Tópicos | Câmara Federal

 A proibição do aborto no Brasil, inclusive em casos de estupro, anencefalia e quando há risco para a mulher, está sendo votada na Câmara Federal intitulada como “Estatuto do nascituro”, e deputados bolsonaristas tentam acelerar a votação do projeto. Atualmente, a interrupção da gravidez é autorizada em casos de estupro, risco de morte da gestante e anencefalia, diferentemente do que é proposto em Brasília.

Se aprovado, o projeto de lei implicará na criminalização do aborto em todas as situações. A matéria, que tem o texto discutido na Câmara desde 2007, teve a votação adiada na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na quarta-feira (7), depois de ter recebido pedidos de vista das deputadas Erika Kokay (PT-DF), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Vivi Reis (PSOL-PA), e do deputado Pastor Eurico (PL-PE). Bomfim, inclusive, chegou a afirmar que o Estatuto do Nascituro deveria ser chamado de “estatuto do estuprador”, levando em conta que mais de 70% das vítimas de violência sexual no Brasil são meninas e crianças, segundo a parlamentar.

##RECOMENDA##

A bancada conservadora defende que o feto tem direito “à vida, ao desenvolvimento e à integridade física” mesmo antes de nascer, enquanto a oposição destaca que a proposta viola a Constituição Federal, que garante os direitos reprodutivos às mulheres.

O relator, o deputado Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), defende que o nascituro fala sobre o indivíduo humano concebido, “mas ainda não nascido”. Ele diz que o texto da matéria quer garantir o direito à vida, saúde, desenvolvimento e integridade física ao feto, além de proibir “qualquer dano ao nascituro”. Sendo assim, o parecer garante que o feto resultante de violência sexual terá os mesmos direitos dos demais nascituros.

No entanto, o Código Civil brasileiros prevê que o feto só tem direitos após o nascimento com vida mas, atualmente, o nascituro tem garantias civis, como indenização pela morte do pai e alimentos gravídicos.

O que prevê

A aprovação do projeto de lei implica em uma mudança no Código Penal, pois pode fazer diversas alterações, dentre elas, o nascituro passa a ter direitos patrimoniais, como direito à herança, mas só serão efetivados quando o nascituro nascer; proíbe pesquisas com células troncos e embriões, o que deve gerar um retrocesso na ciência; reconhece a paternidade de crianças resultantes de crimes de estupro; institui bolsas para vítimas de estupro, como “Bolsa Estupro”.

Foi aprovado nesta quinta-feira (1), na Comissão de Educação da Câmara Federal um Projeto de Lei que faz diversos ajustes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para compatibilizá-lo à linguagem da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a outras normas.

A proposta aprovada, substitui as expressões portador de deficiência por estudante com deficiência e ensino fundamental por ensino básico. Também fixa o período e a organização do ciclo básico educacional (4 aos 17 anos, da pré-escola ao ensino médio).

##RECOMENDA##

O texto da deputada federal Natalia Bonavides (PT-RN), foi aprovado em 2021 na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara Federal e, agora, pela Comissão de Educação.

A professora de Direito, Luciana Garrett, explicou que, juridicamente, as mudanças abordadas contemplam o que já está em vigor na LDB e aponta o alcance de impactos sociais importantes através da proposta.

“Essas mudanças não têm muito impacto jurídico, pois são expressões já utilizadas por outras normas, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O que foi feita é uma adequação de expressões do ECA, que é uma legislação de 32 anos atrás, então ajustes e atualizações vão sendo necessários com o decorrer dos anos”, explicou.

Ela também ressalta os impactos sociais das mudanças. “Vislumbro um impacto, porém, mais de cunho social, inclusive de conscientização da sociedade, afinal, o ECA é a lei base para tratar dos direitos da criança e do adolescente, sendo aplicada em conjunto com outras normas cabíveis conforme o caso”.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) publicou um vídeo nas suas redes sociais de uma discussão entre um deputado federal fundamentalista e outras deputadas acerca da votação nesta quarta-feira (30), na Comissão da Mulher, sobre o Estatuto do Nascituro. 

A petista publicou no Twitter estar na resistência “contra a investida de fundamentalistas a favor da aprovação de uma aberração chamada Estatuto do Nascituro”. De acordo com a parlamentar, se aprovado, o estatuto “pode retroceder em gravidez fruto de estupro”.

##RECOMENDA##

Na discussão, que não dá para entender muito bem o que é falado, o deputado aparece gritando “vida, vida, vida”, “em nome da vida”, “abortista não tem vez”, enquanto outras mulheres protestam: “Criança não é mãe. Estuprador não é pai”. 

[@#video#@]

O relator do Estatuto, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT), diz, no parecer, que “se há concepção, haverá vida, desde que se permita ocorrer a sucessão natural dos eventos”. Ele afirma que, mesmo nos casos anencéfalos, há o normal desenvolvimento físico do feto. Todos os bebês nascerão e a curta duração da vida de alguém não autoriza o seu assassinato”.

