Tópicos | Jonas Lima

Vistos como possíveis "laranjas" do ex-deputado Pedro Corrêa (PP) no esquema de propinas da Petrobras, a nora, Márcia Danzi Corrêa de Oliveira, e o ex-funcionário do progressista, Jonas Aurélio de Lima Leite já foram liberados pela Polícia Federal (PF). Eles foram levados as sedes da PF no Recife e em Caruaru, respectivamente, para prestar esclarecimentos sobre o envolvimento de Pedro Corrêa nas irregularidades da estatal.

No Recife, Márcia Corrêa deixou o prédio da PF por volta das 12h. Para dispistar à imprensa a nora do ex-deputado saiu da unidade pela parte de trás. A delegada que coletou o depoimento dela não foi identificada pela Polícia. Em Caruaru, Jonas foi liberado no início da manhã. "De acordo com as informações que tive, eles responderam à contento o que foi questionado pela polícia. Os dois responderam pontos solicitados pela Polícia Federal de Curitiba, responsável pela Operação. Existem dúvidas e detalhes que acreditamos que eles podem ajudar", afirmou Marcello Diniz.

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Os documentos apreendidos pelos agentes nos três mandados de busca e apreensão expedidos na manhã de hoje, dois em Boa Viagem - um deles na residência de Márcia Corrêa - e um em Caruaru, na casa de Jonas, foram encaminhados há pouco pela PF de Pernambuco para Curitiba.   

A Polícia Federal apurou que Corrêa e os "laranjas" tiveram movimentação financeira muito superior aos rendimentos declarados. Os recursos eram transferidos por operadores do esquema, como o doleiro Alberto Youssef. Corrêa, segundo a investigação, apoiava a permanência de Paulo Roberto Costa, delator que confessou desvios, na Diretoria de Abastecimento da estatal em troca de propina.

O ex-deputado teria recebido créditos de R$ 3,3 milhões entre 2010 e 2014. Só em 2012, foram R$ 952 mil, quase três vezes o que ele informou à Receita Federal (R$ 372 mil). Em nome do sogro, Márcia Corrêa teria recebido R$ 1,2 milhão nos últimos cinco anos. Para 2012, ela teve créditos de R$ 271 mil, ante rendimentos declarados de R$ 97 mil. Já Jonas Leite obteve R$ 694 mil. A conta dele, segundo os investigadores, era usada apenas para a "passagem" de recursos do esquema, com saque logo em seguida.

"Jonas não apresentou sequer declaração de rendimentos à Receita Federal no período. Quase 41% dos créditos foram efetuados em espécie", afirma Moro, ao descrever os fatos que levaram às prisões. 

*Com a Agência Estado

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