Tópicos | mandados de busca e apreensão

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou, nesta quinta-feira (14), a Operação Gênesis para desarticular um grupo criminoso que atua desviando recursos e fraudando licitações para a contratação de serviços pela Prefeitura de Quipapá, na Mata Sul. De acordo com as investigações, o esquema chega a R$ 18 milhões, dos quais R$3,5 milhões seriam de recursos federais. 

A quadrilha agia, segundo informações preliminares divulgadas à imprensa, a partir de uma atuação coordenada de empresários e agentes públicos para direcionar os processos licitatórios, assegurando que os contratos sejam firmados com empresas fantasmas. 

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A ação cumpre 15 mandados de busca e acontece em parceria com a Polícia Civil e o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU). Além de Quipapá, também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Garanhuns, Correntes, Terezinha, Caruaru e Recife.

Os nomes dos alvos da investigação não foram divulgados. Os detalhes da operação serão apresentados em uma coletiva de imprensa que está marcada para esta sexta-feira (15), às 10h, na sede do MPPE. A operação conjunta mobiliza um total de 70 policiais civis, 12 integrantes do Grupo de Apoio Especializado ao Combate às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco) e oito servidores da CGU. 

A Polícia liberou mais detalhes sobre a Operação Caixa de Pandora, realizada nesta sexta-feira (14) em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O objetivo da ação foi cumprir mandados de busca domiciliar contra suspeitos de envolvimento em esquema de abandono de cargo público, peculato, falsificação de documento público e associação criminosa. Vários políticos e candidatos nas atuais eleições são investigados.

Os 48 mandados de busca domiciliar resultaram na apreensão de R$ 303.783,00 em espécie. Desse valor, só R$ 177 mil foi recolhido da casa do candidato à prefeitura de Jaboatão, Neco (PDT). Também foram apreendidas, em outras residências de vereadores, uma pistola calibre 380; um rifle calibre 22 e um revolver .38, além de dezenas de computadores, aparelhos celulares e centenas de documentos.

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Durante a ação, três pessoas foram autuadas por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento. Dois vereadores do município de Jaboatão pagaram fiança e responderão em liberdade. 

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O senador Fernando Collor (PTB-AL) se posicionou em nota sobre o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal, nesta terça-feira (14), durante a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato. No texto, o petebista diz repudiar “com veemência a aparatosa operação policial” e classifica a medida como “invasiva e arbitrária” porque a investigação já acontece desde o ano passado e o ex-presidente “jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”. 

“Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas”, observou Collor, em nota divulgada na página oficial do facebook do petebista.

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No documento, o senador critica a ação policial e pontua um "desrespeito" as garantias individuais pelo "Estado Policial". “Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado”, acrescenta o texto.

Além de Collor, outros senadores foram alvos da fase batizada de Politeia pela Polícia Federal, como Ciro Nogueira (PP-PI) e o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB). Este, inclusive, colocou-se à disposição para esclarecer os fatos investigados e também criticou a ação deliberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

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