O resultado destas eleições de 2022 demonstraram que o eleitor e a eleitora vêm escolhendo opções mais à direita e radicalizadas para lhes representar, e não seria diferente em Pernambuco, que elegeu 25 deputadas e deputados para representar o Estado em Brasília. O alinhamento com Bolsonaro se dá quando, por exemplo, André Ferreira, do Partido Liberal, o mesmo de Bolsonaro, foi o deputado eleito com mais votos, sendo 273.267 ao total, tendo Clarissa Tércio (PP) em segundo lugar, com 240.511 votos.

Houve algumas modificações no quadro plausíveis de serem destacadas como, por exemplo, o aumento do número de mulheres, que foi de uma para três, e a perda de atores importantes para Pernambuco, como Daniel Coelho.

##RECOMENDA##

O fato de termos André Ferreira e Clarissa Tércio em primeiro e segundo lugar demonstra, de acordo com o cientista político da UFPE, Arthur Leandro, que a identificação religiosa e o espaço institucional das igrejas são elementos importantes para a conquista e organização do eleitorado. “As casas legislativas do Brasil, em geral, e de Pernambuco em particular, estão mais à direita hoje do que há 10 anos, é absolutamente plausível a hipótese de que o eleitorado, em média, esteja mais conservador”, explicou. 

Para ele, isso acontece pelo crescimento da população evangélica no País, “em um país em sensível transição religiosa, o impacto das denominações evangélicas que praticam a chamada ‘teologia do domínio’ tende a ser relevante. A maior inserção política decorre disso”. “Historicamente, candidatos ligados a denominações como as Assembleias de Deus nem precisam fazer campanha fora da igreja: bastava contar com o apoio das lideranças”, detalhou.

De acordo com uma pesquisa do Datafolha, de 2003 a 2016 a quantidade de evangélicos no Brasil cresceu 129%, ou seja: três a cada 10 brasileiros com 16 anos ou mais eram evangélicos. Em 2020, eram aproximadamente 12,4 milhões de jovens entre 16 a 24 anos que se declararam evangélicos. 

“Há grupos evangélicos bastante organizados, politicamente atuantes na sociedade brasileira, e têm total direito de serem representados. Isso é um desafio para agremiações políticas organizadas de modo convencional, como o PT. Os representantes políticos do segmento evangélico, principalmente dos evangélicos pentecostais, costumam ter como bandeira pública uma agenda de costumes tradicionais para o conjunto da sociedade, mas não defendem, de resto, programa partidário muito claro ou coeso, constituindo o que se chama de ‘Centrão’ na política brasileira”, afirmou o especialista.

Numa análise sobre a bancada de Pernambuco na Câmara dos Deputados, o cientista político Alex Ribeiro afirmou que o Centrão saiu vitorioso no Estado. “PP, União Brasil e PL ficaram fortalecidos. O PSB perdeu força. Vale lembrar também que atores políticos considerados de extrema direita como Clarissa Tércio, ficaram mais em evidência e, como em outras partes do país, estão em franca ascensão no cenário político”, disse Alex.

Por sua vez, Arthur Leandro detalhou que o Centrão não preza por articulação partidária orgânica, não tem programa claro em relação às políticas públicas para o Brasil. “Ele tem uma visão pontual sobre temas específicos, como eutanásia, pesquisas com células-tronco, aborto, uso de drogas, direito dos LGBTQIA+, etc. Por outro lado, não tem posições muito claras sobre temas como preservação ambiental, política tributária, legislação social, relações exteriores, etc.”. 

“Esse grupo tem uma conexão muito boa com a sua base. Não sei dizer se é bom ou ruim, mas sinaliza com alguma orientação política refletida hoje no Congresso Nacional, tanto que o partido que teve maior bancada foi o PL, que é o partido do presidente da República e não tem agenda nenhuma efetivamente do ponto de vista de uma orientação programática para o País”, observou Arthur Leandro. 

Do seu ponto de vista, Bolsonaro não é um “conservador no sentido original do termo”. “Os conservadores mundo afora são institucionais, defensores do estado de direito, das liberdades individuais, do poder local, dos laços comunitários, do meio ambiente”, explicou, ao ser questionado sobre a onda do conservadorismo no Brasil. 

Mesmo com Lula (PT) tendo somado pouco mais de 48% dos votos, ante 43% de Bolsonaro, com um segundo turno relativamente apertado, diferente do que mostravam as pesquisas, o professor de ciência política observa que Lula deve fazer um governo “muito difícil”. “Acho que Lula tem chances reais de ganhar. O Congresso  hoje controla o orçamento, e o Centrão controla o Congresso. Há uma crise fiscal muito séria em curso. Além disso, o bolsonarismo está vitaminado”, ponderou.









