O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, exaltou nesta sexta-feira a evolução exibida pelo Brasil em sua preparação para a Copa do Mundo de 2014, depois de ter entrado em conflito com o governo brasileiro por causa de críticas que fez ao País, em março deste ano, por causa do andamento das obras para a competição. Naquela ocasião, ele chegou a dizer que os organizadores do importante evento precisavam levar "um chute no traseiro", fato que causou revolta nos governantes do País e depois acarretou em um pedido de desculpas do dirigente.
Agora, porém, depois de visitas seguidas ao Brasil, Valcke exibiu um discurso otimista e destacou que a Fifa teve uma "maior integração com o governo" em um processo que melhorou o processo de preparação do País para o Mundial e também para a Copa das Confederações, que será realizada em junho de 2013.
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"Agora que estamos nos aproximando do fim de 2012, posso afirmar com toda a convicção que este foi um ano árduo e repleto de desafios, mas também muito produtivo, haja vista as diversas e importantes conquistas alcançadas no caminho para 2014, a partir de uma maior integração com o governo. A preparação para qualquer evento esportivo de grande porte é uma questão de enorme interesse, não apenas no país anfitrião como em todo o mundo, e é extremamente animador constatar que a organização dos torneios no Brasil assumiu o caráter de um grande empreendimento coletivo", afirmou Valcke, por meio de sua coluna mensal publicada pela Fifa.
Em seguida, o dirigente exibiu satisfação com o fato de que as primeiras arenas do Mundial começaram a ser inauguradas em 2012, já visando a disputa da Copa das Confederações, que será o principal evento da Fifa antes das realização do Mundial.
"Este mês, foi ótimo ver a abertura dos dois primeiros estádios, em Fortaleza e Belo Horizonte, e também os grandes avanços nas outras quatro sedes (Rio, Brasília, Recife e Salvador) da Copa das Confederações, que agora estão progredindo a toda velocidade para cumprir o prazo final (15 de abril de 2013) e receber os primeiros eventos-teste", completou Valcke, para depois lembrar que é preciso agilidade para cumprir os prazos para a Copa de 2014.
"A esta altura, cada hora é fundamental. A fase final e decisiva já começou, não apenas para as cidades-sede da Copa das Confederações, como para todas aquelas envolvidas na Copa do Mundo. O prazo de conclusão dos seis estádios não incluídos no Festival dos Campeões (Copa das Confederações) é dezembro de 2013, mas tenho certeza de que faremos a Copa do Mundo de 2014 com todas as 12 arenas previstas, refletindo a bela diversidade e a rica cultura que o Brasil tem a oferecer", disse.
O recorde de ingressos vendidos na fase inicial de comercialização dos mesmos para a Copa das Confederações também foi destacado por Valcke, que exibiu empolgação com o cenário que as seleções irão encontrar no Brasil durante a competição.
"Na atual etapa de solicitação de bilhetes, foram recebidos até o momento mais de 310 mil pedidos, que se vêm somar às 130 mil entradas comercializadas na fase de pré-venda. Esses números não têm precedentes na história da Copa das Confederações. Até 15 de janeiro, os torcedores terão a chance de solicitar ingressos pelo fifa.com para ver de perto os craques de Brasil, Itália, Japão, México, Espanha, Uruguai, Taiti e do campeão africano em um dos seis belos estádios do torneio. Não tenho a menor dúvida de que a atmosfera será fantástica em cada uma das arenas", enfatizou.
Já no fim de sua última coluna de 2012, Valcke lembrou que estará de volta ao Brasil em 27 de janeiro, quando assistirá ao jogo de abertura do Estádio Castelão, em Fortaleza, um dia antes de celebrar, em Brasília, a contagem regressiva de 500 dias para a Copa do Mundo. "Nessa ocasião, revelaremos o último símbolo visual da competição, o cartaz oficial da Copa do Mundo da Fifa", revelou.