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Há um mês para o primeiro turno das eleições, os sons nas ruas de Pernambuco reverberam as campanhas dos candidatos ao Governo. Produzidos em ritmos agitados, os jingles são exaustivamente reproduzidos em carros de som e em propagandas na mídia para causar o efeito chiclete e fixar o número do concorrente na urna. 

Líder nas pesquisas, Marília Arraes (SD) investiu em três músicas e criou a expressão "marilhar" para defender sua candidatura. Produzidos nos ritmos de piseiro e brega funk, os jingles da campanha e da pré-campanha da deputada federal reforçam a ligação com o ex-presidente Lula (PT) e lembram seu avô, o ex-governador Miguel Arraes. Com a promessa de fazer o pernambucano sorrir, uma embolada também destaca a chapa Pernambuco na Veia. 

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A segunda mulher mais bem avaliada na disputa, Raquel Lyra (PSDB) manteve a tendência do brega funk e do forró elétrico na sua campanha. A ex-prefeita de Caruaru aproveita para apresentar sua trajetória antes mesmo de ingressar na política e convida os pernambucanos a respirar novos ares com o voto na chapa composta por Priscila Krause (Cidadania).  

Anderson Ferreira (PL) decidiu estimular a admiração do povo pernambucano pela própria cultura e usou símbolos da história do estado embalados por um maracatu para reforçar a parceria com Gilson Machado (PL), candidato ao Senado. O ex-prefeito de Jaboatão também lançou um 'batidão', que já cita Jair Bolsonaro no primeiro verso e repete expressões do presidente ao longo da música. 

Vindo de Petrolina, divisa com a Bahia, Miguel Coelho (UB) tem um pagode baiano que o define como 'nosso galeguinho'. A campanha do candidato também produziu uma lambada com o número da chapa ao lado de Alessandra Vieira (UB) e um forró pé de serra. O jingle que começa de forma mais lenta, foca nas dificuldades enfrentadas atualmente por Pernambuco e coloca o ex-prefeito como a esperança para consertar o estado. 

Candidato da situação, Danilo Cabral (PSB) fala em reescrever uma nova história e enfatiza a aliança 'DaniLula' em um estilo de forró mais tradicional. Em outro jingle, ele aposta em um estilo de forró estilizado e cita o ex-governador Eduardo Campos. O deputado ainda faz um jogo de palavras: 'tranquilo, vem com Danilo'. 

A propaganda eleitoral no rádio e TV começa nesta sexta-feira (9) e os candidatos a prefeito na capital produziram jingles com ritmos que vão do pop eletrônico à roda de samba, passando pelo sertanejo e o funk. As músicas foram produzidas com o intuito de colar na cabeça do eleitor a mensagem principal de cada candidato.

Líder nas pesquisas, Celso Russomanno (Republicanos) vai colocar no ar um jingle com tom gospel que exalta a aliança dele com o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Já Bruno Covas (PSDB), segundo colocado, optou por um ritmo samba funk com arranjos eletrônicos, que associa sua luta pessoal contra o câncer e os desafios da cidade. O refrão é "força, foco e fé".

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Guilherme Boulos (PSOL) recorreu a uma mistura de funk e música de escola de samba para atrair a atenção dos eleitores da periferia, no qual exalta a ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL), sua candidata a vice. O ex-governador Márcio França (PSB) aposta no ritmo sertanejo em um jingle que fala em "12 milhões de corações", "povo que trabalha" e rima "mudança" com Márcio França.

Único candidato negro à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) usou uma roda samba para martelar o refrão "preto, prefeito preparado" e "é mais um Silva como nós".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vai começar a temporada de jingles e aquela tradicional busca por colar na cabeça do eleitor o nome, o número e a mensagem que cada candidato quer passar. Como já é tradição, quem busca o voto vende "mudança", mote quase onipresente nos refrões das músicas que tomarão conta do horário eleitoral a partir do próximo dia 31. O ritmo pode ser diferente, mas a promessa de "tirar o Brasil da crise" será cantada por todos os presidenciáveis.

Com base nos jingles já divulgados pelas campanhas, Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) são os que mais abusam da promessa de mudar o rumo do País. Ciro diz que tem experiência para isso, Meirelles e Dias afirmam que só eles são capazes de fazer o que o eleitor espera e Bolsonaro até nomeou seu hit de Muda Brasil.

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Para Carlos Manhanelli, especialista em marketing político e autor do livro Jingles Eleitorais e Marketing Político - Uma Dupla do Barulho, os jingles da eleição "estão todos iguais e parecem escritos por uma mesma pessoa". "Tem uma falta de originalidade. Parece que um está copiando o outro. Nenhum deles vai sobreviver depois do período eleitoral. Não tem um chiclete de ouvido", disse.