Representantes de Pernambuco na Câmara dos Deputados:

André Ferreira (PL): 273.267 votos

Clarissa Tércio (PP): 240.511 votos

Pedro Campos (PSB): 172.526 votos

Silvio Costa Filho (Republicanos): 162.056 votos

Fernando Filho (União Brasil): 155.305 votos

Waldemar Oliveira (Avante): 141.386 votos

Túlio Gadelha (Rede): 134.391 votos

Carlos Veras (PT): 127.482 votos

Eduardo da Fonte (PP): 124.850 votos

Clodoaldo Magalhães (PV): 110.620 votos

Maria Arraes (Solidariedade): 104.571 votos

Iza Arruda (MDB): 103.950 votos

Augusto Coutinho (Republicanos): 101.142 votos

Pastor Eurico (PL): 100.811 votos

Fernando Monteiro (PP): 99.751 votos

Eriberto Medeiros (PSB): 99.226 votos

Lula da Fonte (PP): 94.122 votos

Lucas Ramos (PSB): 85.571 votos

Guilherme Uchoa Junior (PSB): 84.592 votos

Coronel Meira (PL): 78.941 votos

Felipe Carreras (PSB): 76.528 votos

Mendonça Filho (União Brasil): 76.022 votos

Luciano Bivar (União Brasil): 74.425 votos

Fernando Rodolfo (PL): 60.088 votos

Renildo Calheiros (PCdoB): 59.686 votos

A discussão da proposta à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais somente para este ano, chamada de “PEC Kamikaze”, foi encerrada em primeiro turno na noite desta quinta-feira (7).

Por quórum baixo nesta sessão, a PEC deve ser votada em sessão deliberativa extraordinária na próxima terça-feira (12), como determinou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A proposta chegou a ser aprovada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (7). Encerrada a fase discussão, na terça-feira se dará início ao encaminhamento da votação, orientação das bancadas e votação propriamente dita.

##RECOMENDA##

A PEC, discutida meses antes das eleições, aumenta o valor do Auxílio Brasil, amplia o Vale-Gás, e cria um “voucher” para caminhoneiros. Os benefícios vão até dezembro deste ano. 

O texto da proposta foi aprovado por 36 votos a um, e passou para a votação dos destaques, ou seja, das propostas modificativas à redação original, que foram rejeitadas, e seguiu para apreciação no plenário da Câmara. 

A proposta é chamada de PEC Kamikaze porque vai custar R$ 41,2 bilhões aos cofres públicos num momento de crise econômica mundial e fragilidade das contas do governo. 

 

O que prevê a PEC

Em estado de emergência, ela estabelece “elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”. O que abre caminho para vários benefícios, como a ampliação do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600 mensais e cadastro de 1,6 milhão de novas famílias); ampliação de R$ 53 no Auxílio Gás; benefícios para taxistas registrados até 31 de maio de 2022; criação de um “voucher” de R$ 1 mil para os caminhoneiros autônomos; repasse de R$ 3,8 bilhões para manutenção do etanol; e repasse de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil. 

Incorporada a PEC dos Biocombustíveis, também já aprovado no Senado, a proposta garante uma diferença tributária entre combustíveis fósseis como gasolina, biocombustíveis e o etanol. 

A incorporação, elaborada pelo presidente da Câmara, Arthur Lita (PP-AL), tem como objetivo acelerar o pagamento dos benefícios fazendo com que ela não precise passar, por exemplo, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. 

A PEC dos Biocombustíveis quer manter uma vantagem fiscal e tributação menor aos combustíveis por pelo menos 20 anos. A medida é uma forma de garantir a competitividade do etanol e outros combustíveis limpos em relação aos fósseis. O texto insere a determinação de um “regime fiscal favorecido” a esses combustíveis na Constituição. 

O delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, disse, à GloboNews, que o seu nome foi achado como alvo em cela do PCC. Ele também apontou nomes de políticos que ajudam os criminosos e persegui-lo, dentre eles: a deputada federal Carla Zambeli (PL) e o senador Telmário Mota (Pros).

Na entrevista, o delegado salientou que “esses criminosos [madeireiros] têm a maior parte dos políticos da região Norte no bolso, eu tô falando de governadores, senadores”. “Tenho uma coleção de ofícios de senadores dos diversos estados da Amazônia que mandaram para o meu chefe dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei. Teve senador junto com madeireiro me ameaçando”, contou. 

##RECOMENDA##

De acordo com Saraiva, há uma “bancada do crime” no Congresso Nacional. “Vejam de onde saíram boa parte dos parlamentares do centrão, são financiados por esses grupos: Zequinha Marinho, que tava junto com Ricardo Salles; Telmário Mota; Messias de Jesus; Jorginho Melo, de Santa Catarina, mandou ofício; Carla Zambelli foi lá defender madeireiro com Ricardo Salles. Temos uma bancada do crime. Uma bancada, na minha opinião, de marginais. São bandidos”, apontou, ao explanar ter tido o nome encontrado em cela do PCC.  

“No dia que eu fui convidado para ir na audiência na Câmara dos Deputados, na Comissão de Legislação Participativa - e eu já fui a várias audiências criminais com advogados e criminosos -, nunca fui tão desrespeitado como na Câmara, que os deputados estavam fazendo uma nítida defesa do crime, e isso no Brasil virou moda”, expôs o delegado. 

[@#video#@]

O deputado federal Danilo Cabral e colegas da oposição protocolaram um documento junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão do processo de privatização da Eletrobras até que a análise dos questionamentos levados à Corte de Contas sobre o assunto seja concluída. O governo federal tem atuado para agilizar a venda da empresa ainda neste ano. O plenário do TCU deve retomar o julgamento da privatização nesta quarta-feira (18). 

