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A transferência de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain (PSG) teve um novo entrave nesta quinta-feira (3). A Liga Espanhola (LaLiga) não aceitou o pagamento da multa rescisória de 222 milhões de euros (cerca de R$ 820 milhões), informou o jornal espanhol "Marca".

De acordo com a publicação, o advogado em direito esportivo Juan de Dios Crespo foi o encarregado pelo atleta de depositar o cheque com o valor da multa na sede da entidade, mas o pagamento não foi aceito.

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Agora, ainda segundo a publicação, Neymar e seus representantes devem entrar com um pedido na Fifa antes desta sexta-feira (4) para conseguir fazer a transferência. Tecnicamente, a entidade que gere o futebol espanhol não pode impedir a saída de um atleta que está cumprindo uma cláusula que consta em seu contrato.

Na última semana, ainda quando a negociação era um rumor, o presidente da La Liga, Javier Tebas, havia informado que não receberia o pagamento e que denunciaria o PSG pelo gasto exorbitante da negociação, que feriria o chamado "fair play financeiro". A Uefa já anunciou que irá investigar o caso.

Já o Barcelona informou nesta quarta-feira (2), através de uma nota oficial, que o brasileiro só deixaria o clube com o pagamento integral da multa rescisória. A transferência é a maior da história do esporte, sendo o dobro da maior venda da história. 

A Liga Espanhola de Futebol abriu inquérito nessa quinta-feira (15) para investigar o acordo entre Barcelona, as autoridades tributárias e o Governo espanhol no chamado "caso Neymar", investigado por conta de divergência nos valores da contratação do brasileiro. A entidade soltou uma nota oficial informando que pretende ouvir explicações do clube catalão para decidir a continuidade da investigação. O time espanhol corre risco de punição; o inquérito não abrange o jogador.

No dia 11 de julho, o clube catalão, as autoridades tributárias e o Ministério Público espanhol firmaram acordo isentando de responsabilidades o atual presidente do Barcelona, Jose Maria Bartomeu, e o ex-presidente Sandro Rosell, afastado do cargo justamente em razão das polêmicas que envolveram a transferência do craque para a Espanha.

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Depois que o Barcelona informou que havia desembolsado 17,1 milhões de euros para tirar Neymar do Santos em 2013, uma investigação revelou que a transferência girou em torno de quase 90 milhões de euros. O clube assumiu a responsabilidade pelas irregularidades e pagará multa de 5,5 milhões de euros (R$ 21,5 milhões) por erro de planejamento fiscal.

ENTENDA O CASO - Em 2015, o Ministério Público espanhol abriu investigações para definir a origem dos 40 milhões de euros recebidos pela família na transação de Neymar ao Barcelona. A quantia foi dividida da seguinte maneira: 10 milhões de euros foram pagos, em 2012, quando ele ainda defendia o Santos, em determinada empresa; os outros 30 milhões restantes foram pagos em outra empresa em 2013 e 2014, quando ele já atuava pelo clube espanhol.

Neymar e Neymar Silva Santos, pai e empresário do jogador, sempre negaram fraude e alegavam que o dinheiro se referia a comissão e direitos de imagem. Para a Justiça espanhola e brasileira, esses pagamentos exclusivos a Neymar foram uma manobra para driblar o fisco e os então donos dos direitos econômicos (Santos, DIS e Teísa). O Santos declarou que a negociação representou 17,1 milhões de euros. Posteriormente, o clube catalão declarou que a contratação de Neymar havia custado 57 milhões.

O presidente da liga espanhola de futebol declarou temer que Lionel Messi decida jogar em outro país depois de ter sido considerado culpado em um julgamento por fraude fiscal. Javier Tebas também defendeu nesta sexta-feira (8) a inocência do astro argentino do Barcelona.

As afirmações foram realizadas dois dias após um tribunal condenar Messi e seu pai por fraudarem o Fisco espanhol em 4,1 milhões de euros (aproximadamente R$ 15 milhões). "Qualquer pessoa que recebe uma situação dessas é evidente que vai afetá-lo humanamente", disse Tebas. "Claro que temo que possa sair".

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Messi e seu pai, Jorge Horacio, receberam penas de 21 meses de prisão, embora sentenças menores de dois anos na Espanha para uma primeira infração ficam suspensas, por isso é muito baixa a possibilidade de eles irem para a cadeia.

Tebas defendeu a inocência de Messi e disse que "trouxe para os cofres da Espanha mais de 160 milhões de euros (R$ 585 milhões)" em sua carreira com o Barcelona. "Ele fez algo que não é certo, mas tem contribuído muito para a Espanha. E eu acredito em Messi quando ele disse que não sabia de nada", acrescentou.

