Tópicos | Manifestação pró-Dilma

A defesa política da Petrobras e do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) levaram centenas de pernambucanos as ruas do Recife nesta sexta-feira (13). Organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), os manifestantes deixaram o Parque 13 de Maio, na área central da cidade, onde se concentram desde às 7h, por volta das 10h30 e seguiram em caminhada pela Rua do Riachuelo e as avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto

Lideranças de movimentos sindicais e do Partido dos Trabalhadores (PT) participaram do protesto. Além deles, parlamentares como a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a deputada estadual Teresa Leitão (PT), o vereador do Recife Jurandir Liberal (PT) também integraram o grupo.

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Na manifestação, faixas em apoio à Petrobras, barris de petróleo improvisados, capacetes simbolizando a mão de obra da petroleira e bandeiras do Brasil se juntaram ao vermelho que predominava. De acordo com a Polícia Militar (PM), o ato foi totalmente pacífico. Uma prova disso foram as diversas paradas para a criação de cirandas, envolvendo todas os movimentos ao som do grupo Levante Popular. 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras (PT), afirmou, após a caminhada, que os trabalhadores souberam compreender a importância da democracia brasileira. “Viemos hoje, acima de tudo, defender a democracia brasileira. Os trabalhadores mostraram a sua compreensão política e vieram às ruas para defender também os seus direitos”, observou o organizador do evento no estado. 

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Apesar da intercessão pelo governo petista e a estatal, os que participavam do ato também fizeram protestos contra a corrupção e condenaram a ideia de impeachment da presidente Dilma.“Quem é o PSDB para falar de corrupção? Corrupção teve foi na privataria das telecomunicações e na pasta rosa. Naquele tempo era tudo engavetado, mas agora é tudo apurado doa a quem doer. Nós não podemos confundir os corruptos com as empresas nacionais. A Petrobras é um orgulho nacional”, argumentou a deputada federal Luciana Santos (PCdoB). 

“Falam que Dilma cometeu crime eleitoral e por isso querem o impeachment, mas será que o governador do estado e o prefeito também não cometeram? Porque então não pedir também o impeachment deles?”, acrescentou Carlos Veras ao mencionar o aumento salarial dos professores prometido por Paulo Câmara durante o processo eleitoral no ano passado. “A corrupção se resolve com a reforma política e o fim do financiamento privado de campanha”, bradou o presidente da CUT.

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Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) também participaram da mobilização. A integração com a pauta petista e da CUT, segundo o presidente do movimento no estado, Jayme Amorim,  é “totalmente justa”. “Aqui se trata de defender o povo brasileiro, temos uma história de luta desde o período da Ditadura Militar contra a corrupção. Se pedirem o impeachment de Dilma no Congresso nós vamos as ruas defender ponto a ponto. Não temos vergonha de sair com a bandeira vermelha”, garantiu. 

A militância petista e os líderes da legenda também foram as ruas para pregar o “golpismo” das manifestações pró-impeachment da presidente Dilma agendadas para o próximo domingo (15). “As manifestações de domingo tem um eixo central, que é a tentativa de golpe. Eles querem desestabilizar o governo e acelerar uma proposta de golpe no Brasil. Temos que barrar este movimento. Podemos ter um conflito grande no Brasil, com um acirramento da luta de classes”, argumentou o ex-deputado federal João Paulo (PT). 

Reivindicações

A pauta política se confundia com a mobilização trabalhista durante todo o ato. Entre as reivindicações contra a presidente estavam à instalação das Medidas Provisórias 664 e 665 que alteram, entre outras coisas, as regras do seguro desemprego e da previdência social. 

“Quem tem moral para questionar o governo Dilma somos nós, trabalhadores. Por isso estamos aqui hoje, contra aquelas Medidas Provisórias”, disparou o Carlos Veras. “É muito fácil pegar uma panela de R$1.500,00 e ir as janelas bater”, acrescentou ironizando. O presidente da CUT-PE fez referência ao “panelaço” ocorrido em diversas cidades do país, após o pronunciamento da presidente no último domingo (8). 

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