"O processo de venda da Eletrobras apresenta irregularidades flagrantes. Ainda em 2019, entrei com um pedido de auditoria para analisar esses aspectos da privatização. Há subavaliação do preço da outorga da empresa e faltam estudos atualizados sobre os valores das garantias físicas das usinas e o impacto tarifário por conta do processo de descotização. Além disso, não devemos nos desfazer de um patrimônio nacional como a estatal em ano eleitoral", destacou Danilo. 

##RECOMENDA##

Os parlamentares também pedem ao Tribunal de Contas que seja concedida uma medida cautelar para determinar que o Ministério das Minas e Energia se abstenham de qualquer medida para a privatização da empresa até que duas propostas de fiscalização e controle sejam concluídas pela Câmara dos Deputados com suporte do tribunal. Para o grupo oposicionista, há irregularidades em relação à metodologia e estudos utilizados para a elaboração de uma portaria e resolução ao longo do processo de privatização. 

No pedido, os deputados avaliam que a oferta pública de ações só pode ocorrer após manifestação da Comissão de Valores Monetários (CVM) em relação aos eventuais impactos da oferta. E completam dizendo que a segregação da Eletronuclear da Eletrobras traz uma série de riscos, irregularidades e inconstitucionalidades. 

 

 

A ex-deputada estadual Laura Mota Gomes (PSB) agora faz parte da equipe de secretários na Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), com nomeação publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (4). A socialista estava com o nome posto para concorrer à Câmara Federal nestas eleições.

Ao anunciar a desistência da sua candidatura, em nota, Laura ressalta que se dedicará "de corpo e alma ao projeto da Frente Popular". "Vejo que quem acredita na democracia, tem a obrigação de não ter projeto individual, e sim, visão mais ampla, coletiva. Adianto que me dedicarei de corpo e alma ao projeto da Frente Popular, contribuindo com o governo Paulo Câmara, com Danilo governador e Lula presidente, o melhor para a nossa população", afirmou.

##RECOMENDA##

Gomes foi recebida pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Marcelo Canuto, nesta manhã, para tomar posse.

Laura Gomes, formada em Ciências Sociais e Direito, retorna à SEDH onde atuou entre 2015 e 2016. “Esse é um retorno de onde nunca saí porque o meu compromisso não é só do ponto de vista institucional, é um compromisso de vida com a questão dos direitos humanos. A minha trajetória de vida e política sempre foi pautada no bem-estar das pessoas. Me sinto feliz e fortalecida em estar contribuindo mais uma vez com a reafirmação do diálogo e de todos os programas que a secretaria executiva disponibiliza como instrumento de garantia de direitos. Agradeço ao secretário Marcelo Canuto pelo convite”, afirmou.

Com a aproximação das eleições de 2022 e o andamento do calendário eleitoral, alguns atores que não são originalmente da política aparecem como pré-candidatos à Câmara dos Deputados, em Brasília, o que se tornou comum, mas acaba não sendo o praxe político por não se ter o “trabalho prévio de base” dos candidatos, tendo em vista que existem cargos anteriores a este, como o de deputado/deputada estadual e vereador/vereadora, por exemplo. 

De acordo com o professor da UFPE e cientista político, Arthur Leandro, os partidos têm a intenção de ampliar o número de votos possíveis na legenda, que se tornou mais difícil depois do fim de coligação partidária para as eleições proporcionais, e “isso era antes e continua sendo agora o objetivo dos partidos de potencializar os ativos”. “O que pode acontecer e o que normalmente ocorre é que uma pessoa que não era da política que se lança como candidato tem algum tipo de diferencial que gabarita um potencial puxador de votos. A pessoa não era da política, mas tinha uma carreira como artista, atleta, ganhou evidência em função de um evento qualquer e pode se tornar um puxador de votos”, afirmou. 

##RECOMENDA##

A cientista política e professora da Facho, Priscila Lapa, corroborou e explicou que a estratégia é “básica elementar de tentativa de renovação dos quadros partidários”. “O ruim é que não é feito o trabalho de base, porque uma coisa é você ter o processo de atração de novos quadros para o partido e uma vez que chegam, eles conseguem ajudar a construir a agenda, identidade do partido, participar ativamente das discussões, e aí você cria uma base a partir da qual você vai revelando essas lideranças e fazendo com que elas se coloquem no processo eleitoral de forma viável, conexa com os objetivos do partido”, contextualizou. 

“Acontece que às vezes os partidos acabam tendo que apelar porque existe um desgaste de lideranças com o passar do tempo pois existe um processo de envelhecimento natural dessas pessoas, não só em idade, mas da liderança dela dentro do partido, e isso vai abrindo um espaço na chegada dela com os novos postulantes, só que não é um trabalho prévio de base, orgânico e acaba que essas candidaturas parecem ter brotado da terra, não tem um trabalho mais consistente para que isso aconteça, não são candidaturas completamente fundamentadas”, detalhou Priscila Lapa. 

A especialista relembrou o caso do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede Sustentabilidade), que não era um ator político e se colocou pela primeira vez como candidato à Câmara dos Deputados. “Existem os cisnes negros, que é quando você tem um fator novo, às vezes a pessoa ocupa um espaço de identidade e, às vezes, acontece quando uma pessoa tem uma identificação com uma bandeira política muito forte naquele momento, na conjuntura da eleição e que faz sentido para as pessoas. Túlio Gadêlha não parecia alguém muito proeminente na cena política local e já ganhou a primeira eleição para deputado federal, mas por um conjunto de fatores que acabaram alavancando o nome dele. Existem esses casos, mas são exceções, casos isolados e que tem mais a ver também com a conjuntura da eleição”. 