Entre os jingles já apresentados, Manhanelli notou que Alvaro Dias usa o sertanejo universitário para passar uma ideia de honestidade; que o nome Ciro é repetido 67 vezes em meio a um tecno brega; que Meirelles escolheu ritmos nordestinos para se vender como o homem que precisa ser chamado para resolver qualquer problema; e que o jingle de Bolsonaro repete quase um Lulinha paz e amor quando afirma "Bolsonaro com amor e com coragem".

Emoção

Líder nas pesquisas de intenção de voto no cenário sem a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, Bolsonaro apela ainda à emoção para conquistar - ou ao menos manter - seu eleitorado em busca de uma vaga no segundo turno. O jingle espalhado pelas redes sociais do candidato e de apoiadores começa com os acordes do hino nacional e segue no ritmo do forró para afirmar que "olha para o futuro, quer ver seus filhos num país mais seguro" e, "com amor e com coragem", vai "mudar a nossa Nação".

Com a indefinição a respeito da candidatura de Lula, que terá seu registro julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias, o PT, por enquanto, mantém o jingle lançado para a convenção nacional do partido, que indicou o ex-presidente como candidato. A música remete às campanhas de 1989 e da vitória de 2002, famosas pelo "Lula lá" e pelo coro da "esperança", mantendo a estratégia de usar o nome do ex-presidente o máximo durante a campanha deste ano.

Para o cientista político Marco Antonio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), caberá ao eleitorado agora julgar se as promessas de mudança vendidas nos jingles convencem e são ou não viáveis. "Obviamente, o que se tenta é seduzir o eleitor com promessas de um futuro novo. Mas até que ponto isso convence? Vale lembrar que vários desses candidatos estão ou já estiveram no governo", disse.

Omissão

Teixeira também chama a atenção para a ausência da palavra "corrupção" nos jingles. Em vez de mencionar os escândalos revelados pela Operação Lava Jato e por outras investigações conduzidas pela Polícia Federal, a maioria dos presidenciáveis optou por destacar as palavras "honestidade" e "ficha limpa" nas músicas de suas campanhas.

Mesmo o candidato que levanta costumeiramente a bandeira da Lava Jato, o senador Alvaro Dias, omite o termo na balada sertaneja que levará para a TV e o rádio. Para o cientista político, a explicação é óbvia: "A maioria não toca na palavra corrupção porque não pode atirar pedra em ninguém." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pioneira da internet Yahoo comemorou 20 anos nesta segunda-feira com um olho no passado e outro no futuro, e meio a um esforço de transformação. A página inicial do site trazia um bolo de aniversário como parte da logo, e a companhia lançou uma série de eventos marcando o tradicional "Yahoo yodel", o jingle da empresa.

Na abertura do índice eletrônico Nasdaq em Nova York, o sino foi substituído pelo jingle da Yahoo. Em São Francisco, um grupo tentou bater o recorde do maior "yahoooooo" coletivo ao mesmo tempo.

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A gigante Yahoo foi criada em 2 de março de 1995 por dois alunos de engenharia elétrica da Universidade de Stanford, Jerry Yang e David Filo, que originalmente chamaram o site de "O guia de Jerry e David para a World Wide Web."

Eles rebatizaram a empresa de Yahoo, brincando que se tratava do acrônimo para "Yet Another Hierarchical Officious Oracle" ("Mais Um Oráculo Hierárquico e Autoritário", em português).

"Vinte anos depois, o cerne do Yahoo ainda é o mesmo. Somos guiados pelo mesmo propósito - ser o seu guia pela internet. Você pode não saber o quanto nos motiva todos os dias ao usar nossos produtos e compartilhar nossas ideias, mas você faz isso. Obrigada".

Ao longo dos anos, a Yahoo ficou para trás na sua missão original de ser um mecanismo de busca, e passou por diversas tentativas de reorganização e restruturação. Filo disse que "tecnologia é constante reinvenção", acrescentando que "todos os dias têm alguma coisa nova de todas formas, então parece que acabamos de começar".

A executiva-chefe da empresa, Marissa Mayer, trazida do Google em 2012, tem focado em serviços móveis e de mídia, incluindo música e programação original para televisão. A empresa lançou na última segunda-feira sua revista para televisão digital, o mais recente de uma série de produtos focados em fazer do Yahoo uma referência.

A âncora de notícias da empresa, Katie Couric postou um vídeo comemorativo no Twitter, um dos vários posts usando a hashtag #YodelOn.

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