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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) é um “insano” que quer difundir uma visão preconceituosa no país e tem agredido os políticos para esconder o mau governo que faz. 

Na última sexta-feira (19), a TV Brasil vazou o áudio de uma conversa entre  Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e no momento disparou críticas contra os gestores da região Nordeste. Sobre Dino, ele foi claro: “Dentre os governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara.”

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Ao ser questionado sobre a fala, em entrevista ao jornal O Globo, Dino disse que “o presidente externou uma visão de preconceito, de ódio”.

“Foi a prova que tem um insano no comando do país. Há um método instalado no poder central. É um método de discriminação, de perseguição e de preconceito… Isso nada mais é que a repetição de tratamentos pejorativos para menosprezar uma região que concentra um terço da população brasileira”, observou o comunista.

Sobre o fato de ser mencionado como o pior governador da região, Flávio Dino disse que não ficou abalado. “Não é a opinião do presidente que baliza as minhas ações. Fui eleito duas vezes em primeiro turno, em 2014 e 2018. Isso confirma que temos apoio da maioria da sociedade no nosso Estado. Em uma semana, nosso governo teve mais resultados que o dele em 200 dias”, disparou. 

“Isso deriva da visão extremista e sectária que ele tem praticado. Um traço do discurso fascista é a identificação de inimigos para justificar suas próprias carências. As pesquisas mostram que o governo não consegue cuidar do que é fundamental, como o desemprego e a recessão. Para esconder este fato, o presidente pratica a política da agressão, da busca de inimigos. É para tentar esconder o mau governo que ele faz”, acrescentou.

Flávio Dino também classificou a fala do presidente como uma “agressão gratuita” e ponderou que ele e os demais gestores de partidos da oposição têm procurado “praticar a boa política republicana”. Além disso, ele ressaltou que não vai “recuar um milímetro”.

“Mais que um direito, considero que é um dever dizer o que penso. O país precisa de uma correção de rumos. Não há uma agenda sequer em que se identifique uma preocupação com o social”, declarou. 

“Se o intento dele foi me silenciar, será inútil. Não vou aceitar que um discurso de caráter autoritário determine minha atuação política. É um dever resistir a qualquer proposta de caráter ditatorial no Brasil. Não tenho medo de ditador nem de projeto de ditador”, emendou.

Para Dino, “não se trata apenas de algo tosco ou ridículo”, mas “é preciso compreender que a visão expressada pelo presidente da República é perigosa para o Brasil”.

O comunista disse ainda que Bolsonaro “está criando um ambiente de conflituosidade em que até coisas básicas, como a inauguração de uma obra, se tornam impraticáveis. Não é algo isolado contra o Flávio Dino. É uma coisa geral, que visa promover uma desorganização da política brasileira”, ao lembrar da inauguração, nesta terça-feira (23), do aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia.

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