Arthur Leandro pontuou a viabilidade em parte das candidaturas e lembrou de figuras como o humorista Tiririca, por exemplo. “Existe a real viabilidade em boa parte dessas candidaturas. Quando o partido lança alguém que possa atrair votos vindo de fora da política, é porque ele imagina que vai ganhar com a presença das pessoas e não vai ter custo. Tivemos recentemente o ex-morador de rua envolvido no episódio em Brasília e, tão logo ficou em evidência, foi procurado pelos partidos políticos que tentaram filiá-lo, mesmo em função do calendário eleitoral e, mesmo assim, o nome dele foi buscado. Também teve o caso do conhecido humorista Tiririca, que não era da política mas se lançou como candidato e foi um puxador de votos na sua primeira eleição”, avaliou. 

“Na onda de 2013, quando aconteceram aqueles protestos iniciados da campanha do “Não é só por 0,20 centavos”, uma série de movimentos que se apresentaram como espontâneos terminaram potencializando candidatos que viraram políticos profissionais. Esse processo não é exatamente uma novidade, ele é uma janela de oportunidade para os partidos e para esses candidatos que, vindo de fora da política, adentram o sistema e a maior parte deles continua exercendo como político profissional e buscando a reeleição quando o mandato se encerra”, ponderou. 

Candidaturas 

Pré-candidato a deputado federal, o Dr Manoel Jerônimo (Republicanos), é defensor público estadual e contou ao LeiaJá ter se colocado para disputar uma cadeira na Câmara Federal por estímulo dos seus “assistidos”. “Há muito tempo eu trabalho na defesa das pessoas hipossuficientes, dos vulneráveis, invisíveis e, graças a Deus, eu trabalho com muito amor à causa, muita determinação, sentimento de justiça e vontade de fazer o meu melhor. Geralmente eu consigo deixar meus assistidos muito satisfeitos com o meu serviço público e, em razão disso, as pessoas vão me incentivando a colocar meu nome para representá-las no poder legislativo. Por isso eu resolvi me colocar à disposição como pré-candidato, buscando representar a causa das pessoas que vivem em vulnerabilidade social”, explicou.

Fora do meio político, ele detalhou ter sido convidado pela sigla para representá-la e aceitou por levantarem as mesmas bandeiras. “É o partido que mais cresce em Pernambuco e resolvi aceitar o convite para que, junto aos correligionários, a gente possa construir pontes que venham a incluir os excluídos, que venham melhorar a vida do povo pernambucano. O partido Republicanos tem ideologias parecidas com a minha. É um partido que busca defender bandeiras que são muito nobres, como a da inclusão social, defesa dos idosos, diminuição da carga tributária, valorização das mulheres, pessoas com deficiência, e isso me fez ficar encantado pelo partido”, disse.

A arquiteta e influencer Pamella Holanda, a ex-mulher do DJ Ivis, se filiou ao PL do Ceará nesta segunda-feira (21), e disponibilizou o nome para concorrer a deputada federal nas eleições 2022 pela sigla, a mesma do presidente Jair Bolsonaro.   

Em publicação, o partido liberal do Ceará destacou, que a sigla segue fortalecida. “O PL Ceará recebeu a filiação da digital influencer Pâmella Holanda, que disponibiliza seu nome para ser candidata nas eleições de 2022 pelo partido”.

##RECOMENDA##

No entanto, a própria influencer se coloca como candidata ao cargo de deputada federal.

 

A tentativa de retirar a obrigatoriedade da exigência da “autorização” do cônjuge para inserção de dispositivo intrauterino (DIU) e qualquer procedimento de métodos contraceptivos é um dos temas com pelo menos quatro projetos de lei propostos na Câmara Federal, em Brasília. Os projetos com o mesmo tema são de autoria da deputada federal Tereza Nelma (PSDB-AL), e dos deputados Miguel Lombardi (PL-SP), Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), Ricardo Silva (PSB-SP), Denis Bezerra (PSB-CE) e Alexandre Frota (PSDB-SP) 

Dentre os mais polêmicos, tem o projeto 4.968/2019, da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), aprovado pelo Senado em setembro de 2021 e vetado pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do mesmo ano, a matéria trata da pobreza menstrual, com o objetivo de distribuir absorventes femininos para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua. 

##RECOMENDA##

Além desses dois temas de projetos, vale destacar o do deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ), que altera o art. 233 do Código Penal para descriminalizar o top less. A proposição 190/2022. A justificativa do parlamentar é o caso da artista plástica e produtora cultural Ana Beatriz Coelho, detida por fazer top less em uma praia no Espírito Santo pela “vaga alegação de ‘ato obsceno’”, afirmou, no texto. 

A matéria, por sua vez, quer que o art. 233 não considere a exposição do corpo humano como ato obsceno. 

