, especialista do heptatlo, não pôde disputar os Jogo de Los Angeles por conta do boicote do Bloco Soviética, em represália à decisão semelhante tomada por várias nações ocidentais em Moscou-1980.

Afastada das competições desde agosto de 2013, a russa Yelena Isinbayeva retomou nesta semana seus treinos visando os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando deve fazer sua despedida do esporte profissional. A musa do salto com vara voltou aos trabalhos após realizar o sonho de ser mãe. Sua filha, Eva, nasceu em junho do ano passado.

"Chegou o momento de voltar e retomar os treinos", afirmou a bicampeã olímpica, em entrevista à agência All Sport. "Não fiquei feliz com minha performance nos Jogos de Londres", disse a atleta de 32 anos, que precisou se contentar com a medalha de bronze em solo britânico. O sonho do tricampeonato foi adiado para o Rio de Janeiro.

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Para tanto, Isinbayeva está recuperando aos poucos seu preparo físico, há cerca de um ano e meio da Olimpíada brasileira. "Durante meu primeiro treino, não consegui correr nem 400 metros. Só pude fazer uma 'barra' e sete 'apoios'. Tudo estava 'enferrujado', afinal fiquei quase dois anos sem fazer treinos físicos", declarou a russa.

Ela decidiu retomar as atividades por acreditar que sua filha não precisa mais de atenção intensiva, como aconteceu logo após o nascimento. "Eva já tem sete meses e está se tornando mais independente. Sinto que tenho energia que ainda não usei", afirmou, referindo-se à disposição de disputar mais uma Olimpíada.

Em seu retorno, Isinbayeva não sonha apenas com a medalha de ouro. Ela quer novo título olímpico com direito a recorde mundial. A meta é alcançar os 5,07 metros - a melhor marca é 5,06 metros. "Eu realmente quero cravar um novo recorde mundial".

A musa do atletismo acredita que tem grandes chances de voltar aos torneios com boas vitórias, diante dos atuais resultados do salto com vara. "Em 2014 e neste ano até agora o máximo tem sido 4,80 metros. Olho para estes resultados modestos e fico feliz", afirmou.

Grande estrela do atletismo mundial, Yelena Isinbayeva está prestes a ser mãe. Segundo o técnico da atleta russa, Yevgueni Trofimov, ela dará à luz em meados de junho e voltará a treinar o quanto antes, por causa da Olimpíada do Rio, em 2016.

"Dentro de aproximadamente um mês, Yelena será mãe pela primeira vez. Agora, ela se prepara para esse momento importante e está muito bem, muito animada", disse o técnico. A última competição de Isinbayeva foi o Mundial de Atletismo de Moscou, em agosto de 2013, quando foi campeã mais uma vez. Na competição disputada diante de sua torcida, ela já havia afirmado que tinha planos de engravidar e retornar às competições a tempo de estar na Olimpíada.

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Passados os quase nove meses de gestação, a russa de 31 anos (completa 32 no dia 3 de junho) reafirmou seu desejo, o que deixou Trofimov bastante satisfeito. Afinal, para o técnico, Isinbayeva tem condições de saltar 5,15 ou 5,20 metros - ela alcançou 5,06 metros em 2009.

"Yelena afirmou que vai voltar a competir e que quer participar dos Jogos do Rio. E ela tem meu total apoio", garantiu Trofimov. Além de ter batido 28 recordes mundiais do salto com vara ao longo da carreira, a russa conquistou duas medalhas de ouro olímpicas (Atenas/2004 e Pequim/2008) e o bronze em Londres/2012.

Ainda não há uma previsão de quando a saltadora voltará a competir, o que será decidido apenas após a retomada dos treinos. "Em Volgogrado temos boas condições de treinamento em qualquer período do ano. Dispomos de uma pista coberta e de toda a infraestrutura necessária", contou o técnico.

Isinbayeva nunca fez comentários a respeito da gravidez, embora o avanço da gestação tenha ficado evidente durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em fevereiro, na Rússia. Na ocasião, ela desempenhou o papel de "prefeita" da Vila de Atletas e também participou das cerimônias de abertura e encerramento. Da mesma maneira, nunca mencionou o nome do pai da criança. A imprensa russa diz que o namorado dela é Nikita Petinov, de 24 anos, atleta do lançamento do dardo que não tem resultados relevantes em nível internacional.

