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Marcada para acontecer no próximo sábado (30), com largada ao meio dia, no Marco Zero do Recife, a Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha contará com a participação de um velho e ilustre conhecido. O velejador medalhista olímpico Lars Grael estará disputando a maior regata oceânica do Brasil pela quarta vez.

Nesta 29ª edição, o iatista estará a bordo da embarcação Morereh, um Jenneau 57, com 17 metros. Lars estreou na Refeno em 1999, quando bateu o recorde da disputa e ficou com o Troféu Fita Azul velejando na embarcação Bahia, um trimarã. Em 2013, presente no barco Zing 2, foi primeiro lugar no tempo real e terceiro da classe ORC. Em 2014, o velejador voltou à competição e foi campeão geral da classe RGS com o barco Tangará II.

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Até o momento, quarenta e cinco embarcações de nove estados brasileiros estão confirmadas na regata. Pernambuco (12) e Rio de Janeiro (11) são os estados com maior número de embarcações inscritas. Assim como em 2016, o resultado econômico da Refeno será destinado ao financiamento da Vela de Base e Vela Jovem do Cabanga. Ao chegar no Arquipélago de Fernando de Noronha, será realizada a doação de kits de higiene pessoal para 300 crianças da creche Bem-Me-Quer.

As inscrições para a 29ª Refeno seguem abertas até o dia 26, e podem ser feitas através do site. Estão aptas para participar da Regata Recife – Fernando de Noronha as embarcações das classes ORC, RGS, Mocra, Multucasco, Catamarã, Multicasco Trimarã, Aço, Bico-de-Proa, Aberta e Turismo.


O Instituto Rumo Náutico, dos irmãos Grael, rejeitou por unanimidade na manhã desta segunda-feira a proposta de contratação de seus serviços para a limpeza da Baía de Guanabara, que receberá as competições de vela nos Jogos Olímpicos de 2016. O convênio havia sido anunciado pelo governo do Rio na semana passada e previa um contrato de R$ 20 milhões sem a necessidade de licitação.

O novo projeto para limpeza da Baía foi elaborado pelo ambientalista Axel Grael, irmão de Lars e Torben. Vice-prefeito da cidade de Niterói, ele produziu o estudo e cedeu à Secretaria de Estadual de Ambiente. Mas a modalidade de contratação - em regime de urgência - levantou críticas, o que fez o próprio instituto abrir mão de gerir os trabalhos.

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"O Projeto Grael tem sido um importante canal de contribuição para isso (despoluição da Baía de Guanabara), e é importante que continue a motivar os seus alunos a se engajarem nessa luta e que contribua sempre com as iniciativas de despoluição. Mas, isso deve ser feito dentro das vocações e das limitações institucionais da nossa organização. A decisão do Conselho Diretor do Instituto Rumo Náutico é prudente e correta", declarou Axel.

"A ação do Projeto Grael não seria despoluir a Baía de Guanabara, mas uma medida para oferecer uma raia mais justa e igualmente competitiva para os atletas", explicou Lars Grael. "Não é a nossa principal vocação gerir o projeto de coleta de lixo flutuante, mas nos manteremos à disposição do Estado, em prol de uma Baía mais digna para todos os usuários."

No início de março, o governo estadual encerrou o contrato com as empresas que prestavam serviço de recolhimento de detritos na Baía através de ecobarcos. O projeto das ecobarreiras - estruturas colocadas para conter o avanço de lixo através dos rios - também vem definhando.

“Feliz”, assim se declarou Lars Grael ao conceder entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (25), no Cabanga Iate Clube de Pernambuco, Zona Sul do Recife. Descontraído, o velejador se mostrou entusiasmado para a disputa da 26ª Edição da Regata Recife/Fernando de Noronha, que terá sua largada na área externa do Porto do Recife, no Marco Zero, próximo sábado (27), com destino ao Mirante de Boldró, no Arquipélago de Fernando de Noronha. 

Um dos maiores nomes da vela mundial, o iatista não poupou elogios a Pernambuco e, em especial, a Fernando de Noronha. “É uma grande recompensa quando chegamos lá. Temos a sensação de chegar ao paraíso. Noronha contagia”, contou Lars. 

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Participando pela terceira vez da Refeno, esta será a primeira experiência do iatista no seu próprio barco, feito que o deixa ainda mais confiante para a competição do próximo sábado. Acompanhado da família e dos amigos, Lars não escondeu a satisfação em voltar ao Recife. “É uma velejada linda. O clima de confraternização é muito maior que o de competitividade. É um ótimo lazer”, explicou Grael. 

Lars Grael começou a velejar ainda criança por influência da família do pai, e vê a história se repetindo com o seu filho Nicholas Grael, de 17 anos. O rebento chegará à capital pernambucana amanhã e irá acompanhar o pai pela primeira vez em uma competição. “No início ele sentiu medo, mas, logo depois, se ofereceu para velejar. É claro que o ambiente familiar influencia”, afirmou orgulhoso. 

Superação 

Dezesseis anos após o acidente que o tirou a perna direita, Grael mostrou que velejar é mesmo um dom e destacou a importância da superação. “Temos que ver o lado bom das coisas. Após o acidente, consegui cinco títulos continentais e sou muito feliz por isso. Aprendi valores importantíssimos. Não velejo para ganhar, mas por gostar do que faço”, completou o velejador. 

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