De cunho convervador, o PL que concede o porte de arma às mulheres como medida protetiva também foi tema de audiência pública realizada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, com a presença de profissionais que atuam no atendimento às vítimas de violência doméstica e representantes de caçadores, atiradores, colecionadores registrados, além de parlamentares. 

A proposição do deputado federal Sanderson (PSL-RS) tramita desde 2019 na Câmara, que prevê alteração no Estatuto do Desarmamento para incluir o porte de arma às mulheres como medida protetiva, só teve maior discussão em 2021, após receber parecer favorável pela Comissão, com relatoria do deputado Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ), que salientou a relevância da proposta “para que mulheres possam prover a sua própria defesa”. 

O PL 390/2022 da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) quer alterar a Lei nº 8.112/1990, para instituir direitos de remoção e de licença remunerada à servidora pública em situação de violência doméstica. Ela pretende que seja concedida licença à servidora por 60 dias ao ano, não prorrogáveis, mantendo a remuneração.

O deputado federal Bosco Costa (PL-SE), por sua vez, propôs o PL 4251/2021, que institui o Programa Nacional de Proteção e Apoio à Mulher vítima de violência doméstica ou familiar (PROMULHER), com incentivos de proteção e apoio à mulher a partir do incentivo de recursos para a construção, manutenção, reforma, ou ampliação de casas de passagem; doação de recursos para a assistência jurídica da mulher vítima de violência doméstica ou familiar e dá outras providências. 

De autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o PL 4579/2021 institui o Benefício Alimentação Maternidade, para as trabalhadoras do mercado informal ou desempregadas e assegura alimentação diferenciada para mulheres lactantes em penitenciárias. O benefício concedido, caso a matéria seja aprovada, é de R$ 130 mensais pago durante seis meses, com início entre 28 dias antes da parto e a data dele. O valor é destinado exclusivamente para a compra de alimentos regulamentados pela proposição.

Tabata, por sua vez, destaca que milhares de mulheres são excluídas do Programa Auxílio Brasil, do governo federal. “Nesse período da vida, a mulher precisa de uma alimentação diferenciada para garantia de sua saúde, assim como a de seu filho. Sabemos a importância da amamentação e da presença da mãe junto à criança nos seus primeiros meses de vida. A proposta pretende alcançar as mulheres que estão acima da linha de pobreza prevista pelo Programa Auxílio Brasil, mas no limite de renda para constar no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadúnico que contempla famílias de baixa renda”, explica. 

Ainda em tramitação, o PL 2510/2020 do senador Luiz do Carmo (MDB-GO), pretende alterar a Lei do Condomínio, Código Civil e Código Penal para estabelecer o dever de condôminos, locatários, possuidores e síndicos informarem às autoridades competentes os casos de violência doméstica e familiar de que tenham conhecimento no âmbito do condomínio, e para incluir na tipificação do crime de omissão de socorro os casos de violência doméstica e familiar, com o propósito de proteger as mulheres que sofrem violência em condomínios. 

A proibição da realização de publicidade de cunho misógino, sexista ou estimuladora de qualquer tipo de violência sexual é disposta no PL 45/2022 do deputado federal Alexandre Frota. Ele caracteriza como misoginia a “propaganda que cause repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres”, e como sexista, “a propaganda que difunda o preconceito ou discriminação baseada em sexo, e que crie estereótipos de papéis sociais”. “Não há como combater a violência contra a mulher sem se contrapor ao papel da mídia na caracterização da mulher, e na reafirmação sistemática e equivocada da divisão de papéis sociais entre os sexos, disseminando preconceito e ódio”, justifica o autor. 

Eleito líder da bancada da oposição do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados no último dia 16 de fevereiro, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) foi indicado pela própria sigla para assumir a bancada composta por 135 deputados e deputadas federais de seis legendas: PDT, PT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede. O pedetista assumiu o lugar de Alessandro Molon (PSB-RJ).

Natural de Caruaru e filho do deputado estadual José Queiroz (PDT), aos 49 anos, Wolney Queiroz é o presidente do PDT em Pernambuco e coordena a bancada estadual no Congresso Nacional junto ao deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade) há quatro anos. “Ser coordenador por muitos anos e seguidamente desta bancada é uma demonstração de confiança e articulação”, afirmou Wolney.  Deputado federal eleito por seis mandatos, ele teve um grande papel de destaque no Congresso Federal em 2021 por ter conduzido a bancada do PDT na Câmara em importantes votações que garantiram ajuda a milhares de pessoas durante a pandemia. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre a expectativa para este ano de eleições gerais e como líder da oposição, Wolney não titubeou em destacar que o maior desafio será "evitar que a diferença de candidaturas à presidência atrapalhe a atuação no parlamento". "A expectativa é muito positiva porque os seis partidos que compõem a oposição estão muito sintonizados e tem sido assim nos últimos anos. A liderança da minoria será exercida pelo companheiro Alencar Santana Braga (PT-SP). Conversamos muito e já definimos algumas linhas de atuação, pois vamos atuar conjuntamente. O nosso desafio maior será evitar a diferença de candidaturas à presidência, já que o PDT tem a do companheiro Ciro Gomes e a do PT tem a do ex-presidente Lula, para que isso não atrapalhe a atuação no parlamento. Manter a unidade no nosso campo mesmo com visões muito diferentes do ponto de vista de candidaturas será o nosso desafio, mas tenho certeza que vamos superá-lo". 