O Mundial de Moscou, em agosto, vai marcar o fim da carreira de Yelena Isinbayeva, um dos maiores nomes do atletismo feminino neste século. A russa anunciou nesta terça-feira, à imprensa do seu país, que decidiu se aposentar logo depois de disputar, em casa, o último Mundial da sua vitoriosa história.

"Minha carreira vai terminar 100% no Mundial. Para mim será um momento nostálgico, e eu quero aproveitar essa chance e vou tentar mostrar o melhor que eu posso fazer", disse Ysinbayeva, que já havia deixado no ar a possibilidade de se aposentar ainda este ano, com 31 anos.

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Nesta terça, ela revelou que já conversou com outras saltadoras da equipe russa sobre a decisão. "Elas disseram: 'mas o que aconteceu? Você disse quer iria até (os Jogos do) Rio!'. E eu disse: 'não. Eu serei 10 anos mais velha que qualquer outra, então vocês mesmas têm que fazer isso. Continuem meu trabalho'", contou Isinbayeva.

Poucas atletas no mundo têm tantas medalhas de ouro quanto a russa que colocou o salto com vara num outro patamar, fazendo da modalidade uma das mais importantes dentro do atletismo. Antes dela, o recorde mundial era 4,81m. Atualmente, está em 5,06m. Neste período, ela melhorou a marca nada menos do que 17 vezes. Os 11 melhores saltos da história são dela - também 17 dos 19 melhores.

Isinbayeva conquistou o ouro olímpico em Atenas/2004 e Pequim/2008, terminando apenas com o bronze em Londres/2012. Apesar do amplo domínio na modalidade, ela não conseguiu o título nos dois últimos Mundiais e vai buscar o tri em casa. Em Mundiais Indoor a russa tem quatro conquistas.

Entre as diversas honrarias, Isinbayeva ganhou o título o prêmio Príncipe das Astúrias de 2009 como principal esportista daquele ano. O Laurens, considerado o 'Oscar do Esporte' ela venceu duas vezes: em 2007 e 2009 - também concorreu em 2008 e 2005.

Para encerrar a carreira com chave de ouro e o título mundial, porém, Isinbayeva terá que se superar. O grande nome da modalidade hoje é a cubana Yarisley Silva, que tem 4,90m como melhor salto do ano e já saltou quatro vezes acima de 4,80 em 2013 - a russa não supera essa marca desde 2009. Isinbayeva é a terceira do ranking, com 4,78m, seguida de Fabiana Murer (4,73m).

Uma das musas do atletismo, a russa Yelena Isinbayeva venceu com facilidade a prova do salto com vara na etapa de Xangai da Diamond League, neste sábado. Com apenas um salto com a barra em 4,70 metros, ela garantiu a medalha de ouro. O pódio foi completado pela norte-americana Mary Saxer, com 4,60m, e pela alemã Silke Spiegelburg, com 4,55m.

A vitória dá a saltadora novo fôlego em sua carreira, dias depois de ela cogitar a aposentadoria ao fim do Mundial de Moscou, em agosto. Isinbayeva é bicampeã olímpica e dona de diversos recordes no salto com vara. No entanto, não passou do bronze nos Jogos de Londres e nem chegou ao pódio nas últimas duas edições do Mundial.

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Isinbayeva não foi o único destaque da etapa chinesa da Diamond League. A bicampeã olímpica Shelly-Ann Fraser-Pryce, da Jamaica, confirmou o favoritismo ao vencer os 100 metros com 10s93. Ela deixou para trás a nigeriana Blessing Okagbare (11s00) e a norte-americana Carmelita Jeter (11s08), atual campeã mundial. Após cruzar a linha de chegada, Jeter apontou uma lesão muscular.

Ainda entre as provas femininas, a brasileira Keila Costa não se saiu bem na prova do salto triplo e ficou em 8º e último lugar, com 13,63 metros. A medalha de ouro ficou com a colombiana Caterine Ibargueen, com 14,69 metros.

Na disputa masculina, o destaque foi a vitória do jamaicano Warren Weir. Com o tempo de 20s18, ele superou o norte-americano Justin Gatlin (20s21) e o compatriota Jason Young (20s22).

Nos 110 metros com barreira, os Estados Unidos contaram com uma dobradinha no pódio. Jason Richardson venceu com 13s23, seguido de Ryan Wilson, 13s25. A medalha de bronze ficou com o chinês Xie Wenjun, com 13s28. O campeão olímpico Aries Merritt disputou a prova, mas desistiu logo após a primeira barreira, alegando cãibras.

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