O tribunal determinou que Messi e seu pai conheciam as estruturas corporativas criadas em paraísos fiscais para evitar o pagamento de impostos na Espanha pelas receitas provenientes dos seus direitos de imagem.

O futebol paraense foi muito bem representado nas últimas rodadas das grandes ligas europeias. Na Espanha, o centroavante Charles Dias marcou dois gols e garantiu a vitória do Málaga diante do Las Palmas, por 4 a 1, no La Rosaleda. O primeiro deles saiu em cobrança de penalidade máxima, que encerrou um incômodo jejum de gols do atacante, que não marcava havia oito rodadas. O outro foi feito no final da partida e fechou a goleada. O clube da Andaluzia finalizou o campeonato em 8° lugar.

Charles terminou a temporada como artilheiro do Málaga. Fez 12 gols e três assistências em 35 partidas disputadas. Nascido em Belém, o atacante não teve sucesso em Remo e Paysandu. Não passou nos testes dos maiores clubes do Estado e, dessa forma, começou a carreira em Portugal, onde jogou pelo Flaviense e Feirense.

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No entanto, construiu a carreira na Espanha. Marcou 46 gols em seis temporadas no Pontevedra. No Almeira, foi artilheiro da Liga Adelante (Segunda Divisão Espanhola) com 32 gols e recolocou o time na La Liga. Na primeira divisão, atuou pelo Celta de Vigo e fez 16 gols em nas duas temporadas que defendeu o “Celtinha”. Nesta temporada, transferiu-se para o Málaga e recuperou parte do protagonismo que construiu na Espanha. Você pode saber mais detalhes da carreira dele neste link.

Rony Lopes – Outro paraense que encerrou a temporada de forma digna foi o meia Rony Lopes, titular na vitória do Lille por 1 a 0 contra o Saint-Ettiene, pela Ligue 1 (Campeonato Francês). Os três pontos garantiram a sexta colocação da equipe na competição e vaga na Liga Europa da temporada que vem. O jovem, de 19 anos, que tem dupla nacionalidade (português e brasileira), fez dois gols e uma assistência na temporada. Não esteve no time titular durante boa parte dos jogos em virtude de problemas musculares. A história da promessa paraense pode ser vista neste link:

Lima – Outro centroavante que fez sucesso na Europa, mas em Portugal, na defesa das camisas de Belenenses, Braga e Benfica – em que foi artilheiro da Liga Portuguesa. Nesta temporada, era artilheiro do Al Ahli, dos Emirados Árabes, com 19 gols em 23 partidas, até sofrer grave lesão no joelho em dezembro. Fato que tirou o paraense pelo restante da temporada. Mais detalhes do decisivo e matador atacante pode ser vista aqui.

Por Mateus Miranda. 

A punição da Fifa aplicada a Atlético de Madrid e Real Madrid na última quinta-feira (14) segue repercutindo na Espanha, e a liga do país se manifestou nesta sexta para defender dois dos seus principais clubes. Em nota oficial, a entidade se disse contra a sanção que proibirá os rivais madrilenhos de contratarem novos reforços nas próximas duas janelas para transferências.

Tanto Atlético quanto Real Madrid foram punidos desta forma, e ainda multados, porque a Fifa entendeu que os clubes desrespeitaram a política de contratação de menores da entidade. O Barcelona já havia sido sancionado por um problema semelhante, mas ainda assim a Liga Espanhola fez questão de defender seus clubes.

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"O futebol espanhol, através de seus clubes, apoia a política de proteção aos menores e a preocupação com o seu desenvolvimento e seu treinamento", garantiu a liga em comunicado. "A conduta do Real Madrid e do Atlético de Madrid, sempre foi a favor do respeito, do interesse e do treinamento das crianças."

Real e Atlético ainda poderão contratar reforços na atual janela para transferências, mas não mais nas duas próximas. Eles negaram que tenham desrespeitado as leis da Fifa, enquanto a Liga Espanhola preferiu criticar a política da principal entidade do futebol mundial. Os clubes madrilenhos ainda podem recorrer da punição.

"A liga conduziu análises das regras de 'proteção' da Fifa, assim como dos diferentes padrões da União Espanhola, do estado suíço e da Espanha, e baseado nelas vai denunciar aos órgãos apropriados o atual regulamento para transferências de menores, que não condiz com a lei de proteção de menores", explicou.

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