Wolney lembrou, ainda, que a atuação da oposição é reativa às ações do governo Bolsonaro, e que há unanimidade na oposição para barrar algumas pautas. "O governo é o protagonista e é criticado ou elogiado quando faz ou deixa de fazer algo. Temos unanimidades no campo da oposição e uma delas é continuar barrando a reforma administrativa, como fizemos no ano passado. Ela não nos serve porque tem o servidor público como bode expiatório de tudo o que existe de mazela no Brasil. Vamos enfrentar esse debate da reforma tributária, mas o que a oposição defende é que uma reforma tributária progressiva seja feita para que os mais ricos paguem mais e os mais pobres, menos. Essa tem que ser a lógica de uma reforma tributária para simplificar um tema tão complexo. Também defendemos a taxação das grandes fortunas, o que é fundamental dentro dessa análise tributária", contou ao LeiaJá

Em seu primeiro discurso no plenário da Câmara dos Deputados, após assumir a liderança, o pedetista enfatizou que irá cumprir a tarefa com muita dedicação, "já que o governo Bolsonaro não deixa o Brasil em paz, portanto, não vai deixar os líderes da oposição e da minoria em paz". "O governo que trata a educação com desdém, que não tem um projeto de educação para o Brasil. É um governo que nega a ciência, nega recursos à ciência e à tecnologia. Ele menospreza e despreza a assistência social. Nunca se viu na história recente do Brasil tanto desprezo pela assistência social que teve ganhos de décadas simplesmente descartados. É um governo que é um absoluto fiasco, uma negação na saúde que fracassou no combate à pandemia, atrasou a compra de vacinas e deu mau exemplo não usando máscara e tratando a pandemia com desprezo, sem a devida responsabilidade", disse. 

Trajetória e atuação

Durante esses seis mandatos na Câmara dos Deputados, Queiroz participou de mais de mil votações em plenário e teve mais de duas mil propostas legislativas. Ele participou das articulações políticas para a aprovação do auxílio emergencial e a luta do benefício de R$ 600, e também de pautas como o reajuste do piso salarial da enfermagem, votou contra a PEC 32 da reforma administrativa, saiu em defesa dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) para professores.

Na defesa dos trabalhadores, ele é co-autor do projeto que trata de medidas emergenciais de amparo aos agricultores familiares para mitigar os impactos socioeconômicos da seca e das enchentes que incidem sobre o País, além de ser autor do projeto de lei 1100/2021, que prevê a isenção do Imposto de Renda para pessoas com sequelas causadas pela Covid-19 e dispensa a carência previdenciária. 

Além deste, vale destacar o projeto 3346/49, aprovado na Casa, que garante ao empregado a possibilidade de alterar o dia de descanso semanal por motivos religiosos. O texto diz que o trabalhador pode optar por acréscimo de horas diárias ou troca de turno para compensar eventuais horas não trabalhadas. 

Após o Sistema Valores a Receber (SVR), programa do Banco Central (BC), voltar ao ar, a população começou a descobrir se tem ou não dinheiro a receber. Até o momento, pelo menos duas autoridades brasileiras admitiram ter quantias “esquecidas” em bancos, segundo o programa desenvolvido pelo Banco Central, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

O Correio Braziliense também descobriu que o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) tem valores a receber.

##RECOMENDA##

A identificação e resgate dos valores poderá ser feita pelo cidadão brasileiro incluído no sistema bancário. O último balanço realizado pelo Banco Central às 18h da terça-feira (15), mostrou que 66.150.837 pessoas e empresas fizeram consulta no site.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), cumpriu agenda em Pernambuco na segunda-feira (4), mas não se encontrou com o governador Paulo Câmara (PSB), que havia viajado para São Paulo, onde se reúne com o presidente da Ambev na manhã desta terça-feira (5). O desencontro não impediu o deputado de tecer elogios ao governador.

“Certamente eu faria uma visita a ele. Sou muito amigo dele, gosto dele, [sou] admirador dele”, disse Maia. O deputado visitou o Complexo Administrativo de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e foi homenageado no Recife por medidas em defesa do setor de cana-de-açúcar do Nordeste.

##RECOMENDA##

Esta não é a primeira vez que Rodrigo Maia elogia o vice-presidente nacional do PSB. Em janeiro, durante visita ao Estado, ele chamou Paulo Câmara de amigo e disse fazer questão de visitá-lo.

LeiaJá também

--> Governador diz que Rodrigo Maia ajudou Pernambuco

Duas funcionárias que trabalhavam com a deputada federal Tabata Amaral (PDT) foram demitidas nesta segunda-feira (12) no estacionamento na Câmara Federal, em Brasília.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a parlamentar decidiu mexer na estrutura do seu gabinete. As duas demitidas estavam trabalhando com Tabata após passarem em um processo seletivo.

##RECOMENDA##

Quem formalizou a demissão de ambas foi a coordenadora do mandato, Laiz Soares, no estacionamento do anexo 4 da Câmara. A pedetista estaria reformulando sua assessoria parlamentar de comunicação.

