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Durou menos de três meses a passagem do ex-secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, na presidência da Eletrosul. O engenheiro eletricista, eleito no final de abril, foi substituído pelo engenheiro e administrador Djalma Berger, cujo nome foi aprovado pelo conselho de administração da Eletrosul nesta quinta-feira, 16. Antes de Zimmermann, Eurides Mescolotto ocupou a presidência da estatal por sete anos.

Berger é irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC) e foi prefeito do município de São José (SC), além de deputado estadual e federal. Antes de ingressar na vida política, ele foi funcionário da Eletrosul, por seis anos, entre o final da década de 1980 e o início da década de 1990. A Eletrosul não informou a razão para a saída repentina de Zimmermann.

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A reunião do conselho de administração da estatal também aprovou a nomeação de Claudio Antonio Vignatti para o cargo de diretor financeiro, posto anteriormente ocupado por Antonio Waldir Vittori, que por sua vez assume a Diretoria de Operação.

Vignatti, formado em Gestão Pública, também teve passagem pela vida pública. Ele foi vereador por Chapecó (SC) na década de 1990 e deputado estadual entre 2003 e 2011.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, citou nesta quarta-feira,19, o relatório da última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada na semana passada, que alterou de "baixíssima" para "baixa" a probabilidade de risco de para o abastecimento, e admitiu que a mudança no termo ocorreu devido a um mês de fevereiro ruim em chuvas. "Mas a não ser que ocorra uma seca pior do que se planejou, o sistema será atendido adequadamente", ressaltou.

Zimmermann tentou minimizar as avaliações de que a grande necessidade atual de despacho de usinas térmicas no País seja uma crise. Em apresentação na Câmara dos Deputados, ele disse que o uso dessa eletricidade mais cara no Brasil ainda está muito abaixo do verificado em outros países. "A geração térmica muitas vezes é colocada como problema de crise, mas 68% da energia do mundo é térmica e são todos países viáveis. No Brasil, quando se estão gerando muitas térmicas isso é só 20% da nossa energia", afirmou, em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

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Zimmermann detalhou que, dos quase 16 mil megawatts (MW) médios de térmicas disponíveis no País, cerca de 10 mil MW são usinas a gás natural. O secretário votou a dizer que o Brasil está hoje em equilíbrio estrutural, dentro do planejamento cujo critério de risco tolera um déficit de 5%. Ou seja, segundo ele, não há risco de racionamento.

"Mas hoje temos sobra de 6 mil MW médios, e muitos projetos de usinas à frente", completou. Ainda assim, Zimmermann relatou que em janeiro e fevereiro a pior seca do Nordeste coincidiu com secas de Sudeste e Sul. De acordo com ele, ainda que em março as chuvas não estejam sendo fortes, as primeiras precipitações já começaram a ajudar o Sudeste, onde estão principais reservatórios do País.

A Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, presidida pelo deputado Eduardo da Fonte (PP), realizará nesta quarta-feira (11), às 11h, audiência pública sobre o apagão que atingiu a região Nordeste do País, no mês passado.

Um dos pontos que será discutido na reunião pelos parlamentares será a baixa confiabilidade do sistema elétrico brasileiro.

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“Não podemos admitir que a falta de investimento e muito menos a falta de manutenção no setor comprometam o fornecimento de energia ao consumidor, que fica no prejuízo”, ressaltou o progressista.

Participarão da audiência o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Jorge Chipp, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Romeu Donizete.

Ex-governador de Minas Gerais, Estado que controla a Cemig, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) praticamente monopolizou as atenções e chegou próximo de um bate-boca com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, durante audiência pública no Senado sobre os apagões do setor elétrico, realizada nesta terça-feira.

Aécio defendeu a posição da Cemig, que não apresentou pedido para renovar as concessões das usinas de Jaguara, São Simão e Miranda, por acreditar que tem o direito de obter mais 20 anos de contrato nas condições da legislação anterior à MedP 579, sem redução das tarifas, mantendo as receitas atuais.

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O senador questionou a posição do governo, que não abre mão das condições impostas pela MP 579. Zimmermann, por sua vez, sugeriu que Aécio estava em defesa dos interesses da empresa e contrário à causa da modicidade tarifária.

Segundo Zimmermann, mantidas as tarifas atuais por mais 20 anos, essas três usinas renderiam R$ 30 bilhões em 20 anos para a Cemig. "Esses valores podem ser revertidos para a sociedade. E o senhor está defendendo que vão para o acionista da Cemig", afirmou.

Aécio respondeu que a Cemig é patrimônio do Estado de Minas Gerais e disse que estava em defesa do povo mineiro. "O principal acionista da Cemig são os cidadãos mineiros, já que parte dos dividendos da empresa são revertidos em obras para a população", afirmou.

A Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro aprovou nesta quarta-feira (7) o requerimento dos deputados Mendonça Filho (Democratas/PE) e Vanderlei Macris (PSDB/SP) que versa sobre os apagões. Os deputados querem explicações do governo sobre os problemas que acarretaram na falta de energia em algumas regiões brasileiras.

O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, foi convocado para uma audiência pública conjunta das Comissões e Fiscalização e Controle Financeiro e de Minas e Energia. A convocação foi feita para o próximo dia 21, quando o ministro deverá esclarecer as falhas que provocaram falhas no sistema de distribuição de energia. 

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O debate com o ministro interino de Minas e Energia deve discutir problemas como os investimentos previstos para o setor elétrico até 2021. Segundo especialistas, os investimentos futuros estão comprometidos por causa das novas regras do setor para renovação de concessão. A mudança nas regras vai impor para a Chesf uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados, investimentos feitos ao longo dos anos como hidrelétricas e linhas de transmissão e que ainda não geraram a remuneração necessária para cobrir o custo de implantação. 

“O Brasil precisa parar para discutir a questão energética, que vive hoje uma situação crítica”, afirmou Mendonça Filho. O deputado democrata ainda lembrou que o PT criticava a área energética do presidente Fernando Henrique, mas no Governo petista a situação piorou muito com instabilidade. Mendonça citou problemas como esvaziamento das empresas, falhas de manutenção, deficiência extrema na regulação e enfraquecimento do sistema como um todo.

Uma segunda será realizada com representantes da Operadora Nacional do Sistema Eletrico (ONS), da ANEEL, Grande Furnas, Eletrobrás e Chesf com data a ser marcada. A audiência pública com representantes do setor elétrico deve focar a discussão na relação entre os blecautes e a perda de autonomia de empresas do setor elétrico como a Chesf e as interferência nas decisões estratégicas como a construção de novas linhas de transmissão e sistemas de segurança operacional dessas linhas.

 “A decisão do Governo significa transferência de recursos do Nordeste, uma região pobre, para a Eletrobras diminuindo a capacidade de investimentos da Chesf e a própria sustentabilidade da Companhia”, critica. O deputado ainda avalia que para o setor elétrico funcionar em condições ideais é fundamental ter transparência na condução das políticas públicas. 

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