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O presidente Michel Temer e aliados do peemedebista tentaram minimizar nesta quarta-feira (19) os efeitos da carta que o papa Francisco enviou a Brasília negando um convite de visitar o Brasil e pedindo que o governo dê mais atenção "aos pobres". Fontes do Palácio do Planalto negaram que a recusa de Jorge Mario Bergoglio ao convite de Temer seja um sinal de desaprovação ao governo brasileiro e garantiram que já tinham sido informados de que o Papa não viria ao país em outubro para as celebrações dos 300 anos da aparição da padroeira Nossa Senhora Aparecida.

"[Na carta], o Papa confirmou o que já tinha sido dito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil", comentaram funcionários do governo. Aliados de Temer também fizeram questão de afirmar que o presidente "ficou feliz" com a carta de Francisco e que seu governo "tem tomado medidas" de proteção à população carente.

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"Ao ler a carta, Temer ficou feliz e viu que a mensagem do Papa coincide com o que ele tem feito no governo", disse o deputado Arthur Maia após um encontro com o presidente.

"Como latino-americano, o Papa reconhece a gravidade da crise e acreditamos que a reforma da previdência representa a síntese que responde a todas as questões apresentadas na carta", defendeu o parlamentar aliado, apesar das críticas de sindicatos e trabalhadores de que as mudanças dificultam a aposentadoria.

A carta do líder católico repercutiu no Brasil, assim como sua decisão de recusar o convite de viajar ao país. Nesta quarta-feira (19), o prefeito de São Paulo, João Doria, assistiu à audiência geral de Francisco no Vaticano e reforçou o convite, tentando convencer o Papa a mudar de ideia. "Ofereci a camisa da seleção brasileira assinada por todos os jogadores ao Santo Padre e disse que gostaria de pedir, em nome do povo brasileiro, que ele revisasse sua decisão de não ir ao Brasil em outubro", contou Doria à imprensa após o encontro.

"Ele respondeu que sabia da importância do evento, mas que era 'difícil'. Eu rebati que 'difícil não é impossível', pois são 130 milhões de católicos no Brasil que vão saudá-lo", disse o prefeito de São Paulo. "O Papa respondeu sorrindo: 'vamos ver, mas o Brasil terá sempre minhas bênçãos'".

Apesar do clima cordial do breve encontro entre Doria e Francisco, o prefeito confessou discordar da decisão do líder católico de não participar das celebrações em outubro. "Não quero fazer juízo, nem me cabe, porém acho que não houve uma orientação adequada ao Santo Padre de não estar presente em uma data tão importante como essa. Mas quem sou eu para julgar o Papa?", confessou o tucano. O Brasil, maior país católico do mundo, recebeu uma visita de Francisco em 2013, quando esteve no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). No ano passado, o Papa chegou a enviar uma carta à então presidente Dilma Rousseff demonstrando "preocupação" com a crise política e com o processo de impeachment.

Em visita ao Brasil, a vice-presidenta da Argentina, Gabriela Michetti, se reúne nesta terça-feira (23) com a presidenta Dilma Rousseff e com o vice-presidente Michel Temer. Esta será a primeira vez que Michetti vem ao Brasil após assumir o cargo, em dezembro do ano passado, com o presidente Maurício Macri.

No fim da manhã, a vice-presidenta será recebida por Temer no Palácio Itamaraty. Depois do encontro, eles participam de um almoço em homenagem a ela e fazem declaração à imprensa. Mais tarde, às 17h, Michetti se encontra com Dilma no Palácio do Planalto.

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No mês passado, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convidou Macri a visitar o Brasil ao se encontrar com  a chanceler argentina Susana Malcorra. Em dezembro, Dilma e Macri se encontraram durante a posse do argentino em Buenos Aires. Antes, ele já havia visitado o país, na condição de presidente eleito.

De acordo com o Itamaraty, o Brasil é o principal destino das exportações argentinas e o principal fornecedor de produtos ao país. No ano passado, o intercâmbio entre os dois países atingiu mais de US$ 23 bilhões.

O presidente egípcio, Mouhamed Mursi, virá a Brasília e São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio. As reuniões com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros das áreas econômica e social estão confirmadas. Mursi quer que o Egito tenha condições de integrar o grupo dos países emergentes. O governo egípcio se interessa em incrementar o comércio e adotar propostas referentes aos programas de transferência de renda.

O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, destacou à Agência Brasil que a visita de Mursi é o reconhecimento pelo papel do país no cenário internacional. “O presidente só virá ao Brasil nesta viagem. Os egípcios veem o Brasil como um parceiro importante e isso é bastante relevante”, disse.

A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, o porta-voz da Presidência do Egito, Ihab Fahmy, disse que Mursi quer ampliar a cooperação comercial, econômica e industrial, além de atrair mais investimentos brasileiros para o Egito.

Em Brasília, Mursi tem encontro com Dilma e os ministros das áreas econômica e social. Os programas de transferência de renda atraem a atenção dos egípcios que se interessam, principalmente, pelas ações de combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar. Em São Paulo, Mursi e sua comitiva se reúnem com empresários de vários setores, além de conversas com a comunidade de língua árabe.

Desde o fim do governo de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito enfrenta momentos de instabilidade política, econômica e social. O governo tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e dos investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, o atual governo passou por uma série de manifestações violentas.

Com quase 90 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do mundo árabe. Cerca de 60% da população é formada por jovens, que sofrem com o desemprego e a falta de perspectivas positivas para o futuro. Mursi se elegeu, em 2012, prometendo melhorar a situação econômica e social do país.

Na visita ao Brasil, Mursi deve defender o interesse de o Egito fazer parte do grupo de países emergentes. A próxima Cúpula do Brics será no Brasil, em 2014. Na semana passada, o egípcio foi à Rússia e aproveitou para reforçar acordos nas áreas energética, do petróleo, do gás e da indústria nuclear.

Melantonio Neto ressaltou que – mesmo com as dificuldades causadas pelos impactos da Primavera Árabe, em 2011, no Egito – o país não reduziu o volume de comércio com o Brasil. Ao lado da Arábia Saudita, a Turquia e o Irã, o Egito está entre os principais parceiros do Brasil envolvendo os países muçulmanos. Em 2012, o volume do comércio bilateral atingiu US$ 2,7 bilhões.

O secretário geral da FIFA Jérôme Valcke recebeu alta do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, neste domingo (21). De acordo com o médico João Mansur Filho, responsável pelo atendimento, o francês respondeu muito bem ao tratamento com antibiótico intravenoso ministrado e apresentou uma melhora tão boa em seu quadro clínico que foi liberado para retornar à Suíça.

“O resultado da minha avaliação pessoal sobre as instalações médicas aqui no Brasil é excelente. Estou certo de que, quando o momento da Copa das Confederações e da Copa do Mundo chegar, todos estarão em boas mãos. Neste momento, gostaria de agradecer em particular ao Dr. Mansur e à sua equipe no Hospital Samaritano pela excelente atenção e cuidados”, disse o secretário.

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Valcke foi internado há quatro dias por causa de uma infecção nos rins. Thierry Weil, o diretor de marketing da Fifa, chegou a revelar uma brincadeira feita por Valcke sobre o episódio. O secretário-geral afirmou que estava testando o sistema de saúde do Brasil.

Jérôme Valcke voltará ao Brasil para fazer vistorias na Arena da Baixada, em Curitiba, no Maracanã, e na Arena Corinthians no final de novembro. No dia 1º de dezembro, o dirigente volta para participar do sorteio da Copa das Confederações, que será realizado em São Paulo.

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