O objetivo de Tabata, neste momento, seria imprimir um ritmo mais acelerado da divulgação não apenas da sua atuação política, mas também de conteúdos de sua rotina pessoal e do seu passado.

O deputado federal e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL), lamentou a qualidade dos entraves políticos realizados no Brasil.

Através de seu perfil oficial no Twitter, o parlamentar afirmou que as discussões políticas no país se assemelham a brigas de rua. Porém, Francischini não direcionou a mensagem a ninguém específico.

##RECOMENDA##

“É triste ver o nível do debate político no Brasil. Parece uma briga de rua. Não se respeita nada, nem ninguém. Uma série de narrativas falaciosas, mentiras e cinismo”, comentou o deputado.

O deputado Felipe Francischini ganhou notoriedade política após mediar a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na CCJ da Câmara, quando teve que apaziguar os entraves entre os parlamentares e o ministro.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) foi flagrado nesta sexta-feira (12) em uma cena inusitada dentro da Câmara Federal. Durante sessão na Casa, o parlamentar foi visto com a atenção concentrada em seu celular enquanto os outros deputados discutiam o projeto de reforma da Previdência.

##RECOMENDA##

O portal Metrópoles conseguiu registrar o texto que Eduardo digitava em seu celular. O resultado da apuração foi que o filho do presidente buscava nomes de outros não diplomatas que assumiram o cargo de embaixador.

Eduardo Bolsonaro virou polêmica após o seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), lhe indicar como possível nome para assumir cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. O presidente foi, inclusive, acusado de nepotismo.

Em seu aparelho, Eduardo escreveu nomes como o do ex-presidente Itamar Franco, e o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen. Eles atuaram como representantes brasileiros em outros países, apesar de não terem tido carreira diplomática no Itamaraty.

Em suas anotações, o parlamentar ainda escreveu ao lado de cada embaixador o nome do presidente que os indicou. Ao que parece, Eduardo Bolsonaro vem enumerando argumentos para defender seu nome como embaixador do Brasil.

 

Quase um mês depois do assassinato do seu marido, no último dia 16 de junho, a deputada federal Flordelis (PSD) voltou nesta semana aos trabalhos na Câmara Federal para votar - a favor - do projeto de reforma da Previdência.

Após a sua volta, a parlamentar decidiu exonerar de seu gabinete a esposa de um dos seus filhos adotivos. Luana Vedovi Rangel Pimenta trabalhava com a deputada desde fevereiro e é casada com o vereador de São Gonçalo, Wagner de Andrade Pimenta.

##RECOMENDA##

Wagner rompeu com sua mãe após a morte do pastor Anderson do Carmo de Souza. O homem foi assassinado quando chegava em casa de madrugada com Flordelis vindos de um jantar. Dois filhos do casal - um adotivo e um biológico dela - são suspeitos pelo crime.

Flordelis, entretanto, também está sendo investigada em uma possível participação na investida que tirou a vida de Anderson. Wagner, inclusive, tirou o nome político de sua mãe de suas redes sociais.

Durante uma comissão na Câmara Federal que discutia aprovação de moção contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por defender o trabalho infantil, as deputadas Érika Kokay (PT) e Carla Zambelli (PSL) entraram em conflito.

Nesta sexta-feira (12), as parlamentares se exaltaram e Zambelli chegou a ficar em pé e disparar críticas contra a bancada da Oposição. “Vocês não valem nada, nem a comida que vocês comem. Bando de sem vergonha que vocês são”, gritou a deputada do PSL.

##RECOMENDA##

A deputada petista disse que é preciso aprender a conviver com quem pensa diferente. “Você não pode tentar humilhar ou agredir alguém que pensa diferente. Eu queria que tivéssemos o mínimo de urbanidade para que se entenda que estamos numa Casa plural. É uma agressão sem fim”, afirmou Kokay.

“As pessoas não defendem ideias, só agridem. Talvez porque seja indefensável defender o trabalho infantil”, complementou Kokay, sob interrupções feitas por Zambelli, que sentava em duas bancadas atrás da petista.

“Quando não se tem ideias, nem capacidade de argumentação, resta apenas o ódio e a agressão. Deputada do PSL dá showzinho”, escreveu Kokay em seu perfil no Twitter. Zambelli não respondeu a crítica.

Após a votação - e aprovação - calorosa do texto-base do projeto de reforma da Previdência na Câmara Federal nesta quarta-feira (10), parlamentares têm aproveitado o dia desta quinta (11) para repercutir o ocorrido.

O deputado federal Delegado Éder Mauro (PSD) utilizou seu perfil oficial no Twitter para agradecer os eleitores que apoiaram o governo. “Devemos isso a cada um de vocês que fizeram campanha de graça, que foram às ruas sempre que foi preciso”, disse.

##RECOMENDA##

O parlamentar ainda disse que os brasileiros fortaleceram as pautas federais. “Nos deram força e apoio para destruir o sistema corrupto que dominava esse país.”, disparou o deputado.

O texto foi aprovado na Câmara com 379 votos a favor das alterações e 131 contrários. Um dos votos mais polêmicos foi o da deputada Tabata Amaral (PDT), que contrariou seu partido e votou a favor do projeto. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando